Nessa aula de construção de brinquedos e tênis de mesa os alunos poderão conhecer o esporte; construir o material alternativo para praticá-lo; vivenciar esse esporte que é pouco praticado nas escolas; se familiarizar com a bolinha e a raquete de tênis de mesa; coordenar movimentos do corpo com o tempo da bolinha, com o espaço da mesa e com os movimentos dos colegas; aprender os movimentos/fundamentos do jogo; aprender um pouco sobre a história desse esporte.

Espaços.
Qualquer espaço onde seja possível montar as mesas e/ou improvisar. Dê preferência a espaços mais abertos, principalmente se as turmas forem grandes.

Materiais.
Caixas de papelão; tesoura; canetas coloridas; fita adesiva colorida; bolas de tênis de mesa; uma mesa, tábua, ou outra superfície plana onde se possa improvisar uma mesa para jogar. Para iniciarmos essas brincadeiras de tênis de mesa, não são necessários os materiais oficiais com dimensões também oficiais. Até uma mesa de refeição ou 4 mesas de salas de aula reunidas podem servir para as aulas; linha colorida ou rede ou fita de tecido.

Atividade 1. Breve histórico... (10’)
Os primeiros registros da prática do Tênis de Mesa surgiram na segunda metade do séc. XIX, na Índia, em uma expedição militar inglesa. Os oficiais com a finalidade de manter a forma física resolveram praticar Tênis, entretanto, receosos de que o forte calor e a exposição ao sol pudessem prejudicar a disposição dos combatentes improvisaram, à sombra das árvores, um novo jogo baseado no próprio Tênis. Uma mesa passou a ser o campo de jogo, ao invés da quadra, sendo construídos novos implementos adaptados às novas dimensões do campo, como as pequenas raquetes de madeira, uma rede menor e mais baixa e uma bolinha de cortiça. Este novo esporte passou a ser bastante praticado por militares. Há também lembranças registradas de que estudantes universitários praticavam um jogo similar utilizando livros para substituir a rede neste mesmo século.
O Tênis de Mesa foi evoluindo e constituindo suas próprias regras, características e peculiaridades específicas que o levou a ser um dos esportes mais praticados no mundo, além do reconhecimento como modalidade olímpica desde os jogos de Seul 1988. (fonte: cartilha - segue o link na atividade 3).

Atividade 2. Raquete de papelão. (40’)
Desenhe as raquetes de tênis de mesa nos pedaços de papelão e dê para as crianças cortarem. Caso o papelão esteja muito mole, podem unir duas partes com bastante cola branca, fazendo com que a raquete fique mais firme.

Fig.01 - Exemplos de raquetes desenhadas em caixas de papelão (fonte: arquivo pessoal).

Uma alternativa interessante é texturizar cada lado da raquete de uma maneira, dando efeitos diferentes na bola quando as crianças jogarem. Pode-se colar papel crepon, papel camurça, E.V.A ou outros materiais disponíveis de um lado e deixar o outro liso. As crianças podem experimentar jogar com os dois lados percebendo as diferenças de força, de movimento de trajetória da bolinha, etc.

  Fig.02 - Exemplo de raquete em E.V.A colorido para texturizar (utilizar em um dos lados) (fonte: arquivo pessoal).

Fig. 03 - Juntando as três partes da raquete (fonte: arquivo pessoal).

Finalmente, com canetas coloridas, fitas adesivas coloridas, giz de cera, lápis de cor e quaisquer outros materiais disponíveis, sugira que as crianças personalizem as raquetes da forma como preferirem.

Fig.04 - Exemplo de material para personalização das raquetes. (fonte: arquivo pessoal).

Fig.05 - Exemplo de raquete personalizada (fonte: arquivo pessoal).

Atividade 3. Montando a mesa. (10’)
Se a escola tiver uma mesa de tênis de mesa disponível, estimule as crianças a montar a mesa, colocando a rede, mostrando as linhas laterais, o posicionamento dos jogadores na mesa. Caso não haja uma mesa “oficial” disponível, improvise juntado de 4 a 6 mesas de sala de aula para formar uma mesa de jogo. Pode também usar tábuas grandes de madeira, ou mesas de refeitórios. Pode-se marcar as linhas com giz ou fita adesiva e fazer a rede com linhas ou barbante. Procure, para uma turma com 25 crianças, providenciar de 3 a 4 espaços ou mesas.

cartilha com informações interessantes:
http://www.fcatm.com.br/8_cartilha_basica.pdf

Atividade 4. Jogo livre. (30’)
Peça para que as crianças de organizem em quartetos e deixe que elas joguem livremente, sempre instruindo que a bolinha de bater no ‘campo’ adversário. Na verdade, o maior objetivo da aula é familiarizar as crianças com o tênis de mesa e não fazer com que eles joguem com as regras oficiais, da maneira exata como jogam os atletas.

Algumas regras podem ser consultadas (e devem ser adaptadas) em:
http://www.fctm.com.br/antigo/regras.html
http://esportes.br101.org/regras-tenis-de-mesa.html
http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/tenis_de_mesa.htm
http://mesatenista.net/o-tenis-de-mesa/regras/regras-completas.html

Atividade 5. Avaliação. (10’)

O professor deve avaliar a participação dos alunos nas atividades, o envolvimento e a interação com os colegas durante toda a aula. As conversas com os alunos são importantes e mostram o interesse das crianças pelo tema escolhido, além de indicar novas possibilidades para aulas posteriores. O professor deve refletir sobre questões como: o que os alunos aprenderam nessa aula? Quais são as estratégias pedagógicas que necessitam de ajustes? Como foi a participação da turma em diferentes momentos da aula? Que dificuldades tiveram para interagir com a bola, raquete e mesa? A turma conseguiu entender o funcionamento do jogo? Tiveram facilidade para elaborar e combinar as próprias regras? Entre outras.