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Preparação para o vestibular: corrigindo redações com os alunos

 

18/12/2009

Autor y Coautor(es)
Igor Caixeta Trindade Guimarães
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Prof. Dr. Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Ensino Médio Língua Portuguesa Relações sociopragmáticas e discursivas
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Com esta aula, o aluno poderá adquirir noções sobre como reestruturar um texto que apresenta inadequações do ponto de vista da articulação, da argumentação e do respeito à norma padrão da língua, podendo, também, tornar-se mais crítico diante de suas próprias produções textuais.

Duração das atividades
Aproximadamente, duas aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Como conhecimento prévio para o desenvolvimento desta aula, destacamos que o professor já tenha trabalho com os alunos propostas de redação relacionadas ao tipo textual dissertativo.

Para explorar mais esse assunto, recomendamos a seguinte obra:

CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Redação Linha a Linha. São Paulo: Publifolha, 2004.

Segue, também, link com manuais de redação disponíveis para download

http://search.4shared.com/network/search.jsp?searchmode=2&searchName=manual+de+reda%C3%A7%C3%A3o

Estratégias e recursos da aula

ATIVIDADE MOTIVADORA

Para introduzirmos o tema da aula, disponibilizamos alguns links de vídeos para serem transmitidos aos alunos. Trata-se de entrevistas em que os entrevistados, por um motivo ou por outro, não produzem uma comunicação bem sucedida.

http://www.youtube.com/watch?v=V9suFnTWmuI

http://www.youtube.com/watch?v=XXE4OOj4Feo

Professor, esta aula tem como finalidade ser um laboratório de correção coletiva de textos produzidos por alunos. Sugerimos, para isso, que você projete os textos em data-show, se possível, e comente os textos apresentados junto com os alunos. Tais textos estão disponíveis em um banco de redações do site http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes, com suas respectivas propostas. Apresentamos, a seguir, quatro textos, baseados em duas propostas, e comentários importantes a respeito de cada um deles. Leia-os com atenção.

                                                                           PROPOSTA I

                                 ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

                                                                     O "selinho" em risco

"O 'selinho' está na boca (fechada) da galera. A modalidade de beijo em que lábios se tocam de leve, se praticada entre pais e filhos, pode ocupar lugar no banco dos réus. Igor Bahia, 17, já foi acusado [...] de delito parecido com o do italiano [de Recife]. [Beijava] a mãe na rua quando algumas pessoas sugeriram, maldosamente, que não eram parentes. Ele é negro. Ela, branca. Igor diz que prefere deixar o episódio 'para trás'. Mas que não desistiu de mostrar amor como aprendeu em casa, com 'selinhos' e chamegos."

[Folhateen. 14/09/2009]

EXEMPLOS DE REDAÇÕES

                    &nb sp;                                                           REDAÇÃO I

                                            Sinal de afeito ou mal intenção?

O selinho se transformou em uma verdadeira epidemia entre jovens, mas não é só entre eles que acontecem, Pessoas usam es se ti po de beijo co mo forma de afeto e carinho, até mesmo entre pais e filhos, amigos, irmãos, mas isso pode ser confundido muitas vezes com uma segunda intenção, algo mal intencionado, sendo mal interpretado.

O mau julgamento de um considerado simples selinho, pode causar consequências nada agradável. Em vários casos, os envolvidos no selinho foram repreendidos com um espancamento, discriminação e até notificados pela polícia como se fosse um caso de abuso.

Para uns, um simples gesto de demonstrar afeto, um cumprimento, para outros, algo pessoal, que não pode acontecer com qualquer pessoa, pois pode ser confundido.

Em comparação a rigorosidade em que viviamos há anos atrás, em que o namoro era na porta e os pais no meio, nos tempos atuais, o selinho é algo super normal entre os jovens nas escolas, mas ainda sofrem discriminação se não acontecer por pessoas da mesma idade ou do mesmo sexo, podendo ser considerado um crime, um abuso a sociedade em que eles vivem.

COMENTÁRIOS

O texto apresenta algumas inadequações que precisam ser corrigidas. Comentaremos cada parágrafo.

Título

O título está adequado, mas é preciso corrigir um erro: “mal intenção” ==> má intenção.

1º parágrafo

a) Atenção ao exagero na afirmação de que o selinho se transformou em uma verdadeira epidemia entre os jovens. Será que isso é mesmo verdade?
b) Observe a concordância do verbo acontecer. O sujeito dele – o selinho - está no singular, portanto o verbo deve ficar também no singular.
c) A segunda frase deve ser iniciada com letra maiúscula: pessoa ==> Pessoa.

2º parágrafo

a) Atenção à contradição que há na primeira frase: quem julga mal um selinho e quem o considera simples?
b) Atenção à concordância nominal: consequências nada agradável ==> consequências nada agradáveis
c) Observe o significado do verbo repreender, segundo o dicionário Michaelis online:

re.pre.en.der
(lat reprehendere) vtd 1 Dar repreensão a; admoestar com aspereza ou energia; censurar; corrigir: Repreender os discípulos. Repreender alguma falta a alguém. Repreender um subordinado por erro ou falta cometida. vtd 2 Chamar a atenção de; advertir: A mãe repreendeu-a amorosamente. vpr 3 Censurar-se: Repreendeu-se pela imprudência. Antôn: louvar, aprovar. (Fonte: www.michaelis.uol.com.br)

Espancamento não é um tipo de repreensão. Ao contrário, é um ato de violência. Procure modificar esse trecho. Você pode dizer, por exemplo, que os envolvidos no selinho foram vítimas de espancamento (veja como a omissão do artigo indefinido “um”, antes de espancamento, torna a leitura mais o bjetiva; até porque na há artigo determinando o substantivo “descriminação ” ).

d) Observe a falta de paralelismo que ex iste nes te trecho: “foram repreendidos com um espancamento, discriminação e até notificados pela polícia como se fosse um caso de abuso”. Acrescente mais um verbo: ... e até foram notificados...

3º parágrafo

a) Trecho confuso: “algo pessoal, que não pode acontecer com qualquer pessoa”. O que é pessoal afinal?

b) Em que consiste a referida confusão?


4º parágrafo

a) Atenção à regência nominal: em comparação a rigorosidade ==> em comparação à rigorosidade (preposição “a” + artigo feminino “a”).
b) Falta um acento agudo ao verbo: viviamos ==> vivíamos.
c) Elimine a redundância: há anos atrás ==> há anos.
d) Complete a expressão: ... em que o namoro era na porta ==> em que o namoro era na porta de casa.
e) Modifique a expressão “e os pais no meio” para: “na presença dos pais”.
f) Inicie uma nova frase: Nos tempos atuais...
g) Reestruture o seguinte trecho: “...mas ainda sofrem discri minação se não acont ecer por pe ssoas da mesma idade o u do mesmo sexo” ==> mas ainda sofrem discriminação, se o selinho não acontecer entre pessoas da mesma idade ou do sexo oposto.
h) Atenção à regência nominal: “um abuso a sociedade” ==> um abuso à sociedade.

                                                                         REDAÇÃO II

                                                    Outros tempos...

Não vejo problema algum com a moda do "selinho". Chega a ser ridículo pensar que um beijo em que os lábios se tocam de leve possui forte conotação sexual. É um beijinho. Só isso. Uma demonstração de afeto inocente da mesma maneira que um abraço, um aperto de mãos. Se fosse algo a mais que isso, pais e filhos não se cumprimentariam dessa forma, como já é de costume em muitas famílias.

De fato, não entendo a implicância com o "selinho", ainda que entre parentes. Se duas pessoas não veem problema nenhum em fazer isso e se sentem felizes assim, por que devemos nos importar? Afinal, ninguém está obrigado a cumprimentar os outros dessa maneira e, francamente, não é nenhum atentado ao pudor ver alguém dando um selinho à sua frente.

Mas a questão é outra. O incômodo, na verdade, é com tudo aquilo que é moderno, que rompe com os velhos padrões da sociedade. Condenar o beijinho na boca não passa de uma atitude conservadora. Basta voltarmos um pouco no tempo. Quando que pais e filhos se cumprimentariam com um selinho? No máximo, apertavam-se as mãos no momento em que os filhos pediam a bênção antes de dormir.

Realmente, romper com padrões não é uma tarefa fácil. Mas a luta deve continuar. Não se pode se calar, nem de boca fechada. São outros tempos e isso deve ser levado em conta.

COMENTÁRIOS

Bom texto. Adequado ao tema e à proposta, com argumentação consistente e objetiva. A progressão das ideias também é feita de maneira adequada, sendo respeitada a linearidade do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.

O p rimeiro parágrafo contextualiza o tema; o segundo introduz uma polêmica, com um ponto de vista; o terceiro apresenta um argumento que j ustifica a polêmica em torno do tema; e o quarto, por fim, sintetiza as ideias apresentadas, t r atando o tema d e forma mais geral.

                                                     PROPOSTA II

                             ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

                                               A virgindade é um valor moral a s er preservado?

Tanto a vida sexual precoce de muitos adolescentes quanto a opção pela virgindade são motivo de polêmicas. N estes tempos de tole rância, ou permissividade, a castidade até o casamento volta a ser valorizada pelos jovens, como era por seus bisavós.

Numa inversão de papéis, muitos pais da geração dos anos 1960 consideram seus filhos conservadores. Outros suspiram aliviados, ou porque são religiosos, ou porque têm medo de doenças sexualmente transmissíveis, ou, ainda, porque acham que a virgindade é sinal de juízo. Entre os jovens, há guerras de opinião em blogs e comunidades da internet. E você, o que acha? A virgindade até o casamento é ou não importante para o relacionamento de um casal?

                                              Pureza: Jonas Brothers usam anel de virgindade

"Nós prometemos a nós mesmos e a Deus manter a virgindade até o casamento", declarou à imprensa Nick Jonas, integrante da banda americana teen mais famosa do momento. "É legal sermos reconhecidos como bons garotos", diz ele. Os irmãos Jonas são norte-americanos, roqueiros, evangélicos. A originalidade do grupo é a convicção da virgindade masculina, que é simbolizada pelos anéis de pureza nos dedos dos três irmãos. Apesar disso, as fãs, com gritos histéricos, querem beijá-los, abraçá-los ou manter qualquer tipo de contato físico com seus ídolos.

                                                      Precocidade e liberdade: mas em casa?

A geração de pais que fez a revolução sexual está confusa [...]. Os adolescentes de hoje são filhos da geração que se casou no final da década de 1970 [quando] estavam em alta o relacionamento liberal, o sexo livre e a contestação à ordem social. É gente que deu liberdade aos filhos, mas não incluiu aí modelo de comportamento sexual. [...]. O mais surpreendente não é a idade em que acontece a iniciação, mas onde: na casa da família.[...]. O garoto dorme com a namorada e tem o apoio explícito dos pais e amigos. A menina [...] não corre o risco de ser espancada porque fez sexo fora do casamento. Ao contrário, para muitos pais é motivo de alívio saber que se trata de um namoradinh o conhecido e sadio. Pais tranquilos? Mais honesto é dizer que se resignaram ao mal menor. "A garotada encara a primei ra vez como algo inevitável no desenv olvimento de qualquer pessoa", diz a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade, da Universidade de São Paul o.

[Veja On-line]

                                                               O tabu da virgindade hoje

A revolução de costumes e valores pela qual o mundo passou ao fim dos anos 1960 retirou o caráter sagrado da virgindade. Mesmo assim, deixar de ser virgem ainda é uma questão íntima e delicada para muitos adolescentes de ambos os sexos. Os jovens, em geral, reconhecem que a virgindade é uma condição que depende apenas da escolha pessoal. A liberdade de costumes permite que eles deem início à vida amorosa no período do namoro. Por outro lado, ainda existem resq uícios do velho código mor al que conviv em lado a lado com os mais recentes modismos.

                                       Iracema, a virgem dos lábios de mel, de José de Alencar.

Como se sabe, Iracema é a virgem dos lábios de mel e tem os cabelos mais negros que as asas da graúna. A virgindade física de Iracema se sustenta pela sua posição religiosa na tribo, pois ela é a "sacerdotisa de Tupã". Sua extrema paixão pelo português Martim, entretanto, é mais forte que os valores tabajaras, que ela transgredirá: inundada de amor, dá a ele o licor de jurema, na verdade um alucinógeno que lhe permite entregar-se ao amado sem que este tenha consciência da transgressão. Iracema sabe que, depois da entrega, só lhe restará abandonar sua tribo e seus valores...

FONTE: [Expressões culturais no tempo e no espaço; Márcia Lígia Guidin, Pueri Domus Escolas Associadas, 2000]

                                                                EXEMPLOS DE REDAÇÕES

                                                                           REDAÇÃO I

                                              Tradição ou modernidade?

Virgindade é um assunto muito crítico para se comentar, pois cada família, pessoa, grupo de amigos tem sua opinião.

Algumas famílias tratam a virgindade de seus filhos como algo muito valioso, que tem que ser preservado até o casamento. Ou tras já tem um pensamento mais liberal e muitas vezes não dão a mínima pra com esse assunto, acham uma coisa normal, que um dia isto vai acontecer , e não tem o que ques tionar ou impedir.

Já os jove ns têm um pensamento mais diversificado, sem generalizar. Para alguns, não importa a idade, lugar, hora e sim a pessoa certa. Outros guardam a virgindade até o casamento para aquela pessoa amada, no qual vai viver com ela pelo resto de sua vida e se submetem a anéis da virgindade co mo forma de respeito. E ainda existem aqueles que não se importa com tudo isso, são influenciados pelos amigos para não se tornar o único virgem do grupo, acham que está na hora e procura qualquer pessoa para fazer sexo.

Assim, está o mundo de hoje, os jovens não dão mais importância para as tradições ou o que os pais acham ou pensam, muitos deles vão pela sua própria opinião e suas vontades para assim se tornar um jovem maduro como eles mesmo dizem.

COMENTÁRIOS

O texto necessita de alguns ajustes. Comentaremos a seguir.

1º parágrafo
a) O adjetivo “crítico” não foi bem empregado. Vejamos sua acepção, de acordo com o dicionário Michaelis online:
crítico

crí.ti.co
adj (gr kritikós) 1 Pertencente ou relativo à crítica 2 Que tem tendência para censurar. 3 Relativo a, ou indicativo de um estado no qual alguma qualidade, propriedade ou fenômeno passam por uma alteração determinada ou drástica. 4 Med Que indica uma crise de doença ou de idade. 5 Difícil, penoso; embaraç oso, grave. 6 Perigoso. 7 Decisivo. 8 Inform V vital, acepção 5. sm 1 Indivíduo que acha defeitos em tu do; maldizente. 2 Aquele que julga produções científicas, literárias ou artísticas.

Fonte: www.michaelis.uol.com.br

Seria melhor dizer: “Virgindade é um assunto polêmico de se tratar”.

2º parágrafo

a) Observe o seguinte trecho: “Outras já tem um pensamento mais liberal...”. Por se tratar de uma comparação, é mais recomendável a seguinte construção: “Já outras têm um pensamento mais liberal” (atenção, também, ao plural do “ter” na terceira pessoa, com acento circunflexo).
b) Evitar coloquialismos: “...e muitas vezes não dão a mínima pra com esse assunto” ==> “...e muitas vezes não se importam com esse assunto”.
“acham uma coisa normal” ==> “acham algo normal”.
c) A retomada de “virgindade” no sentido de “perda da virgindade” ficou vaga no seguinte trecho: “...que um dia isto vai acontecer, e não tem o que questionar ou impedir.” É melhor a seguinte construção: “... que um dia a perda da virgindade vai acontecer...”. Atenção, também, ao emprego do verbo “ter”. É preferível dizer: “... e não há o que questionar ou impedir”.

3º parágrafo

a) Observe o seguinte trecho: “Já os jovens têm um pensamento mais diversificado, sem generalizar”. Uma vez que o conectivo “já” foi empregado anteriormente no texto, é preferível substituí-lo por outro: “Os jovens, por sua vez, têm um pensamento mais diversificado”.
b) Observe a reestruturação do seguinte trecho: “Outros guardam a virgindade até o casamento para aquela pessoa amada, no qual vai viver com ela pelo resto de sua vida e se submetem a anéis da virgindade como forma de respeito.”  “Outros guardam a virgindade até o casamento, a fim de que possam, por toda a vida, viver com a pessoa amada, com a qual se submetem a anéis de virgindade como forma de respeito”.
c) Observe a reestruturação do seguinte trecho, atentando-se para a concordância: “E ainda existem aqueles que não se importa com tudo isso, são influenciados pelos amigos para não se tornar o único virgem do grupo, acham que está na hora e procura qualquer pessoa para fazer se xo.” ==> E ainda existem aqueles que não se importam com tudo isso e que são influenciados pelos amigos para não se tornarem os únicos virgens de seus respectivos grupos; estes acham que chegou a ho ra de perd erem a virgindade e por isso procuram qualquer pessoa para fazerem sexo”.

4º parágrafo

a) É necessário reestruturar esse parágrafo para eliminar seu truncamento: “Assim, está o mundo de hoje, os jovens não dão mai s importância para as tradições ou o que os pais acham ou pensam, mui tos deles vão pela sua própria opinião e suas vontades para assim se tornar um jovem maduro como eles mes mo dizem.” ==> “Assim está o mundo de hoje: os jovens não dão mais importância para as tradições ou para o que os pais pensam; muitos deles se guiam por sua própria opinião e por seus desejos para se tornares jovens maduros, como eles mesmo dizem”.

                                                                             REDAÇÃO II

                                         Virgindade, uma condição pessoal

Há quem se sinta confortável em casar-se virge m, por acharem certo ou te rem raízes conservadoras. Mas há pessoas também que consideram que, fazendo sex o anal, podem "conservar-se". Até que ponto pode-se classificar alguém como virgem?

Podemos citar os jovens que saem em "baladas" tem vários relacionamentos, ficam, beijam, mantêm contatos íntimos, mas não tem relação sexual e por isso consideram-se virgens.

Outros casais por terem um namoro estável e sólido e saberem o que querem em relação ao seu futuro, não veem problema em não se manterem virgens e, contudo, não perdem os seus valores morais.

Assim, a virgindade, de um certo ponto de vista, pode ser relativa. Concluindo, não pode rotular uma pessoa virgem como "o modelo a ser seguido" e julgar outros, por não serem virgens, como "os errados". Virgindade é uma condição pessoal em que envolve costumes, religião, atitudes e comportamento. Por isso o valor moral de cada um não está ligado em preservá-la ou não.

COMENTÁRIOS

As ideias são coerentes e os argumentos são convincentes, mas é preciso fazer algumas alterações.

1º parágrafo

a) Atenção à regência verbal: “deve a escolha” ==> “deve-se à escolha”.
b) Reestruturar o seguinte trecho: “de nada adianta, preservar o contanto físico”==> “de nada adianta preservar o contato físico”.
c) Reestruturar o seguinte trecho, eliminando a incoerência: “e não ter promiscuidade com a quantidade de parceiros” ==> “e ter comportamento promíscuo com muitos parceiros”.

2º parágrafo

a) Atenção à concordância: “Há quem se sinta confortável em casar-se virgem, por acharem certo ou terem raízes conservadoras.” ==> “Há quem se sinta confortável em casar-se virgem, por achar que isso é certo ou por ter raízes conservadoras”.

3º parágrafo

a) Corrigir algumas inadequações gramaticais: Podemos citar os jovens que saem em "baladas" tem vários relacionamentos, ficam, beijam, mantêm contatos íntimos, mas não tem relação sexual e por isso consideram-se virgens. ==> “Pode mos citar os jovens que vão a baladas, têm vários relacionamentos, ficam, beijam, mantêm contatos íntimos, mas não chegam a ter relação sexual propriamente dita.

4º parágrafo

a) Esse parágrafo necessita apenas de uma modificação: acres centar uma vírgula ao trecho “Outros casais por terem...” ==> Outros casais, por terem...”.

5º parágrafo

a) Substituir, na primeira frase, “pode ser relativa” por “pode ser um conceito relativo”.
b) Evitar dizer que vai concluir ao concluir (é desnecessário).
c) Acrescenta r um “se”, índice de indeterminação do sujeit o, ao trecho: “não pode rotular uma pessoa virgem” ==> “não se pode rotular uma pessoa virgem”.
d) Retirar a preposição “em” do seguinte tre cho: “Virgindade é uma condição pessoal em que envolve” .
e) Acrescentar uma vírgula depois de “Por isso”.

Recursos Complementares

Professor, no link a seguir você encontra as melhores redações selecionadas pela Fuvest, banca organizadora de vestibular. Procure analisar essas redações com os alunos, lendo com atenção a proposta pedida (que se encontra ao fim da página):

http://www.fuvest.br/vest2009/bestred/bestred.stm

Avaliação

Professor, apresentamos uma proposta de redação a seguir para que os alunos exercitem a escrita. É importante ressaltar a necessidade de a redação estar adequada ao tema e à proposta, critério básico adotado para a correção.

                                                                     Inteligência dá dinheiro

                                                                                                                                       Gilberto Dimenstein

Muito se fala das descobertas de reservas brasileiras de petróleo, mantidas numa profundidade ainda não explorada no país. Mas pouco se sabe que para explorações tão profundas e fazer o óleo jorrar são necessárias sondas fabricadas com materiais resistentes, alguns deles usados na aviação -- é por isso que a Petrobras resolveu montar um núcleo em São José dos Campos (SP) para aproveitar os conhecimentos locais aeronáuticos. Mas o que interessa aqui não é energia nem aeronáutica, mas como uma cidade aprende a fazer jorrar dinheiro com educação, uma lição especialmente valiosa neste ano eleitoral.
Por trás da busca de Petrobras por novos materiais para suas sondas, está uma iniciativa tomada pela cidade São José dos Campos: montar, com os recursos próprios, um parque tecnológico, inicialmente com uma vocação aeronáutica, devido à presença da Embraer e dos engenheiros do ITA. A busca de parceiros atraiu marcas como Vale e Microsoft, em meio a uma série de instituições federais e estaduais de financiamento, ensino e venda de produtos. Uma delas é a Universidade Federal de São Paulo que, na semana passada, anunciou sua decisão de montar naquele parque uma área dedicada à biotecnologia.
O resultado inicial: a prefeitura investiu R$ 30 milhões na compra do terreno; esperam-se R$ 350 só em investimentos privados em infra-estrutura. É pouco.
Detalhado em meu site, esse parque revela como uma cidade consegue fazer jorrar dinheiro investindo em conhecimento e tirando proveito de uma vocação. Juntar, num mesmo espaço, Microsoft, Vale, Petrobras e Embraer traz a perspectiva de bilhões de reais, com o surgimento de novos produtos e empresas -- aumenta o número de consultas de empresários para se associar ao parque.
Revela também o que se consegue fazer quando os três níveis de governo (federal, estadual e municipal) conseguem trabalhar em parceria, estimulando empresas e pesquisadores a gerar inovação.

(03/03/08 – Folha de S. Paulo edição online)

Escreva um texto argumentativo, de aproximadamente 18 linhas, justificando o título do texto de Dimenstein. Utilize argumentos convincentes, procurando sempre ser original em suas ideias.

Cada aluno deve ler o texto de um dos colegas, apontando nele as construções bem-feitas e as construções com problemas.
Após isso, cada aluno, de posse do texto original, discutirá com o colega as propostas de alterações feitas e reescreverá seu texto.

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