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Mosquitos

 

06/12/2009

Autor e Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Compreender o que é ciclo de vida

Aprender sobre o ciclo de vida de alguns mosquitos
Formas de interferir no ciclo de vida, como medida profilática
A relação do mosquito com algumas doenças

Duração das atividades
2 h/a
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Compreender o que é ciclo de vida

Estratégias e recursos da aula

Inicie a aula perguntando aos alunos o que é ciclo de vida.

Anote as respostas no quadro, tente chegar a um texto único para toda a turma. Em alunos mais novos, entender o que é ciclo de vida é uma grande abstração, então é necessário dar vários exemplos, como o da galinha, e de outros animais mais próximos do cotidiano dos alunos.

Após a turma compreender o que é o ciclo de vida, peça para que eles tentem dizer a importância de conhecermos e pesquisarmos o ciclo de vida de diversos animais. Preservação de espécies, estudo de produção de itens do interesse humano (leite, ovos, carne, e mesmo proteínas e outras substância proveniente de bactérias) e combate a doenças. Talvez a turma não faça referência a todos os exemplos. Nesse caso, enriqueça o conhecimento da turma com exemplos. Essa aula objetiva entender o que é o ciclo de vida e saber como interferir nele para prevenir doenças.

Para visualizar o ciclo de vida, sugiro o texto a seguir:

Dengue: a batalha contra os pernilongos
Entenda como se pega dengue e veja como você também pode ajudar a combatê-la
Por: Vívian Carlos Fernando S. Andrade, Luciana Urbano dos Santos e Rejane Cristina Brassolatti
Publicado em 15/05/2001 | Atualizado em 29/10/2009

"Esse bicho é um chato!", você pensa depois de uma noite mal-dormida por causa do zumbido e das picadas dos pernilongos. Pois sinto lhe informar que se trata de uma chata, pois só a fêmea do pernilongo pica!

Quatro mil espécies (tipos) de pernilongos, com hábitos bem diferentes, voam pelos ares. Mas algo eles têm em comum: todos passam uma parte da vida na água e outra no ar. Para nutrir os ovos, que serão colocados na água, as fêmeas de algumas espécies precisam de sangue. Ao picar o homem e outros animais, elas obtêm o sangue de que necessitam. O problema é que alguns pernilongos carregam em seus corpos microrganismos causadores de doenças (malária, febre amarela e dengue, por exemplo). Ao sermos picados, podemos pegar uma dessas enfermidades.

[Imagem retirada de http://www.chc.org.br/noticias/corpo-humano-e-saude/dengue-a-batalha-contra-os-pernilongos/?searchterm=mosquito  (acesso 05/12/2009)]

Se você anda muito dengoso e tem dores por todo o corpo, fique de olho! Pode ser a dengue, doença causada por um vírus e que vem pegando muita gente (o que chamamos epidemia). O que o pernilongo tem a ver com isso? Podemos pensar na fêmea de pernilongo como se fosse uma seringa para tirar sangue: ela enfia a agulha (no caso, seu aparelho bucal) através da pele da pessoa e, ao atingir um vaso sangüíneo, retira um pouco do líquido vermelho.


O vírus da dengue circula no sangue dos doentes. Se a fêmea de pernilongo pica um doente, o vírus também vai para dentro do inseto. Ao picar outra pessoa, o mosquito injeta o vírus em seu sangue e ela pode pegar a doença. O pernilongo que leva o vírus da dengue de uma pessoa para outra se chama Aedes aegypti . Sem esse inseto, o vírus não é transmitido para outros indivíduos. Portanto, se diminuirmos o número de mosquitos, estaremos evitando que a dengue se espalhe.

Uma das maneiras de controlar os pernilongos é usar produtos químicos (chamados inseticidas), que eliminam as larvas e os adultos dos mosquitos. O problema é que alguns mosquitos são mais fortes e não morrem com o inseticida. Além disso, boa parte dos filhos e dos netos dos pernilongos fortes também são fortes. Assim, com o tempo, a maioria dos pernilongos é forte e o inseticida não faz mais efeito.

Não se sabe se o vírus da dengue faz com que o Aedes aegypti fique doente, mas esse pernilongo também tem seus inimigos. No combate à dengue, os cientistas estudam fungos, vírus, bactérias e protozoários que atacam o mosquito. Outra estratégia é buscar animais que se alimentem do Aedes aegypti . Mas esses inimigos naturais não conseguem sozinhos evitar uma epidemia.

Do ovo sai uma larva que cresce até a fase de pupa, quando o bicho está se preparando para virar um pernilongo adulto. Prontos para voar, macho e fêmea se acasalam e ela coloca seus ovos, dos quais também vão sair larvas

É aí que você entra. A fêmea do Aedes aegypti , que pica durante o dia, gosta de colocar seus ovos na água acumulada em pneus, garrafas, pratos de vasos de plantas e caixas d’água destampadas. Então, mãos à obra! Mantenha o quintal limpo, sem objetos que possam servir de berçário para o pernilongo!

Adaptado do artigo originalmente publicado em Ciência Hoje das Crianças 80 – disponível em http://www.chc.org.br/noticias/corpo-humano-e-saude/dengue-a-batalha-contra-os-pernilongos/?searchterm=mosquito (acesso em 12/11/2009)

Converso sobre o texto com as crianças, para que todos compreendam o ciclo de vida do mosquito, suas características e outras informações do texto.


Atividade 1: proponha que cada aluno desenhe o ciclo de vida do mosquito da dengue. Para isso, será necessário localizar novamente as informações no texto. Abaixo de cada desenho, ele deve escrever pelo menos uma frase que sintetize o que está acontecendo naquela parte do ciclo.


O mosquito bota ovos na água --> a larva se desenvolve na água até virar pupa --> da pupa sai um novo mosquito --> o mosquito fêmea se reproduz --> o mosquito fêmea pica as pessoas, pois precisa de sangue para nutrir os novos ovos -----> (retorna ao início)


Atividade 2: interferindo no ciclo de vida

Com o ciclo de vida do mosquito desenhado, pergunte às crianças como elas poderiam se proteger da dengue e onde cada tipo de proteção estaria interferindo no ciclo de vida do mosquito.

Exemplos:

Colocar telas nas janelas --> estou impedindo que o mosquito fêmea chegue até o ser humano para sugar o sangue
Jogar inseticida nas casas --> está matando os mosquitos e impedindo que eles se reproduzam novamente
Não deixar água acumulada --> impede que a fêmea tenha onde colocar os ovos

Dessa forma os alunos perceberão a importância de se conhecer o ciclo de vida dos animais (nesse caso, os transmissores de doenças) para poder intervir com eficiência.

Recursos Complementares

No caso do Aedes aegytpti, ele transmite também a febre amarela nos centros urbanos. Como o mosquito é o transmissor das duas doenças, a profilaxia é a mesma para elas. Se quiser, trabalhe o texto sobre a febre amarela.


Zunzunzum pelo país

Conheça a febre amarela, doença transmitida por mosquitos que tem deixado o Brasil em alerta
Por: Juliana Marques, Instituto Ciência Hoje/RJ
Publicado em 14/03/2008 | Atualizado em 29/10/2009


Febre amarela. Está aí uma doença sobre a qual muita gente, até bem pouco tempo atrás, pouco tinha ouvido falar. Mas, há alguns meses, a TV e os jornais têm dedicado um espaço cada vez maior a ela. Pudera! Até o início de março, 19 pessoas já haviam sido vítimas fatais da enfermidade em diferentes estados. Por conta disso, houve uma corrida aos postos de saúde, já que a febre amarela pode ser prevenida com o uso de uma vacina. Talvez você até já a tenha tomado, para não ficar doente. Mas será que sabe como ela funciona e também que moléstia é essa que ela previne?

A febre amarela é uma doença típica das florestas tropicais, mas ela não ataca apenas as pessoas que vivem ali. Embora a maioria dos casos registrados até agora tenha ocorrido em áreas rurais, a doença também pode chegar às cidades. Isso porque, em regiões urbanas, a moléstia é transmitida por meio do Aedes aegypti, o mesmo mosquito que propaga a dengue. Nas matas, por sua vez, a febre amarela é transmitida pelo Haemagogus capricornii, uma outra espécie de mosquito, com sete milímetros de comprimento, que pica sobretudo os macacos, mas também o homem.

Os macacos, assim como os insetos, naturalmente podem hospedar o vírus que causa a febre amarela: o flavivírus. Você sabia que, nas florestas, de tempos em tempos, costumam ocorrer epidemias de febre amarela entre os macacos? E sabe o que acontece se o mosquito Haemagogus capricornii pica um macaco que apresenta o flavivírus e, depois, pica uma pessoa que não foi vacinada para prevenir a febre amarela? Em três a sete dias, ela irá apresentar os sintomas da doença, como febre, dor de cabeça e vômito. Nesse caso, um médico deve ser logo procurado, porque podem surgir sintomas ainda piores, como hemorragias, problemas no coração e também icterícia, uma síndrome que faz a pele e os olhos ficarem amarelados.

Esses sintomas são perigosos porque não existe um remédio específico para combater o flavivírus que causa a febre amarela. “Por essa razão, o que os médicos fazem diante de uma pessoa com a doença é tratar os seus sintomas, esperando que o sistema imunológico reaja, produzindo proteínas chamadas anticorpos, para, assim, eliminar o vírus”, explica Luciano Toledo, pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz.

O sistema imunológico é uma defesa natural do nosso organismo, que entra em ação assim que o vírus da febre amarela chega à corrente sangüínea. Sua atuação, porém, pode demorar, fazendo com que o doente tenha que encarar os terríveis sintomas da moléstia por um longo período. Por isso, a vacina é tão importante. Nela, os anticorpos já estão prontinhos* e, durante dez anos, o nosso corpo fica preparado para se defender do vírus, caso sejamos contaminados por ele.

Não é todo mundo, porém, que precisa correr aos postos de saúde. Isso porque a vacina que previne a febre amarela deve ser tomada principalmente por pessoas que vão visitar ou já vivem nas chamadas ‘áreas de risco’, ou seja, em regiões cobertas por matas, como o Norte e o Centro-oeste, o estado de Minas Gerais, o Maranhão, o sul do Piauí, o oeste e o sul da Bahia, o norte do Espírito Santo, o noroeste de São Paulo e o oeste do Paraná, além de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Além disso, é muito importante usar repelente no corpo todo para espantar os mosquitos e também telas que impeçam sua estrada nas casas. Outra forma de prevenção que não pode ser esquecida (não só contra a febre amarela, mas também contra a dengue) é não deixar água parada em caixas d´água, pneus, garrafas e vasos de plantas, porque os mosquitos adoram colocar seus ovos nesses esconderijos. Afinal, vale tudo para continuar saudável e longe da febre amarela, não é mesmo?!


Disponível em http://www.chc.org.br/noticias/corpo-humano-e-saude/zunzunzum-pelo-pais/?searchterm=mosquito (acesso 12/09/2009)


* Nota da autora da aula: na vacina, os anticorpos não estão “prontinhos”, como diz o texto. É o corpo quem produzirá os anticorpos, a partir de vírus mortos ou atenuados. E esse processo leva alguns dias (como em uma infecção normal, mas bem mais leve). No caso do soro, aí sim, o paciente recebe os anticorpos prontos.

Avaliação

Avalie os desenhos feitos pelos alunos do ciclo de vida. Proponha que eles escolham um animal e pesquisem sobre seu ciclo de vida. Ou, caso os alunos sejam maiores, proponha que eles pesquisem doenças transmitidas por mosquitos ou outros insetos (doença de chagas, leishmaniose, febre maculosa, doença do sono, malária, entre outras)

Proponha também uma campanha educativa na escola, de forma a integrar os conhecimentos aprendidos em sala com a comunidade escolar. Os alunos deverão criar uma campanha contra a dengue, mas terão que se remeter ao ciclo de vida do mosquito. Deverão ressaltar como cada tipo de atitude tomada (telas, dedetização, depósitos de água parada) influencia no mosquito e afeta também a comunidade, quais delas são mais eficazes. Além disso, eles podem pesquisar outras informações sobre a doença, para incluir no cartaz.

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