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Superando o racismo na escola: por uma cidadania multicultural

 

02/12/2009

Autor e Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Cláudia Regina M. G. Fernandes

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Biologia Diversidade da vida e hereditariedade
Ensino Médio Sociologia Movimentos sociais / direitos / cidadania
Ensino Médio Sociologia Cultura e diversidade cultural
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Localizar na atualidade situações de discriminação, racismo, preconceito e estigma;
• Identificar a construção social e histórica do conceito de “raça”;
• Refletir sobre os conceito de “raça”/etnia, preconceito, racismo, estereótipos;
• Desmistificar a idéia da existência da democracia racial;
• Auto-refletir sobre o racismo e principalmente sensibilizar sobre a importância da discussão e da necessidade de seu combate;
• Ter uma mudança do “olhar” despertando atenção para a prática do racismo.

Duração das atividades
De 2 a 3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Conhecimentos básicos de genética (Leis mendelianas);
• Conceitos básicos do código genético.

Estratégias e recursos da aula

CONTEXTUALIZAÇÃO: Alguns apontamentos teóricos sobre relações raciais e a escola.

     A sociedade brasileira presa a instituição escola como espaço específico para a formação de crianças e adolescentes com o objetivo de inseri-los no mundo do trabalho e garantir a eles a participação cidadã. Esta preocupação adquire maior ênfase quando se dá na rede pública. No entanto, nesta escola convivem ao longo dos anos alunos/alunas pertencentes a diversos grupos sócio-étnico-culturais.
     A princípio, o conhecimento oferecido a eles/elas deve ser aquele acumulado pela humanidade ao longo da história, porém os currículos das escolas nacionais são em grande parte uma bricolagem dos alicerces curriculares do continente europeu.
     Partindo desse pressuposto, é possível inferir que é mais adequado às crianças e aos adolescentes cujo pertencimento fenotípico assemelha-se aos padrões europeus. Esse currículo estruturado a partir do referencial jesuíta não sofreu grandes transformações ao longo da história brasileira sendo que as novas inserções são fruto de análises e pesquisas também calcadas em referenciais europeus e é por isso que em nossas escolas o conteúdo ensinado às crianças e aos adolescentes não garante positividade aquilo que foi criado em nosso país a partir das matrizes culturais africanas e indígenas.
     Para além da questão curricular, as práticas pedagógicas derivam da influência do referencial estético e de valores sociais fundamentais para colonizadores, imigrantes europeus e seus descendentes e isso provoca em mestiços e negros o desenvolvimento e a intensificação do sentimento de inferioridade diante dos padrões “brancos” de ser e estar no mundo. Considerando as questões abordadas nos parágrafos anteriores precisamos retirar dos currículos e praticas escolares todo o referencial que valorize apenas a cultura e comportamento social dos grupos étnicos brancos, descendentes de europeus, e inserir neles novas compreensões e abordagens que subsidiadas pelo ensino de História e Cultura Africanas e Indígenas e garantir equidade de atenção aos alunos, refinando o olhar e por conseguintes as relações cotidianas e isto significa estimular crianças e adolescentes negros/negras ao pleno desenvolvimento cognitivo e paralelamente elogiá-los quanto ä sua aparência, reservando também para esses alunos/alunas espaço para a participação e destaque no ambiente escolar.
     É necessário elogiar também seus familiares sem proferir o discurso das carências sociais e relacionais, trabalhando para intensificar e melhorar seu relacionamento com os conteúdos aprendidos. Para tanto precisamos combater o preconceito a fim de erradicar de nossas relações o racismo, o sexismo e a discriminação étnica.


Texto disponível encontrado na página Unidade na diversidade tudo começa na escola- Orientações didáticas: questões iniciais.  Disponível em: <http://www.unidadenadiversidade.org.br/>.

    Professor, as sugestões aqui apresentadas abrem a possibilidade de trabalhos coletivos e interdisciplinares, envolvendo os campos de saberes como a História, Sociologia, Geografia, Português, Biologia. Ressaltamos que é necessário a educação escolar considerar a diversidade, tendo como valor máximo o respeito às diferenças, não o elogio à desigualdade. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa, podem e devem, portanto, ser fator de formação da cidadania.


    As estratégias utilizadas serão:

- Aula interativa; leitura de textos;
- Uso do Laboratório de Informática ou Sala de Vídeo.

MOTIVAÇÃO
Sugerimos que o prof essor inicie a aula apresen tando o vídeo intitulado “Ninguém nasce racista”, de cinco minutos e quinze segundos (Figura 1). Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=YnOHLoTjMkI&feature=fvw>.

                                          Figura 1: Imagem do vídeo

                Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YnOHLoTjMkI&feature=fvw

Após a apresentação do vídeo o professor discutirá com os alunos a opinião destes quanto aos aspectos tratados no mesmo, tais como:


• O que entendem por racismo?
• Dê alguns exemplos de manifestações racistas?
• O racismo atinge homens e mulheres?
• O que vocês entendem por raça?
• Quais os tipos humanos que vocês conhecem/identificam?
• Por que existe variedade de tipos humanos?
• O que entendem do conceito de cultura?
• Cada ‘’raça’’ humana possui uma cultura? Justifique sua resposta.

Professor, para que tais indagações tornem-se mais compreensíveis para os alunos, sugerimos a realização da atividade 1.

ATIVIDADE 1:

Objetivando um aprofundamento acerca deste assunto, o professor entregará aos alunos, divididos em dupla, dois textos informativos acerca do conceito de raça intitulado “Somos todos um só: Pesquisa genética internacional mostra que não existem raças na espécie humana, derrubando qualquer base científica para a discriminação” e “Cultura: um conceito antropológico” de autoria de Norton Godoy e Roque de Barros Laraia respectivamente.


O primeiro texto está disponível em: GODOY, Norton. Seja racista se for capaz. Revista Isto É. São Paulo, n. 1520 nov./1998, p. 127-134. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoeonline/>.

    A seguir selecionamos parte do texto a título de ilustração dos principais pontos tratados.
Texto 1: Somos todos um só: pesquisa genética internacional mostra que não existem raças na espécie humana, derrubando qualquer base científica para a discriminação.

     Se um pesquisador do IBGE bater à sua porta e perguntar qual é sua raça, você terá dúvidas para responder? Por mais banal que pareça, essa questão está gerando muita polêmica nos Estados Unidos. O presidente Bill Clinton chegou a formar uma comissão de alto nível para discuti-la. Isso porque, assim como os brasileiros, os americanos irão realizar no ano 2000 o último censo do século. Lá, porém, o resultado do perfil racial da população não é apenas mais um quesito estatístico. Influi, entre outras coisas, na distribuição de recursos aos órgãos federais e não-governamentais dedicados às chamadas minorias étnicas. Enquanto aqui você tem total liberdade de definir qual é sua raça, lá é o recenseador quem identifica o cidadão entre nada menos do que sete grupos raciais. Mas, se a questão já tinha implicações políticas, econômicas e culturais, ficou ainda mais difícil há poucos dias com a publicação de um amplo e meticuloso trabalho científico que chegou a uma conclusão taxativa: não existem raças na espécie humana.
     Diferenças insignificantes: Para chegar a esta afirmação, uma equipe de cinco cientistas estudou e comparou mais de oito mil amostras genéticas colhidas aleatoriamente de pessoas de todo o mundo. Segundo Alan Templeton, biólogo americano que dirigiu a pesquisa, diferentemente de todas as outras espécies de mamíferos, não há raças entre os humanos porque "as diferenças genéticas entre grupos das mais distintas etnias são insignificantes". Para que o conceito de raça tivesse validade científica, "essas diferenças teriam de ser muito maiores". Ou seja, não importa a cor da pele, as feições do rosto, a estatu ra ou mesmo a origem geográfica de qualquer ser humano (traços que distinguem culturalmente as etnias): geneticamente, somos todos muito semelhantes. Curiosamente, foi no Br asil que Templeton tomou consciência de que o conceito de raças poderia ser puramente cultural. "Em minha primeira visita ao Brasil em 1976, eu descobri que a classificação racial usada pelos brasileiros não era a mesma usada nos Estados Unidos; que a mesma pessoa poderia ser classificada de forma bem diferente em dois países", disse ele a ISTOÉ. "Aquela experiência me ensinou então que o conceito de raça não é necessariamente biológico." Templeton está voltando nesta segunda-feira 16 pela terceira vez ao Brasil, onde vai conhecer de perto uma pesquisa que está definindo o retrato genético da população brasileira (Foi no Brasil que aprendi que o conceito de raça não é biológico, mas puramente cultural; Infelizmente, a noção popular de raça sempre esteve tão vinculada à biologia que será difícil derrubá-la; Não existem raças porque as diferenças genéticas entre as mais distintas etnias são insignificantes).


      Origens:  "As diferenças genéticas das amostras colhidas nos dizem que, desde o princípio, as linhagens humanas rapidamente se espalharam para toda a humanidade, indicando que as populações sempre tiveram um grande grau de contato genético." Esses resultados mexem com duas teorias sobre a evolução humana que têm nomes associados a objetos – o Modelo Treliça e o Modelo Candelabro. As duas teorias concordam que a espécie humana surgiu na África há dois ou três milhões de anos e há 150 mil anos os descendentes daqueles primeiros humanos iniciaram um processo migratório rumo ao que é hoje a Europa e a Ásia. O Modelo Candelabro afirma, porém, que esse movimento migratório aconteceu numa leva só e se espalhou pelos continentes europeu e asiático, dando origem a três diferentes raças biológicas (a branca européia, a amarela asiática e a negra, que permaneceu no continente africano).


Pele negra: E por que as diferenças físicas entre humanos são aparentemente mais marcantes do que em outras espécies de mamíferos? Bom, segundo o professor Sérgio Pena, "se eu tiver acesso ao código genético de dez africanos, dez ameríndios e dez chineses, não vou conseguir saber qual é de que grupo geográfico". Os genes que determinam as características físicas, como cor de pele, são tão poucos que perdem significado se comparados ao número total de genes. Eles apenas representam adaptações biológicas a uma determinada geografia. O negro tem pele escura porque sua região de origem tem um sol muito forte. Como o excesso de sol é nocivo à saúde, a pele escura protege o organismo. De acordo com Steve Jones, professor de Genética da University College de Londres, a cada geração há uma chance, pequena porém perceptível, de ocorrer um erro genético que causa variações na cor da pele. Ao migrar para ambientes onde o sol é mais fraco, como a Europa, os humanos que nasceram com pele mais clara foram beneficiados pela chamada seleção natural. Nesse clima, a pele clara sintetiza melhor a vitamina D, que evita que as pessoas fiquem raquíticas. Como dizia o naturalista Charles Darwin (1809-82), "a evolução é uma série de erros bem-sucedida".


Racismo: Mas o que diz quem está na linha de frente do combate à chamada discriminação racial? Para a senadora Benedita da Silva, negra de 56 anos, eleita vice-governadora do Rio de Janeiro, "a pesquisa pode ser comparada a uma lei. Se a lei existe, mas não há vontade política de usá-la como elemento promocional de igualdade entre os seres humanos, ela acaba no arquivo" diz. "Antes de mais nada, é preciso também acabar com essa história de minorias e diferenças. Minoria é uma definição ideológica. Eu não quero ser diferente e essa ideologia não foi criada por mim." Esse pensamento não é compartilhado por Francisco Oliv eira, editor da revista Raça, que não pretende mudar o nome da publicação mesmo sabendo que não existem raças na espécie humana. "Pode estar comprovado cientificamente, mas n o âmbito cultural não muda nada. A constatação não extrapola imediatamente para o comportamento social", disse. Para o rabino Henry Sobel, da Congregação Israelita Paulista, os resultados dessa pesquisa "podem reformular os ensinamentos teológicos, já que as diferenças raciais fazem parte do conceito de criação de Deus".

Observação:
Professor, a fim da leitura não ficar tão cansativa, poderá optar pela escolha de partes dos referidos textos, desde que contemple as abordagens sugeridas nas aulas.
O texto de continuidade da atividade, texto 2, esta disponível em:
<http://pt.shvoong.com/social-sciences/anthropology/1643717-cultura-um-conceito-antropol%C3%B3gico/>.

 

Texto 2: Cultura: um conceito antropológico


     O Conceito antropológico de cultura passa necessariamente pelo dilema da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. Um dilema que permanece como tema central de numerosas polêmicas e que aponta para a preocupação, há muito presente, com a diversidade de modos de comportamento existentes entre os diferentes povos.
     Desde a Antigüidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos. No entanto, logo os estudiosos concluíram que as diferenças de comportamento entre os homens não poderiam ser explicadas através das diversidades somatológicas ou mesológicas. Tanto o determinismo geográfico quanto o determinismo biológico foram incapazes de resolver o dilema, pois o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado chamado de endoculturação, ou seja, um menino e uma menina agem diferentemente não em função de seus hormônios, mas em decorrência de uma educação diferenciada.
     Da mesma forma, as diferenças entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são impostas pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente. A grande qualidade da espécie humana foi a de romper em suas próprias limitações: um animal frágil, provido de insignificante força física, dominou toda a natureza e se transformou no mais temível dos predadores. Sem asas dominou os ares; sem guelras ou membranas próprias conquistou os mares. Tudo isto porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura.
     Apesar da dificuldade que os antropólogos enfrentam para definir a cultura, não se discute a sua realidade. A cultura se desenvolveu a partir da possibilidade da comunicação oral e a capacidade de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o seu aparato biológico. Isto significa afirmar que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura.
     A comunicação oral torna-se então um processo vital da cultural: a linguagem é um produto da cultura, mas ao mesmo tempo não existiria cultura se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral.
     ; A cultura desenvolveu-se simultaneamente com o próprio equipamento biológico humano e é, por isso mesmo, compreendida como uma das características da espécie, ao lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral. Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível. A cultura, portanto, constitui a utilidade, serve de lente através da qual o homem vê o mun do e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Embora nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um conhecimento mínimo para operar d entro do mesmo. Conhecimento mínimo este que deve ser compartilhado por todos os componentes da sociedade de forma a permitir a convivência dos mesmos.
     A cultura estrutura todo um sistema de orientação que tem uma lógica própria. Já foi o tempo em que se admitia existir sistemas culturais lógicos e sistemas culturais pré-lógicos. A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que pertence. Todas as sociedades humanas dispõem de um sistema de classificação para o mundo natural que constitui categorias diversificadas e com características próprias.

Cada dupla terá como uma primeira atividade ler estes textos, grifar as palavras desconhecidas, e escrever um comentário geral sobre o conceito de raça e sua inserção cultural. Quando todas as duplas finalizarem, o professor solicitará que leiam para a sala suas considerações. Cabe ao professor atuar como mediador da atividade, auxiliando os alunos na elaboração dos comentários, bem como orientá-los para estabelecerem relações entre os dois textos propostos. Além disso, compreendemos que nesta discussão deve permear:


• A percepção de como as diferenças sociais são historicamente construídas, beneficiando um segmento em detrimento do outro (brancos e negros, homens e mulheres, etc.).
• A conscientização dos equívocos existentes sobre o conceito de “raça” em seu sentido biológico.
• Inferência do conceito de “raça” inserido num contexto histórico e político mais amplo.
• O conhecimento de que à consolidação das desigualdades sociais que assolam o Brasil é fruto do sentido biológico atribuído ao conceito de “raça”.
• Clareza dos conceitos de racismo, preconceito, discriminação e democracia racial.


Para que as aulas sejam trabalhadas de modo interdisciplinar temos como proposta:

• Em Biologia, aprofundar no tema a partir da análise de aspectos da genética que define como os genes favorecem a herança de traços físicos pele clara, pele escura, olhos castanhos, olhos verdes etc.
• Em História, Sociologia e Português ampliar as discussões para desmistificar a idéia de supremacia racial. Explicar os conceitos de racismo, discriminação, segregação e xenofobia, explorando exemplos cotidianos (Levar reportagens de casos atuais e analisá-los como forma de esclarecimento). Contextualizar com História abordando quais as discriminações racismos e correlatos acontecem com maior frequência e suas consequências.

ATIVIDADE 2:

Tendo em vista trabalhar de forma mais descontraída esta temática, e, buscando, sobretudo instigar o senso crítico e a reflexão dos alunos, o professor entregará a cada aluno a letra da música “Xica da Silva” – Compositor: Jorge Ben Jor, a fim de que eles possam acompanhar. Cada aluno terá como atividade analisar a letra da música, tentando apontar os principais aspectos tratados.

Música: “Xica da Silva” Jorge Ben Jor
Disponível em: <http://vagalume.uol.com.br/jorge-ben-jor/videos/xica-da-silva.html>.


Letra da música

Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!...
Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva, a Negra!...(2x)
Xica da Silva
A Negra! A Negra!
De escrava a amante
Mulher!
Mulher do fidalgo tratador
João Fernandes
Ai! Ai! Ai!...
Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva, a Negra!...(2x)
A imperatriz do Tijuco
A dona de Diamantina
Morava com a sua corte
Cercada de belas mucamas...
Num castelo
Na Chácara, na Palha
De arquitetura
Sólida e requintada
Onde tinha até
Um lago artifical
E uma luxuosa galera
Que seu amor
João Fernandes, o tratador
Mandou fazer, só para ela
Ai! Ai1 Ai!...
Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva, a Negra!...(2x)
Muito rica e invejada
Temida e odiada
Pois com as suas perucas
Cada uma de uma cor...
Jóias, roupas exóticas
Das Índias, Lisboa e Paris
A negra era obrigada
A ser recebida
Como uma grande senhora
Da corte
Do Reis Luís!
Da corte
Do Reis Luís!...
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!...
Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva, a Negra!...(2x)
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!
Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!...
Xica da, Xica da, Xica da
Xica da Silva...(3x)

Feito isso, cada aluno deverá expor de forma oral os principais aspectos elencados. É importante que o professor indague os alunos se a conhecia, se gostaram, o que acharam do que ouviram, entre outros. È fundamental que resgate o respeito às diferenças raciais; o reconhecimento da diversidade cultural e étnico-racial brasileira; o mito da democracia racial; estereótipos; preconceito; discriminação racial, dentre outros.

Recursos Complementares

• Artigo: Cultura: um conceito antropológico. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/social-sciences/anthropology/1643717-cultura-um-conceito-antropol%C3%B3gico/>.


• Aula publicada no portal: “Racismo e ensino de Ciências no contexto escolar: implicações nas relações sociais”. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=11949>.

• Vídeos institucionais: Estereótipos, Preconceitos e Discriminação Racial• Narciso Rap. Produção: Paulo Boccato, Renata Moura. Brasil. 2003. 18`. Vídeo. Narciso, um garoto negro de periferia, ganha uma lâmpada mágica e pede ao gênio para ser visto branco pelos brancos e negro pelos negros. Disponível em: <http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=1577>.


Webibliografia:

www.unidadediversidade.org.br – oferece artigos, imagens e práticas educacionais sobre diversidade de gênero e raça.

Avaliação

A avaliação poderá ser feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerado a participação e o envolvimento dos alunos nos debates e na realização das atividades solicitadas. Além disso, o professor nesta avaliação poderá se pautar pela produção dos alunos, ou seja, a participação nos debates e a produção escrita.

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