Ler e debater textos

Escrever cartas

Preparar perguntas para entrevista

Escrever histórias coletivas

Fazer pesquisa biográfica sobre autores e personagens

Falar com fluência e boa altura de voz

Apresentar-se em público

Leitura do livro “Minhas Memórias de Lobato” de Luciana Sandroni. O livro deve ser lido por todas as crianças em forma de novela, isto é, um pedaço em aula e um pedaço em casa, todos os dias. O pedaço de livro lido em casa, deve ser discutido em sala antes do início da próxima leitura.
É importante entender que Monteiro Lobato não faz parte da vida da maioria das crianças hoje.

^{Resumo
Os "nobres" personagens do "Sítio do Picapau Amarelo" vão à forra e contam a vida de seu autor com a graça que ele mesmo lhes deu. Emília, Pedrinho e Narizinho são tão conhecidos que parecem pertencer ao domínio público. Neste livro é o próprio Monteiro Lobato quem se transforma em objeto das "memórias" de Emília e de seu ajudante, o Visconde de Sabugosa. O que eles fazem é uma biografia para crianças, numa linguagem séria e lúdica que o próprio Lobato aprovaria.}

Obs: Este título foi distribuído pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) no ano de 2002. Procure saber sobre ele na biblioteca da sua escola. Caso você consiga apenas alguns exemplares, faça a leitura toda em sala, com a turma dividida em grupos.

Sugestões de atividades para produção escrita e linguagem oral:.
A - Preenchimento de uma ficha com nome do autor, ilustrador, editora e avaliação do livro depois de lido.

B - Escrita de um carta para a Emília (em anexo a carta de uma aluna), realizando, dessa forma, um pesquisa sobre o uso das cartas e algumas regras para a sua escrita.

^{Rio de Janeiro, 6 de maio de 2009.}

^{Querida Emília:}

^{Estou lendo o livro “Minhas Memórias de Lobato” escrito pela Luciana Sandroni.
A parte que mais gostei foi quando você se irritou ao saber que Lobato passeava pelo triângulo e não pelo losango.
Gostaria de lhe dizer que gosto das suas peripécias, mas não escravize o pobre do Visconde, coitado!! Afinal, “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você.”
Bem, se eu fosse o Visconde, eu pararia de escrever para você agora, até você me pedir desculpas.
Assim, me despeço mandando a todos do Sítio do Picapau Amarelo um enorme abraço. Para você envio um enorme abraço também, um até logo, um bye, bye e um como vai.}

                                                                                                                                                                                             ^{& nbsp;  &nb sp;   & nbsp;  &nb sp;    ;                                            XXXXXXXXX}

A turma poderá montar um mural com as cartas produzidas.

C - Entrevista com a autora – uso de uma entrevista retirada do site de uma revista (anexo abaixo), descobrir e formular perguntas que podem ser respondidas pelos colegas num voo de imaginação “o que será que a Luciana responderia?”
ENTREVISTANDO LUCIANA SANDRONI

Fonte: http://www.construirnoticias.com.br

^{Construir Notícias - A paixão por Lobato é herança de família?
Luciana Sandroni - É. Minha mãe, Laura Sandroni, é uma grande leitora de Lobato e passou esse gosto para mim. Ela leu para os meus tios, que são bem mais novos que ela, e depois começou a ler para a gente, meus irmãos e eu. Acho que ela já sabia de cor as histórias. Nas férias, no sítio do meu avô, depois de muita praia, à noite, ela lia um capítulo de alguma aventura do Sítio para a gente. Era muito bom. Depois fui reler Lobato com uns 20 anos, já na Faculdade de Letras, na PUC do Rio. Queria escrever igual a ele.}

<sup>CN - O que, em particular, mais aproxima o autor Lobato da autora Luciana?
LS - Acho que é o humor. O Lobato é muito engraçado e isso me chamou muito a atenção. As tiradas da Emília, da Tia Nastácia, da Narizinho são muito boas. É claro que a imaginação e as críticas que ele faz à sociedade são também um ponto forte no texto, mas o fato dele não cair na lição e muito menos no tom piegas e tomar sempre o caminho do humor é o que eu mais admiro nele.

CN - A irreverência de Emília ajudou ou atrapalhou?
LS - Ajudou. A Emília faz a parte mais engraçada do livro, que é criar fatos que nunca aconteceram na vida de Lobato e atrapalhar o Visconde. E essa ideia surgiu da leitura de Memórias da Emília, em que a boneca começa a inventar coisas que nunca aconteceram na vida dela, como ter ido para Hollywood e ter conhecido a Shirley Temple.</sup>

^{CN - E a irreverência de Lobato?
LS - A irreverência dele também ajudou.}

<sup>CN - Como foi mostrar Lobato para as crianças através dos personagens criados por ele?
LS - Eu fiquei muito tempo pensando como fazer uma biografia do Lobato para crianças e eu não queria fazer uma biografia só com fatos e datas, queria trabalhar com ficção; e aí, relendo o Memórias da Emília, eu tive a ideia de fazer a Emília e o Visconde escrevendo as memórias do próprio autor. O próprio Lobato comentava muito que a Emília era quem dava as ideias para ele escrever. Ele acreditava nessa independência dos personagens, e eu também embarquei nessa ideia. No final da minha pesquisa, descobri que ele realmente pensava em fazer as suas memórias e quem escreveria seria o Visconde.

CN - A vida de Lobato, a História do Brasil... Que outras histórias essa turma ainda vai contar através de você?
LS - Acho que nenhuma mais. O Sítio no Descobrimento (Editora Globo) foi outra experiência legal de fazer, mas acho que agora vou trabalhar com os meus personagens.

CN - Como foi adaptar o Sítio do Picapau Amarelo para a televisão?
LS - Foi muito bom. Trabalhei com mais três roteiristas: Mariana Mesquita, Cláudio Lobato e Toni Brandão. Foi uma trabalheira sem fim, mas foi uma experiência muito legal. A gente adaptou quase toda a obra de Lobato. A cada semana, era uma aventura diferente . Tive que aprender na pr ática a fazer roteiro para TV. Outra experiência boa foi o trabalho em grupo. Mas ver o que você escreve aparecendo na telinha é muito bacana.</sup>

^{Pesquisando palavras}

^{Irreverência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________}

^{Agora é a sua vez!!}

^{Que pergunta gostaria de fazer a ela?}

^{Dê a um(a) colega e peça para ele imaginar como ela responderia a esta pergunta.}

D - Elaboração de um mural com as biografias de Monteiro Lobato e Luciana Sandroni, ilustrado e pesquisado pelas crianças. Caso você tenha acesso à sala de Informática, faça a pesquisa lá mesmo, pedindo que recolham fatos marcantes para que a pesquisa não fique cansativa.

E – Assistir a um DVD com episódios da série montada para a televisão, algumas com roteiro da própria Luciana Sandroni, onde a turma pode conhecer novos personagens do Sítio do Picapau Amarelo e perceber que há variedade na linguagem da apresentação de histórias.

F - Montagem de histórias coletivas onde as personagens principais sejam da turma do Sítio do Picapau Amarelo, que podem ser ilustradas e transformadas em livros com papel A3.

G – Montagem de uma apresentação com a história de cada personagem do Sítio. As crianças podem apresentar o trabalho para as turmas menores da escola. Vale apresentação com bonecos, teatro de sombras, retro projetor, fantasias. O que importa é a boa pesquisa sobre as personagens e a apresentação oral.

M - Além dessas, outras atividades podem e devem acontecer durante o processo de leitura: elaboração de histórias individuais, leitura de cartas escritas por Monteiro Lobato e para o Monteiro Lobato, além de leitura e da escrita de notícias e textos informativos que falam sobre Luciana Sandroni e Monteiro Lobato.

Deverá ser realizada em diferentes momentos e de diferentes formas

A- Observar a leitura oral das crianças durante a leitura do livro

B- Analisar a participação nos debates, procurando perceber o interesse demonstrado e o entendimento do que está sendo lido

C- Leitura individual das cartas para análise não só do conteúdo relativo à elaboração de uma carta, mas também para observação da escrita ortográfica.

D- Leitura individual das perguntas e das respostas da entrevista formulada

E- Leitura das histórias coletivas e observação do momento da elaboração para percepção da capacidade de cada um de lidar com a questão do grupo

F- Capacidade de síntese ao realizar uma pesquisa biográfica

G - Observação da fluência e da altura da voz na apresentação combinada