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Monteiro Lobato – Meu amigo mais antigo

 

16/12/2009

Autor e Coautor(es)
Graça Regina Franco da Silva Reis
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Análise e reflexão sobre a língua
Ensino Fundamental Inicial História Organização histórica e temporal
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ler um texto localizando informações predeterminadas
Conhecer Monteiro Lobato
Conhecer Ziraldo
Perceber que a literatura infantil, que hoje faz parte de seu cotidiano, não era comum na época da escola descrita no texto

Duração das atividades
2 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Estratégias e recursos da aula

Turma dividida em grupos.
Leitura de texto do Ziraldo onde ele relata como teve contato com os livros do Monteiro Lobato pela primeira vez. O texto pode proporcionar descobertas relacionadas às escolas do passado e da relação destas com os livros de literatura e mais, a importância que Monteiro Lobato teve em relação a este tipo de literatura.
Fazer uma leitura dirigida, isto é, dar antes da leitura do texto as perguntas que eles devem procurar responder durante a leitura silenciosa:
1 – Descubra:
A- O que Ziraldo gostava de ganhar de presente?
B- O que os amigos dele gostavam de ganhar de presente?
C – Por que os pais de Ziraldo lhe davam livros de presente?
D- O que os amigos dele achavam disso?

MEU AMIGO MAIS ANTIGO
Ziraldo Alves Pinto

Meu pai e minha mãe acreditavam que presente bom para o filho era livro.
Meus colegas de grupo escolar – era assim que se chamava a escola primária do meu tempo – não achavam isso, não. Eles gostavam era de carrinho, boneco de corda, bicicleta, piorras (piões), bolas de futebol...
Essas coisas é que eram presentes bons. Acreditavam que esse negócio de eu ganhar livro em lugar de brinquedo era golpe do meu pai que, coitado, não podia gastar dinheiro com brinquedos caros.
Havia, porém, duas coisas que meus colegas de escola não sabiam. A primeira é que eu adorava livros, gostava mesmo de ganhá-los de presente. Chegava a tremer de emoção enquanto abria o embrulho que papai trazia de suas viagens, tentando adivinhar a capa do livro que o embrulho escondia.
A outra coisa é que meu pai também tinha lido livros que marcaram muito sua vida de menino.
De um deles, especialmente, papai não se esquecera nunca. Ele tinha lido esse livro pelos 10, 11 anos, na sua escola.
Isso foi no começo dos anos 20, e ele lembrava que achou estranho encontrar um livro infantil, na escola, só para menino ler e não estudar. Ele achava isso máximo! E não se esquecia de que o livro se chamava “Narizinho Arrebitado”.
Ele queria muito reencontrá-lo para dar para seu filho de presente, talvez, para os dois lerem juntos e ele voltar um pouco à sua infância.
Já havia bem mais de 20 anos que ele havia lido aquele livro e nunca mais tinha ouvido falar dele, perdido que vivia numa cidadezinha do interior do Brasil.
Até que um dia cheguei da escola trazendo um livro que havia pedido emprestado na biblioteca do Grupo Escolar. E o livro se chamava “Reinações de Narizinho”.
Eu perguntei pro meu pai: “Não será esta menina aqui sua Narizinho Arrebitado?” E ele me perguntou: “Como é o nome do autor do livro?” Eu disse: “Um tal de Monteiro Lobato!”

O rosto do meu pai se iluminou e, a partir desse dia, o Monteiro Lobato e eu ficamos amigos para sempre.


Folha de São Paulo. Folhinha Suplemento Infantil. 13 de Setembro de 1997.


Após a leitura do texto, pedir que alguns alunos leiam o texto em voz alta.
Pedir que procurem as informações a seguir, ressaltando a importância de registrá-las sempre:
Título: ____________________________
Autor: ____________________________
Fonte: _____________________________
Data de Publicação: ______________________________

Fazer uma roda de discussão sobre o trecho abaixo:

“ [...] ele lembrava que achou estranho encontrar um livro infantil, na escola, só para menino ler e não para estudar. Ele achava isso o máximo!”

O que será que significa dizer que um livro é “só para menino ler” e não é “para estudar”?

Obs: É importante que o professor tenha um suporte teórico a respeito do “surgimento” e “disseminação” da litera tura infantil no Brasil, para que possa fazer as interferências necessárias ao bom encaminhamento da discussão.


Indicação de material de leitura
ZILBERMAN, Regina & LAJOLO, Marisa. Um Brasil para crianças. Para conhecer a literatura infantil brasileira: história, autores e textos. Global, SP, 1993.

Registrar as descobertas no seu material de História.

Para finalizar o estudo do texto, o professor poderá propor uma pesquisa sobre as vidas de Ziraldo e Monteiro Lobato, encaminhando a descoberta no sentido de permitir que seus alunos percebam a atuação de cada um no contexto “espaço-tempo” da literatura infantil brasileira.
http://www.ziraldo.com.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato

Cada grupo deve preparar um quadro síntese com as conclusões e descobertas do grupo.

Avaliação

Observação da participação de cada aluno no processo de leitura e busca pelas respostas.
Avaliação da leitura oral – feita em voz alta – pelos alunos escolhidos.
Participação nas discussões, nas pesquisas e nas conclusões dos trabalhos.

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