- Conhecer e compreender o conceito de composição fotográfica;

- Buscar imagens no cotidiano que representem determinado conceito de composição fotográfica;

Não há conhecimentos prévios para esta aula

-  A composição fotográfica pode ser entendida como uma seleção ou arranjo agradável dos assuntos dentro da área da fotografia. Eles são feitos ao colocarmos figuras ou objetos em determinadas posições que os favoreçam. Às vezes, com a mudança do ângulo de visão é possível acarretar uma mudança considerável na composição.
Uma foto bem composta exige um olhar aguçado, planejamento, paciência e exercício. A intuição e o olhar do fotógrafo fazem a diferença, mas não dominar a composição fotográfica, infere que uma foto pode não ser bem encaminhada.

- Discuta o tema com os alunos, a partir do ponto de vista deles, como eles entendem Composição Fotográfica e quais as imagens com as quais eles convivem que poderiam exemplificar o assunto.

-Em seguida, passe o seguinte exercício:

         - A turma deverá ser dividida em  duplas ou pequenos grupos (4 no máximo);

         - Cada grupo de alunos receberá um critério composicional para fotografar. Os critérios devem ser diferentes para que no dia da apresentação haja uma dinâmica de temas e que os grupos conheçam várias propostas pelos trabalhos dos colegas. Sugiro alguns dos critérios abaixo

Regra dos Terços:
Antes de tirar a foto, imagine a área da fotografia dividida simultaneamente em 3 terços verticais e horizontais, isto é, trace três linhas paralelas imaginárias no sentido horizontal e no sentido vertical da fotografia, igual à figura abaixo.
As interseções destas linhas imaginárias sugerem 4 pontos que servem de opções para a colocação do centro de interesse da composição. A opção depende do assunto e como o fotógrafo quer que ele seja apresentado.
Geralmente, fotos com assuntos centralizados, tendem a ter uma característica mais estática e menos interessante do que fotos com o assunto fora do centro. Você deve sempre considerar a direção do movimento da figura retratada, e deixar um espaço na frente, dentro do qual possam se movimentar.
Pode-se também aplicar a orientação da regra dos terços na colocação da linha do horizonte em sua foto, pois a linha do horizonte dividindo a foto ao meio, dá uma sensação de estática. O mesmo vale para assuntos verticais, como prédios, por exemplo.
Os pontos em que se cruzam as linhas chamam-se: Pontos de Ouro.

Chave Tonal:

Denomina-se tom a transição das altas-luzes (áreas claras) e para a sombra (áreas escuras). A gama de cinzas existente entre o preto e o branco. O ponto médio de cinzas numa escala é de 18%.
Chave Tonal significa que toda fotografia tem praticamente o mesmo tom de cor. Quando se tem cores iguais, significa uma chave tonal alta, e quando se tem cores diferentes, significa uma chave tonal baixa.
Em uma fotografia que onde existem apenas alguns tons de cinza, observa-se que se vê apenas a silhueta do objeto recortada contra um fundo. Onde o preto e o branco é predominante, não existindo tons de cinza, esta será considerada uma fotografia em alto-contraste e bem contrastada.
Já uma imagem onde predominem os tons de cinza poderá ser considerada uma fotografia suave e portanto, pouco contrastada.

Composição por contraste de cores e formas

Composições de mono-tom significam que a fotografia por inteiro tem o mesmo tom, e de contraste significa que a diferença das cores é bem marcada ou tem uma dura diferença.
Como fazer a variação de tudo que se tem o mesmo padrão? Com a chave tonal. Fotos de formas iguais, usa-se cores diferentes, já nas formas diferentes, usa-se cores iguais. As cores que mais contrastam são: amarelo e roxo; azul e vermelho; azul e amarelo.

Forma Fechada e Aberta:

A forma fechada tem bem demarcado todo o contorno ou limite da imagem retratada, e a forma aberta não mostra o limite da imagem.

Planos, Corte, Enquadramento: Refere-se ao distanciamento da câmara em relação ao objeto fotografado, verifica-se que a distinção entre os planos não é somente uma diferença formal, cada um possui uma capacidade narrativa, um conteúdo dramático próprio.
É justamente is so que permite que ele s forme m uma unidade de linguagem, a significação decorre do uso adequado dos elementos descritivos e ou dramáticos contidos como possibilidades em cada plano.
Os planos se dividem em três grupos principais (seguindo-se a nomenclatura cinematográfica): os plano gerais, os planos médios, e os primeiros planos.
Enquadrar o centro de interesse focalizando objetos que estejam no "Primeiro Plano", nos dá a sensação de profundidade. Usar ou não o enquadramento para uma foto, dependerá de cada novo assunto e o que o fotógrafo escolhe como moldura, que pode variar a cada foto tirada.
Também é comum a expressão "Segundo Plano" para fazer referência a assuntos, pessoas ou objetos, que mesmo não estando em destaque ou determinando o sentido da foto, têm sua importância.

Grande Plano Geral (GPG)
O ambiente é o principal elemento. O sujeito é um elemento dominado pela situação geográfica. Objetivamente a área do quadro é preenchida pelo ambiente deixando uma pequena parcela deste espaço para o sujeito que também o dimensiona. Seu valor descritivo está na importância da localização geográfica do sujeito e o seu valor dramático está no envolvimento, ou esmagamento, do sujeito pelo ambiente. Pode enfatizar a dominação do ambiente sobre o homem ou, simbolicamente, a solidão.

Plano Geral (PG)
Neste enquadramento, o ambiente ocupa uma menor parte do quadro: divide, assim, o espaço com o sujeito. Existe aqui uma integração entre eles. Tem grande valor descritivo, situa a ação e situa o homem no ambiente em que ocorre a ação. O dramático advém do tipo de relação existente entre o sujeito e o ambiente.

Plano de Detalhe (PD)
O PD isola uma parte do rosto do sujeito. Evidentemente, é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia. Pode chegar a criar formas quase abstratas.

Plano Médio (PM)
É o enquadramento em que o sujeito preenche o quadro - os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura. Como se vê, os planos não são rigorosamente fixados por enquadres exatos. Eles permitem variações, sendo definidos muito mais pelo equilíbrio entre os elementos do quadro, do que por medidas formais exatas.
Ou seja, sujeito ou assunto fotografados estão ocupando boa parte do quadro, deixando espaço para outros elementos que deverão completar a informação. Este plano é bastante descritivo, narrando a ação e o sujeito.

Primeiro Plano (PP)
Enquadra o sujeito dando destaque ao seu semblante, gesto, à emoção, à fisionomia, podendo também ser um plano de detalhe, onde a textura ganha força e pode ser utilizada na criação de fotografias abstratas. Sua função principal é registrar a emoção da fisionomia. O PP isola o sujeito do ambiente, portanto, "dirige" a atenção do espectador.

          - O professor pode inserir mais propostas para contemplar toda a turma.

          - Dê um prazo para que os grupos, pesquisem sobre o tema. Durante este tempo, certifíque-se de que os grupos realmente entenderam o critério, quais são as imagens que pretendem fotografar. Estas discussões ajudam muito o aluno a pensar sobre seu trabalho.

          - Sugiro que sejam dados quinze dias. Durante esse tempo os alunos deverão preparar uma breve apresentação para toda turma, com fotos feitas pelos integrantes que ilustrem o critério do grupo. Sugiro que eles saiam pela cidade e capturem as imagens que mais lhes chamem a atenção.

          - Na data estabelecida, os grupos deverão apresentar o trabalho para a turma. O professor pode encaminhar a apresentação perguntando aos alunos o por que de fotografarem determinado local ou objeto, por que aquela imagem ilustra bem o critério do grupo, o que mais lhe chamou atenção naquela imagem ou qual foi a parte mais difícil do trabalho;

          - Durante a apresentação sugiro que o professor vá colando as fotografias dos alunos no quadro para formar um panorama do trabalho da turma.

A fotografia abaixo foi feita no dia da apresentação dos 8os. anos do Colégio de Aplicação João XXIII (Juiz de Fora/MG). Cada fotografia foi feita pelos alunos e explicada para a turma. A turma também pode participar fazendo perguntas aos colegas sobre o tema apresentado.

          - No final da apresentação, o professor pode fazer um apanhado sobre os trabalhos da turma, destacando qualidades e dificuldades dos alunos. Pode haver uma espaço para os alunos falarem sobre o proceso de realização do trabalho e trocarem experiências sobre o tema.

Não há recursos complementares.

Sobre o trabalho de campo dos alunos e sua apresentação para a turma. Observar sua criatividade, nível de compreensão do tema, capacidade de observação e de explicação para a turma sobre como efetuou as fotografias na  elaboração do trabalho.