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Foco narrativo: o ponto de observação escolhido pelo autor

 

10/12/2009

Autor y Coautor(es)
Maria Luiza Scafutto
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

As atividades ajudarão o aluno a:

a) Apreciar, na leitura literária, as estratégias narrativas escolhidas pelo autor;
b) Estabelecer a diferença de identidade entre autor e narrador;
c) Apropriar-se do conceito de foco narrativo;
d) Conhecer alguns tipos de narrador: narrador protagonista, narrador onisciente intruso, narrador testemunha e modo dramático de narrar.
e) Perceber a relação íntima entre foco narrativo, o tempo interno da narrativa e as formas verbais.

Duração das atividades
08 aulas de cinquenta minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O aluno já deve conhecer um pouco sobre alguns elementos da narrativa, especialmente, já dominar o conceito de personagem principal (protagonista) e secundário.

Estratégias e recursos da aula

O professor precisará de ter cópias dos seguintes textos:


1. Um dia, um gato - Heloisa Seixas
http://heloisaseixas.blogspot.com/1999/06/um-dia-um-gato.html


3. Prova Falsa - Stanislaw Ponte Preta
http://www.releituras.com/spontepreta_prova.asp

4. O Casamento - Luiz Fernando Veríssimo
http://www.jaironogueira.noradar.com/jairo31-outros.htm#O casamento

ATIVIDADES DE PRÉ-LEITURA

1. Contextualizando o conto e a autora

Informar aos alunos que será feita uma leitura do conto de Heloisa Seixas, publicado domingo, 13 de junho de 1999 no Jornal do Brasil.
O professor poderá apresentar a autora a partir da leitura da entrevista que ela deu a Alvaro Costa e Silva, no Jornal do Brasil, em fevereiro de 2005, cuja íntegra pode ser acessada no endereço abaixo, mas os trechos mais relevantes para a contextualização da autora e do conto estão transcritos em recursos adicionais.

http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/cadernos/ideias/2005/02/18/joride20050218004.html

2. Antes de ler o conto, dizer aos alunos que vai escrever no quadro duas perguntas que devem orientar a atenção na leitura:
a) QUEM ESTÁ CONTANDO PARA NÓS, LEITORES, ESTA HISTÓRIA?
Seria um personagem: protagonista ou secundário?
Seria uma espécie de observador do fato narrado?
Seria o autor, no caso, a autora Heloisa Seixas?
b) QUEM É O PROTAGONISTA DESTE CONTINHO? QUE INFORMAÇÕES FORAM FORNECIDAS SOBRE ELE?

LEITURA I (Atividade oral)
1ª Etapa

1. Num primeiro momento, o professor lerá para os alunos (que ainda não devem ter tido acesso ao texto) a primeira parte do conto, omitindo, inclusive o título.
2. Após a leitura, verificar se os alunos perceberam que o narrador da parte lida é o protagonista da história, ou seja, trata-se de foco narrativo em primeira pessoa.
3. Discutir com os alunos sobre este personagem, solicitando que levantem hipóteses quanto a sua identidade, justificando com informações dadas. O que se sabe sobre ele: onde ele está? Em que estado? Como se locomove?
4. Persistente, o protagonista se esforça por sair do lugar em que está. Qual a surpresa que tem ao encontrar a liberdade?
2ª Etapa
1. O professor entregará aos alunos cópia completa do conto. Estimulados pela curiosidade em descobrir quem é o protagonista, farão leitura silenciosa da segunda parte da narrativa.
2. Após a leitura, discutir com os alunos a partir das seguintes questões:
a) Afinal, quem era o narrador protagonista da primeira parte?
b) E na segunda parte, o gatinho continua sendo o narrador ou é outro personagem ou é “alguém” de fora da narrativa?

ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS NARRATIVAS I (Atividades escritas)
1. Releia os dois primeiros parágrafos e responda:
a) Em que momento do episódio o gatinho começa a contar a história? (O professor ajudará o aluno a perceber que o gato começa a contar no momento em que acorda do desmaio – Tempo Zero da narrativa)
b) Qual o trecho que marca claramente este momento do início da narração? ( Espera-se que o aluno seja capaz de especificar o trecho: “... porque a verdade é que agora abro os olhos, arregalando-os...”
c) Observe as formas verbais que antecedem o trecho acima especificado. Estão no mesmo tempo dos utilizados do referido momento para frente?
d) Quando narra o passado recente, o gatinho fala de outros personagens ou de ac ontecimentos que estavam fora do alcance de sua percepção. (Espera-se que o aluno perceba que o narrador só fala com certeza do que percebeu e, no máximo, levanta hipóteses sobre o acontecido fora de seu campo de percepção).
2. Releia os demais parágrafos da primeira parte do conto e responda:
a) O gato continua narrando o episódio como se já tivesse acontecido? (Espera-se que os alunos percebam que o gato vai contando à medida em que os fatos vão acontecendo, havendo uma simultaneidade entre ação e narração.)
b) O gatinho não sabe tudo o que está acontecendo. Apenas sabe o que ele percebe. Retire do texto um exemplo que confirma estas afirmações.
c) Explique a expressão “Sou bom nisso” que aparece no final do terceiro parágrafo.
3. Releia os parágrafos que compõem a segunda e última parte do conto e responda:
a) O narrador não é mais personagem da história. É como se ele estivesse de fora da cena gravando como um cinegrafista. No primeiro parágrafo, para onde ele dirige o foco de sua atenção? E o cinegrafista focaliza o quê?
b) O cinegrafista não é o narrador, mas para onde ele ajeita e move o foco de sua câmera no segundo e terceiro parágrafos?
c) O quarto parágrafo começa com a afirmação: “Parece perplexo. Seus donos com certeza estão mortos.” Quem tem essa opinião: o cinegrafista ou o narrador?
d) O conto termina com comentários referentes à situação daquela cidade na chamada Guerra de Kosovo. O narrador tece algum comentário sobre aquele cenário?
(Professor explique para os alunos que o termo Guerra do Kosovo ou Conflito do Kosovo é usualmente usado para descrever dois conflitos armados e seguidos na província sérvia: 1º 1996–1999: Conflito entre forças de segurança sérvias e Jugoslávia e o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), uma guerrilha formada por integrantes de origem étnica albanesa que lutava pela independência da província; 2º 24 de Março-10 de Junho de 1999: Guerra entre a Jugoslávia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte[1], quando a Otan atacou alvos jugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as forças sérvias e formou-se um grande número de refugiados.)

Concluir com os alunos que o conto apresenta dois tipos de narrador:
NARRADOR PROTAGONISTA: aquele que funciona como personagem central, não tendo acesso ao estado mental das demais personagens. Narra em primeira pessoa, de um centro fixo, limitados às suas percepções, pensamentos e sentimentos.
NARRADOR ONISCIENTE INTRUSO: aquele que tem a liberdade de narrar à vontade, podendo narrar da periferia dos acontecimentos, ou do centro deles, ou ainda limitar-se a narrar como se estivesse de fora, ou de frente, podendo, ainda, mudar e adotar várias posições. Seu traço característico é a intrusão, ou seja, seus comentários sobre a vida, ou costumes, a moral, etc que podem ou não estar entrosados com a história narrada. Esse narrador nos fala em terceira pessoa.

LEITURA II
O professor vai entregar aos alunos cópias da crônica narrativa Prova Falsa. Vai apresentar também o autor:
Escritor, jornalista, radialista e apresentador de TV, Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do escritor Sérgio Porto, nasceu em janeiro de 1923 na cidade do Rio de Janeiro. Ele era um observador meticuloso e atento da realidade carioca, dotado de um raro senso de humor, ironia e extraordinário senso crítico, sabendo representar muito bem o drama e a comédia do cotidiano de sua cidade natal.

ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS NARRATIVAS II

1. A crônica Prova Falsa apresenta uma estratégia narrativa bem interessante. Releia, com atenção, o primeiro parágrafo e considere todo o texto e responda:

a) O que alguém (Interlocutor 1) está contando para nós, leitores? (Espera-se que os alunos tenham percebido que este interlocutor 1 está contando um caso que outra pessoa está lhe contando numa conversa).
b) Quem é o segundo per sonagem que conversa com o interlocutor 2, ou seja, o interlocutor 1?
c) Quem é o narrador que conta o caso para o interlocutor 1?
d) Como você descreveria o narrador do caso que está sendo contado para o interlocutor 1?
e) Então, quem está contando para nós, leitores, é o padrinho da caçula?
f) Como você descreveria o narrador desta narrativa? Ele é personagem? Que tipo de personagem?

2. Analise as duas estratégias narrativas descritas abaixo e diga qual delas se aproxima mais da usada em Prova Falsa:

a) NARRADOR TESTEMUNHA: narra em primeira pessoa e é interno à narrativa, vivendo os acontecimentos como personagem secundário. Ele narra da periferia dos acontecimentos, não consegue saber o que se passa na cabeça dos outros personagens, apenas pode inferir, lançar hipóteses e fazer julgamentos sobre o que está percebendo.
b) MODO DRAMÁTICO: não há propriamente narrador, pois a história é contada, exclusivamente, através da fala dos personagens, como se o leitor estivesse assistindo a uma peça de teatro.

3. Releia os seis últimos parágrafos do texto e observe que o interlocutor 1, nosso narrador, percebeu uma contradição no modo como o dono do cachorro resolveu seu problema doméstico.
a) Releia a definição de narrador testemunha e comprove sua escolha na questão anterior usando este trecho.
b) “Venceu a guerra fria com o cachorro graças à má educação do adversário.”
Diga como o dono do cachorro conseguiu livrar-se do bichinho, explicando também a expressão acima grifada.


LEITURA III
O professor distribuirá para a turma a crônica O CASAMENTO de Luiz Fernando Veríssimo (Luis Fernando Veríssimo. Histórias divertidas. São Paulo: Ática, 1993. p.72-6. Col. Para Gostar de ler, v.13) para responder:
1. Observe como a crônica O Casamento foi construída. Qual foi a estratégia narrativa utilizada por Luís Fernando Veríssimo? Existe um narrador?
2. Se a crônica fosse encenada, seria dividida em seis cenas.
a) Complete o quadro com as informações solicitadas:

CENA PERSONAGEM LUGAR TEMPO
1 Sala da casa da noiva Semanas antes do casamento
2 Pai e mãe da noiva Sala da casa da noiva
3 Sala da casa da noiva
4 Pai e mãe da noiva Madrugada antes do casamento
5
6 O sogro e o genro
O Casamento
Recursos Complementares

O professor poderá acessar, no site abaixo, as categorias de narador utilizadas nas atividades

http://pt.shvoong.com/humanities/theory-criticism/1631598-foco-narrativo/

Trechos da Entrevista com Heloisa Seixas
Alvaro Costa e Silva

Heloisa Seixas é incansável. Desde sua estreia na ficção, em 1995, com os contos de Pente de Vênus, que ela, para o deleite de seus leitores de carteirinha, não parou mais, ora produzindo romances (até agora, são três, A porta, Diário de Perséfone e o maravilhoso Pérolas absolutas, todos publicados pela Record) ora as crônicas que semanalmente publica na revista Domingo do Jornal do Brasil, e ainda organizando e traduzindo antologias de contos góticos e romances de aventura, num serviço inestimável à divulgação da boa literatura. É o caso de sua mais recente façanha: a compilação de artigos publicados na revista Manchete sob o título geral de As obras-primas que poucos leram (leia reportagem na capa). Em seu escritório de Ipanema, onde trabalha em companhia de sua gata Colette, a escritora conversou com o Ideias, e aproveitou para adiantar alguns de seus futuros projetos: uma coleção com escritoras inglesas do século 19 e um livro de crônicas tendo como tema central o Rio, cidade onde nasceu e que ama acima de tudo. Dando um tempo na ficção (mas a pergunta, em se tratando de que é, é: até quando?) Heloisa segue fiel aos assuntos que traz dentro de si: “Literatura sem verdade interior não existe”.
– Fale sobre a descoberta da Heloisa Seixas escritora.
– A vida inteira trabalhei com texto, com palavras, fui jornalista e tradutora, mas nunca alimentei o sonho de ser escritora, nem nunca tive aquilo que um amigo meu chama de “os fantasmas da gaveta”, isto é, aqueles escritos secretos que vamos acumulando e não mostramos para ninguém. Além do meu diário de adolescente, que aos 14 anos rasguei e queimei (temendo que fossem lidos por um namorado ciumento que eu tinha), jamais escrevi uma linha na vida. Até que de repente a coisa explodiu. Eu estava com quase 40 anos. Comecei a escrever de forma obsessiva, quase doentia. Foi como um surto e cheguei a pensar que era algo passageiro. Escrevi durante dois anos um texto bastante confessional, autobiográfico, que não creio tenha interesse para publicação, mas assim que dei aquilo por terminado, vi que já não poderia parar, que o fluxo continuava, interminavelmente. Sentei então e escrevi, em poucos meses, os 14 contos de Pente de Vênus. Quando o livro saiu – para meu espanto, com grandes elogios, sendo até finalista do Jabuti – houve um crítico que disse haver naqueles contos “uma romancista aprisionada”. Achei interessante essa observação, porque a sensação que eu tinha era mesmo a de ter escrito os 14 contos porque não teria condições físicas de escrever 14 romances. Enfim, a coisa brotava e brotava, quase fora de controle. Uma explicação que encontrei, anos depois, ao refletir sobre tudo isso, é que a vida inteira me contei histórias em pensamento (aliás, sempre falei sozinha). Creio então que essas histórias se acumularam, se acumularam, acabaram formando uma massa de densidade enorme – que um dia precisou ser liberada. Parece dramático, mas eu tinha a impressão de que, se não escrevesse, aquilo ia acabar me matando.
[...]
E sua atividade de cronista?
– Comecei a fazer os Contos mínimos, com este título, não na revista Domingo, mas na Folha de S. Paulo, em 1996. Escolhi esse título porque eram textos curtíssimos, coisa de seis ou sete linhas no computador. Quase um hai-kai. Foi uma experiência interessantíssima, que eu fazia duas vezes por semana. No início de 1999, o JB me convidou. Foi uma festa para mim ter trinta e tantas linhas à minha disposição. Cheguei até a pensar em dar outro título à coluna, mas o jornal queria Contos mínimos porque achava esse título bom. Vai fazer seis anos agora em abril. Às vezes me perguntam se não fico sem assunto, mas isso é algo muito raro. Estou sempre vendo “contos mínimos” por toda parte. Virei também um pouco cronista, pois o que faço na Domingo é na verdade meio conto, meio crônica. Aconteceu principalmente pela minha vontade de escrever sobre o Rio, esta cidade que adoro, numa época em que ela estava sendo muito satanizada (agora, melhorou um pouco, creio).
[...]
– Você traduziu e organizou livros de contos góticos: a coletânea Depois, Visões da noite (com histórias de Ambrose Bierce), A casa do passado (com histórias de Algernon Blackwood). Qual a sua relação com os gêneros terror e horror, que não são a mesma coisa.
– Cresci ouvindo histórias de terror. Meu pai sempre adorou Poe, lia histórias para nós. E minha avó, figura marcante na minha vida, contava histórias com um talento impressionante, sendo que as de terror eram suas prediletas. Quando organizo coletâneas, agora mesmo com os artigos de As obras-primas que poucos leram, minha intenção é sempre dividir com os leitores alguma coisa à qual tive acesso e pela qual me apaixonei. Foi lendo o conto “Os salgueiros”, de Algernon Blackwood, que me veio a idéia das coletâneas de terror. A diferença entre horror e terror, segundo alguns, é que o terror seria o horror porém com um toque de desconhecido, de sobrenatural. Mas a classificação não importa. O que importa é o arrepio.
– Comente a coleção Clássicos de Aventura.
– Foi outro caso de um livro pelo qual me apaixonei e que motivou tudo. No caso, Ela, de H. Rider Haggard, o autor de As minas do Rei Salomão. Li Ela e fiquei louca. Não me conformava em ver que tanto esse romance quanto a continuação, Ayesha, a volta de Ela, eram desconhecidos do público brasileiro. Aí organizei a coleção, traduzindo esses livros, mas incluindo também clássicos mais famosos, como A ilha do tesouro e Robinson Crusoé, assinados por outros tradutores. Este ano ainda vão sair mais dois volumes, Viagens de Gulliver e Moonfleet, este último outro livro maravilhoso e desconhecido, que eu também traduzi.
[...]

Avaliação

A turma deverá ser dividida em seis grupos. Cada grupo receberá um número de 1 a 6. Os alunos, individualmente, ou em duplas, terão a tarefa de alterar a estratégia narrativa para contar a cena referente ao seu número mudando o tipo de narrador para narrador onisciente intruso. Em roda grande, cada grupo, respeitando a sequência de cenas, vai apresentar a nova versão.

Opinión de quien visitó

Cinco estrelas 2 calificaciones

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Opiniones

  • Sylvia, EEF Mané Garrincha , Rio Grande do Sul - dijo:
    sylviamoraga@gmail.com

    08/10/2014

    Cinco estrelas

    Parece uma ótima proposta de aula e vou aplicar semana que vem com meus alunos.


  • karoliny, caridade , Rio Grande do Sul - dijo:
    karoliny_holanda@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    eu achei 1 otima aula pois da para compriender bastante


Sem classificação.
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