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RELAÇÕES HUMANAS: “PESSOAS AGEM COMO PEDRAS?”

 

15/12/2009

Autor e Coautor(es)
Gláucia Costa Abdala Diniz
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Fátima Rezende Naves Dias; Marta Regina Alves Pereira; Liliane dos Guimarães Alvim Nunes; Lucianna Ribeiro de Lima

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

1. Refletir sobre as relações humanas em diferentes contextos sociais, de maneira crítica e criativa.
2. Analisar atitudes tomadas em situações cotidianas que envolvem relação com o outro e as consequências de seus atos.

Duração das atividades
Duas aulas ou mais de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não há necessidade de conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula

Momentos da aula:

1º Momento: O professor inicia a aula com a seguinte problematização: “Pessoas e pedras têm algo em comum?” Após ouvir as opiniões dos alunos, o professor comenta que a questão “Pessoas e pedras têm algo em comum?” é um tipo de pergunta que não estamos acostumados a formular e a pensar sobre ela, de maneira criativa e reflexiva. No entanto, há pessoas que pensam e escrevem sobre coisas diferentes e interessantes, como o texto em que o autor reflete sobre “A lógica das pedras”. O professor convidará os alunos: vamos conhecer, agora, parte deste texto! (Distribuir o texto digitado para cada aluno).
Inicialmente, o professor solicita aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.

 

A Lógica das Pedras              

                Ricardo Parra Catarina


- Pai, em que nós somos diferentes das pedras?
- Que pergunta, hein? Bem, nós temos braços, pernas, boca, olhos.
- Mas, pai, e as pedras que são esculpidas iguais às pessoas? Elas também têm tudo isso que você falou.
- Mas elas não se mexem.
- Mas as pessoas mortas também não se mexem.
- Mas as pessoas mortas não têm mais vida.
- É, pai, mas as pedras também não têm!!
- Tá certo, mas pedras são pedras e pessoas são pessoas.
- E pedras são pessoas e pessoas são pedras!
- Eu acho que você está confundindo as coisas.
- Não, pai, você é que está. Se pedras são parecidas com pessoas e pessoas agem como pedras, logo é como eu falei!
- Só que isso não tem lógica!!
- Claro que tem pai. Só que é a lógica das pedras.

(Professor, a referência bibliográfica deste texto é a seguinte: OLIVEIRA, P. R. de. Um Mundo de Histórias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 147).


Em seguida, o professor deverá propor que, em duplas, os alunos realizem uma leitura dialogada do texto, em que um assume as falas do pai e o outro as falas do filho (O professor poderá abrir espaço para que as várias duplas façam a leitura dialogada para todo o grupo, uma vez que a entonação e a interpretação dadas ao texto por cada dupla podem ser diferentes e utilizadas como elementos que enriquecem a discussão).


2º Momento: Após a leitura do texto pelas duplas, o professor pergunta aos alunos se já ouviram as expressões “cabeça dura”, “coração de pedra”, “forte como uma rocha” e se sabem ou imaginam os seus significados (Se necessário, o professor poderá ajudá-los, complementando com os significados comumente atribuídos a estas expressões: “Cabeça dura” se refere ao indivíduo que não aceita opiniões nem conselhos dos outros, teimoso, insistente, que demonstra dificuldade em considerar o ponto de vista do outro, em entender as coisas, em aprender. Já a expressão “Coração de Pedra" se aplica às pessoas que têm dificuldade em demonstrar e expressar sentimentos, que parecem dar mais valor às coisas materiais do que as relações com os outros. A expressão “Forte como uma rocha” explica-se por si mesma, ou seja, uma rocha, no sentido de rochedo, costuma ser uma massa dura, rígida, pesada, com grande resistência ao choque. Associando estas propriedades à idéia de força, a expressão quer dizer que alguém ou alguma coisa é muito resistente).
Na sequência, deverá perguntar: Vocês concordam ou não que “pessoas agem como pedras”? Em que situações isto acontece? Como as pessoas agem nestas situações? Esta forma de agir atrapalha as relações entre as pessoas? Pessoas que costumam agir como pedras podem ser frágeis e ter “coração mole”? Conhecem pessoas assim? Em que circunstâncias demonstram ser de um jeito e de outro?


3º Momento: Alunos divididos em pequenos grupos. O professor pedirá aos participantes de cada grupo que tentem se lembrar de situações em que “agiram como pedras”, compartilhando-as com os colegas do grupo. Em seguida, o grupo deverá escolher uma delas e representá-la utilizando massa de modelar de diversas cores, sobre um pedaço de isopor, de papelão ou de madeira. Se necessário, pode-se complementar a representação com escrita de palavras, símbolos...


4º Momento: Dando prosseguimento à atividade, cada grupo deverá mostrar a sua produção à turma que tentará descobrir a situação representada e, em seguida, todo o grupo deverá analisar as atitudes das pessoas envolvidas, os motivos que as levaram a “agir como pedras”, se houve conseqüências desagradáveis e, neste caso, o que poderia ter sido feito para evitar atitudes que prejudicam as relações interpessoais.

Recursos Complementares

Como complemento interessante, divertido e desafiador para os alunos, o professor poderá acessar o sítio http://sitededicas.uol.com.br/enig9_p2.htm onde encontrará o desafio lógico “A Porta de Pedra”. Para a resolução deste desafio, os alunos poderão ser organizados em duplas e utilizar os computadores da sala de informática da escola. Esta atividade possibilita observar o modo de agir dos alunos, de comunicar entre si e de buscar estratégias para resolver o desafio, podendo revelar momentos em que “agem ou não como pedras”.

Avaliação

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.


Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação nas discussões e na atividade grupal.


Avaliação dos alunos pelo professor: Envolvimento e participação dos alunos nos diferentes momentos da aula. Respeito aos momentos de fala e escuta e às opiniões dos colegas. Verificar em relação aos alunos a capacidade de: refletir sobre as relações humanas, de maneira crítica; estabelecer relações entre objeto (pedra) e o comportamento das pessoas; analisar atitudes tomadas em situações cotidianas e as conseqüências de seus atos.

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