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Introdução ao estudo do parágrafo no texto dissertativo - argumentativo

 

10/12/2009

Autor e Coautor(es)
Joseli Rezende Thomaz
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Tavela Weitzel

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 O objetivo é possibilitar a compreensão da divisão em parágrafos característica dos textos dissertativos-argumentativos, permitindo que o aluno identifique ideia núcleo, ideias secundárias e conclusão, bem como permitir o desenvolvimento de opinião sobre determinado assunto.

Duração das atividades
3 horas /aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Aulas elaboradas para alunos do 8° ano, pressupondo algum contato com textos argumentativos.

Estratégias e recursos da aula

Primeira etapa:

Professor: inicie a aula conversando com os alunos sobre o texto dissertativo- argumentativo. Pergunte-lhes quais são os textos que circulam em nossa sociedade e que tenha como objetivo defender uma opinião, persuadir o leitor. A partir das respostas dos alunos, faça uma lista, no quadro, dos gêneros citados que possuem o tipo textual dissertativo- argumentativo. Em seguida, destaque dentre os textos mencionados, o texto que será objeto de estudo desta aula. Explique - lhes também que a estrutura desse tipo de texto compõe-se normalmente de introdução, desenvolvimento e conclusão e que cada uma dessas partes pode ocupar um número variado de parágrafos e apresentar características diferentes. Tudo depende do tema tratado, da abordagem escolhida e dos recursos de quem escreve.

Professor: convide os alunos para fazerem a leitura do texto abaixo a fim de identificarem e compreenderem a estrutura mencionada. Peça um aluno para fazer a leitura em voz alta.

                                                                             Livros só mudam pessoas


Sinceramente, existem poucas coisas mais simples do que essa frase do poeta Mário Quintana: “Os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Nas páginas de um livro estão todos os caminhos, argumentos e chaves para abrir o pensamento. Então, por que se lê tão pouco no Brasil? Tirando o analfabetismo, as razões esbarram em questões culturais.

            Entrevistei, certa vez, a escritora Ana Maria Machado, premiada na área infanto-juvenil, e perguntei como se consegue fazer uma criança gostar de ler. Ela respondeu: “Dando o exemplo.” Os pais levam os filhos ao parque e ao cinema. Levam à livraria? Na maioria das vezes, não.

            Logo que a saga de Harry Potte r, de J. K. Rowling, começou a virar fenômeno mundial, muito se debateu sobre a qualidade do best-seller baseado no bruxinho órfão. O crítico literário e escritor inglês Harold Bloom, por exemplo, disse que não adiantava ficar assanhado com o sucesso de Harry Potter porque esses adolescentes se tornariam, no futuro, no máximo, leitores de Stephen King. Mas como bem lembrou Ana Maria Machado, a amizade com os livros se faz de várias maneiras. Potter poderia levar a Marcel Proust? Sim, se o primeiro proporcionar o prazer da leitura.

            Já dizia o poeta Oswald de Andrade: “A massa ainda comerá o biscoito fino que eu fabrico.” Muito timidamente, isso acontece. Ver Espumas Flutuantes, de Castro Alves, ser vendido a dois reais – numa dessas máquinas em que se inserem as moedas e o produto é liberado – em uma estação de metrô parece devaneio. Mas acontece: eu vi! Vai demorar muito para chegarmos às tiragens iniciais de um John Grisham, por exemplo, de quase um milhão de exemplares só nos Estados Unidos. Mas o caminho é esse: dar o exemplo e dar acesso.

                                                                                                                                              Eliane Lobato

                                                                                                             Istoé, São Paulo, 11 de abril de 2007

Professor: oriente os alunos no preenchimento do quadro abaixo, principalmente com relação ao objetivo comunicativo, pois neste momento podem surgir dúvidas, cabe uma explicação detalhada sobre a intenção da autora ao produzir o texto.

1)      Preencha a tabela abaixo:

Título:

Autor:

Gênero:

Tipo de Texto:

Assunto:

Objetivo comunicativo:

Fonte:

Professor: após a leitura do texto e o preenchimento do quadro, chame a atenção para a divisão em parágrafos do texto. Releia cada um dos parágrafos e solicite aos alunos que sublinhem a ideia principal de cada um. Em seguida, solicite - lhes que escrevam ao lado de cada parágrafo um breve resumo, ou melhor, a ideia central.

Professor: ao final dessa tarefa apresente a definição de parágrafo. Dessa forma, os alunos terão oportunidade de perceber a relação entre o conceito de parágrafo e  sua aplicação.

Parágrafo: é uma unidade de texto organizada em torno de uma ideia-núcleo, que é desenvolvida por idéias secundárias. O parágrafo pode ser formado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apresentada na introdução.

http://www.algosobre.com.br/redacao/texto-dissertativo-argumentativo.html

 

Segunda parte:

Professor: ainda com relação ao texto “Livros só mudam pessoas”, solicite aos alunos a resolução das atividades propostas abaixo:

01. Identifique, no texto lido, os parágrafos da introdução, do desenvolvimento e da conclusão.

Introdução:

Desenvolvimento:

Conclusão:

2) Sintetize, com suas palavras, a opinião da autora do texto sobre o assunto tratado.

3) De acordo com Eliana Lobato, lê se pouco no Brasil não só em função do analfabetismo, mas também por questões culturais. Explique com suas palavras uma questão cultural apresentada no texto.

04) A partir da leitura do texto, construa um texto seguindo o roteiro abaixo:

→ Por que, na sua opinião, de maneira geral os jovens leem pouco?

→ Você acredita que a leitura imposta pela escola é necessária? Por quê?

→ Que tipo de leitura poderia ser incentivada pela escola para que o jovem tivesse maior interesse pela leitura.

→ Normalmente, o que você lê?  Por quê?

▪ Lembre-se de dar um título ao seu texto. Atente-se também para a divisão de parágrafos do seu texto: introdução, apresentação do assunto e da ideia defendida; desenvolvimento das ideias apresentadas e conclusão.

Professor: corrija as atividades realizadas a fim de identificar e esclarecer as dúvidas apresentadas pelos alunos.

Avaliação

Professor: peça aos alunos que se reúnam em dupla e troquem os textos produzidos na segunda etapa da aula. Solicite que cada aluno identifique no texto do colega os parágrafos da introdução, do desenvolvimento e da conclusão. Caso essa estrutura não esteja bem definida, o aluno deverá propor uma nova divisão de parágrafos para o texto do colega. Após as observações feitas, a dupla deve destrocar os textos, cada um reler o seu próprio texto e reescrevê-lo de acordo com as orientações dadas. 

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