Considerando que o universo infantil baseia-se no lúdico e na aprendizagem a partir das relações, esta atividade possibilitará a aquisição de habilidades matemáticas de forma prazerosa e significativa assim os/as alunos/as poderão:
• Desenvolver o raciocínio lógico matemático e a capacidade de realizar adições em situações de estresse e em tempos determinados.
• Conhecer e compreender o processo da adição.
• Resolver operações e agrupamentos por meio de jogos.
• Utilizar as habilidades adquiridas na resolução de situações problema do seu cotidiano.
• Reconhecer um texto instrucional; estrutura e função.
• Identificar unidades e dezenas.
• Realizar tarefas a partir de comandos e regras.
• Elaborar um texto instrucional a partir da experiência vivenciada.

Professor/a converse com os/as alunos/as e verifique o conceito de adição que eles/as trazem. Aproveite a oportunidade para reforçar ou aprofundar este conceito.

Aula interativa

-Professor/a para o jogo, você vai precisar de:
-Canudinhos de refrigerantes de duas cores diferentes.
- Uma tabela.
- Exemplos de textos instrucionais: regras de jogo, receita de bolo.
-Produção de texto: elaboração de um texto instrucional.

1ª aula – Aproximadamente 120 minutos – 2 aulas de 60 minutos cada.
Jogo: “Trocando 10 por 1”.
-Professor/a organize os/as alunos/as em duplas. Lembre-se de fazer duplas heterogêneas para que os/as alunos/as que estiverem mais avançados possam colaborar com os/as outros/as. Procure estabelecer uma relação de cooperativismo, para isso é importante estabelecer as regras e ficar atento/a ao desenvolvimento do jogo.
Professor/a antes de iniciar, discuta com as crianças sobre as regras do jogo:
-Cada dupla receberá vários canudinhos, cortados ao meio (uma mesma cor) e 1 dado.
-Os canudinhos pequenos (partidos ao meio) representarão as unidades.
-Os canudinhos grandes representarão as dezenas e ficarão com a professora que será o banco. Ela terá a função de trocar os canudinhos pequenos (unidades) pelos grandes (dezenas).
-Cada dupla receberá uma tabela, ou construirá em seu caderno, para registrar suas operações.
-Uma criança joga o dado e registra o número que obteve e pega o total de canudinhos referente ao número que saiu no dado, por exemplo: se no dado saiu o número 4, ele/a pegará 4 canudinhos.
-Na segunda jogada já faz a adição somando os pontos, ou seja, se na primeira rodada ele/a tirou 4 canudinhos e na segunda ele/a tirou 6, então vai até a professora e troca por um grande de outra cor, que representa a dezena.
-Assim, estaremos trabalhando os conceitos de unidade e dezena e o processo de juntar (adição).

* Ganha o/a aluno/a que ao final das rodadas juntou mais dezenas.

PROBLEMATIZANDO:

- Quem fez mais pontos?
-Quantas dezenas cada um fez?
- Quantas unidades você precisou para juntar uma dezena?

Construção do texto instrucional
-Professor/a os textos instrucionais têm o objetivo de oferecer ao leitor a possibilidade de "instruir”, "ensinar" e "mostrar" como algo deve ser feito. Alguns exemplos de textos instrucionais: receitas culinárias, manual de instrução, regras de jogo e bula de remédio.
-Após avaliar a aula e os resultados obtidos no jogo, discuta com os/as alunos/as, para que serve um texto instrucional e quais textos deste tipo já conhecem.
-Resgate primeiro os conhecimentos prévios que eles/as têm.
-Leve para sala de aula um texto instrucional de um jogo para que vejam como é a estrutura desta modalidade de texto.
-Analise a estrutura e proponha que construam o texto instrucional referente ao jogo dos canudinhos. -Para isso explore todas as etapas:
Discuta sobre:

- O que aprenderam com o jogo e qual foi o seu objetivo.
- Como organizamos a sala.
- Quais materiais foram utilizados.
- Como foi realizado: 1º momento e o 2º momento.
- Um nome para este jogo.
Depois de escreverem o texto instrucional, peça que leiam. Avalie junto com os grupos se eles se lembraram de todas as etapas. Reafirme que este tipo de texto tem que trazer todas as orientações de forma clara, para que o l eitor consiga, ao ler, compreender todo o processo do jogo.

2ª aula – Aproximadamente 120 minutos – 2 aulas de 60 minutos cada.

“O jogo dos palitos”

Material:

• Palitos de fósforo ou de dente, em quantidade suficiente para que cada criança tenha em mãos 3 palitos. Se optar por utilizar palitos de fósforos estes já deverão ter sido utilizado.

Orientações:

• O jogo dos palitos é bastante antigo. Em São Paulo ele foi tão praticado que chegou existir o grupo dos paliteiros. Isso aconteceu no princípio dos anos 50.
• As crianças devem estar organizadas em grupos de até quatro elementos num primeiro momento. À medida que forem dominando o jogo e os cálculos envolvidos os grupos podem ser compostos com um número maior de crianças.

As regras do jogo são:

1- Cada criança recebe 3 palitos.
2- Deve mantê-los escondidos em suas mãos, atrás das costas.
3- Sem que seus colegas vejam, deve optar por colocar zero, um, dois ou três palitos escondidos em uma de suas mãos.
4- Na primeira rodada, não é permitido fazer-se “lona” (zero palito na mão);
5- A cada rodada, todas as crianças do grupo devem colocar a mão que contém os palitos escondidos na direção do centro da roda;
6- A cada rodada, uma criança por vez, deverá fazer uma estimativa do total de palitos contidos em todas as mãos do centro da roda.
7- Abrem-se as mãos e a criança que tiver acertado o total retira um dos três palitos que possui. Aquele que depois de algumas rodadas, conseguir ficar sem nenhum palito, ganha o jogo.

• Ao final do jogo, o/a adulto/a que coordena o grupo deve conversar com as crianças sobre as estratégias que foram utilizadas para tentar descobrir o total de palitos em cada rodada; como elas fizeram para calcular rapidamente o resultado, etc.
• As crianças devem jogá-lo várias vezes para que possam aprimorar sua técnica de estimativa e cálculo.
• É importante que o/a adulto/a que coordena o grupo converse sempre com os/as jogadores/as a respeito das estratégias das quais eles/as se utilizam em brincadeiras como estas; para que tomem consciência das próprias ações e possam conhecer um pouco da forma de pensar dos seus colegas.

Ao final de cada jogo procure sempre fazer um registro. Transforme os raciocínios matemáticos das crianças em operações e situações problema.

No sítio http://www.semed.pmcg.ms.gov.br/wiki/index.php/Textos_instrucionais  você encontrará alguns exemplos de textos instrucionais:

ABED, A. L. Z. , O Jogo de Regras na Psicopedagogia Clínica, Explorando suas
Possibilidades de Uso. São Paulo: PUC-SP, 1996 (monografia)
ABED, A. L. Z. & DIAZ, M,Z,V. Método ZUPP o para o trabalho com memorização
De tabuada. São Paulo , 1995
KAMII, C & DECKARK, G. Reinventado a Aritmética, Implicações da Teoria de Piaget
Campinas – SP. Papirus, 1984
LOPES, M. G. Jogos na Educação. São Paulo, Hemus Ed., 1996
MACEDO, L. A. A importância do Jogo para a Criança: Perspectiva Piagetiana. São Paulo
1989

É importante quando usamos a estratégia de jogos avaliarmos junto com os /as alunos/as o seu aprendizado e como foi a relação dos grupos. Varie a forma de avaliar; faça oralmente, ou por escrito. Uma modalidade importante é a auto-avaliação, esta poderá ser utilizada para perceber o nível de envolvimento de cada educando com as atividades propostas e contribuir para o planejamento de novas ações. Reelaborar as regras e recriar jogos efetiva o aprendizado e melhora o relacionamento entre os elementos dos grupos.