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Provérbios: do tradicional ao moderno

 

17/12/2009

Autor e Coautor(es)
Vilma Aparecida Gomes
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Aparecida Clemilda Porto

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• realizar inferências complexas;
• Inferir o sentido denotativo e/ou conotativo de palavras ou expressões;
• comparar textos que tratam do mesmo tema, porém com abordagens e objetivos diferentes;
• perceber que os textos dialogam com outros textos, formando uma rede de sentidos denominada intertextualidade;
• compreender que a partir de um texto novos textos podem ser criados;
• aprender o que é uma paródia;

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos aproximadamente
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos devem saber a diferença entre sentido denotativo e conotativo; ter aprendido a fazer inferências simples em exercícios de leitura; saber o que é paráfrase.

Estratégias e recursos da aula
  Recursos

Aula dialogada
Datashow
Canção: Bom Conselho: Chico Buarque
Atividades em pequenos grupos

Aulas 1 e 2

Motivação: turma em semicírculo

Atividade 1: Atividade oral

O professor exibe datashow os provérbios disponíveis em:

http://pt.wikiquote.org/wiki/Prov%C3%A9rbios_brasileiros

Pede a um dos alunos que leia. Em seguida, o professor pergunta se eles conhecem tais provérbios e se saberiam explicá-los. Eles então expõem o que conhecem e também citam outros. O objetivo da atividade é que os alunos pratiquem a oralidade para  explicar o que compreendem das mensagens dos provérbios. Ao final, o professor estimula os alunos a perceberem que esse texto é, em geral, curto, sonoro e criado pela sabedoria popular.

Atividade 2 – grupos de 4 alunos

O professor faz cópia do exercício abaixo e pede aos alunos que realizem as seguintes atividades:

I) tentar descobrir o provérbio correspondente às explicações;
II) identificar palavras ou expressões que funcionam como pistas para se pensar em determinado provérbio, conforme exemplicado: 


1) A substância inodora e incolor que já se foi não é mais capaz de comunicar movimento ou ação ao engenho especial para triturar cereais.
R. “Águas passadas não movem moinho.” Pistas: substância inodora e incolor(=água)/engenho


2) Aquele que se deixa prender sentimentalmente por criatura inteiramente destituída de dotes físicos, de encanto, ou graça, acha-a extraordinariamente dotada desses mesmos dotes que outros lhe não vêem.
3) O operário que fabrica um cesto fundo fabrica vinte vezes o quíntuplo disso.
4) De unidade de cereal em unidade de cereal a ave de crista carnuda e asas curtas e largas da família das galináceas abarrota a bolsa que existe nessa espécie por uma dilatação do esôfago e na qual os alimentos permanecem algum tempo antes de passarem à moela.
5) O Espírito das Trevas não é tão destituído de encantos e graças físicas quando se representa por meio de traços e cores.
6) Aquele que anuncia por palavras tudo que satisfaz ao seu ego tende a perceber pelos órgãos da audição coisas que não destinam a aumentar-lhe o sentimento de euforia.
7) Por um dos prolongamentos articulados, que determinam os pés e mãos do homem e outros animais, se estabelece a identidade do ser de estatura descomunal.
8) Quando o Sol está abaixo do horizonte, a totalidade dos animais domésticos da família dos Felídeos são de cor mescla entre branco e preto.
9) O traje característico que usa não identifica fundamentalmente a pessoa que por fanatismo, misticismo ou cálculo se isola da sociedade levando vida austera e desligada das coisas mundanas.
10) A criatura canonizada que vive em nosso lar não é capaz de produzir feito extraordinário que vá contra as leis fundamentais da natureza. (Fonte: FERNANDES, Millôr. Lições de um ignorante. José Álvaro Editor, 1967)

Atividade 3

Correção pelo professor, com a participação dos alunos do exercício proposto. Neste momento ele recorda o conceito de paráfrase, mostrando aos alunos a possibilidade de se dizer a mesma ideia de maneira diferente.

Aulas 3 e 4

Atividade 1 - em dupla

Laboratório de Informática

O professor orienta os alunos para que acessem o vídeo da música “Bom Conselho”, de Chico Buarque, acompanhando a letra, disponível em:

http://letras.terra.com.br/chico-buarque/85939/

Atividade 2

Após cantarem a música, os alunos leem a biografia de Chico Buarque, em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque

A partir da leitura, em grupos de 4 alunos,  eles realizam a seguinte atividade:

1) identificar, na letra da música, os provérbios, reescrevendo-os no caderno da maneira como foram usados;
2) tentar lembrar e escrever o provérbio da tradição popular correspondente ao citado na letra e identificar as mudanças neles feitas, como no exemplo:
“Ouça um bom conselho, que eu lhe dou de graça” = Se conselho fosse bom, ninguém daria, mas venderia.
Mudanças: Pede para ouvir o conselho/não acredita que conselhos sejam bons / daria/venderia

3) discutir entre eles, que alterações de sentido ocorreram devido às modificações nos provérbios tradicionais, usados na letra da música;

4) Tendo como base os conhecimentos já aprendidos em História sobre a ditadura militar e no que leu na biografia de Chico, relacionar a letra da música ao contexto sócio-histórico em que foi escrita.

Atividade 3

Os grupos apresentam as discussões realizadas nos grupos e o professor promove um debate, focando que este poema foi escrito em 1972, época da ditadura militar, em que as pessoas viviam sobressaltadas com a ameaça constante, imposta pela repressão à liberdade de manifestação do pensamento. O professor então motiva os alunos a expressarem seus conhecimentos a respeito desse período da História do Brasil. Ele então conclui a aula, mostrando aos alunos dois fenômenos corridos na composição da letra “Bom Conselho”:

1º) para criar uma nova mensagem, ele parte das idéias do texto original, ou seja, dos provérbios tradicionais; a essa forma de composição dá-se o nome de intextualidade, pois existe um “diálogo” entre o já dito e a nova mensagem.

2º) Essa nova mensagem revestida de um sentido que pretende criticar, “destruir” o outro sentido constitui um tipo de texto  chamado paródia.

Atividade 4 – em grupo de 4

O professor, então , pede aos alunos que, a partir do que foi estudado, tentem formular, com suas palavras, o conceito de intertextualidade e paródia. Em seguida eles leem o que formularam e o professor faz as correções necessárias.

Atividade 4 - em dupla

Em silêncio os alunos ouvem o áudio da paródia da carta de Pero Vaz de Caminha.

Série formação do leitor: parte 11 [Categorias Literárias]

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Série formação do leitor: parte 11 [Categorias Literárias] Áudio
Avaliação

O professor verificará se os alunos foram capazes de realizar inferências mais complexas, usando diferentes conhecimentos para interpretarem os textos em estudos, e também se compreenderam os dois processos de construção do texto em estudo: a intertextualidade e paródia. Além disso, observará se eles conseguiram formular os conceitos de intertextualidade e paródia.

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