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Desenvolvimento dos seres vivos

 

15/12/2009

Autor y Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos, Priscila Barbosa Peixoto, Maria Antonieta Gonzaga Silva

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ser humano e saúde
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 como se desenvolve um ser vivo a partir da fecundação.

Duração das atividades
2 a 3 horas aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
o aluno deverá ter noções sobre reprodução, fecundação e células.
Estratégias e recursos da aula

Introdução

Acompanhar o desenvolvimento de um organismo é muito interessante, tanto do ponto de vista da curiosidade quanto da reprodução celular. A aula de hoje pretende tornar mais concreto algo que muitas vezes é ensinado de forma abstrata, a divisão celular, e acompanhar o desenvolvimento de um ser vivo.

Após a fecundação uma célula ovo se forma e, a partir dela, um novo ser será formado. Com sucessivas divisões celulares as células vão se diferenciando e o embrião vai se formando, e, com o tempo, é possível identificar suas partes.

Desenvolvimento

Inicie a aula conversando sobre como os seres vivos se formam. Os alunos irão se remeter ao processo de reprodução, acasalamento, fecundação. Após essa discussão inicial, pergunte novamente como os seres vivos se formam depois da fecundação do óvulo.

Professor, a divisão celular é sempre tratada de forma muito abstrata e, por isso, é de difícil entendimento pela maior parte dos alunos.

Para levá-los a pensar na divisão celular, retome o conceito de fecundação e de células.

O óvulo é a célula produzida pela fêmea, e, ao ser fecundado pelo espermatozóide do macho (célula reprodutora masculina) ele formará o ovo ou zigoto.

Essa nova célula, surgida da fusão do espermatozóide com o óvulo, dará origem ao novo organismo (filhote).

Pergunte aos alunos como é possível que, a partir de uma única célula, depois de algum tempo nasça um indivíduo com milhares de células, umas diferentes das outras. Deixe-os discutir, apenas ponderando que o filhote não pode pegar células subjacentes (no caso de desenvolvimento interno), que ele pode usar apenas a sua célula.

Caso nenhum aluno proponha que as células se dividam, proponha essa idéia.

Se quiser, faça a seguinte brincadeira com a turma: proponha você ser uma única célula, que foi formada da união de um óvulo com um espermatozóide. Em determinado momento, você “decide” se dividir, e gera outra célula, igual a você (chame um aluno para representar a nova célula). Agora, as duas novas células, iguais, “decidem”se dividir novamente e dão origem a mais duas células (chame mais dois alunos). Novamente o processo se repete (1 --> 2 --> 4 --> 8 --> 16 --> 32 --> 64 --> 128 --> 256 --> 512 --> 1024 --> 2048 -->4096 --> e assim sucessivamente). Mas para que você não divida todas as suas informações, você primeiro se copia e só depois se divide. Assim as células formadas são sempre iguais à primeira célula, e nunca metade delas.

Após a atividade, apresente o texto abaixo:

Este verão passei na fazenda dos meus avós. Tive desta forma oportunidade para brincar com os diversos animais que povoam aquele grande lugar.

Tenho, no entanto, um carin ho especial por aves. Por isso era com os pequenos pintinhos amarelos dos meus avôs, que gostava mais de brincar.

Um dia enquanto observava como a mãe galinha dava de comer aos seus filhotes surgiu-me uma grande dúvida: como é que de um ovo tão pequeno, como o da galinha podia nascer um pintinho?!

Por isso, ontem, primeiro dia de aulas, coloquei a questão para minha professora de Ciências.

- Professora, como é que se forma e desenvolve um pintinho?

Como a turma ficou curiosa e interessada pelo assunto! Todas as cabeças começaram a encher de dúvidas e curiosidade!

- Tantas perguntas, João!! Eu te explico.

Os meus olhos brilharam de entusiasmo e a minha curiosidade era agora ainda maior. O mesmo acontecia com todos os que me rodeavam, que começavam a encostar-se nas cadeiras como quem se prepara para ouvir uma longa e bela história.

A professora retirou um livro da estante e começou a explicar. Foi o início de uma aula espetacular!

- Tudo começa na época do acasalamento. O galo corteja as galinhas e elege uma. Por vezes, no galinheiro, os machos escolhem a mesma fêmea, o que origina disputa entre eles. O vencedor fica com a galinha e inicia-se o “namoro”, que tem como consequência a formação do ovo.

- Mas como se forma esse ovo “dentro da galinha”?

- Bem. . .A galinha possui um ovário, do qual sai um oviduto, uma espécie de caminho para o exterior através da cloaca. Por outro lado, o galo produz espermatozóides que contêm algumas das suas características. Durante a cópula, esses espermatozóides são introduzidos no oviduto da galinha e vão fecundar o óvulo. Enquanto o óvulo caminha, as glândulas da parede do oviduto secretam albumina – a clara.

- Que legal! É por isso que o futuro pintinho terá características do galo e da galinha! Exclamou radiante o meu companheiro.

- Pois é! Mas continuando. . . Depois o óvulo fica algumas horas no útero, onde se forma a casca calcária. É esta casca dura que o mantém separado do ambiente.

A professora interrompeu por alguns momentos a explicação e mostrou uma figura com o sistema reprodutor da galinha.

Depois continuou:

- Por fim a galinha põe o ovo num ninho de forma a que fique protegido e quentinho. Para poderem ter um desenvolvimento normal, os ovos devem manter uma certa temperatura.

- Ah! Então é por isso que as galinhas “chocam” os seus ovos desde que são postos até ao momento que os filhotes saem da casca. Eu vi isso este verão na fazenda da minha avó!

- Sim, João, tem razão. Dessa forma o calor de seus corpos mantém os ovos aquecidos e proporciona as condições ideais para que se incubem.

- Mas os ovos dos répteis, dos anfíbios, das aves e dos outros animais são todos iguais? — pe rgunta o Nelson com um ar intrigado.

- Não, os ovos são diferentes para cada espécie. Mas vou explicar como é o ovo da galinha...

- Tudo isto é muito interessante. O ovo é como se fosse a “barriga da galinha”.

- É mais ou menos isso, só que as aves são ovíparas, ou seja, as galinhas põem ovos e o desenvolvimento embrionário acontece fora do corpo da “mãe”, à custa das reservas do ovo.

Toda a turma estava entusiasmada com as explicações da professora, e à mínima pausa desta, logo uma pergunta surgia, para dar continuidade à aula. Até a Maria, que entrava muda e saía calada das aulas levantou o braço e perguntou:

- Mas Fessôra, como os pintinhos se desenvolvem dentro do ovo, até ficarem prontos para sair do ovo?

- O ovo possui diferentes estruturas que auxiliam o desenvolvimento do pintinho. Chamamos essas estruturas de anexos embrionários e elas possuem funções de proteção, alimentação e respiração. Após o nascimento do filhote elas desaparecem.

- Essas estruturas permitem que o pintinho esteja bem protegido dentro do ovo – concluiu uma colega.

- Lembrem-se que este processo acontece enquanto a galinha choca o ovo e dura vinte e um dias.

- E após vinte e um dias os pintinhos nascem, não é? Interrompeu eufórico o Mário.

- É. Os movimentos...

- Fessôra!- Interrompi a professora - posso explicar eu como se dá o nascimento do pintinho? Eu observei isso na fazenda da minha avó!

Após um aceno afirmativo da professora iniciei a explicação.

- Os movimentos do pintinho dentro da casca fazem com que a cabeça se volte para fora e o bico para cima. O “ dente” do bico, devido a esses movimentos, rompe as membranas que forram a casca e finalmente parte-a. Ao mesmo tempo, o pintinho com o bico, alarga a cavidade aberta na casca, vai-a empurrando. Quando acaba de nascer, o pintinho aparece molhado, com as penas coladas ao corpo. É horrível! Mas rapidamente as penas secam e este adquire um aspecto sedoso.

- Muito bem João! Você observou o processo com detalhes!

- Pois é! Verifiquei ainda que o pintinho é capaz de se alimentar sem o auxílio da mãe, ela apenas tem que conduzi-lo ao local adequado.

O toque da saída dava como terminado a aula, para grande tristeza de toda a turma. As aulas têm outro sabor quando se ouve falar daquilo que realmente nos interessa!

Texto retirado e modificado de http://www.prof2000.pt/users/jdsa03/olho/maio_03/pinto.htm (acesso 0 5/12/2009)

Atividade prática – vendo um embrião de pintinho

Antes de levar o experimento para a sala, é preciso prepará-lo.

Compre em mercados e lojas que vendem galinhas ovos galados (fecundados)

Coloque os ovos para chocar (improvise uma chocadeira com uma caixa fechada, duas lâmpada de 60 watts – uma em cada lado da caixa, serragem, termômetro de laboratório (a maioria mede de 10 a 100°C), boquilha e fios). Não coloque mais do que 3 ovos.

Use o termômetro de laboratório para verificar se a temperatura está entre 37 e 38 °C

Vire os ovos pelo menos uma vez ao dia (o ideal é duas vezes ao dia)

Provavelmente os ovos não conseguirão chocar com uma chocadeira tão artesanal, mas será possível que eles comecem a se desenvolver. A partir do quarto/quinto dia já é possível visualizar o embrião com os vasos sanguíneos.

Construa um ovoscópio para visualizar o desenvolvimento do pintinho

Material: Caixa fechada com uma lâmpada de 60 watts watts em ser interior. Na parte superior da caixa deixe um buraco que caiba o ovo sem que ele caia dentro da caixa

Imagem retirada de http://www.capatangara.com/imagens/produtos/674/ovoscopio.jpg (acesso 05/12/2009)

Observe com os alunos o início do desenvolvimento do pintinho através do ovoscópio. Peça para os alunos desenharem o embrião.

IMAGENS

 

Ovo de urubu rei com nove dias. É possível observar o pequeno embrião com diversos vasos sanguíneos ao redor.

Imagem retiradade de http://www.bicudario.com.br/noticia044.htm (acesso 05/12/2009)

Foto do início do desenvolvimento do pintinho. O ovo foi aberto para a fotografia.

Imagem disponível em – www.uhull.com.br/06/13/do-ovo-a-galinha-passo-a-passo/ - o site contém fotos de todo o processo de desenvolvimento do pintinho.

Professor, no link http://www.youtube.com/watch?v=1Ye-p1RWCrU (acesso 05/12/2009) existe a montagem das fotos do link anterior em um vídeo, mostrando todo o desenvolvimento do pintinho.

Algumas perguntas que podem surgir durante a aula:

Por que é necessário fornecer calor (esquentar) para o ovo? O calor aumenta o metabolismo do animal e reinicia o processo de divisão celular do embrião. Ele é necessário até que o filhote esteja pronto e possa, sozinho, produzir o calor através do próprio corpo. Enquanto filhotes, eles dormem com a galinha para que possam se manter aquecidos durante a noite.

Sugestão: professor, se quiser, escolha um animal para acompanhar o desenvolvimento, como sapos.

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

Avalie o roteiro dos alunos, se eles conseguiram visualizar o embrião no experimento. Peça para que os alunos desenhem o que acontece depois da fecundação até o nascimento.

Sugestão de atividade: divida a turma em grupos e cada grupo deverá desenhar o desenvolvimento do pintinho desde a fecundação até ele nascer. Além disso, eles podem incluir informações como a temperatura necessária para o embrião se desenvolver, quantos dias levou, etc.

Opinión de quien visitó

Cinco estrelas 2 calificaciones

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Opiniones

  • danielle reis , fada dos bichos , São Paulo - dijo:
    reisdanni@hotmail.com

    26/07/2010

    Cinco estrelas

    eu adorei isso como sera que voce progeta isso


  • Glorister, Colégio Marista São Pedro , Rio Grande do Sul - dijo:
    glorister-alte@bol.com.br

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Muito boa. Gostei da atividade prática. Os links com as fotos complementam o que está escrito. Acho importante esses anexos e atividades propostas pelo professor, até porque estimulam e despertam o interesse e curiosidade dos alunos sobre os conteúdos trabalhados durante as aulas de ciências. Com aulas organizadas dessa maneira "on-line", a internet se torna uma ferramenta realmente útil para a pequisa. Parabéns para as professoras e todos os responsáveis que organizaram essa aula!


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