Aproveitando uma distração da bruxa, as crianças fugiram, apavoradas. Achiqué foi atrás deles, correndo sem parar. Na fuga, os dois pediram socorro ao condor, que os protegeu escondendo-os debaixo de suas asas. Depois, pediram ajuda à raposa, que também os abrigou em sua toca.

As crianças já ouviam novamente os passos da bruxa quando apareceu o gambá, que os ajudou lançando um jato de xixi fedorento na cara da Achiqué.

Correndo esbaforidos, as crianças chegaram ao alto de um morro. Uma ovelha os auxiliou, atirando uma corda para eles subirem até uma nuvem. A bruxa subiu atrás deles. Mas, assim que começou a subir, um rato roeu a corda. Esta se rompeu e a Achiqué caiu de cara no chão, virando uma erva daninha.

O condor abraçou as crianças e as levou de volta à sua mãe, que trouxe pão, batata e milho para os dois e os acalmou, contando uma história.

As imagens inseridas na aula são fotos do livro de pano, de origem peruana, feito artesanalmente à mão. O livro não se encontra à venda em livrarias. Foi adquirido através da professora Andrea Pinheiro, que é professora de Artes Cênicas do Colégio de Aplicação da UFRJ e também membro do Grupo: Os Tapetes Contadores de Histórias. Seu e.mail para contato é andreapinheiro @uol.com.br
O professor também poderá improvisar material que possa servir como ilustração da história, trazendo desenhos que acompanhem a narrativa de “Achiqué”, como os apresentados de cada página do livro de pano. Ainda poderia pedir aos próprios alunos para ilustrarem cada trecho da história.
Depois de ler a história, comentar com os alunos de que outra história lembraram, ao ouvir esta. Então estabelecer paralelo entre as duas histórias: “Achiqué “ e o conto de João e Maria, levantando o que há de diferente e semelhante entre ambas.
Na história de João e Maria, as crianças se perdem na floresta, acabam caminhando famintas atrás de comida; em “Achiqué”, duas crianças ficam sozinhas no campo e saem à procura da mãe e também de comida.
Em ambas histórias, tem uma casa que é da bruxa. Na versão peruana, a bruxa se chama Achiqué que é o próprio nome da história. A casa de João e Maria é feita de doces, o que atrai os meninos para lá.
A bruxa, nas duas histórias, tinha intenção de devorar as pobres crianças que acabam fugindo de suas garras.
Em João e Maria, no final a bruxa é atirada no fogo, ou empurrada no sótão em outra versão do conto. Na versão peruana, a bruxa Achiqué vai atrás das crian ças.
A história “Achiqué” continua contando a trajetória de fuga das crianças que são acobertadas durante o caminho por alguns a nimais: condor, raposa, gambá, ovelha e rato. O fim da bruxa nesta história é diferente, já que acaba caindo de uma corda, com a ca ra no chão e virando erva daninha.
As duas histórias terminam com as crianças reencontrando os pais.
Depois do trabalho de comparação en tre “Achiqué” e João e Maria, outra sugestão para o professor, será pedir aos alunos para recontarem a versão peruana em folha pautada. É ideal para que isto aconteça com qualidade, o professor utilizar outro tempo de aula, logo em seguida, de forma garantir que os alunos tenham a hi stória recente na memória.