Permitir a compreensão do funcionamento comunicativo das Libras e da importância de ser compreendido no processo comunicativo.  

Possibilitar ao aluno compreender a relação que existe entre a fala e o gesto.

Identificar características das modalidades orais presentes na hora de contar uma história.

Perceber a importância de se estar atento à situação comunicativa, que envolve: interlocutores, contexto, finalidades e outras circunstâncias de interlocução.

Atentar para a necessidade de dominar a variante padrão da língua oral, para um pleno exercício da cidadania, nas mais diversas situações de comunicação em que essa variante é exigida.

Atentar para a necessidade de aprender as técnicas da linguagem de sinais para ampliar as possibilidades de comunicar com pessoas deficientes auditivas.

Domínio de habilidades de leitura e de escrita.

Habilidades de comunicar com concisão, informações de seu interesse.

Conhecer e compreender a função da linguagem dos sinais.

Saber o uso social do funcionamento comunicativo das Libras.

Aula 1

Professor,

Inicie as aulas, conversando com seus alunos sobre as pessoas portadoras de necessidades especiais – surdas e mudas -, sobre como essas se comunicam e se relacionam com o mundo.

Na escola tem alunos assim? E como a comunidade escolar lida com essas pessoas? Como os alunos da turma se relacionam com essas pessoas? Quais são as principais dificuldades que observam em relação à comunicação com essas pessoas? Como imaginam que essas pessoas se sentem diante de um mundo que é movido por sons e palavras?

Sensibilize-os sobre essa necessidade de se comunicar com esses portadores e como eles se relacionam com as situações na vida, através dos vídeos a seguir:

http://www.youtube.com/watch?v=VZQZF8BCOCc  (Acesso em 08/04/2010) 

Professor,

Ouça as impressões que os alunos tiveram ao assistir aos vídeos. Pergunte a eles:

Que atitudes deveríamos ter para nos comunicar com as pessoas portadoras desse tipo de necessidade?

Liste as sugestões e as coloque no painel da sala.

Depois, pergunte aos alunos se eles já conhecem o alfabeto de sinais. Apresente a eles a linguagem dos sinais de duas formas:

1. Colocando um cartaz na sala de aula

http://libras.files.wordpress.com/2008/07/alfabeto-em-libras.jpg (Acesso em 08/04/2010) 

2. Assistindo ao vídeo com a demonstração do alfabeto em Libras

http://www.youtube.com/watch?v=ymMSszwp4Tw&feature=related (Acesso em 08/04/2010) 

Planeje uma entrevista a ser feita a um(a) profissional de educação de libras, que tenha em sua cidade. Caso não tenha, convide uma pessoa que entenda e pratique a linguagem de sinais.

Peça para os alunos elaborarem as perguntas a serem feitas. Antes disso, apresente o objetivo dessa entrevista: compreender a comunicação, a linguagem dos sinais dos portadores desse tipo de necessidade.

Depois, peça para os alunos escreverem as perguntas formuladas no quadro. Observe se atendem ao objetivo da atividade, se apresentam coesão e coerência na articulação de ideias. Se preciso for, peça que os alunos alterem o que for necessário.

Promova uma escolha feita pelos próprios alunos das perguntas que melhor atenderam à solicitação e de alguns deles que farão as perguntas à pessoa convidada.

Recomende aos demais, que façam durante a entrevista, um registro das respostas que serão dadas. Eles poderiam fazê-lo de variadas formas: gravação, filmagem ou anotações.

Tais registros poderão ser utilizados no painel da escola ou até mesmo em uma matéria para o jornalzinho da escola ou enviado para um jornal da localidade.

Aula 2

Professor,

Promova a entrevista em sala de aula, como já havia sido combinado com a turma na aula anterior.

Aproveite a presença da pessoa entrevistada e apresente aos alunos um vídeo com palavras na linguagem dos sinais para que os alunos conheçam e aprendam a se comunicar com os portadores desse tipo de necessidades:

http://www.youtube.com/watch?v=8VK7LeVy5p8&NR=1 (Acesso em 08/04/2010)  

Pergunte à pessoa entrevistada se há alguma palavra e/ou frase que poderia ser ensinada aos alunos.

Proponha aos alunos que criem um livro diferente. Um "Livro Visual" para crianças surdas e mudas, para que elas também tenham acesso à literatura.

Convide o(a) entrevistado(a) para auxiliar a turma no que for preciso, para a criação do Livro Visual. Este deverá ser em forma de vídeo.

Professor, mobilize e sensibilize também o(a) colega da área de Artes para que auxilie os alunos na criação do cenário, fantasias, caso os alunos escolham encenar as histórias.

Aula 3

Professor,

Divida a turma em grupos. Os integrantes deverão elaborar uma pequena história infantil a ser contada na linguagem dos sinais. O primeiro registro deve ser escrito, posteriormente revisado e adaptado na linguagem de libras. Os grupos podem fazer adaptações de histórias que já existem na biblioteca da própria escola.

Os grupos deverão decidir também a forma de apresentação da história. Eles próprios serão as personagens fazendo uma encenação? Farão fantoches? Marionetes?

O registro escrito deverá ser colocado sob a forma de legenda no Livro Visual, para que todas as crianças portadoras ou não possam assistir e entender a história.

Além disso, cada grupo deverá escolher a pessoa que contará a história através da linguagem dos sinais. Será apenas uma ou várias? Esta(s) deverá(deverão) ser orientada(s) pela pessoa que foi entrevistada pela turma.

Há ótimos exemplos de histórias - contos clássicos - contadas e encenadas na linguagem dos sinais que você, professor, pode mostrar aos alunos para exemplificação. Apresente um deles:

http://www.youtube.com/watch?v=iRkZrz1N3Yg&feature=related (Acesso em 08/07/2010) 

Professor,

Não se esqueça de registrar todos os momentos, desde a elaboração até a gravação final das histórias para o Livro Visual.

Aula 4

Professor,

É hora de apresentar o Livro Visual. Convide alguma instituição ou alguma escola que atenda crianças com as necessidades especiais de audição e de fala. Se em sua escola tiver alunos com tal necessidade, priorize a exibição para eles também. Assim, os autores - seus alunos- poderão verificar no momento de exibição se os objetivos do projeto e se as histórias criadas atenderam às expectativas dos interlocutores - as crianças.

Convide também as pessoas envolvidas na elaboração do projeto. Peça que os seus alunos prestem uma homenagem a elas por tão valorosa contribuição.

Presenteie a biblioteca com um exemplar do Livro Visual e também disponibilize tal material para as escolas que atendem esses portadores de necessidades especiais, assim como universidades que formam profissionais de educação.

Não se esqueça também de divulgar na mídia impressa ou televisiva o projeto do Livro Visual. Iniciativas como essa, além de valorizar todas as pessoas portadoras ou não, promove a inclusão e a interação através da comunicação entre todos.

Professor,

Eis algumas sugestões de sites para enriquecer seu trabalho nas aulas relacionadas nesse tema:

http://www.youtube.com/watch?v=IRP4pDXGNuU&feature=related - "A Cigarra e a Formiga" em Libras - encenação 

http://www.acessobrasil.org.br/libras  - Dicionário de Libras

http://pessoas.hsw.uol.com.br/linguagem-dos-sinais.htm - Como funciona a linguagem dos sinais? 

 http://www.rsdownload.net/dl/vermelho%20como%20o%20ceu.html -   Filme, baseado na vida de um famoso profissional do cinema italiano, que conta a história de um garoto que ficou cego aos 11 anos de idade e teve que aprender a lidar com a sua nova realidade. Vemos, de um lado, o preconceito da sociedade que excluía os deficientes visuais, e de outro, um exemplo de superação e de inclusão social. (Acesso em 16/04/2010)

Professor,

Durante todo o processo desenvolvido nessa sequência de aulas, é interessante que os alunos sejam atenciosamente observados nos seguintes aspectos: a capacidade de produção escrita, bem como sua interação com o grupo e contribuição em relação à aula; a capacidade de planejamento de ações durante a elaboração textual e no momento da encenação; a capacidade de fazer inferências pertinentes ao texto e que extrapolações eles conseguem fazer em relação ao tema; em termos atitudinais, avalie a maturidade do aluno acerca da aceitação do papel designado e desempenhado por ele.

Não se esqueça de ouvir o que os alunos têm a dizer sobre os seus aprendizados nas atividades realizadas e sugestões de outros modos que eles julgam ser mais produtivos. Isso os ajudará a pensar a importância do papel deles na construção do próprio processo de ensino e aprendizagem e a desenvolver capacidades de criticidade.