• Debater sobre as diferentes formas de comunicação utilizadas pelo homem face às habilidades envolvidas em cada uma;
• Estabelecer relações entre deficiência e linguagem adaptada;
• Vivenciar os diferentes meios de se transmitir informações para outras pessoas;
• Criar formas alternativas de se comunicar utilizando gestos com o corpo, símbolos gráficos e meios sonoros produzidos pelo corpo.

Não há necessidade de que conhecimentos prévios sejam trabalhados para a realização desta aula.

1º Momento – Iniciar a aula com algumas reflexões acerca do tema:   

          Desde o inicio da história, que o homem usa formas diversas para se fazer entender. Se nesse momento um de nós fosse orientado a passar uma determinada informação para outras pessoas, como poderíamos fazer esse trabalho? (através da fala, escrita, desenho, gestos etc.).

• VAMOS FAZER ALGUNS COMENTÁRIOS E REFLETIR SOBRE ALGUMAS SITUAÇÕES:

      Normalmente usamos a forma mais direta e simples para realizar uma tarefa como essa, no entanto, a forma escolhida está diretamente ligada ao contexto. (exemplo: Se temos que passar uma informação para uma pessoa que está muito longe, e não temos como chegar até ela, ou ainda, o local que encontramos essa pessoa está muito escuro, mal podemos enxergá-la). Com base nessa idéia, o homem criou durante a história recursos (físicos e tecnológicos) para superar algumas dificuldades de comunicação. Quando o problema é temporário (ex. uma determinada pessoa não se encontra presente no momento, um simples aparelho celular pode levar a informação até a pessoa.). Porém se o problema é permanente, como no caso de um deficiente auditivo, recursos mais complexos devem ser utilizados.

     Se pensarmos bem, podemos dividir as formas de comunicação desenvolvidas pelo homem em três grupos:

 - Grupo de informações sonoras (fala, música, sons, etc.),

 - Grupo de informações gráficas (desenhos, escrita, sinais gráficos, etc.),

 - Grupo de informações gestuais (mímica, sinais, dança, etc.),

              Cada um dos grupos está direta ou indiretamente ligada a alguns sentidos do nosso corpo.(ex. informações sonoras podem não adiantar muito para deficientes auditivos, porém informações gestuais e gráficas são preciosas.).Alguns recursos que visam adaptar a linguagem a falta de um determinado sentido já foram criados pelo homem: Quando nos comunicamos com deficientes auditivos, podemos usar de um recurso já conhecido, que é a linguagem de Libras (através de gestos), outro exemplo, é o acesso à escrita que deficientes visuais tem graças à linguagem Braile (através do tato).

              O professor poderá aprofundar nos temas a partir de informações encontradas nos sites presentes nos recursos complementares ou ainda na atividade a seguir (Braile).  

                         Atividade 01: Sentindo a informação

             A Linguagem Braile é baseada na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos que permite a formação de 63 caracteres diferentes. A disposição dos pontos é sentida através do tato pelo deficiente que já tem memorizado o que significa cada disposição de pontos. Nós aqui não memorizada essa combinação, porém podemos entender como o tato age nesse sentido. Todos nós conhecemos o formato das letras do nosso alfabeto. Então agora o desafio é ler sem enxergar.

•      Dividir a turma em dois ou mais grupos um representante do grupo com os olhos vendados e os demais deverão escrever em uma folha uma palavra ou uma frase para que, através do tato, o representante decifre o que é. O vencedor será quem desvendar primeiro. (Para maior sensibilidade tátil o grupo deverá usar uma fita adesiva para formar as palavras ou o professor poderá ele mesmo escrever previamente mensagens com tinta de relevo – uma frase escrita palavra por palavra em folhas separadas. O grupo deverá primeiro decifrar qual é a frase para depois levar as palavras, uma a uma, para que o representante decifre através do tato).

 2º Momento – Vamos agora utilizar toda nossa criatividade e sentidos para trabalhar os diversos meios de comunicar.

                       Atividade 02: Jogo da comunicação

•     Jogo: Três equipes jogam (uma equipe por vez, revezadamente). Cada equipe tem direito a nove frases representadas por ditos populares (site anexado). Cada rodada um representante diferente da equipe vem à frente e terá a tarefa de escolher um número de 01 a 27 (cada número deverá ser escrito em uma tira de papel contendo uma frase diferente - um número após ser escolhido não poderá ser reaproveitado). O representante deverá, após ler a frase, passar essa informação para o seu grupo, utilizando para isso somente desenhos (que representarão as informações gráficas) ou somente gestos (que representarão as informações gestuais) ou somente músicas (que representarão as informações sonoras). Cada grupo tem direito a 03 representações para cada grupo de informações – gráficas/gestuais/sonoras (ex: se um grupo utilizou de gestos para transmitir a informação em três rodadas, não poderá usar mais as informações gestuais, devendo escolher entre gráficas e sonoras).
•              Ao final das nove rodadas o grupo que desvendar mais ditos populares será o vencedor.

                       Obs. O professor poderá estipular um tempo para cada transmissão de informação.

                      Atividade 03: Criando novos meios  

            Como complementação da aula e forma de avaliação o professor poderá propor um desafio para os grupos que participaram da atividade anterior. Cada grupo ficaria responsável por um tipo de informação (gráfica/sonora/gestual) e deverá criar uma nova forma de comunicação utilizando os sentidos e as especificidades de cada grupo de informações. Não pode ser nada conhecido ou criado anteriormente como forma de comunicação pelo homem.

            A tarefa poderá ser feita durante a aula ou como tarefa para uma próxima. O grupo criará os seus meios, memorizará os mesmos e ao final da atividade deverá participar de uma competição para testar qual forma será mais eficiente na transmissão das informações.

•  O professor passará uma mesma frase para um ou mais representantes dos grupos e eles deverão transmitir para os outros alunos do mesmo grupo a informação passada pelo professor, utilizando para isso a forma de comunicação que o grupo criou.  

http://www.acessobrasil.org.br/libras/

http://www.ibc.gov.br

http://sentidos.uol.com.br

http://falabonito.wordpress.com/2007/03/14/proverbios-e-ditos-populares/

      Discutir com a turma aspectos relacionados às atividades vivenciadas. Como: Quais sentidos são mais importantes diante dos diferentes tipos de comunicação? No seu ponto de vista, a falta de qual sentido compromete mais o comunicar? Quais foram as impressões de se ler utilizando o tato? Qual é a sensação de não poder contar com todos os sentidos ou possibilidades de movimento? Quais os comentários e conclusões acerca das atividades vivenciadas? A vivência da falta de um sentido deveria ser mais abordada na escola?

      Além da discussão final, o professor deverá observar e analisar todo o processo de vivência dos alunos no que diz respeito à integração, participação, criatividade, desenvoltura, raciocínio, expressividade, cumplicidade e consciência corporal durante as atividades e na execução dos movimentos, visando detectar se houve aproximação entre os objetivos da aula e a concretização da mesma.