• Consolidar e contextualizar o conceito de sistema métrico e potências de 10 • Exemplificar a microbiota presente no ambiente • Relacionar tipos de microrganismos que ocorrem em diferentes ambientes

Duas aulas de 50 minutos cada

Sistema de unidades; potenciação

Sugestão de Aula 1 – Medindo e vendo coisas muito pequenas (50 min.)

No laboratório de informática

ATENÇÃO: Essa aula não tem o objetivo de introduzir o conceito de medidas, por isso ela parte do pressuposto que os alunos já tenham esse conhecimento prévio. A intenção é contextualizar o assunto a fim de consolidá-lo e com isso obter os requisitos necessários para discutir microrganismos.

Professor, começamos essa aula contextualizando o conceito de ordens de grandeza, mas sem tratar sobre microrganismos por enquanto. Peça que os alunos vejam o recurso “O que será?” – atividade 1 do objeto “Medidas e ordens de grandeza”:

Medidas e ordens de grandezas

 

Peça aos alunos que observem como as coisas parecem diferentes de acordo com a escala e com o instrumento que usamos para observá-las. Eles devem perceber que existem coisas que não vemos a olho nu, mas que estão lá, como, por exemplo, os detalhes na pata da mosca.

Professor, ainda nessa discussão sobre o visível e o “invisível”, avalie o que eles sabem sobre os microrganismos:
• O que são?
• Onde os encontramos?
• Qual seu tamanho e aparência?

Professor, faça também perguntas-desafio, como por exemplo:
Os microrganismos são do tamanho de uma formiga? Se são menores, são mais ou menos do tamanho da pata de uma formiga? Menores ainda?

Se os alunos disserem que esses organismos são visíveis a olho nu, desafie-os a mostrar-lhe algum microrganismo na sala ou que eles dêem exemplos de algum que eles já tenham visto. Isso fará com eles percebam que as dimensões dos microrganismos são tão pequenas que apenas a olho nu não conseguimos vê-los. Conclua com os alunos que microrganismos são seres microscópicos – isto é, só são visualizados por instrumentação especial, como microscópio.

Professor, desafie os alunos, por exemplo, fazendo a seguinte pergunta: “Como medir esses organismos tão pequenos? Precisamos de uma régua para medi-los!” Desenhe no quadro-negro uma linha de aproximadamente um metro (m). Pergunte para os alunos quantos centímetros (cm) estão contidos em um metro; faça as marcações (não todas, apenas a lgumas para demonstrar), e em seguida faça o mesmo para determinar a marcação de milímetros (mm) dentro de um centímetro. E o que vem depois de milímetros? O professor explica que, se dividirmos um milímetro mil vezes, obtemos uma nova medida chamada micrômetros. E se dividimos o micrômetro (µm) mil vezes, obtemos o nanômetro (nm) - uma unidade muito pequena!

Agora para comparar essas novas medidas com o “bom e velho” metro, diga aos alunos que essas medidas devem ser colocadas em forma de números.
Siga o seguinte raciocínio com os alunos:
“Vejam esse risco de um metro que fizemos aqui no quadro. Em quantos centímetros nós o dividimos? Em 100, logo um centímetro é um centésimo (1/100) de metro. E quantos milímetros estão contidos em um centímetro? São 10, então um milímetro é um décimo (1/10) de centímetro.
Então, quantos milímetros cabem em um metro? Sabemos que um metro tem 100 centímetros e cada centímetro tem 10 milímetros, logo 10 x 100 = 1000 milímetros cabem em um metro (1/1000).”
Professor, siga o mesmo processo também com as medidas micrômetro e nanômetro. Os alunos devem fazer as seguintes relações para converter as unidades:

1 metro = 100 centímetros = 1000 milímetros = 106 micrômetros = 109 nanômetros

Eles devem saber como fazer essa conversão de unidades. Para isso, passe o seguinte exercício (a ser resolvido em duplas) para verificar se eles compreenderam o processo:

1. Quantos centímetros, milímetros, micrômetros e nanômetros cabem em um metro?
2. Quantos metros cabem em um centímetro, milímetro, micrômetro e em um nanômetro?
3. Faça as seguintes conversões de unidades:

a) 10 metros para milímetros;
b) 200 metros para centímetros;
c) 0,1 metro para micrômetros;
d) 10-3 metro para nanômetros;
e) 30.000 µm para metros;
f) 105 nm para metros.
 

Observação: Essa atividade deve ser entregue ao professor como um dos instrumentos de avaliação.

Segue-se uma atividade para avaliar a noção de diferença de ordens de grandeza, escala e medidas. Professor, peça aos alunos que acessem o recurso “Uma Viagem nas dimensões” (apenas a Atividade 1):

 

 

A intenção é que eles foquem nas medidas submétricas, para que eles compreendam que essas unidades são as utilizadas para mensurar o mundo microscópico.

Informe que algumas dessas fotos foram (e podem ser) geradas com um microscópio eletrônico, que é um microscópio mais potente que o microscópio ótico, que é aquele que todos conhecemos. O microscópio eletrônico possui duas variantes: o de varredura e o de transmissão (que é mais potente que o de varredura). Professor, se os alunos demonstrarem interesse nas diferenças desses dois microscópios, fotos de ambos para comparação podem ser encontradas em: http://www.unb.br/ib/cel/pg/microscopiaeletronica.htm.

DICA: Não se preocupe em detalhar muito o funcionamento dos microscópios eletrônicos, pois esse não é o foco da aula. Apenas cite que eles existem, são muito mais potentes que o microscópio ótico e possuem essas duas variantes.

Sugestão de Aula 2 – Caçando microrganismos (50 min.)

O objetivo dessa aula é apresentar as características gerais dos microrganismos, mostrando as diferentes classificações, modos de vida e exemplificação.

No laboratório de informática

Os alunos reúnem-se em duplas para interagir com a animação “Quão grande é?”:

Quão grande é?

ATENÇÃO! A animação mostra muitos microrganismos como pequenos pontos no ambiente, em um tamanho que não corresponde à realidade. Oriente seus alunos que isso é só um recurso para indicar onde estão os microrganismos, mas que aqueles pontos não são os microrganismos em si. Diga que um ponto daquele pode representar na verdade milhões de microrganismos.
Outro ponto que se deve estar atento é que a animação destaca o hospedeiro, mas na verdade se está analisando o microrganismo que o está parasitando (por exemplo: o lobo é destacado, mas a ficha que aparece é do vírus da raiva presente em sua saliva; o mosquito fica destacado, mas a ficha é do flavivírus).

O objetivo da animação é que os alunos percebam a diferença de tamanho entre os microrganismos, o ambiente que habitam, e que identifiquem locais onde podemos encontrá-los. Além disso, eles devem utilizar os conhecimentos sobre conversão de medidas, pois ao visualizar cada microrganismo, seu tamanho é fornecido em unidades (mm, nm, etc.) e os alunos devem convertê-las para metros em potências de 10.

Peça às duplas que leiam uma tabela na porção esquerda da animação, com informações sobre alguns microrganismos, e q ue anotem o nome dos organismos, sua classificação, on de os encontrou (cenário, ambiente/hospedeiro), o instrumento que usaram para identificá-los e o tamanho do microrganismo convertido em potência de 10.

Professor, quando todas duplas tiverem terminado a atividade proposta e com seus relatórios em mãos, procure resumir com eles os dados sobre cada t ipo de microrganismo encontrado. Estimule a participação dos alunos e peça-os também que consultem seus relatórios se for necessário. Direcione a discussão de forma que eles consigam resumir e sistematizar o conhecimento trabalhado na animação, identificando características gerais de cada um dos organismos trabalhados: bactérias, fungos, vírus, algas, protozoários, organismos multicelulares. Proponha aos alunos que observem e identifiquem se algum dos organismos vistos não se encaixa na definição de microrganismos.

Os alunos devem preencher seus nomes nos relatórios, a pontuação que cada aluno obteve e entregar ao professor.

Professor, se tiver tempo, discuta os seguintes tópicos com os alunos:
• Todos os microrganismos causam doenças/alergias? Ou, pelos locais que vimos que eles podem habitar, será que eles podem ter outras funções na Natureza?
• Quanto aos microrganismos presentes nos alimentos, será que eles só estão ali para estragá-los? Na animação, no cenário da cozinha, por exemplo, podemos ver exemplos de microrganismos com importância econômica, usados na produção de bens de consumo.
• O papel ambiental da decomposição e ciclagem de nutrientes exercidos pelos microrganismos presentes no ambiente: como seria o mundo sem microrganismos?
 

Atividades complementares

Professor, leve os alunos ao pátio do colégio (ou local similar) e peça que eles, usando o conhecimento e exemplos vistos em aula, identifiquem os locais mais prováveis de encontrar cada tipo de microrganismo: no solo, podemos encontrar muitas bactérias; em locais sombreados e úmidos (por exemplo, perto de bebedores) é comum a ocorrência de fungos e protistas; no tronco de árvores às vezes encontramos liquens, que são associações de algas com fungos; em animais (pássaros, etc) encontramos vírus; no lixo, podemos encontrar praticamente todos juntos.
Faça uso de ferramentas disponíveis na escola: uma lupa pode ser útil para visualizar algumas colônias, e se a escola possuir laboratório equipado com microscópios, colete algumas amostras para os alunos analisarem. Nesse caso, a partir dos conhecimentos trabalhados na animação é possível descobrir quais microrganismos é possível enxergar com microscópio.

Nome	Tipo
Viagem nas dimensões	Animação/simulação
Quão grande é?	Animação/simulação
Medidas e ordens de grandezas	Animação/simulação

A avaliação é composta por duas atividades, a primeira é um exercício que será entregue ao final da aula 1 e a segunda atividade será um relatório entregue ao final da aula 2. Veja as sugestões de aula para maiores detalhes. Uma alternativa é avaliar os alunos de acordo com a participação e o interesse que eles demonstraram em sala, possibilitando obtenção das notas de forma individualizada, já que as atividades e relatórios são realizados em duplas.