19/05/2010
José Luiz Lacerda
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Educação Física | Atitudes, conceitos e procedimentos: conhecimentos sobre o corpo |
Ë importante a vivencia anterior de atividades que contenham elementos necessários que antecedem a seqüência pedagógica de atividades que envolvam a o uso do tato na orientação e condução dos deficientes visuais e a locomoção sem o uso da visão. Sugerimos olhar a seguintes aulas no portal que também tratam dos temas:
1. Orientação auditiva: Um recurso para quem não enxerga;
2. O tato enquanto recurso para a interação.
1º Momento – Iniciar a aula mostrando a foto abaixo e refletindo sobre o tema:
Todos vocês conhecem o futebol e sua variação das quadras que é chamada de futsal. Mas alguém já ouviu falar do futebol de cegos? Já imaginou disputar uma partida de futsal sem enxergar nada (vendado)?
Pois bem, esse jogo existe, e a falta da visão se torna um elemento bem interessante para sua prática (se possível, o professor poderá mostrar um vídeo de um jogo – exemplos em recursos complementares).
2º Momento – “Caracterizando do jogo”
O futebol de cegos é uma adaptação do futsal e por isso muitas regras são semelhantes. Todos os jogadores de linha devem usar vendas para garantir que todos estejam em iguais condições (a orientação é feita através da audição). Somente o goleiro, que tem sua área de atuação reduzida (delimitada), pode enxergar.
Quando a bola está em jogo, os jogadores são obrigados a avisar que vão disputar uma bola (para evitar acidentes).
Ø Alguns detalhes técnicos: (podem ser encontrados no site abaixo relacionado)
• A bola possui um guizo que produz som para orientar os atletas.
• A torcida deve permanecer em silêncio total para não confundir os jogadores (assim podem ouvir onde se encontra a bola, pelo barulho do guizo).
• As equipes contam com um “chamador”, que fica atrás do gol adversário para orientar os jogadores no ataque. No meio de quadra a orientação é feita pelo técnico. (O “chamador” tem uma área delimitada para trabalhar).
• Existem duas áreas: a maior tem as medidas normais do futsal e a menor, com 2 metros para frente do gol e 1 metro para cada lado das traves que delimita a área de atuação do goleiro. Se ele tocar na bola fora dessa área, o time é punido com tiro livre direto (pênalti).
• As laterais da quadra têm muretas (bandas) de 1,20 metros para delimitar o espaço de jogo. Dessa forma, só há cobrança de lateral quando o chute passa por cima da mureta (banda).
• O goleiro não tem deficiência visual e orienta os atletas na defesa.
Ø (TAREFA) Para um maior entendimento, o professor poderá pedir, para uma aula futura, que os alunos pesquisem as regras do jogo e tragam como tarefa as particularidades, semelhanças e diferenças com o futsal e as possibilidades de adaptação para futuras vivências.
Atividade 01: “A condução sem a visão”
Ø Adaptação da bola do jogo junto com a turma – se possível várias bolas (Uma bola de futebol envolta em sacolas plásticas ou ainda papel celofane) – O professor poderia pedir previamente que a turma traga sacolas plásticas para a realização dessa aula.
Ø Após a confecção do material, pedir para que os alunos tampem os olhos com um lenço ou venda e cada um ou grupo com uma bola adaptada, percorra um determinado circuito conduzindo a bola utilizando a audição para a orientação.
Ø Nas primeiras vivências, cada aluno vendado poderá ter um guia para ajudar na orientação e locomoção.
Ø Vivências similares poderão ser adaptadas e experimentadas junto com a turma utilizando o chute e o passe.
Atividade 02: “Futebol com guia”
Ø Agora que já vivenciamos algumas habilidades presentes no jogo, que tal experimentar uma adaptação em um jogo mesmo?
Ø Sugerir que seja feito uma partida de futebol de cegos com duas equipes vendadas (exceto o goleiro – que terá a área de atuação marcada), porém cada jogador contará com um guia que em hipótese nenhuma poderá tocar na bola intencionalmente durante o jogo. A ele cabe conduzir e orientar o jogador durante o jogo (para tal ele poderá usar a voz e o tato) e posicionar a bola para as cobranças de bola parada.
Ø Devido a presença de um guia para cada jogador, a bola poderá ou não ser adaptada – isso pode ficar a critério da turma.
Ø Outras adaptações poderão ser feitas durante a prática para uma melhor vivência.
Atividade 03: “Futebol de cegos”
Após as vivências anteriores e a realização da tarefa acima mencionada, realizar com a turma uma reflexão acerca de pontos específicos do jogo em questão (para possíveis adaptações), como pó exemplo:
Ø Como evitar acidentes?
Ø Apoio dos colegas que não estão competindo no momento (ex: espalhados pela lateral da quadra para não deixar a bola sair);
Ø Discussão das regras, previamente preparadas pelos alunos (tarefa), para detectar quais seriam viáveis ou não;
Ø A necessidade do silêncio;
Além da tarefa pedida pelo professor, discutir com a turma aspectos relacionados às atividades vivenciadas. Como: O que acharam do jogo? Quais foram as dificuldades sentidas para vivenciá-lo? O jogo ficou mais fácil com presença de um guia ou sem ele? Poderíamos fazer mais alguma coisa para que o jogo se torne ainda mais agradável? Quais os comentários e conclusões acerca das atividades vivenciadas?
Ainda na discussão final, o professor deverá observar e analisar todo o processo de vivência dos alunos no que diz respeito à integração, participação, desenvoltura, raciocínio, equilíbrio, expressividade, cumplicidade, competitividade e consciência corporal durante as atividades e na execução dos movimentos, visando detectar se houve aproximação entre os objetivos da aula e a concretização da mesma.
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04/05/2014
Cinco estrelasexcelente material, com toda certeza utilizarei em minha carreira profissional.