Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


Investigando os anfíbios

 

28/05/2010

Autor e Coautor(es)
Amélia Pereira Batista Porto
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lizia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

. Identificar as características gerais dos anfíbios.

. Relacionar suas características ao seu processo evolutivo.

Duração das atividades
2h/a
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Todo ser vivo tem um ciclo vital que se inicia com o nascimento e se finda com a morte. Os animais são organizados em grupos, para fins de estudo, conforme suas características e especificidades.

Reconhecer o grupo dos anfíbios como animais que têm capacidade de viver tanto dentro como fora da água, mas que precisam de umidade para manter a pele úmida e da água para se reproduzir.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor

Esta classe de animais vertebrados, composta por sapos, rãs, salamandras aquáticas e as cecílias, foi a primeira a aparecer no planeta Terra por volta de 300 milhões de anos. Hoje, habitando algumas ilhas da Indonésia, ainda existem espécimes raros e antigos que viveram na Idade do Carvão, período em que estes animais foram o grupo dominante. Os anfíbios têm a capacidade de viver tanto dentro quanto fora da água, porém, sua pele precisa estar constantemente úmida, pois funciona como um meio de respiração para este animal. Apesar de quase todos desta classe possuir pulmões, eles são de estrutura extremamente simples. Tanto as rãs quanto os sapos possuem ouvidos e um coração de complexidade superior se comparado aos seus ancestrais.

A forma de vida anfíbia, considerada bastante adaptável, vem evoluindo durante milhares de anos por sua capacidade de habitar a maior parte dos continentes do mundo, exceto a Antártida, que possui condições climáticas extremamente rigorosas para quase todo o tipo de vida. No Brasil podemos encontrar estes seres em várias regiões, inclusive na região da Mata Atlântica, que com uma biodiversidade ainda maior do que a da Floresta Amazônica, possui sua fauna formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), além, é claro, de outras vidas como os mamíferos canídeos e aves das mais diversas. É uma das áreas mais sujeitas à precipitação no Brasil, com chuvas orográficas que caem em função das elevações do planalto e das serras, o que torna este um habitat perfeito para a categoria estudada.  

Cerca de 4000 espécies fazem parte do grupo moderno destes vertebrados, sendo suas três principais categorias: os Caudata, chamados também de anfíbios com caudas, aqui estão as salamandras e sirenídios; Anura, são aqueles que não possuem calda, como as rãs e os sapos; e ainda os Gmnofiona ou Apoda, são aqueles que possuem o formato de verme.  

www.suapesquisa.com/ecologiasaude/anfibios/ - consultado em 03/05/2010 às 16:30. 

Classificação

Como dissemos acima, os anfíbios são divididos em três ordens: Gymnophiona, Urodela e Anura.

Os Gymnophiona ou Apoda são representados por cerca de 160 espécies, popularmente chamadas de cobras-cegas ou cecílias. São animais ápodes, ou seja, não possuem membros locomotores e o corpo é cilíndrico e alongado. A maioria das espécies é terrestre e vive enterrada no solo. Os olhos são vestigiais (ou seja, são atrofiados), mas existem tentáculos sensoriais que auxiliam na percepção do ambiente. Os machos possuem um órgão copulador chamado falodeu, que permite a fecundação interna.

Os Urodela, também chamados de Caudata, são representados por cerca de 400 espécies de salamandras. O corpo destes animais é alongado e a cauda é bem desenvolvida. São mais abundantes em regiões de climas frios. Os machos não possuem órgão copulador e a fecundação pode ser externa ou interna. Na fecundação interna, a fêmea captura a massa de espermatozóides liberada pelo macho e a deposita no interior da sua cloaca. Muitas espécies de salamandras não possuem pulmões e apresentam apenas respiração cutânea.

Os Anura são representados por cerca de 4.500 espécies, que incluem os sapos, as rãs e as pererecas. A fauna brasileira é muito rica em anuros, contando com cerca de 600 espécies já descritas. Os anuros não possuem cauda e seus membros posteriores são adaptados para o salto. A fecundação pode ser interna ou externa - e o desenvolvimento é indireto.

Adaptado de Alice Dantas Brites*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação. Texto integral em: educacao.uol.com.br/biologia/anfibios.jhtm - consultado em 03/05/2010 

SAPO COMUM

www.todabiologia.com/zoologia/sapo-comum.JPG

Classificação Científica

Reino: Animalia  

Filo: Chordata

Classe: Amphibia  

Ordem: Anura  

Família: Bufonidae  

Gênero: Bufo

TRITÃO-DE-CRISTA-ITALIANO

www.todabiologia.com/zoologia/fotos_anfíbios.htm

Classificação Científica

Reino: Animalia  

Filo: Chordata  

Classe: Amphibia  

Ordem: Caudata  

Família: Salamandridae  

Gênero: Triturus  

Espécie: T. carnifex

SALAMANDRA DE FOGO

www.todabiologia.com/zoologia/fotos_anfíbios.htm

Classificação Científica

Reino: Animalia  

Filo: Chordata  

Classe: Amphibia  

Ordem: Caudata  

Família: Salamandridae  

Gênero: Salamandra

Espécie: S. salamandra

COBRA CEGA

1.bp.blogspot.com/.../s400/blanus1.jpg

Classificação Científica

Reino: Animalia  

Filo: Chordata  

Classe: Amphibia

Ordem: Ápoda

Família: Cecillidae

Os anfíbios são venenosos?

Apesar de serem inofensivos aos seres humanos, todos os anfíbios, incluindo as cecílias e as salamandras, possuem glândulas espalhadas por toda a pele que podem produzir secreções tóxicas. Em muitos casos existem regiões especiais da pele que possuem acúmulos dessas glândulas, tais como as parotóides dos sapos. As secreções cutâneas dos anfíbios podem ser constituídas por inúmeras substâncias que, na sua maioria, possuem propriedades e composição química ainda muito mal conhecidas.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/anfibios/classe-anfibia.php - consultado em 11/05/2010 às 16:35  

Estratégia

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Para atingir os objetivos propostos os alunos assistirão a vídeos elucidativos seguidos de texto informativo e atividade em grupo.   

Como o professor irá ativar esse processo: 

Compete ao professor exibir os vídeos sugeridos e conduzir a discussão de modo a incentivar os alunos a investigarem, estabelecer comparações, buscar novas informações e realizarem as atividades propostas.  

 Planejando e realizando a atividade   

Os vídeos sugeridos para desenvolvimento da aula encontram-se linkados no item Recursos Complementares desta aula. São vídeos que oferecem informações significativas sobre características, semelhanças e diferenças entre os anfíbios. Prepare os alunos para a exibição dos vídeos procurando fazer uma sondagem dos conhecimentos prévios dos mesmos. Faça perguntas como: Por que os animais são organizados em grupos para fins de estudo? Quem se recorda do significado da palavra anfíbio? Alguém saberia dizer qual a característica que difere esse grupo de animais dos demais vertebrados? Quem conhece algum animal que pertence a esse grupo? Essas e outras perguntas podem ser usadas para aguçar a curiosidade em relação aos vídeos que serão exibidos.

Ao assistir o primeiro vídeo “classificando os anfíbios”, chame a atenção das crianças para as semelhanças e diferenças entre os integrantes do grupo exibidos nas imagens. Presença ou não de cauda, de membros superiores e inferiores, estrutura corporal externa, como se locomovem entre outros aspectos. Deixe que as crianças se manifestem dizendo o que foi observado. Use também as imagens do sapo comum, salamandra,cobra-cega e tristão que estão na introdução desta aula. Discuta com os alunos a forma como cada um desses animais é classificado, chamando-lhes a atenção para os diferentes itens usados na classificação: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. É importante os alunos  perceberem que a identificação do animal vai se restringindo até que o espécime classificado chegue às características específicas que o determina como única.

Explore com os alunos todas as informações contidas nos vídeos, para isso, assista-os previamente, anotando o que deve ser discutido. Exiba o segundo vídeo. O foco deste vídeo é o tipo de pele dos anfíbios. Relacione as características da pele desses animais à sua adaptação ao ambiente: porque precisam da presença de água, variações de pele de acordo com as diferentes espécies, respiração cutânea de algumas espécies, presença de glândulas excretoras tóxicas entre outros aspectos.

Exiba o terceiro vídeo. Neste é possível explorar as formas de respiração dos anfíbios, destacando o período de vida aquática e vida terrestre. Associe as características dessa classe aos aspectos evolutivos e sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes. Após a exibição dos vídeos, distribua o texto informativo contido na introdução da aula: uma abordagem para o professor. Trata-se de um texto de linguagem simples, apropriado a alunos dos anos iniciais, podendo ser feito alguns ajustes de linguagem.   

Texto para os alunos: sistematizando as informações

Organize os alunos em grupo com quatro ou cinco participantes. Para estudo e discussão do texto, veja as orientações sugeridas em recursos complementares. Questões a serem exploradas:

· Características gerais dos anfíbios e o seu processo evolutivo;

· Diferenças peculiares a cada ordem e ou família;

· Capacidade de adaptação a diferentes ambientes.

Ao final do estudo, os alunos devem apresentar uma síntese das informações pontuadas para discussão. Para isso, organize os alunos em um semicírculo e conduza as discussões.  

Os textos informativos são usados para que as crianças possam através da reflexão, incorporar as informações nele contidas as suas ideias sobre o assunto. Sendo assim, quando bem trabalhados, respeitando-se as suas especificidades, alimentam o raciocínio infantil e possibilitam avanços no processo de aquisição do conhecimento. Um texto síntese de final de aula, tanto pode ser feito coletivamente,  como pode ser feito individualmente.

Na aula de hoje, optamos pela elaboração coletiva, porque algumas crianças neste nível de escolaridade, ainda têm dificuldade para organizarem suas ideias individualmente. Ao elaborarem a síntese, as crianças, além de desenvolverem habilidades específicas de escrita, estão organizando as informações trabalhadas em sala, para usá-las posteriormente, ao rever o que foi estudado,  e para retomar o  assunto em novas investigações, por exemplo.

Ao estruturar o texto, alguns pontos devem ser considerados: a)   Não basta que a criança dê a sua ideia, para que a mesma faça parte do texto. A sua ideia deve ser pertinente e estar bem elaborada, podendo o professor ajudá-la nesta elaboração; b)  O texto síntese deve ser construído com seqüência de ideias, clareza e coesão; não podendo compor-se de um amontoado de ideias soltas; c)   Registrar apenas os aspectos mais significativos; c) O nível de escolaridade das crianças, fazendo, inicialmente, registros mais simples. d)   Podem ser completados por desenhos, até que as crianças vão ganhando desenvoltura neste tipo de atividade; entre outros.  

Recursos Complementares

http://www.youtube.com/watch?v=NjXW6p9Amgs 

http://www.youtube.com/watch?v=N_LWeNy5Nz4 

http://www.youtube.com/watch?v=6qkQ_QwFAbI 

Estes vídeos falam sobre características dos  anfibios de forma muito interessante. Inicialmente há uma animação e depois a explicação.

Fonte: www.youtube.com consultado em 19/05/2010 às 8:29.

Avaliação

Em diferentes momentos no decorrer da aula a criança pode ser avaliada: quando assiste ao vídeo, participa do trabalho de grupo mostrando estar atenta ou não ao que está sendo proposto, quando registra o que aprendeu, quando expõe suas ideias nas discussões em sala, são algumas situações. Avaliar nessa perspectiva implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos.

Feitas estas considerações, propomos que ao final do trabalho desenvolvido os alunos preencham individualmente um quadro como o sugerido a seguir:

Anfíbio                            Ordem                                Semelhanças com outros anfíbios                                        Diferenças

Sapo comum

Salamandra           

Cobra-cega              

Opinião de quem acessou

Sem estrelas 0 classificações

  • Cinco estrelas 0/0 - 0%
  • Quatro estrelas 0/0 - 0%
  • Três estrelas 0/0 - 0%
  • Duas estrelas 0/0 - 0%
  • Uma estrela 0/0 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.