1. Refletir sobre a importância de dizer o que sentimos frente a atitudes ou situações que nos afetam na relação com o outro.
2. Respeitar e considerar os próprios sentimentos e os do outro, favorecendo o diálogo e a aprendizagem social.
3. Reconhecer que a auto-expressão facilita a comunicação e amplia o relacionamento, na medida em que permite que a outra pessoa se expresse também.
4. Analisar exemplos de atitudes e situações em que prevaleceu a auto-expressão e seus efeitos para o relacionamento interpessoal.

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

1ª ATIVIDADE: Concordo /discordo

O professor deverá afixar na parede de um canto da sala um cartaz com a palavra CONCORDO e em outro canto um cartaz com a palavra DISCORDO. Os alunos deverão ficar em pé, organizados em uma roda. O professor dará as seguintes instruções: vou ler uma afirmação de cada vez e vocês terão que se posicionar em relação a ela, concordando ou discordando. Os alunos que concordarem com a afirmação lida, deverão se encaminhar para o canto da sala que tem a palavra CONCORDO e os que discordarem, deverão se aproximar da palavra DISCORDO. Cada grupo terá alguns minutos para discutir sobre porque concorda ou discorda de cada afirmação e fazer uma breve síntese oral para ser compartilhada com os outros colegas.

AFIRMAÇÕES:

1. Respeitar as diferenças individuais é a base da boa convivência, uma vez que as pessoas têm desejos, sentimentos e necessidades diferentes. 
2.  Dizer o que sentimos dificulta a comunicação com o outro.
3.  É fácil comunicar ao outro o que queremos, precisamos ou sentimos.   
4.  Podemos dizer o que sentimos de forma verbal ou não-verbal.   
5.  Respeitar os próprios sentimentos e os do outro favorece o diálogo e a aprendizagem do grupo.   
6.  É difícil dizer o que sentimos porque temos medo de que a pessoa se aborreça, fique magoada, nos agrida ou vá embora.   
7.  A franqueza e a honestidade de dizer o que sentimos significam “dizer umas verdades” de modo ríspido, grosseiro
8.  Dizer o que sentimos facilita a comunicação na medida em que permite que a outra pessoa se expresse também.  

2ª ATIVIDADE: Complementar as discussões com a leitura do seguinte texto pelos alunos (Cada aluno deverá receber o texto digitado para que faça a leitura individual)

Auto-expressão: dizer o que sentimos      

 Podemos expressar o que se passa conosco de uma maneira bastante inadequada, por exemplo, quando enviamos mensagens de crítica, ameaça ou acusação:

_ “Você é um menino mau, vive batendo no seu colega”.

 _ “A gente tem mesmo que castigar você, é sempre o culpado de todas as confusões desta turma”.

_ “Se não parar de gritar na sala de aula, vai para a Direção e ainda vai levar uma surra dos seus pais”.       

 Desse modo, perdemos a oportunidade de descobrir as riquezas de um relacionamento mais respeitoso e saudável com as pessoas.       

Por outro lado, podemos expressar o que se passa conosco, falando o que sentimos frente ao comportamento da outra pessoa que nos afetou ou que nos abalou de alguma forma. Dizemos:

_ “Escute, já estou cansada de tanto falar para não bater no seu colega! Não agüento mais, fico chateada cada vez que você insiste em fazer isso de novo!”

 _ “Honestamente, fico preocupada com o que está acontecendo: a gente sempre acaba achando que é você quem começa as confusões desta turma. Será que é isso mesmo que está acontecendo?”

_ “Fico realmente irritada quando você se dirige a mim gritando dessa maneira. Dá vontade de não te atender”.      

Quando nos comunicamos assim, estamos usando auto-expressão, que consiste em mostrar ao outro o que se passa conosco para que ele faça idéia do que nos causa quando age de determinadas formas: se nos faz sentir alegria, irritação, raiva, gratidão, tranquilidade, aborrecimento.       

Portanto, a auto-expressão nada mais é do que fazer reflexão dos próprios sentimentos. Por vezes, começamos a expressar um determinado sentimento e, na medida em que continuamos a falar e pensar, outras coisas vão se clareando. Desta forma, temos oportunidade de nos descobrirmos mais, ampliando a percepção de nós mesmos e do outro, o que favorece a aprendizagem e as relações grupais.

(Texto adaptado de: MALDONADO, Maria Tereza. Comunicação entre pais e filhos – a linguagem do sentir. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 94-96).

Após a leitura do texto, o professor deverá abrir espaço para comentários dos alunos acerca do que foi lido, do que o texto leva a pensar, a fim de ampliar a compreensão referente à temática.

3ª ATIVIDADE: Poderá ser realizada de forma coletiva. O professor deverá apresentar uma tirinha de cada vez, solicitando aos alunos que a leiam com atenção.

Tirinha 1:

Fonte: http://www.scribd.com/doc/7284389/Alfabetizacao-Teoria-e-Pratica  

Tirinha 2:

Fonte: http://www.scribd.com/doc/7284389/Alfabetizacao-Teoria-e-Pratica 

Em seguida, o professor deverá solicitar aos alunos que comentem como as pessoas se expressaram nas duas situações de diálogo (Elas se expressaram de forma adequada ou não? Enviaram mensagens de crítica, de zombaria? etc). Prosseguindo, com a mediação do professor, os alunos deverão modificar as falas, de forma que seja utilizada a auto-expressão, ou seja, um personagem expressando o que sentiu frente à atitude do outro.

4ª ATIVIDADE: Em pequenos grupos, os alunos deverão identificar e analisar exemplos de atitudes e situações ocorridas em sala de aula e em outros espaços escolares, em que prevaleceu ou não a auto-expressão e os seus efeitos na relação com o outro. O grupo escolherá uma das situações para ser dramatizada para toda a turma.

5ª ATIVIDADE: O professor poderá propor que as situações escolhidas pelos alunos sejam apresentadas para toda a comunidade escolar (inclusive para os pais), em um espaço apropriado. Para esta apresentação, professor e alunos deverão organizar, com antecedência, o convite, o espaço a ser utilizado e os materiais que forem necessários. No momento de abertura do evento, um aluno deverá informar sobre o tema trabalhado (por meio de cartazes, data-show, painel ou outro recurso escolhido pela turma) e a sua culminância com a dramatização de situações vivenciadas, escolhidas e analisadas pelos alunos. Ao final, abrir espaço para que os convidados também opinem sobre o tema e as apresentações realizadas.

Não há sugestão de recursos complementares.

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos diferentes momentos da aula. O professor poderá solicitar à turma que avalie por escrito, uma vez por semana, em dia a ser combinado com os alunos, como cada um percebe sua capacidade de auto-expressão e os avanços verificados ao longo do tempo.

Avaliação dos alunos pelo professor: Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos durante as atividades. O professor deverá verificar se os alunos conseguiram: refletir de forma crítica sobre a importância de dizer o que sentimos frente a situações que nos afetam na relação com o outro; reconhecer que a auto-expressão facilita a comunicação e amplia o relacionamento entre as pessoas; identificar e analisar situações em que prevaleceu a auto-expressão e seus efeitos na relação com o outro.

Esta avaliação poderá ser feita tanto coletivamente, em uma roda de conversa, como em pequenos grupos, de modo que haja um revezamento da presença do professor, enquanto os demais alunos poderão se dedicar à auto-avaliação escrita.