1. Compreender o erro como componente do ato de aprender.

2. Identificar os próprios erros e os dos colegas por meio do jogo proposto.

3. Classificar os tipos de erros identificados, agrupando-os por suas semelhanças.

4. Reconhecer as estratégias utilizadas nos jogos e que favoreceram o erro e o acerto.

5. Buscar diferentes recursos como possibilidade de superar os erros apresentados.

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Comentários para o professor: 

Caro professor! Os jogos têm se revelado como um recurso muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem humana, o que justifica a sua ampla utilização nas diversas práticas educacionais. Nesta aula, propomos como tema central a reflexão sobre o erro e as estratégias utilizadas pelos alunos ao jogar, a partir de um jogo de tabuleiro de origem africana – Mancala. Resgatamos esse jogo milenar motivadas pela Copa do Mundo de 2010 que acontecerá na África do Sul. Conhecer a história desse jogo possibilita, ao mesmo tempo, conhecer um pouco da filosofia, da cultura, dos costumes e tradições do povo africano. Outras possibilidades educacionais se abrem a partir desse jogo favorecendo, assim, a construção de um Projeto de Trabalho Interdisciplinar. Ao jogar, os alunos poderão atribuir outros sentidos do ganhar e perder, do errar e acertar e também coordenar e planejar suas ações, fazendo antecipações e predições. Vamos à aula, professor?

1ª atividade: O professor deverá iniciar a aula, perguntando aos alunos: Quem conhece o jogo Mancala? O que sabem da origem desse jogo? Sabem como se joga? Conhecem as regras do jogo? (Professor, você poderá ativar a curiosidade e os esquemas de pensamento dos alunos, sugerindo que levantem hipóteses sobre o jogo e o como jogar, inicialmente a partir do próprio nome do jogo e depois, com algumas informações que você poderá revelar gradativamente, como: o nome do país de origem, os materiais utilizados para se jogar e, o mais curioso, que este é um jogo de semear e de colher... um jogo de captura!). As hipóteses levantadas pelos alunos deverão ser registradas, para depois serem comparadas com as regras convencionais do jogo. Em seguida, os alunos serão convidados a assistir a um vídeo que conta um pouco da história do jogo africano Mancala, produzido pelos professores de Matemática do CEEBJA de Colorado, acessando o sítio:

http://www.youtube.com/watch?v=cKJSWpgKzew  

Após o vídeo, os alunos poderão expressar suas opiniões, fazer comentários e avaliar o que viram e ouviram. Prosseguindo, o professor deverá apresentar as regras do jogo disponível no sítio: http://brainking.com/pt/GameRules?tp=103&utf=mancala  

Vale destacar que apesar do nome do jogo ser diferente (Brainking), esta proposta é uma das variações do jogo Mancala! Essas regras deverão ser comentadas para favorecer o processo de assimilação dos alunos. Uma vez compreendidas, poderão ser registradas para possibilitar a consulta no momento do jogo. Esse registro deverá ser comparado com o das hipóteses levantadas anteriormente. Será possível confirmar algumas das hipóteses dos alunos? 

2ª atividade: Esse é o momento de criar uma Oficina para a construção do jogo Mancala, em duplas, para os alunos jogarem depois. Os materiais poderão ser bem variados, de acordo com a criatividade e as habilidades de cada dupla. O professor poderá solicitar aos alunos que levem caixas de ovos para a confecção do jogo e também utilizem as aulas de Artes, Geografia, História para pesquisarem a cultura Africana, representando alguns símbolos nas caixas que se tornarão os tabuleiros dos jogos. Uma vez concluído o projeto de construção do jogo, a dupla começará a jogar. As regras do jogo poderão ser consultadas, sempre que necessário.

3ª atividade: Após a primeira rodada do jogo pelas duplas, o professor deverá dividir a turma em grupos de 04 alunos. Em cada grupo, será sorteada uma dupla para jogar enquanto os outros alunos deverão se colocar no papel de “observadores ativos” do jogo. A tarefa dos observadores consistirá em anotar os procedimentos utilizados pelos jogadores - aqueles que favoreceram e os que dificultaram a captura das pedras ou sementes pelo adversário. Concluída esta etapa, os jogadores poderão falar sobre o jogo: as dificuldades encontradas, os movimentos realizados durante o jogo e que possibilitaram as capturas, os momentos em que foi possível planejar as ações e fazer antecipações. Em seguida, os observadores socializarão com o grupo as suas observações relativas aos procedimentos utilizados pelas duplas. Num exercício coletivo, jogadores e observadores, mediados pelo professor, farão a classificação dos tipos de erros identificados, agrupando-os por suas semelhanças. Deverão também sugerir estratégias de superação das dificuldades apresentadas por eles. Essas estratégias poderão ser redigidas e expostas em um mural da sala de aula.

Professor, sugerimos os sítios http://www.jogos.antigos.nom.br/senha.asp e http://www.qdivertido.com.br/jogos.php por trazerem várias propostas de jogos. Ao visitá-los, você poderá ampliar as possibilidades de desenvolver um Projeto sobre jogos com os seus alunos, em que o tema “erro” possa ser ressignificado como componente do ato de aprender. 

Ao acessar o sítio http://www.jogos.antigos.nom.br/mancala.asp você encontrará um texto informativo sobre o jogo africano Mancala, o que poderá enriquecer sobremaneira a sua aula.  

Sugerimos a leitura do livro de Lino de Macedo e colaboradores, que traz uma visão muito interessante sobre a relação que se estabelece entre os jogos e a aprendizagem, além de apresentar alguns jogos para se trabalhar em sala de aula com os alunos. Referência Bibliográfica: MACEDO, L.; PETTY, A.L.; PASSOS, N.C. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: ARTMED, 2000.

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos momentos da aula propostos pelo professor. O professor poderá solicitar a cada aluno que registre em um breve texto suas percepções sobre as próprias estratégias, erros e acertos vivenciados no decorrer do jogo.

Avaliação dos alunos pelo professor: Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos nas atividades propostas. O professor deverá verificar se os alunos conseguiram compreender e ressignificar o erro como possibilidade de aprendizagem, de tomada de consciência de jeitos diferentes de pensar, de operar logicamente e de agir no mundo.