Observar os peixes em um aquário;

Relacionar o que foi observado com a vida dos peixes no ambiente natural;

Identificar características básicas dos peixes;

Conhecer formas de reprodução dos peixes

Identificar os peixes como um subgrupo dos vertebrados de vida aquática.

Introdução: uma abordagem para o professor 

Todos nós podemos descrever o que vemos ao observar determinado objeto.

No entanto, é possível melhorar nossa percepção buscando detalhes no objeto observado.

A observação com fins educativos deve ser uma atividade intencional e planejada. Deve envolver perguntas específicas sobre os objetos enfocados e desenvolver cada vez mais a capacidade de análise do aluno. Exige, também, atenção e atitude reflexiva do observador. Outro aspecto a salientar é que, além das observações dirigidas, com roteiros previamente estabelecidos, deve-se dar ao aluno a oportunidade de observar livremente, seguindo seus próprios interesses e as habilidades de análise já desenvolvidas. Alertamos aos professores que, embora a observação seja uma estratégia de grande valia no ensino de ciências, existe o risco de que, em observações realizadas em aulas práticas, trabalhos de campo, os alunos possam ver somente aquilo que estão preparados para ver, e não aquilo que, necessariamente, constitui o objetivo da observação.

Ao orientar os alunos para a atividade de observação dos peixes, leve em consideração os aspectos a seguir:

• torne claro o objetivo da atividade antes do início do trabalho;

• planeje com os alunos o desenvolvimento da observação;

• conduza a atenção dos alunos para os detalhes e pontos importantes;

• conduza a observação de modo a evitar a dispersão dos alunos.

Texto para informação do professor

A classe dos peixes possui aproximadamente 25.000 espécies conhecidas. Os peixes são os primeiros animais vertebrados, isto é, possuem coluna vertebral. A maioria dos peixes tem o corpo alongado, com formato fusiforme e escorregadio. Grande parte deles tem nadadeiras e o corpo coberto de escamas. Mas há também peixes que tem o corpo revestido de um tipo de couro. Os sentidos são representados por dois olhos, ouvidos com canais semicirculares (órgãos de equilíbrio), e geralmente pela linha lateral, uma espécie de sexto sentido que percorre a parte lateral do corpo e permite sentir vibrações da água.

Muitos peixes possuem uma bexiga natatória, ou seja, uma bolsa cheia de ar que permite aos peixes se equilibrar na água sem boiar nem afundar. São animais ectotérmicos, ou seja, não produzem o calor necessário para controlar a temperatura do corpo. A temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. A respiração dos peixes é branquial. Por meio das brânquias ou guelras, eles absorvem o oxigênio dissolvido na água e eliminam o gás carbônico, que sai pelas fendas branquiais, aberturas laterais de cada lado da cabeça. São, geralmente, ovíparos (botam ovos que se desenvolvem fora do corpo das fêmeas), mas há também espécies ovovivíparas (os embriões se desenvolvem dentro de ovos, no interior do corpo das fêmeas) e poucas espécies são vivíparas (os embriões se desenvolvem dentro do corpo da fêmea). As fêmeas soltam os óvulos na água, que são fecundados pelos machos.

A reprodução é sempre sexuada e, em geral, externa, havendo poucas exceções, como as citadas acima. As células masculinas e femininas são lançadas na água, onde se unem. O número de ovos é sempre muito grande.

As águas estariam superpovoadas se a maioria dos filhotes não fosse comida por outros animais antes de chegarem ao estágio adulto. As grandes e complicadas migrações realizadas por algumas espécies, como as enguias e os salmões, estão relacionadas com a reprodução.

Os peixes não dormem. Eles apenas alternam estados de vigília e repouso. O período de repouso consiste num aparente estado de imobilidade, em que os peixes mantêm o equilíbrio por meio de movimentos bem lentos. Como não tem pálpebras, seus olhos ficam sempre abertos. Algumas espécies se deitam no fundo do mar ou no rio, enquanto os menores se escondem em buracos para não serem comidos enquanto descansam.

Locomovem-se deslizando na água, usando para isso as nadadeiras e a cauda. Têm como hábitat a água doce ou salgada e alimentam-se de animais menores e vegetais.

São exemplos de peixes de água salgada: tubarão, bacalhau, sardinha, cavalo-marinho, pescada, entre outros.

São exemplos de peixes de água doce: carpa, piranha, pintado, surubim, lambari, traíra, entre outros.   

Nessa aula os alunos terão oportunidade de observar os peixes, num aquário.

Para montar o aquário consulte a aula “Montando um aquário” (link da aula: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/verAula.html?aula=19128 - consultado em 03/05/10, às 12h15min). 

Entretanto se achar mais adequado você pode providenciar peixinhos, vendidos em lojas especializadas, para oportunizar as crianças a observação. Além de observar os peixes elas irão conhecer a forma de reprodução mais comum às diferentes espécies de peixes.   

A estratégia de observação, em destaque nessa aula, é uma das mais difundidas no ensino de ciências, mais especificamente para temas relacionados à biologia, à ecologia e matérias afins.     

Estratégia   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de conversa dialogada em que expõem suas idéias sobre o assunto. Farão um desenho livre de um peixe e a seguir realizarão uma atividade de observação de peixes em um aquário, ou adquiridos em lojas especializadas para este fim.   

Como o professor irá ativar esse processo:

Solicitando aos alunos que façam um desenho livre de um peixe para montagem de um ambiente aquático, no mural da sala de aula. A seguir serão orientados na observação de um peixe e novo desenho será feito para comparação dos detalhes antes e após a observação dirigida.   

Atividade de observação:investigando peixes   

No primeiro momento faça perguntas aos alunos como: quem já observou um peixe, pessoalmente ou por meio de imagens; como era o peixe; que cores ele tinha; como ele se movimentava; que nomes de peixes conhecem.

Professor, independente de o aquário ter sido montado com a turma, proponha as crianças o desenho livre de um peixe. Esta atividade deve ser feita sem observá-los diretamente. A seguir combine com a turma e providencie exemplares comprados em lojas especializadas para cada grupo. Após a observação, se achar adequado, proponha a montagem do aquário para criação dos peixes ou doe os peixes para pessoas que possuam aquário. Essa aula também se constitui em ótima oportunidade para sensibilizar os alunos para o cuidado com os seres do ambiente.

Exponha os desenhos feitos pelas crianças e oriente-as para a observação.   

No segundo momento da aula os alunos serão orientados para realizar a observação e registrar as informações colhidas durante a atividade.

Foto: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfapeixesimagensanatomia-dos-peixes-14-g.jpg

Algumas questões que podem orientar a observação:

a) Qual é o nome do peixe observado? (Verifique entre os alunos quem conhece o peixe observado.)

b) Como é o nado desse peixe?

c) Que movimentos ele faz ao nadar?

d) Qual é a função das nadadeiras? E da cauda?

e) Como é o corpo desse peixe?

f) Que cores ele tem?

g) Como é a cabeça?

h) Como são as nadadeiras e a cauda?

i) Como é o ambiente em que ele vive?

 j) O peixe se alimentou durante a observação? Como ele fez isso? Que alimentos ingeriu?

k) Você ouviu algum barulho vindo peixe? Como era esse barulho?

l) Você conseguiu observar a presença de ovos no local?   

Após o registro da observação, peça aos alunos que desenhem o peixe observado numa folha a parte. A seguir oriente-os a comparar o desenho atual com o desenho feito anteriormente, exposto no mural.

Pergunte-lhes qual desenho ficou com mais detalhes e o que contribuiu para que os desenhos ficassem diferentes. Pergunte-lhes se sabem como os peixes se reproduzem, e como eles imaginam que isso ocorra. A seguir peça que leiam o texto abaixo:     

Texto para discussão: reprodução dos peixes

Os peixes são, na sua maioria, animais ovíparos ou seja botam ovos que se desenvolvem fora do corpo das fêmeas. As fêmeas soltam os óvulos na água, que são fecundados pelos espermatozóides dos machos.

O número de ovos expelidos pelas fêmeas é sempre muito grande. As águas estariam superpovoadas de peixes se a maioria dos filhotes não fosse comida por outros animais antes de chegarem ao estágio adulto. A fêmea do peixe dourado, por exemplo, lança na água quase dois milhões de óvulos. Entretanto, menos de dez filhotes conseguem chegar à fase adulta.

Mas, há também espécies de peixes que são ovovivíparas, ou seja, os embriões se desenvolvem dentro de ovos, no interior do corpo das fêmeas. Poucas espécies são vivíparas, ou seja, os embriões se desenvolvem dentro do corpo da fêmea. Entre os tubarões existem espécies ovovivíparas e vivíparas.

A reprodução dos peixes é sempre sexuada e, em geral, externa, havendo poucas exceções.

Após a leitura do texto discuta as informações com a turma.

 Klickeducação - Montando o aquário e dividindo tarefas

Dicas para montar um aquário em sala de aula e usá-lo em atividades cotidianas. ... Os romanos criavam, em aquários públicos, peixes de água doce para...

http://www.klickescolas.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,POR-579-,00.html (Consultado em 14/04/10 às 16:20)  

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a observação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica. No decorrer da aula, são muitos os momentos em que os alunos podem ser avaliados: quando emitem suas opiniões, enquanto realizam suas observações, quando realizam os registros e discutem os resultados com a turma.

Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

1. Um problema para reflexão e proposta de solução: Analuisa tem um aquário em sua casa. Ela fica horas e horas observando o ir e vir dos peixinhos na água. Outro dia, ao alimentá-los, ela deixou cair no aquário ração em excesso. O que pode acontecer com os peixes em conseqüência deste descuido? Como ela pode evitar que isso aconteça?
2. O que poderia acontecer em um rio se todos os ovos postos pelos peixes sobrevivessem?