• Resgatar cantigas de domínio popular, que foram esquecidas, mas que compõem a cultura popular;
• Desenvolver a oralidade;
• Possibilitar o movimento ajustado ao ritmo da música;
• Explorar o imaginário infantil através das letras das canções.

Não há a necessidade de conhecimentos prévios.

1º Momento: Trilha das descobertas (30 minutos).

1. Convide as crianças para irem a um ambiente aberto (próximo a árvores de grande porte, gramados ou o próprio pátio da escola);
2. Confeccione uma trilha com imagens de brincadeiras antigas (gira-pião, pula-pula, passar o anel, batata-quente, etc.);
3. No momento em que as crianças estiverem percorrendo a trilha, peça que elas observem as imagens.

2º Momento: Relaxamento (2ª aula de 1 hora).

1. Chegado ao local aberto, convide as crianças a sentarem em círculo;
2. Inicie a roda com um pequeno relaxamento: peça às crianças que deitem no chão, olhem para o céu e observem as nuvens, pergunte que imagens elas conseguem ver através destas nuvens, posteriormente converse com elas a respeito destas imagens, peça que elas fechem os olhos e imaginem uma história sobre as imagens vistas no céu;
3. Peça que as crianças voltem a “posição de borboleta” (pezinhos cruzados) e inicie uma conversa sobre a trilha das descobertas: “O que aquelas imagens traziam?”, “Que brincadeiras são essas?”, E os brinquedos presentes nas imagens, o que são? Temos em casa? Conseguimos comprar na loja de brinquedos?” ;
4. Inicie uma votação sobre quais as brincadeiras eles consideram mais legais;  
5. Construa um gráfico móvel através de gravetos de árvores para contabilizar os votos.

3º Momento: Hora da Brincadeira (3ª aula de 1 hora).

1. Conversar com as crianças sobre tais brinquedos e brincadeiras e explicar que antigamente eram as crianças que criavam seus próprios brinquedos, pois não dispunham de tantos brinquedos como as crianças de hoje. Elas utilizam de recursos simples como pedrinhas, gravetos, bolinhas de papel, frutos que caíam das árvores, etc. para criarem seus próprios brinquedos. Além disso, as cantigas de roda como: “atirei o pau no gato”, “corre - cotia” “escravos de Jô”, eram muito solicitadas e divertidas para as crianças da época (nossos pais e avós, por exemplo). Que tal brincarmos um pouquinho com esses instrumentos?
2. Com as crianças ainda em círculos iniciar brincadeiras como: “corre - cotia” e “atirei o pau no gato”;

Corre - Cotia – Domínio Popular

Corre cotia

De noite, de dia

Debaixo da cama da sua tia   

Corre Cipó

Na casa da Vó

Eu tenho um cachorrinho chamado totó

Ele é bonitinho de um lado só;  

 É um, é dois, é três

Acabou a sua vez

Feche os olhos japonês.

Observação: Cada criança da roda deve verificar se algum objeto foi deixado atrás de si logo após a passagem do corredor (criança que deixou o objeto atrás da outra criança). Quem estiver com o objeto deve segurá-lo e, por fora do círculo, tentar pegar o corredor. Este corredor deverá tentar chegar e sentar-se no local de onde saiu à criança com o objeto. A brincadeira recomeça com aquele que ficou de pé ou com o mesmo corredor, caso ele tenha sido pego.  

Atirei o pau no gato – Domínio Popular

Atirei o pau no gato to

Mas o gato to

Não morreu reu reu

Dona chica ca

Admirou-se se

Do miau, do miau

Que o gato deu

Miauuuuuuuu…

       3. Disponibilizar os brinquedos vistos anteriormente nas imagens como: gira-pião, pipas, cordas, bolas de pano, bonecas de pano, etc. Deixar que as crianças brinquem livremente neste momento.  

4º Momento: Pesquisa

1. Enviar uma pesquisa para casa perguntando sobre as brincadeiras do tempo de seus pais e de seus avós, solicitar aos pais que ensinem estas brincadeiras aos seus filhos como outras formas de diversão. Além disso, pedir às crianças que criem novos jogos e brincadeiras.
2.   Convidar os pais para irem até a escola para participarem de um momento lúdico de apresentação desta pesquisa. As brincadeiras apreendidas em casa serão socializadas com as demais crianças da escola. Posteriormente, pode-se fazer um levantamento sobre quais e quantas brincadeiras foram apresentadas.

Não há a necessidades de Recursos Complementares.

    Resgatar brincadeiras antigas é de suma importância para a preservação da cultura popular. Essas brincadeiras ajudam a desenvolver a oralidade, o movimento, a criatividade e coordenação motora. Nesta aula, cabe ao docente observar a interação, motivação e participação dos alunos.