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RESSIGNIFICANDO O ERRO NA LINGUAGEM DOS ALUNOS.

 

02/06/2010

Autor e Coautor(es)
Fátima Rezende Naves Dias
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Gláucia Costa Abdala Diniz, Liliane dos Guimarães Alvim Nunes, Lucianna Ribeiro de Lima.

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  1. Refletir sobre os conceitos de certo e errado nos diferentes estilos discursivos.
  2. Diferenciar o dialeto da “norma culta” presentes nas situações de comunicação oral.
  3. Pesquisar sobre as diversas expressões orais, próprias das falas dos alunos e de grupos sociais com os quais convivem.
  4. Respeitar e valorizar a diversidade cultural que se revela nos modos de falar dos alunos e de outras pessoas.
Duração das atividades
Duas ou mais aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Professor, para o desenvolvimento desta aula, seria muito interessante que os alunos conhecessem previamente os conceitos/significados de dialeto, variantes linguísticas e “norma culta”, por se tratar de termos específicos da área de comunicação/linguística, provavelmente distantes do conhecimento dos alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental. Para isso, você poderá recorrer a alguns textos informativos e também um vídeo, disponibilizados nos sítios abaixo, que trazem os conceitos a serem trabalhados e até mesmo alguns exemplos que enriquecerão a aula. Os textos deverão ser lidos por você e posteriormente adaptados para o trabalho em sala de aula com os alunos.

http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u60.jhtm  

http://www.mundovestibular.com.br/articles/413/1/VARIANTES-LINGUISTICAS/Paacutegina1.html    

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/video-comunicacao-oral-variantes-linguisticas-540022.shtml 

Estratégias e recursos da aula

Comentários para o professor: Caro professor! Em nossas práticas educacionais sempre nos deparamos com questões desafiadoras e instigantes. Uma delas diz respeito aos modos diferentes de falar dos nossos alunos. Em uma sala de aula – palco de manifestações sociais e culturais -, circulam muitas variantes lingüísticas, que podem produzir efeitos diversos, tais como: a dificuldade na comunicação oral, expressão e interação aluno-aluno e professor-aluno, a desvalorização linguística de determinados grupos sociais, a auto-imagem negativa dos falantes, a discriminação, o preconceito e a exclusão. A vivência destas situações no nosso cotidiano leva-nos a conviver sempre com a dúvida e a nos perguntar: Devemos corrigir o jeito de falar dos nossos alunos? Se sim, qual a melhor forma de fazê-lo? Existe o certo e o errado nestes modos de falar? Como ensinar a “norma culta” e formal respeitando, ao mesmo tempo, as variações regionais que constituem os vários “falares” e os dialetos? Como trabalhar com os nossos alunos para que, compreendendo e aprofundando a reflexão sobre o tema, possam desenvolver atitudes respeitosas para consigo mesmos, com os seus colegas e com as outras pessoas? Estas são questões desafiadoras que precisam ser problematizadas e trabalhadas no nosso dia a dia, a partir do interior de nossas escolas. Na aula de hoje, propomos um trabalho investigativo - uma pesquisa -, sobre as diversas variantes lingüísticas próprias das falas dos alunos e de outros grupos sociais com os quais convivem. Além disso, possibilitar um debate sobre os conceitos de certo e errado nos diferentes estilos discursivos. Esperamos, com estas reflexões, contribuir na formação de alunos que respeitem e valorizem a diversidade cultural que se revela nos modos de falar das pessoas.   

1ª ATIVIDADE: O professor deverá iniciar a aula, rememorando com os seus alunos os conceitos de dialeto, variantes linguísticas e “norma culta”, trabalhados previamente. Em seguida, convidará a todos para se dirigir até o Laboratório de Informática da escola a fim de assistir a um vídeo do personagem Chico Bento, intitulado: “Na roça é diferente”, acessando o sítio: http://www.youtube.com/watch?v=yGmhlQ2QzdE. Após o vídeo, os alunos serão convidados a falar sobre o que acharam da história: do que mais gostaram, do que não gostaram, o que perceberam em relação à fala do Chico Bento (fala própria da zona rural... dialeto caipira... o “caipirês”) e a de seu primo da cidade grande (fala da zona urbana... linguagem culta, formal) e também em relação aos hábitos e costumes dos dois personagens (buscar as semelhanças e as diferenças).      

2ª ATIVIDADE: Com lápis e papel na mão, os alunos serão desafiados a realizar uma tarefa de tradução do “caipirês” - fala do Chico Bento-, para a “norma culta”. Para a realização desta atividade, eles deverão assistir ao vídeo novamente e, numa atitude de verdadeiros “detetives”, terão que identificar e listar todas as palavras utilizadas por Chico Bento, do início ao final do vídeo, que têm uma correspondente na fala convencional, formal. Prosseguindo, a turma deverá se organizar em grupos de até quatro alunos para socializar as palavras listadas por cada um e realizar a tradução das mesmas. Forma-se em seguida um grande grupo e faz-se uma síntese coletiva das palavras do dialeto caipira com suas correspondentes na “norma culta” (língua padrão). Após a síntese, é chegado o momento de refletir com os alunos sobre os conceitos de certo e errado nos diferentes estilos de fala/discurso utilizados pelas pessoas nas várias situações de comunicação e de interação social. Algumas questões podem inspirar esse debate: Será que conseguimos compreender e comunicar com as pessoas que falam diferentemente de nós? Estes jeitos diferentes de falar são próprios de um grande grupo de pessoas que moram nas zonas rurais do nosso país. Será que podemos dizer que todas estas pessoas falam errado só porque usam uma linguagem própria, diferente da nossa? E o que dizem estas pessoas do nosso jeito de falar? Já pensaram em se colocar no lugar delas e pensar do ponto de vista delas? Isto seria muito interessante! Será que para elas não somos nós que falamos errado? Podemos falar em certo e errado quando nos referimos às linguagens utilizadas pelas pessoas? (Professor, estas questões poderão ativar o processo de reflexão dos alunos. Outras poderão ser formuladas por você para incrementar a discussão. É importante que percebam a existência das variações linguísticas para que possam respeitar e valorizar a diversidade cultural que se revela nos jeitos de falar que circulam no nosso país e muitas vezes bem próximo de nós).   

3ª ATIVIDADE: O professor deverá propor aos alunos um trabalho investigativo, de pesquisa, das diversas expressões orais utilizadas por eles em sala de aula, pelos alunos de outras salas, pelos professores, direção e demais colaboradores da escola, por sua família, vizinhos, amigos e por outras pessoas dos vários grupos de convivência. Estas expressões pesquisadas deverão ser registradas e, num momento posterior, categorizadas em: palavras próprias de variação social (ex: melhor = mió; telhado = teiado; vassoura = bassora...), de variação regional (ex: mandioca = macaxeira; abóbora = jerimum; jogo de amarelinha = jogo de maré...), de variação histórica (menina = mina; turma = galera; apagar = deletar...) e outras categorias que porventura surgirem. Os achados desta pesquisa poderão ser divulgados no jornalzinho da escola ou expostos em um mural da biblioteca, juntamente com um texto síntese da reflexão feita pelos alunos sobre o certo e o errado nos diferentes estilos discursivos.

Recursos Complementares

Professor! Nesta aula, como recurso complementar, você poderá utilizar o texto disponível no sítio do “ALÔ ESCOLA” sobre Variantes Linguísticas, acessando: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/varianteslinguisticas/regionalismo-troqueidemal.htm 

Avaliação

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.   

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos momentos da aula propostos pelo professor.   

Avaliação dos alunos pelo professor: Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas. Envolvimento e participação dos alunos nas atividades propostas. O professor deverá verificar se os alunos conseguiram perceber e diferenciar o dialeto da “norma culta” presentes nas situações de comunicação oral e se conseguiram desenvolver uma atitude respeitosa e valorativa para com os modos de falar das pessoas.

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • Maria J. Bertoldi, Escola Estadual Bom Jesus - EF , Paraná - disse:
    belilabertoldi@seed.pr.gov.br

    15/10/2010

    Cinco estrelas

    Parabéns professora por essa iniciativa, é muito comum alunos tracar de letra e continuar errando se não for corrigido em sala de aula e em casa também.


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