02/06/2010
Gláucia Costa Abdala Diniz, Liliane dos Guimarães Alvim Nunes, Lucianna Ribeiro de Lima.
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Ética | Respeito mútuo |
Professor, para o desenvolvimento desta aula, é necessário que os alunos tenham conhecimentos básicos de leitura, interpretação, escrita e produção de texto. Também que entendam o significado de "Índice" ou "Sumário" e de "Roteiro de Entrevista" - conceitos importantes para a realização da proposta de trabalho. Além disso, para compreender o vídeo e produzir o memorial, é importante que os alunos demonstrem habilidades cognitivas como: atenção, memória, capacidade de discernir, de estabelecer relações dentre outras.
Comentários para o professor:
Caro professor! Produzir um Memorial é contar a sua história! O Memorial é como um querido diário, no qual você poderá escrever sobre os seus sonhos, os seus desejos, as suas expectativas, as suas dúvidas, os seus momentos inesquecíveis... sobre os acertos, as conquistas, os erros, as aprendizagens, as facilidades e as dificuldades encontradas pela vida... é uma tarefa de construção contínua, um exercício reflexivo de “puxar pela memória”.
A proposta desta aula é que os alunos produzam um Memorial sobre a sua História de Vida Escolar, dirigindo o foco para as aprendizagens construídas a partir dos erros. Selecionamos um texto informativo sobre “Como fazer o Memorial?” para ampliar os seus conhecimentos acerca desse importante recurso educacional. É só acessar o sítio: http://www.democraciaparticipativa.org/caritas/paginas/memorial.htm
1ª ATIVIDADE: O professor deverá iniciar a aula convidando os alunos para assistir a um vídeo sobre como produzir um Memorial, acessando o sítio: http://www.youtube.com/watch?v=GoIX9Ne-D6A
Em seguida, alunos e professor deverão conversar sobre os aspectos mais importantes a serem considerados no momento de construção do Memorial, bem como o recurso pedagógico a ser utilizado no momento de divulgação do trabalho realizado. Os itens selecionados deverão ser organizados e registrados numa espécie de “Índice”, para orientar o trabalho dos alunos.
2ª ATIVIDADE: Os alunos, mediados pelo professor, deverão construir um “Roteiro de Entrevista” e definir os entrevistados. Os entrevistados poderão ser: os pais e outros familiares que conviveram e ainda convivem com os alunos; os primeiros professores da Educação Infantil; os professores atuais do Ensino Fundamental; os professores de alguma modalidade de esporte, cultura e lazer e outras pessoas significativas na vida dos alunos.
Algumas questões poderão compor este Roteiro, tais como: Você se lembra de meu jeito de ser quando criança? Quais as minhas brincadeiras e jogos preferidos? Ao brincar e jogar, como reagia diante do erro? Qual era o meu comportamento? Ficava com raiva? Desistia? Tentava novamente? Você se lembra de alguma situação em que consegui aprender novas estratégias, novos jeitos de brincar e de jogar a partir do erro? Você se lembra de quando eu fui para a escola? Eu gostava da escola? Como eu era na escola? Gostava de estudar? Aprendia com facilidade o que era ensinado? Tinha dificuldade em aprender algum conteúdo? Gostava de fazer tarefas? Quem me ajudava nas tarefas? Quando eu acertava, como me sentia? Quando cometia algum erro, como me comportava? Gostava de refazer as tarefas quando errava? Como era a minha relação com o erro? Manifestava compreensão? Ficava nervoso? Irritado? E nos dias atuais, como você percebe a minha relação com o erro? (Professor, outras questões poderão ser colocadas neste Roteiro, de acordo com as experiências de vida de seus alunos. É importante manter questões relativas aos momentos de brincadeiras e jogos e de situações referentes à aprendizagem escolar).
Com prancheta, lápis e Roteiro de Entrevista em mãos, os alunos irão ao encontro de seus entrevistados para fazer as entrevistas. Quanto mais dados coletarem a respeito de sua relação com o erro ao longo da vida, mais interessante será o seu Memorial. Ao trabalho! Mãos à obra, coragem e boa sorte!
3ª ATIVIDADE: De volta para a sala, com os dados das entrevistas em mãos, os alunos deverão organizar todo o material coletado, selecionando os relatos que irão compor o seu Memorial. Os critérios de escolha do que narrar são bastante subjetivos – a decisão é do próprio aluno. Dessa forma, o que vale em um Memorial é a liberdade de escolha, o desejo, as vivências significativas, a criatividade!
Os alunos deverão em seguida, proceder à escrita do Memorial, recorrendo sempre às informações fornecidas pelos entrevistados. Esta escrita poderá seguir ou não uma ordem cronológica/histórica dos acontecimentos. Em seus relatos, os alunos poderão ir e vir no tempo e espaço, de acordo com a atribuição de sentido de cada experiência vivida. No processo de construção do Memorial, entre um e outro relato, os alunos poderão anexar fotos, desenhos, gravuras, poesias, letras de músicas, cópias de avaliações/provas, de certificados escolares e outros. Um universo de possibilidades se abre quando aceitamos o desafio de contar a nossa história, de fazer o nosso Memorial. (Professor, sabemos que a escrita de um Memorial é uma tarefa de construção contínua. Esta proposta poderá acompanhar os alunos durante este e outros anos letivos. Todavia, é importante que, num dado momento da produção, se faça a socialização da parte já construída).
O professor deverá propor aos alunos que realizem uma exposição dos Memoriais no Anfiteatro da Escola. Toda a comunidade escolar poderá ser convidada e também os familiares e entrevistados. Feitos os devidos agradecimentos, os alunos, previamente escolhidos por seus colegas e pelo professor, farão a leitura de seus Memoriais.
Professor, os textos que se seguem são fontes complementares importantes para ampliar o seu conhecimento acerca do Memorial. Ao acessar o sítio http://www.tvescola.ufms.br/atividades4.htm você encontrará o texto "Como elaborar o Memorial?".
O texto "Memorial: Fazendo-me professora" de Anna Regina Lanner de Moura está disponibilizado no sítio http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32621998000200003&script=sci_arttext Cad. CEDES vol. 19 n. 45 Campinas July 1998
A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.
Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual e grupal nos momentos da aula propostos pelo professor.
Avaliação dos alunos pelo professor: Respeito aos momentos de fala e de escuta e às opiniões dos colegas. Envolvimento, compromisso e participação dos alunos nas atividades propostas. O professor deverá verificar se os alunos conseguiram perceber como se deu a relação com o erro ao longo da vida; rememorar experiências significativas em que foi possível aprender com o próprio erro; produzir um memorial da história de vida escolar, focando nas aprendizagens construídas a partir dos erros.
Cinco estrelas 1 classificações
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13/08/2012
Cinco estrelasa aula apresentada ajudou muito no trabalho que estou realizando com meus alunos. Foi possível com a proposta de atividades e textos enriquecer o meu próprio trabalho.