11/05/2010
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Amanda Fonseca Soares Freitas
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Dança: Dimensões histórico-sociais e culturais da dança e seus aspectos estéticos |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Educação Física | Atividades rítmicas e expressivas |
Ensino Fundamental Inicial | Educação Física | Conhecimentos sobre o corpo |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Dança: Dançar |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Artes | Dança: fazer, apreciar, contextualizar |
Ensino Fundamental Inicial | Educação Física | Atividades rítmicas e expressivas |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Dança: Apreciar e dançar |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Educação Física | Conhecimentos sobre o corpo |
Compreender e experimentar danças folclóricas do Cacuriá.
Perceber que, em algumas manifestações culturais, a dança e a brincadeira se misturam e se confundem.
Possibilitar diferentes interações com o outro e com o espaço através da música e da brincadeira.
Valorizar o toque e o cuidado com o outro.
Não são necessários.
O Cacuriá é uma dança que surgiu nos festejos do Divino Espírito Santo no Maranhão no início da década de setenta. Foi o senhor Alauriano Campos de Almeida, conhecido como Seu Lauro (1017-1993), festeiro do Divino e organizador de brincadeiras como Bumba Boi e Baião Cruzado que, ao final dos festejos do Divino, levava para a praça pública uma suíte de brincadeiras as quais deu o nome de Cacuriá. Essa brincadeira ganha espaço nos festejos de toda a capital São Luís e no interior maranhense sendo popularizada principalmente por Almerice da Silva Santos (1924), conhecida como Dona Teté. Caixeira, lavadeira e rezadeira, ela cria em 1986, o grupo que hoje é conhecido em todo o país, o “Cacuriá de Dona Teté” que vem difundindo a dança desde então. O cacuriá, além de ser muito divertido e de ter um inegável valor cultural, possibilita um interessante trabalho de cuidado com o corpo do outro, pois nele, o toque é parte fundamental e indispensável da brincadeira. Por isso, muitas são as possibilidades de diálogo com essa manifestação nos diferentes níveis de ensino podendo ele ser tratado como conteúdo central ou ainda estopim para discussões em torno da sexualidade e das relações de gênero. A aula a seguir é direcionada para alunos do início do ensino fundamental, podendo ser adaptada para outros contextos.
Duração: aproximadamente 20 min
Em uma sala com recursos audiovisuais, o professor deverá passar para seus alunos o vídeo abaixo, onde a própria Dona Tété fala um pouco do Cacuriá e toca algumas músicas, enquanto alguns de seus bailarinos dançam.
http://www.youtube.com/watch?v=yHO_3Sy8HRA&feature=related acesso em abril de 2010.
Durante o filme, o professor deve pedir que seus alunos observem a forma de se dançar, a música, as cores e todo o resto que compõem aquele cenário onde é apresentada a dança.
Uma questão importante de ser comentada é que existe uma grande diferença entre o Cacuriá que é apresentado no filme com coreografia ensaiada, número certo de dançarinos e figurino e o outro Cacuriá espontâneo, que acontece na rua, onde dança quem quiser, quem estiver passando naquele momento, independendo de se saber muito ou pouco as regras da brincadeira.
Duração: Aproximadamente: 20 min
Em uma sala, ou ambiente com recursos de áudio, o professor deve apresentar para seus alunos algumas músicas do Cacuriá. Como sugestão, poderíamos indicar os dois cds do “cacuriá de Dona Teté”:
O professor deve chamar a atenção de seus alunos para o fato de que o Cacuriá é uma dança muito livre e por isso seu passo básico é uma caminhada simples, seguindo o ritmo da música. A partir das músicas, os alunos deverão experimentar diferentes formas de caminhar pelo espaço, procurando sempre brincar com os colegas a sua volta, caminhando rápido, devagar, mudando de direção, experimentando alguns giros e etc...
Duração: aproximadamente – 25 min
O professor deverá nesse momento apresentar para seus alunos a brincadeira do Caranguejinho que se desenvolve assim: Todos caminhando e dançando aleatoriamente pelo espaço e o puxador começa a cantar:
- Caranguejinho...
E o coro responde: -
Tá andando, tá andando...
Fazendo um movimento de pinça com as mãos e uma caminhada procurando imitar um caranguejo. Isso se repete até que o puxador cante:
-Tá na boca do buraco..
E o coro responde:
- Caranguejo Sinhá!
Tentando encostar no calcanhar de ágüem próximo ao mesmo tempo em que procura evitar que encostem no seu calcanhar.
No vídeo abaixo, o professor pode compreender melhor a dinâmica e a melodia da música, pois se trata de alunos do Centro Pedagógico da UFMG cantando e brincando de Caranguejinho.
http://www.youtube.com/watch?v=eTaKBerLnDo acesso em abril de 2010
Duração: aproximadamente – 25min
Nesse momento o professor deverá apresentar para seus alunos a brincadeira do Marimbondo que se desenvolve assim:
Puxador canta: -
Tanta laranja espalhada pelo chão
Vem cá Mulato
Eu não vou lá não
Que é isso nego?
É marimbondo Sinhá
O coro responde:
- Tá em cima, tá em baixo, tá em todo lugar.
Ao mesmo tempo em que tentam fazer a “ferroada” do marimbondo com os dedos, em quem estiver próximo. Abaixo, mais um Link onde os alunos do Centro Pedagógico da UFMG brincam de marimbondo.
http://www.youtube.com/watch?v=_PTRYTbH49A acesso em abril de 2010
Outra alternativa para a brincadeira do marimbondo é separar os versos e pedir que homens e mulheres cantem os versos alternados seguindo a lógica do diálogo, por exemplos:
HOMENS- Tanta laranja espalhada pelo chão
MULHERES - Vem cá Mulato
HOMENS - Eu não vou lá não
MULHERES - Que é isso nego?
HOMENS - É marimbondo Sinhá
HOMENS E MULHERES - - Tá em cima, tá em baixo, tá em todo lugar.
Alguns Links que podem contribuir com a aula:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cacuri%C3%A1 acesso em maio de 2010.
http://www.jangadabrasil.com.br/revista/agosto69/fe69008c.asp acesso em maio de 2010.
Duração: aproximadamente 10 min
Durante a avaliação o professor deverá pedir que cada aluno complete a seguinte frase em um pedaço de papel: Cacuriá para mim é... Todas as frases devem ser colocadas dentro de uma caixa e o professor deverá tirar aleatoriamente algumas frases e discutindo com o grupo aqueles conceitos, sempre estimulando a argumentação e o diálogo entre seus alunos.
Cinco estrelas 2 classificações
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19/08/2012
Cinco estrelasótimo, muito bom!
15/07/2012
Cinco estrelasO planejamento da aula atende ao tema proposto. Pois estava pesquisando sobre o Cacuriá, para desenvolver com os alunos em trabalho de dança na escola. Parabenizo os profissionais que disponibilizaram esse apoio pedagógico.