Ø Conhecer algumas obras do acervo brasileiro com diferentes autorias;

Ø Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras de arte que retratam temáticas variadas;

Ø Possibilitar a apreciação e a fruição de imagens de obras de arte na seleção de elementos gráficos presentes na referida obras, objetivando a construção de uma composição plástica.

Ø  Estudo de símbolo, signo e elemento gráfico  

Aula 1

Ø  Mostre aos alunos algumas imagens de obras pré-selecionadas, sem contar a autoria, a técnica e o período em que foram produzidas. Sugestões:

Djanira Mota e Silva, OLARIA, 1966, Óleo sobre tela, 114 x 162 cm           

Fonte: Acervo Pasta Arte br

http://3.bp.blogspot.com/_5GNvxQuHEOQ/SwPztc6UHPI/AAAAAAAAAHo/aVQjy_iRHjE/s320/PB170054.JPG   

Guignard, NOITE DE SÃO JOÃO, 1961, Série Paisagem Imaginante, Óleo/tela, 61 x 46 cm     

Fonte: Acervo Pasta Arte br

http://lh3.ggpht.com/_aavHRmNferM/SkKvfrqyE-I/AAAAAAAACfs/iFvkV9FanX8/guignard_thumb%5B10%5D.jpg 

Rego Monteiro, Ceia Eucarística, 1925, Têmpera sobre tela, 110 x 131,5 cm

 Fonte: Acervo Pasta Arte br

http://www.artenaescola.org.br/midiateca/imagens2/Vicente_do_Rego_Monteiro_Ceia_eucaristica.jpg 

Tarsila do Amaral, CARTÃO POSTAL, 1929  

Fonte: Acervo Soraia Lelis

http://static.blogstorage.hi-pi.com/photos/museuvirtualsemanaartemoderna.arteblog.com.br/images/gd/1181511691/CARTAO-POSTAL-TARSILA-DO-AMARAL.jpg 

VOLPI, Pássaro de Papelão, Série brinquedos Populares, 1955, Têmpera sobre Papel, 49,8 x 73 cm  

Fonte: Acervo Pasta Arte br

http://www.artenaescola.org.br/midiateca/imagens2/Alfredo_Volpi_Passaro_de_papelao.jpg 

Raimundo Cela, Retirantes, s/d, Água Forte sobre papel, 28,2 x 40,5 cm

Fonte: Acervo Pasta Arte br

http://www.artenaescola.org.br/midiateca/imagens2/Raimundo_Cela_Retirantes.jpg 

Ø  Proponha uma apreciação das imagens, perguntando:

Ø  O que você vê representado nessas imagens?

Ø  Você já viu essas imagens em algum lugar?

 Ø  São obras de arte ou imagens de obra de arte?

Ø  Elas se apresentam em cores ou em preto e branco?

 Ø  Há um ou mais elementos no contexto das imagens?

 Ø  Os elementos nas imagens mostram-se em movimento ou estáticos?

Ø  Que nome você daria a cada uma dessas imagens?

Ø  Em quais linguagens plásticas tais obras se apresentam?

Ø  Você acha que estas obras são de um mesmo autor? Por que?

 Ø Conte o nome de cada uma das obras apresentadas e os seus respectivos autores;

Ø Comente as técnicas: Gravura (água forte sobre papel) e Pintura (óleo sobre tela, óleo sobre papel, têmpera sobre tela, têmpera sobre papel);

Ø Proponha a apreciação estética das obras oral e coletivamente.   

Aula 2  

 Ø  Retome as imagens de obras trabalhadas na aula anterior e proponha um Ditado de Imagens;

Ø  Disponibilize papel sulfite A4 e solicite que os alunos olhem atentamente para cada obra apresentada uma a uma por 10 segundos  e  imediatamente registrem em forma de croqui o elemento mais significativo – aquele que mais lhe chamou a atenção;

  Aula 3

  Ø Disponibilize giz pastel seco aos alunos e entregue as produções da aula anterior (Ditado de Imagens) para que construam uma  composição plástica;

Ø  Incite nos alunos o desejo de dar movimento à composição, brincando com os elementos, de forma que  dialoguem uns com os outros na espacialidade;

Apreciação de obras, Desenho com Giz Pastel Seco sobre Papel Canson - Alunos do Curso de Especialização "Arte e Educação - as diferentes linguagens/ Disciplina: Apreciação e Mediações Educativas/FCU Faculdade Católica de Uberlândia/2008

 Fonte: Acervo Soraia Lelis

Aula 4   

 Ø  Convide os alunos à montagem de uma exposição dos trabalhos;

Ø  Algumas composições criadas à luz das imagens de obras apreciadas:

Apreciação de obras, Desenho com Giz Pastel Seco sobre Papel Canson - Alunos do Curso de Especialização "Arte e Educação - as diferentes linguagens/ Disciplina: Apreciação e Mediações Educativas/FCU Faculdade Católica de Uberlândia/2008

Fonte: Acervo Soraia Lelis

Apreciação de obras, Desenho com Giz Pastel Seco sobre Papel Canson - Alunos do Curso de Especialização "Arte e Educação - as diferentes linguagens/ Disciplina: Apreciação e Mediações Educativas/FCU Faculdade Católica de Uberlândia/2008

 Fonte: Acervo Soraia Lelis

Apreciação de obras, Desenho com Giz Pastel Seco sobre Papel Canson - Alunos do Curso de Especialização "Arte e Educação - as diferentes linguagens/ Disciplina: Apreciação e Mediações Educativas/FCU Faculdade Católica de Uberlândia/2008

Fonte: Acervo Soraia Lelis

Ø  Promova entre os alunos a socialização das produções com ênfase na apreciação estética:

·         O que vocês percebem no conjunto destas produções?

·         Vamos rememorar os passos desta proposta?

 ·         Como vocês usaram o espaço disponibilizado como suporte? Souberam aproveitar a sua dimensão?

 ·         Que nome você daria ao seu trabalho? (Pergunte individualmente)

 ·         Que nome vocês dariam ao conjunto desta exposição?

·         Retome as imagens das referidas obras:

          *É possível o diálogo da produção poética de vocês com as imagens de  obras apresentadas como referencial teórico plástico?

          *Em que sentido? Há semelhanças? Desdobramentos?

·         Que sensações as produções poéticas de vocês nos permitem sentir nesta exposição?   

Ø  Sobre leitura/apreciação de imagens de obras, sugiro ao professor algumas considerações/reflexões:  

 LEITURA DE IMAGEM - percebe-se/lê-se quatro vértices/disciplinas propostos pelo programa/metodologia DBAE:

  “...devem se relacionar de forma completamente integrada. A produção artística não deve ser apenas uma manipulação mecânica de materiais e apreensão de técnicas, mas estar estreitamente vinculada a uma consciência cultural e histórica, onde a expressão se manifesta com propriedade. A história da arte e da cultura deve ser algo vivo e ágil, onde o importante não é um estudo cronológico, mas uma perspectiva inter-relacionada com as produções artísticas, com os conceitos estéticos das diferentes épocas e com o próprio meio social em que determinada expressão artística se dá. Por estética, entende-se tanto a filosofia da arte como o estudo dos fundamentos de sua construção, devendo essa disciplina abranger tanto a visão estética dos diferentes teóricos e das diferentes épocas como o desenvolvimento do próprio senso estético de cada aluno. A crítica, concernente ao julgamento que se faz sobre determinada expressão artística, tem como base as três demais disciplinas (história da arte, estética e produção artística), gerando discussões em que as opiniões surgem com o suporte de conhecimentos adquiridos. A criança é encorajada não só a expressar por intermédio da arte, mas também a compreendê-la, absorver seus conteúdos e criticá-la tornando-se um participante ativo de seus processos.”

 (OSINSKI. Dulce Regina Baggio. Arte, história e ensino: uma trajetória. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 110.)

  “Em 1970, Edmund Burke Feldman publica a obra Becoming human through art: aesthetic experience in the school[1], teorizando a arte como linguagem a ser aprendida através da técnica, da crítica e da criação. O autor concebe a capacidade crítica pelo viés da estética, da ética e da história, e, à luz dessa visão propõe quatro estágios paralelos e concomitantes: descrever, analisar, interpretar e julgar.             O professor Edmund Feldman também discute a questão educacional em que a obra de arte é o centro, propondo um método comparativo de análise para processos de leitura. Sua metodologia propõe formar um olhar crítico e trabalhar a construção de uma pessoa mais crítica em termos de arte, um processo que se baseia em como o organismo humano incorpora o que os olhos percebem”.

  LELIS, Soraia Cristina Cardoso Lelis. Poéticas Visuais em construção: o fazer artístico e a educação (do) sensível no contexto escolar. Dissertação de Mestrado, Instituto de Artes da UNICAMP: Campinas-SP, 2004, p. 40.    

 Disponível também em www.nupea.fafcs.ufu.br                         

COMPOSIÇÃO – arranjo ou disposição de todos os elementos de um quadro, a fim de criar um todo agradável ou satisfatório. (LAMBERT, Rosemary. A arte no século XX: introdução à história da arte da Universidade de Cambridge. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar Editores,1984, p.86)

  FRUIÇÃO – gozo, posse, usufruto.  (BUENO, Francisco da Silveira. Dicionário escola da língua portuguesa. Rio de Janeiro: MEC-FAE, 11 ed., 1994, p. 511)

  GRAVURA – termo aplicado a vários processos de formar imagens por meio de incisões e talhos em placas ou blocos de metal, madeira, pedra, etc., e às estampas resultantes de qualquer desses processos. Os diferentes métodos de gravura vêm descritos sob verbetes individuais: gravura a buril, xilogravura, água-forte, etc. (CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte, São Paulo: Martins Fontes, 2001, p.234)  

 PASTEL – Material de desenho ou pintura, consistindo em um bastão feito de pigmentos em pó ligados por resina ou goma. Difere de outros meios de pintura por não empregar veículo nem solvente. (CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte, São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 398)

Para conhecer mais sobre a nossa concepção de Avaliação em Arte veja:

 LELIS, Soraia Cristina Cardoso Lelis. Poéticas Visuais em construção: o fazer artístico e a educação (do) sensível no contexto escolar. Dissertação de Mestrado, Instituto de Artes da UNICAMP: Campinas-SP, 2004. Disponível em www.nupea.fafcs.ufu.br   

Propõe-se o feedbach e a auto-avaliação como instrumentos de investigação no processo avaliativo no que se refere ao potencial criativo e o nível de conhecimento adquirido pelos alunos nos exercícios de leitura e apreciação de imagens de obras, bem como se expressam em seus seus processos criativos através do desenho. Analisar os elementos gráficos que contextualizam as composições plásticas criadas a partir das imagens de obras estudadas e o seu reflexo/interferência no fazer  artístico do aluno, observando o desenvolvimento individual e grupal através da exposição dos trabalhos à comunidade escolar.