15/05/2010
CLÁUDIA REGINA M. G. FERNANDES
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Biologia | Diversidade da vida e hereditariedade |
Ensino Médio | Geografia | Questões ambientais, sociais e econômicas |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Relações de poder e conflitos sociais |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Cidadania e cultura contemporânea |
Ensino Médio | Sociologia | Cultura e diversidade cultural |
Ensino Fundamental Final | Orientação Sexual | Relações de gênero |
Ensino Médio | Sociologia | Mudança e transformação social |
Ensino Fundamental Final | História | Cidadania e cultura no mundo contemporâneo |
Ensino Médio | Sociologia | Movimentos sociais / direitos / cidadania |
Não há necessidade de conhecimentos prévios sejam trabalhados para a efetuação destas aulas.
Estratégias utilizadas:
ATIVIDADE 1: Diferentes formas de violência contra a mulher
Professor/a, essa atividade terá como objetivo explorar as várias formas de violência existentes, particularmente na vida e nos relacionamentos de mulheres jovens, e as relações entre gênero, poder e violência, bem como encorajá-los os/as a buscarem soluções decisivas para as situações de preconceito e violência contra a mulher.
O que irá precisar: Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel-sulfite e folhas com as histórias descritas.
O que você deverá fazer:
4. Após o término dessa etapa, solicite que os grupos façam a socialização da atividade proposta.
SUGESTÕES DE HISTÓRIAS
Extraídas do Manual M: trabalhando com mulheres jovens.
Disponível em: http://www.promundo.org.br/o-promundo/apresentacao/
HISTÓRIA 1
William convidou Suzana para passear. Conversaram um pouco, lancharam e William a convidou para ir a um motel, dizendo que ele tinha dinheiro para passarem algumas horas lá. Suzana disse que sim. Eles foram para o motel e começaram a se beijar. William começou a tirar sua roupa. Mas Suzana disse a ele que não queria transar. William ficou furioso. Disse a ela que havia gastado muito dinheiro com o quarto, e falou: “O que é que os meus amigos vão dizer?” Ele queria forçar uma barra para convencê-la.
HISTÓRIA 2
Susana tem um filho de 11 anos, Henrique, que é muito criativo e cheio de energia. Entretanto, ele está sempre tendo problemas na escola por uma coisa ou outra. O marido de Susana, João, geralmente a culpa pelo mau comportamento do filho, dizendo que ela gasta muito tempo em seu trabalho, quando deveria estar em casa, cuidando de Henrique. Um dia, Susana e seu marido entraram em uma discussão e ele bateu nela. Machucada e nervosa, Susana deu uns tapas em Henrique, dizendo que ele era um filho ingrato que só lhe trazia problemas.
HISTÓRIA 3
Maria namora Ricardo há poucos meses. Recentemente, Ricardo começou a questionar o seu comportamento. Ele sempre pergunta a Maria com quem ela conversa na aula, por que ela não estava em casa quando ele ligou e por que ela passa parte do seu dia conversando com suas amigas, quando poderia estar com ele. Maria tenta não dar muita atenção a estes comentários, mas ultimamente Ricardo tem falado de forma rude e muito nervoso. Tem xingado e gritado com ela nos corredores da escola e depois pede desculpas. Na noite passada, ele bateu nela. Ele diz que está chateado porque ele a ama, mas ela “o deixa louco” de ciúmes.
HISTÓRIA 4
Fernanda mal tinha começado o Ensino Médio quando conheceu João. Ele era diferente dos outros caras que ela já tinha conhecido. Foi o primeiro amor da vida dela e ela queria passar todo seu tempo livre com ele. Parou de sair com suas amigas e as suas notas caíram. Ela estava mentindo constantemente para seus pais sobre com quem estava e, por isso, não poderia vê-lo o tempo todo. Ele era muito ciumento e Fernanda não poderia ter nenhum amigo homem sem que ele ficasse com raiva. Depois de saírem por dois meses, eles começaram a brigar muito porque ela não queria transar com ele. Um dia eles tiveram uma briga feia e ele bateu nela.
HISTÓRIA 5
Ana tem 21 anos de idade e mora numa cidade turística. No ano passado, ela conheceu um estrangeiro, banqueiro, com quem começou a namorar. Ela não contou sobre o namoro para sua família. Apesar de ser mais velho, ela gostava de sair com ele, especialmente quando ele levava para restaurantes caros e boates chiques. No fim de sua viagem, ele a convenceu a acompanhá-lo a seu país de origem. Ele prometeu que seria fácil conseguir um emprego, e Ana aceitou o convite. Depois de chegar lá, ele imediatamente pegou seu passaporte e mostrou-se extremamente controlador, e às vezes fisicamente agressivo. Ela também descobriu que ele não era banqueiro e que não tinha muito dinheiro. Ana se sentiu muito isolada, sem amigos ou família e sem conhecer a língua local. Ele a pressionou para trabalhar como stripper, um trabalho duro, e que incluía ofertas diárias para se prostituir.
Pontos para a discussão:
Professor/a como forma de fechamento da atividade sugerimos que deixa bem claro para os/as alunos/as os seguintes pontos:
ATIVIDADE 2: Aprofundando a discussão - Conhecendo a Lei Maria da Penha
Após o término da atividade 1, discutir com os/as alunos/as se já presenciaram cenas de violência de gênero em sua comunidade ou na escola. O que eles/as podem fazer nesses momentos?
O/a professor/a essa atividade tem como objetivo apresentar a Lei de proteção à mulher, como uma das alternativas a que podem recorrer quando sofrem violência.
Nesse momento é fundamental o/a professor/a apresentar aos/as alunos/as a lei de proteção às mulheres que sofrem violência.
A íntegra da Lei Maria da Penha está disponível em <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm>.
Pontos para a discussão: ·
Observação para o/a professor/a:
• É importante e/ou relevante que o/a professor/a aborde os direitos humanos e os benefícios da solidariedade humana para a vida coletiva.
• È interessante debater: diante das desigualdades de gênero o que pode ser feito em termos de direitos humanos e atitudes solidárias?
O/a professor/a precisa deixar bem claro que os direitos humanos constituem o marco de reconhecimento dos direitos e liberdade básicas inerentes à base humana, sem qualquer espécie de discriminação. São os direitos que consagram o respeito à dignidade humana, que visam resguardar a integridade física e psicológica das pessoas perante seus semelhantes e perante o Estado em geral. Exemplos desses direitos e liberdades reconhecidos como direitos humanos incluem os direitos civis e políticos, o direito à vida e à liberdade, liberdade de expressão e igualdade perante a lei, direitos sociais, culturais e econômicos, o direito à saúde, ao trabalho e à educação. O/a professor/a poderá utilizar o link abaixo como consulta e indicá-lo como fonte de consulta para os/as alunos/as:
Declaração Universal dos Direitos Humanos – Disponível em: <http://www.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm>.
ATIVIDADE 3: Como finalização das aulas, sugerimos que o/ professor/a apresente o vídeo intitulado “Não é fácil, não!” (Figura 1), disponível em:
http://www.promundo.org.br/o-promundo/apresentacao/
Professor/a nesse site poderá encontrar esse vídeo, digitando "Não é fácil, não!"
Figura 1: Cenas do vídeo "Não é fácil, não!".
O vídeo foi produzido pelo PROMUNDO, esta é uma organização não-governamental (ONG) brasileira que busca promover a igualdade de gênero e o fim da violência contra mulheres, crianças e jovens. Fonte: http://www.promundo.org.br/o-promundo/apresentacao/
Sinopse do vídeo
Pedro, sem um emprego formal, passa a ganhar menos que sua mulher, Kelly, e com isso se sente humilhado e inconformado. Um dia, por causa do stress e dos conflitos constantes, Pedro quase parte para a violência física contra Kelly. Neste momento, ele tem a visão de um menino que o leva a repensar sua vida e a maneira como aprendeu a ser homem. A partir da história de Pedro, é possível aprofundar a discussão sobre a forma como os homens são socializados, desmistificar a ideia de que a violência de homens contra mulheres está ligada ao desemprego e ao consumo de álcool e, principalmente, buscar alternativas não violentas para a resolução de conflitos familiares. Fonte: http://www.promundo.org.br/audiovisuais/para-jovens-e-adultos/dvd-nao-e-facil-nao/
Figura 2: Cenas do vídeo "Não é fácil, não!"
Após o término do vídeo, sugerimos que o/a professor/a solicite aos alunos/as preparem uma frase e/ou um texto que procure sensibilizar as diferentes manifestações de violência, contra a mulher, em suas vidas pessoais. O objetivo dessa atividade é que tais produções auxiliem no desenvolvimento de as habilidades necessárias para buscar apoio para si mesmos/as e outras mulheres que são vítimas de violência em suas comunidades
Dica interdisciplinar como contribuições de diálogos entre os diferentes campos do saber:
O/a professor/a com essas aulas poderá propor possibilidades de parcerias, interdisciplinares, com outras áreas do conhecimento como a História, a Geografia e Artes. Nesse contexto, seria válido o estudo de como os “papéis” masculinos e femininos foram sendo construídos ao longo da história, em diferentes regiões geográficas e as formas de representações artísticas do ser masculino e ser feminino na sociedade ocidental e oriental.
• É possível trabalhar as discriminações em Educação Artística, uma vez que os atributos relacionados à sensibilidade artística costumam ser associados ao feminino. No caso de dança (balé, especialmente), a discriminação dos meninos que se interessam por sua prática é muito evidente e merece ser debatida.
• Em Geografia, podem-se incluir as perspectivas de gênero no estudo dos movimentos migratórios, analisando os efeitos das migrações em arranjos familiares, ocupações profissionais e de espaços.
• E, ainda, em um projeto conjunto, um possível tema de estudo para História e Geografia é a história das mulheres, suas lutas pela conquista de direitos e as enormes diferenças que podem ser encontradas ainda hoje nas diversas partes do globo.
PROMUNDO - uma organização não-governamental (ONG) brasileira que busca promover a igualdade de gênero e o fim da violência contra mulheres, crianças e jovens. http://www.promundo.org.br/o-promundo/
CFEMEA - O site - http://www.cfemea.org.br/, tem cartilhas e outros materiais que facilitam a abordagem do tema com outros educadores/as e em sala de aula, a exemplo da cartilha “Lei Maria da Penha do papel para a vida”, produzida pelo CFEMEA, acessível em pdf.
Contribuições de outras aulas relacionadas com a temática, as mesmas estão disponível para consulta no portal do professor MEC.
1. Gênero: uma diferença cultural entre homens e mulheres
2. Rompendo as tradicionais fronteiras entre masculinidades e feminilidades
3. Acorda Raimundo... Acorda”: As transformações de papéis masculinos e femininos
4. Feminino? Masculino? Que pergunta é essa?
5. Mapeando o gênero: construindo relações mais justas
6. Movimento feminista: problematizando o espaço da mulher na sociedade
7. Violência contra a mulher
A avaliação dos/as alunos/as pode ser feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerada a contribuição individual nas discussões e demais atividades em grupo, assim como, o envolvimento dos/as alunos/as nas atividades solicitadas. Ademais, a elaboração da frase e/ou texto pode ser uma oportunidade para o professor avaliar a participação, o envolvimento, a escrita, a capacidade crítica e argumentativa dos educandos.
Quatro estrelas 2 classificações
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09/11/2015
Quatro estrelasExcelente. As aulas do professora Sandro são inspiradoras. Parabéns!
21/10/2012
Cinco estrelasAdorei a aula!!!! Estou adaptando para minha turma da EJA, em relação ao número de alunos e a linguagem para não causar muito incômodo. Mas a aula é muito boa. Parabéns!