• Identificar as diferentes formas de chutar nas atividades desenvolvidas e suas relações com a prática esportiva;
• Analisar o movimento chutar dissociado do objeto que normalmente lhe é associado (bola);
• Vivenciar jogos que utilizem o chutar em diferentes situações;
• Estabelecer relações entre as habilidades vivenciadas nos jogos e suas utilizações em práticas esportivas;

Não há necessidade de que conhecimentos prévios sejam trabalhados para a realização desta aula.

1º Momento – Iniciar a aula refletindo sobre as fotos abaixo:  

           O que vemos nessas fotos?

  Nas duas fotos temos uma pessoa chutando uma bola em um esporte muito conhecido aqui no Brasil – O Futebol. O chute, talvez seja o movimento mais marcante do futebol; mas será que os dois atletas das fotos chutam nas mesmas condições (situação) em um jogo de futebol?

  Na primeira foto, um goleiro repõe a bola em jogo, seu objetivo é alcançar um atleta de seu time no campo de ataque (um passe), nesse caso a pontaria do chute é fundamental. Já na outra foto, a força presente no chute é muito importante pois é ela, aliada á precisão, que irá vencer o bloqueio dos adversários até o objetivo maior do futebol que é o gol. Mas afinal, Quais são os objetivos que podemos ter durante um jogo (no caso específico do futebol) para a utilização do chute ? (Ex. passe para companheiro, tiro a gol, jogar a bola longe, etc).

   Podemos então deduzir que o ato de chutar possui algumas particularidades e possibilidades que variam de acordo com um objetivo.

• Será que o ato de chutar só está ligado ao objeto bola?
• Vamos tentar vivenciar um jogo onde chutamos um objeto diferente?

Atividade 01: Chutando a garrafa

              Pique esconde – “Chuta lata”:

            Escolher com a turma um aluno que deverá ser o “Guardião da lata”. Um dos alunos participantes deverá pegar uma garrafa “pet” de dois litros e arremessá-la para bem longe. Enquanto o “guardião” busca a garrafa pra colocá-la em um lugar previamente definido por todos, os demais correm para se esconder. Após colocar a garrafa em seu devido lugar, o “guardião” começa a procurar os colegas e a medida que for achando, deverá correr até a garrafa, encostar nela e dizer o nome do colega encontrado e o local onde ele está (este colega deverá sair do esconderijo e ficar próximo à garrafa aguardando).

            Se um colega, que ainda não foi encontrado, conseguir chegar até a garrafa antes que o “guardião” o faça, deverá chutar a garrafa para bem longe, obrigando o “guardião” a recuperá-la e libertando todos os que foram encontrados anteriormente, possibilitando um recomeço do jogo (todos poderão se esconder novamente).

            O jogo termina quando o “guardião” consegue encontrar a todos sem que alguém chute a garrafa.

·        Durante o jogo vivenciamos o chute em um objeto bem diferente do que habitualmente usamos para chutar (a bola), no entanto a forma de chutar não variou: Chutamos com força para jogar a garrafa o mais longe possível.

         Vamos agora vivenciar outro jogo que chutamos também com força só que dessa vez com uma bola?

Atividade 02: Queimada com os pés

Objetivo: Chutar uma bola visando acertar um dos colegas para eliminá-lo.

             O participante, com a posse da bola, poderá conduzir a bola (com os pés) livremente na tentativa de se aproximar dos oponentes que fogem correndo (só queima chute direto e a primeira pessoa que a bola acerta);

             Caso o chute não acerte em ninguém, qualquer um dos participantes poderá tomar posse da bola para “queimar” o adversário;

             O aluno que é “queimado” pela bola, sairá do jogo;

             Vence o jogo quem ficar por último.

OBS: Definir com a turma o campo de jogo (limites, e forma de repor a bola, etc.).

Reflexão: Na atividade que vivenciamos, experimentamos o chutar onde a força e a velocidade do chute eram fundamentais para vencer a rapidez dos adversários em movimento constante. Tal jogo retrata bem as situações de chutes como na foto de número dois mostrada no início da aula (chute a gol). Vamos agora vivenciar uma situação diferente.

Atividade 03: Chute preciso

Jogo: “Torre inimiga”

              Cada aluno, de posse de uma garrafa “pet”, deverá escolher um ponto do campo de jogo e a posicionar a garrafa nele. Em volta da garrafa, cada aluno deverá riscar um círculo de 40 cm de raio de onde os chutes deverão partir.

             Após definir quem irá começar, o primeiro aluno posicionará uma bola dentro do seu círculo, próximo a sua garrafa, e, dizendo o nome do colega que irá atacar, chutará a bola para tentar derrubar a garrafa (torre) desse colega, para assim elimina-lo da partida. Caso erre o aluno que foi atacado terá a posse da bola, podendo atacar quem ele quiser.

             O jogo termina quando restar apenas uma garrafa de pé.

OBS: Caso um aluno grite o nome de um colega e derrube a torre de outro, o aluno que teve a torre derrubada, poderá reerguê-la e cabe a ele o próximo chute.

Reflexão: Na atividade que vivenciamos agora, experimentamos o chutar onde a precisão do chute era mais importante que força ou a velocidade do mesmo. Além disso, esse jogo se difere do anterior no fato de que os chutes foram dados com a bola parada, enquanto no anterior ela estava quase sempre em movimento. Tal jogo retrata bem situações de chutes como na foto de número um mostrada no início da aula (chute visando o passe).

FOTO: Chute no futebol 

FOTO: Chute futebol2

http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111020.shtml

Texto: A ciência do chute com efeito

           Somado às reflexões presentes durante a aula, discutir com a turma outros aspectos relacionados às atividades vivenciadas. Como: Quais foram as impressões de se chutar um objeto diferente de uma bola? Quais outros jogos ou esportes que tem essa característica? Quais as semelhanças e diferenças entre os jogos vivenciados e o futebol? Quais outros jogos que vocês conhecem que também utilizam o chutar? Que características pode ter a ação do chute? Quais os comentários e conclusões acerca das atividades vivenciadas?

           Além dessa discussão final, o professor deverá observar e analisar todo o processo de vivência dos alunos no que diz respeito à integração, participação, raciocínio, cumplicidade e disputa durante as atividades e na execução dos movimentos, visando detectar se houve aproximação entre os objetivos da aula e a concretização da mesma.