02/06/2010
SAO PAULO - SP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Marco G. B. Burlamaqui; Soellyn Elene Bataliotti
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Educação Física | Conhecimentos sobre o corpo |
O aluno aprenderá a desenvolver mediante os desafios a sua autoconfiança.
Não é necessário ter conhecimento prévio.
Atividade 1: Cabra cega com números
Formação: em círculo.
Descrição da Atividade: O professor nomeará cada criança com um número (sendo contado de 1 até a última criança do círculo) e pedirá para que cada criança memorize o seu número. Após, escolherá uma das crianças para que se coloque ao centro do círculo e a vendará; neste momento o professor deverá explicar às demais crianças, que deverão se espalhar pela quadra e enquanto o colega que estiver vendado caminhe (sozinho e sem poder enxergar), as crianças deverão gritar o seu próprio número, para que a criança vendada consiga se nortear para onde deverá seguir até pegar alguém, que deverá descobrir quem é, e esta deverá ser a próxima criança a ser vendada.
Figura 1: Disponível em: http://www.junior.te.pt/regresso_aulas2003/imagens/cabra_cega2.gif
acesso em: 05.05.10.
Professor: nesta atividade fica clara a proposta de desenvolver nas crianças com discalculia a noção de espaço e tempo associada à memorização, identificação numérica, assim possibilitando mediante ação motora possível incorporação do significado, evolução na auto – estima, tornando-a cada vez mais confiante na realização de suas tarefas.
Atividade 2: Eu confio!!
Formação: em trios.
Descrição da Atividade: o professor explicará que esta é uma brincadeira de confiança, por isso eles deverão confiar nos amigos e os amigos deverão corresponder a esta confiança.
Um dos alunos do trio deverá ficar entre os outros dois colegas, fechando os olhos e cobrindo os olhos com as mãos. Ele deverá soltar seu corpo, para a direita ou para a esquerda, onde deverão estar os outros dois alunos que deverão segurá-lo para que ele não caia e com apoio façam-no voltar ao centro. Após algumas vezes caindo, deverão trocar de posições, assim recomeçar a brincadeira, para que todos do trio tenham a oportunidade de sentir a sensação de confiança.
Sugestão: Após algumas vezes trabalhando em trio, aumente o número de alunos para que além da criança cair para esquerda e para a direita ela possa cair também para frente e para trás.
O que significa confiança? Confiança é um reflexo de auto-imagem positiva, concorda?
A criança que apresenta algum distúrbio, muitas vezes é cobrada pela família, professor, por não responder de maneira adequada às atividades a ela delegadas.
Por isso:
- muitas vezes apresenta baixa auto-estima, achando que nunca consegue executar a tarefa;
- tem dificuldade em confiar no colega, pois o foco é que não confia nela mesma! Torna-se importante que a pessoa com distúrbio consiga: “reconhecer seu próprio valor!”.
Disponível em: http://www.clube-positivo.com/biblioteca/pdf/autoconfianca.pdf
acesso em: 15.05.10.
E para isso... Como professor..., pode contribuir como!
- oportunize a criança identificar suas capacidades diante da tarefa, mesmo estas se apresentando frágeis, mediante seu elogio ou mesmo sua satisfação em vê-la conseguir atender a tarefa;
- apresente sempre que puder desafios que trabalhem a relação interpessoal, na prática, o trabalho em grupo, como a atividade sugerida; esta vivência possibilitará às crianças e ao professor compartilharem momentos de reflexão e encontrarem soluções para possíveis situações de conflito apresentadas na aula.
Atividade 3: Sozinho consigo.
Formação: em círculo.
Descrição da Atividade: O professor pedirá para que as crianças formem novamente o círculo, da mesma forma que foi proposto na atividade 1, e continuarão com as mesmas numerações. Um aluno deverá ir ao centro do círculo enquanto o professor chamará 3 nomes de alunos, sendo que:
- o primeiro aluno deverá dizer sua numeração;
- o segundo aluno deverá dizer uma conta (somente de adição e subtração);
- o terceiro aluno deverá dizer um número. O aluno que estiver ao centro deverá responder a expressão matemática em um determinado tempo, e todos deverão dizer se está correto ou não.
Ex. Professor chama Ana Maria, que gritará: “Cinco”.
Professor chama Bruno, que gritará “Menos”.
Professor chama Matheus, que gritará “Dois”.
Aluno ao centro deverá fazer a expressão matemática de (5-2=3) e gritar: “Três”.
Professor: nesta atividade torna-se importante atentar-se:
- com as numerações, pois muitos alunos ainda não conseguem fazer a subtração de números menores com números maiores como (6-9=-3). Por isto memorize também os nomes e os números dos alunos;
- para com que o aluno com discalculia tenha participação ativa na atividade, mas não o coloque em situações constrangedoras. Para isso escolha-o para dizer seu número ou a conta que deverá ser efetuada primeiramente a fim de possibilitar que ele se familiarize na atividade.
Obs: quanto maior for o envolvimento da criança mais participativa ela se apresentará e consequentemente facilitará seu percurso positivo.
Dinâmica com a sala: Qualidades
Material: O professor poderá fazer uma dinâmica com todos alunos da sala, perguntando a eles o que eles gostam neles mesmos e quais as capacidades que eles tem e o que precisam melhorar.
Ao momento que os alunos vão expressando, o professor irá dizer que ele tem uma mágica que ajudará a todos a conhecerem quem poderá ajudá-los a conseguir tudo o que eles quiserem.
Em uma fila, o professor pedirá para que cada um pontue o que precisa melhorar, depois pedirá para que olhem dentro de uma caixa e sentem-se longe da fila, sem contar a ninguém o que viram na caixa, até todos terem a oportunidade de olharem a caixa.
Após a exibição da caixa a todos, o professor perguntará o que viram dentro da caixa, assim todos deverão responder que viram o seu reflexo.
Então o professor poderá explicar que para que todos consigam o que almejam, depende somente deles mesmos e, é esta pessoa a quem eles devem confiar, sempre.
A avaliação deverá ser em todos os momentos. É importante que o professor perceba ao final de cada atividade se os alunos tem confiança em suas ações e confiam no amigo, e trabalhar com os alunos que tenham mais receio em mostrar o que sabem. É necessário também avaliar a participação e o envolvimento de todos alunos para alcançar o objetivo proposto.
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