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Linha, Fotograma e Movimento

 

04/11/2010

Autor e Coautor(es)
Marileusa de Oliveira Reducino
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Ensino Fundamental Inicial Matemática Espaço e forma
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Ensino Fundamental Final Matemática Espaço e forma
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de:

  • Ampliar o conhecimento teórico sobre linha;
  • Pesquisar diferentes formas de compreender a linha, extrapolando o limite do papel e do lápis;
  • Compreender o processo do fotograma;
  • Elaborar desenhos e fotografá-los durante seu processo de criação;
  • Apresentar o resultado do trabalho em projeção de animação.
Duração das atividades
8 Aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Sobre a história da fotografia
Estratégias e recursos da aula

Aula 1 

  • Apresentar aos alunos um texto sobre linhas e discutir, na sala de aula seus entendimentos;
  • Solicitar aos alunos que, após a leitura e a compreensão do texto, pensem em palavras chaves que poderiam remeter ao texto lido;
  • Entregar, aos alunos, uma tira de papel 10 x 40 cm e caneta hidrocor, para que possam registrar, em letras de forma, a palavra escolhida;
  • Pedir aos alunos que escolham espaços nas paredes da sala para fixarem suas palavras, marcando visualmente o resultado do texto lido;
  • Dizer aos alunos que as palavras escritas em tais tiras de papel, ao serem fixadas, deverão sugerir a composição de uma linha;
  • Discutir com os alunos as palavras apresentadas e a configuração estética formada por tais elementos na parede da sala de aula;

  • Sugestão de texto sobre Linhas: 

“A linha, bem como o ponto, a cor, a luz, o volume, a textura, é um dos elementos que compõem a linguagem gráfica. Vamos considerar a linha como o espelho do gesto no espaço do papel. O ponto sai do repouso, passeia pelo papel vislumbrando, dele mesmo, uma memória do trajeto: eis a linha. A linha é o depósito gráfico da pulsão, do ritmo, do movimento, da ação motora e energética, revelando no papel pontos, traços, manchas, resultantes da interação mão/gesto/instrumento. Desta interação, nascem as qualidades expressivas da linha: a intensidade, a duração, a espessura, a dimensão, o ritmo, a tensão, a tipologia.

[...]

A linha é circunstancial, só existe do encontro entre as coisas, inventando planos e territórios, tal como a linha do horizonte, fruto da visão que olha o encontro do céu com a terra. Onde morre a linha e nasce o plano? Onde começa o rio e termina o mar? A linha imita os limites.

[...]

Ora a linha aparece só, ora acompanhada. Quando a linha surge em grupo, nasce a textura construindo superfícies. Da linha pura, solitária e solta no ar, à linha comprometida, articulada e associada: a linha constrói espaços dos mais simples aos mais complexos e elaborados, contando com a presença de planos, luz e volume. Ora a linha ocupa pequenas áreas, ora ela  se expande numa ocupação integral do espaço do papel. Horizontais, verticais, diagonais, curvas, elípticas, várias são as suas trajetórias e andanças na superfície do papel. Em função do comportamento assumido pela linha, o  branco do papel é alterado, gerando novos significados: ora é o papel mero suporte para a linha vaidosa, ora fundo para as encenações lineares, ora surge como luz, como figura, como valor, como presença. Qualquer superfície riscada sugere que alguém passou por ali, casualmente ou intencionalmente. São rastros que humanizam a superfície: as marcas dos pés na areia da praia, os riscos deixados pelos dedos no vidro embaçado, a marca do batom na pele da bochecha, um rabisco qualquer no canto do papel. Os registros gráficos são gestos depositados numa superfície.

[...]

 A compreensão da interação mão/gesto/instrumento vai propiciar a descoberta da plena expressão da linha. A linha é escritura do gesto.” (DERDIK, Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Editora Scipionne, 1989, p.144-146)

 

Aula 2 

  • Desocupar o espaço da sala de aula, retirando de seu interior todo mobiliário possível;
  • Distribuir, pelos espaços da sala, diferentes materiais, tais como: papéis de diferentes tamanhos, fixos ou soltos, nas paredes e no chão da sala, lápis de cor, giz de cera, tintas e pincéis, bacias com águas coloridas com anilina, papéis coloridos recortados em tiras, linhas, cordões e cizal, tesouras, colas, tampinhas de refrigerante e outros elementos que estiverem à disposição;
  • Respeitar o espaço ocupado pela linha desenhada com as palavras, na aula anterior;
  • Sugerir que os alunos experimentem os diferentes materiais, desenhando linhas com cada um destes;
  • Explicar para os alunos que sobre os papéis poderão desenhar com lápis de cor, de cera, grafite e outros: com as águas poderão despejar águas coloridas em diferentes recipientes e acompanhar as linhas que estas formam enquanto encontram-se no ar; as tiras de papéis poderão ser coladas, emendadas e fixadas em lugares escolhidos pelos alunos; os cordões, as linhas e os cizais poderão ser trançados, emendados e fixados; as tampinhas poderão desenhar linhas no chão, de modo a delimitar caminhos;
  • Lembrar que todo o processo deverá obedecer à vontade dos alunos, já que estão experimentando materiais para formarem linhas em suas diferentes configurações;
  • Refletir com os alunos sobre a vivência experimentada e pensar sobre o que cada material proporcionou no exercício de desenhar linhas;
  • Analisar, com os alunos, sobre as diferentes formas conseguidas e classificá-las conforme: linhas, retas, curvas, sinuosas e outras;
  • Relacionar a vivência com o texto analisado na aula anterior;
  • Iniciar uma discussão com os alunos sobre o elemento que inicia uma linha, o ponto, e qual elemento/objeto manipulado ilustra melhor esta compreensão;
  • Anotar as impressões dos alunos.

Aula 3

  • Levar, para a sala de aula alguns rolos de negativos de fotografias;
  • Mostrar os rolos aos alunos e comparar cada fotograma ao elemento ponto;
  • Perguntar aos alunos sobre o resultado de uma sequência linear de pontos, seja desenhado pelo gesto, pela água, pelo lápis e outros;
  • Comparar o fotograma com o ponto e dizer que sua sequência nos daria uma linearidade de imagens;
  • Mostrar algumas fotos que dão ideia dessas sequências:

Fotografias. Fonte: BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Impres, 1978, p.153-154

  • Dizer aos alunos que temos a sensação de movimento quando passamos depressa as imagens em sequência linear; que os filmes que assistimos são o resultado sequencial de fotogramas; que quando há a projeção das imagens em uma determinada velocidade, nossos olhos são impressionados pela sequência das imagens dando-lhes a sensação de movimentos, por isso temos a sensação do caminhar, do voo dos pássaros, do percurso de um carro e outros registros mais;
  • Ampliar as duas primeiras imagens, recortá-las e colocá-las uma sobre a outra;
  • Solicitar que os alunos as passem rapidamente, com as pontas dos dedos, e percebam o movimento das imagens;
  • Registrar as impressões dos alunos.

 

Aula 4 

  • Entregar para cada aluno ¼ da folha de cartolina;
  • Solicitar aos alunos medir e cortar retângulos em tamanhos de 5 x 10 cm;
  •  Pedir aos alunos que numerem de um a seis os retângulos de cartolina;
  • Falar para os alunos iniciarem um desenho na folha número um, do lado contrário à numeração (Este desenho pode ser uma silhueta humana, uma bola, um objeto qualquer ou mesmo uma linha);
  •  Entregar aos alunos uma folha de papel de seda um pouco maior do que os retângulos de 5 x 10 cm;
  • Fixar na mesa do aluno, com fita crepe, a folha número um já desenhada;
  • Fixar sobre esta a folha de papel de seda;
  • Solicitar ao aluno que copie na folha de seda o desenho da folha número um;
  •  Pedir aos alunos que com um lápis 6B, hachurem a parte de baixo da folha de seda, acompanhando o desenho registrado no lado oposto;
  •  Falar para o aluno sobrepor sobre a folha número um, a de número dois, fixando-a com fita adesiva, para que não saia do lugar;
  • Solicitar ao aluno que abaixe a folha de seda e passe o lápis HB, pressionando-o levemente, sobre o desenho copiado;
  •  Pedir ao aluno que levante a folha de seda e passe o lápis sobre o desenho copiado, fazendo pequenos acréscimos ou retirando traços neste desenho;
  •  Dizer para os alunos repetirem este processo até que todos os retângulos de cartolina estejam desenhados;
  •  Lembrar aos alunos que a cada desenho alterado, deve-se usar uma nova folha de papel de seda.

Aula 5

  • Continuar o processo iniciado na aula anterior, pois este exige precisão e calma na sua realização.

Aula 6

  •  Utilizar esta aula para fotografar os desenhos em suas sequências;
  • Reservar a sala de informática da escola, para este trabalho;
  •  Ajudar os alunos a transferir as imagens para o computador;
  •  Auxiliar os alunos na montagem de uma apresentação das imagens em Power-Point, colocando uma em cada slides.

Aula 7 

  • Continuar o processo iniciado na aula anterior, posto que este exige tempo, precisão e calma na sua realização;

Aula 8 

  • Reservar, para esta aula, um aparelho de data-show;
  • Providenciar, com antecedência, a gravação dos trabalhos dos alunos em um único CD;
  •  Projetar para os alunos os seus trabalhos, passando, rapidamente, a sequência de slides, de forma a perceberem o movimento que elas promovem;
  •  Discutir com os alunos o processo de aprendizagem:  linha, fotograma  e movimento.  
Recursos Complementares
Avaliação
  • A avaliação, neste trabalho, será realizada durante o desenvolvimento das aulas, tendo como enfoque: o aprendizado, o envolvimento e a expressão do aluno a partir do conceito de linha; a compreensão sobre fotograma e a possibilidade de compreendê-lo como um ponto que, por sua projeção sequêncial pode impressionar os olhos do expectador, dando-lhe a sensação de movimento.
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