Objetivos:

·         Compreender e identificar os níveis de movimentos em relação ao chão;

·         Entender a relação do movimento na dança com o espaço, em específico com o chão;

·         Incentivar os alunos a movimentar-se variando os níveis;

·         Identificar as contribuições de se pensar nos níveis de movimento quando se coloca o corpo em movimento;

Nenhum conhecimento anterior.  

Atividade 1: 

Utilizar dos jogos populares para que os alunos possam compreender o conceito de níveis de movimento.

A primeira atividade consiste no “pique cola” e em seguida modificar o jogo para “pique cola americano”. O objetivo é destacar como o corpo se coloca nas duas brincadeiras. No primeiro pique (pique cola) a movimentação do corpo, predominantemente, é de pé – corre pra cá, foge pra lá e descola daqui. Já o segundo pique (pique cola americano) quando um aluno realiza a ação de descolar o outro seu tronco e cabeça se aproxima do chão – o aluno é obrigado a agachar e passar por baixo da perna do colega colado. A brincadeira leva todo o corpo do aluno próximo do chão.

A idéia é partir dessas duas práticas para analisar como o corpo se comporta nas duas brincadeiras, relativo ao espaço físico escolhido para aula (salão, sala, pátio ou quadra esportiva), tendo como referencial a distância do corpo relativo ao chão. Em seguida conceituar para os alunos níveis de movimento.

Os níveis são em relação ao corpo na posição ereta:

·         Baixo: quando o corpo se movimenta mantendo a menor distância do chão ate alcançar a altura do quadril;

·         Médio: quando o corpo se movimenta mantendo os membros superiores entre o quadril e a cintura escapular;

·         Alto: quando o corpo se movimenta mantendo os membros superiores acima do pescoço.

Obs.: Ao analisar qual o nível de movimento do corpo quando este se movimenta é importante destacar que a definição da altura não se da entre corpos diferentes (ex: um aluno com 1,70m se movimentará em níveis superiores a de um aluno com 1,30m. Sendo o inverso também verdadeiro, o aluno mais baixo alcançará níveis de movimentos baixíssimos em relação aos alunos mais altos), mas sim avaliando as situações de cada corpo em ação – as alturas se definem em relação às distâncias que o corpo assume do chão, dessa forma cada aluno terá seu estudo sobre níveis de movimento.

Atividade 2: 

Ver texto para orientação dos estudos sobre cinesfera do movimento humano – altura do movimento: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/dissertacao/Diehl_Dissertacao.pdf  -  pág. 43 – segundo parágrafo 

Feita as análises do corpo na atividade anterior, questionar como essas possibilidades de modificar as movimentações corporais em relação a sua distância do chão podem ajudar nos trabalhos de pesquisa e criação em dança (desenvolvendo a criatividade). Através de vídeos de dança (ver vídeo) comparar coreografias que não utilizam todos os níveis de movimentos com outras que utilizam.

Vídeo: 16/06/2010.

• http://www.youtube.com/watch?v=VM9XkDU53CI  
• http://www.youtube.com/watch?v=M7fg-_ogQxA&feature=related 
• http://www.youtube.com/watch?v=__3RDYH4mao 

A seguir sugestões para início de conversas:

·         Qual é o espaço utilizado pelos dançarinos para dançar? (qualquer espaço utilizado como palco. Ex.: quadra, anfiteatro, pátio, salão, entre outros)

·         O espaço escolhido pelos dançarinos para dança está sendo bem aproveitado? Os dançarinos percorrem todo o espaço disponível com suas movimentações?

·         Como se comporta o corpo dos dançarinos? Eles utilizam dos níveis de movimento para explorar melhor o espaço escolhido para dançar?

·         Em qual das situações a dança prende mais a nossa atenção, a que não explora o espaço ou aquela que explora e varia os níveis de movimento?

·         Qual a situação prende mais nossa atenção? (levar a reflexão sobre o inesperado – o espectador se prende em busca do inesperado. Se essa sensação não existe a dança pode cair na monotonia)

Atividade 3:

Dividir a turma em grupos (quatro ou cinco alunos). Cada grupo escolherá um jogo ou brincadeira como objeto de reconstrução trabalhando os níveis de movimentos trabalhados anteriormente. Os alunos deverão modificar ou adaptar as regras de um jogo ou brincadeira (escolhido anteriormente) para que os corpos ao se movimentar utilizem dos três níveis de movimento alto, médio e baixo obrigatoriamente.

Exemplo: propor um pique – bandeira onde em momentos determinados, previamente ou respondendo a sinal visual ou sonoro, os participantes devem se movimentar modificando o nível de altura.

Atividade 4: 

Manter os grupos criados na atividade anterior para criar uma estrutura coreográfica com nove movimentos diferentes sendo que três no nível baixo, três no nível médio e três no nível alto. Definir um tempo (entre cinco a dez minutos) e ao final da aula cada grupo fará uma apresentação do que criou para o restante da turma.

Estudo do movimento e a preparação técnica e artística do intérprete de dança contemporânea: (25/06/2010)

Link: http://www.raf.ifac.ufop.br/pdf/artefilosofia_01/artefilosofia_01_03_teatro_03_ligia_losada_tourinho.pdf 

Avaliação: 

• Verificar junto à turma se identificam os níveis de movimento a partir de exemplos surgidos na aula ou pedir a alguns alunos que realizem novos movimentos para que a turma faça a identificação dos níveis.
• Identificar junto aos alunos, quais os níveis de movimentos foram utilizados nas coreografias apresentadas pelos colegas.
• Verificar a opinião dos alunos em relação às coreografias quanto à criatividade, tendo por critério os níveis de movimento.