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Avencas e Samambaias

 

28/05/2010

Autor e Coautor(es)
MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos, Priscila Barbosa Peixoto e Marina Silva Rocha

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Reconhecer as principais características do grupo das pteridófitas; relacionar estas características com o reino vegetal.

Duração das atividades
2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão conhecer as plantas e suas características principais, reconhecendo o grupo das briófitas.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor   

Divisão Pteridophyta 

   Esta divisão engloba todas as criptógamas vasculares (plantas sem sementes), com uma acentuada alternância de gerações. O gametófito ou é uma lâmina verde que vive na superfície do solo, apresentando rizóides (estruturas semelhantes a raízes), ou subterrâneo e incolor; em certos casos o prótalo (gametófito) é incolor e muito reduzido, nunca abandonando a membrana do esporo que o originou. A fecundação sempre se processa por intermédio de anterozóides flagelados (gametas masculinos).

   As pteridófitas foram os primeiros vegetais a conquistarem definitivamente o ambiente terrestre. Entretanto ainda dependem da água para a fecundação. São plantas criptogâmicas e vasculares. Ou seja, são vegetais que não apresentam flores, possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema) e o aparelho vegetativo com raiz, caule e folhas bem desenvolvidas. Estas características permitiram um maior crescimento da planta. Foram os primeiros vegetais cormófitos (raiz, caule e folha) e os primeiros vegetais com heterosporia (produzem esporos diferentes por meiose, ou seja, esporos masculinos menores que os femininos).

   Como exemplos de pteridófitas podemos citar as samambaias, avencas, xaxins, entre outros. As samambaias apresentam importância ornamental, econômica e industrial. O xaxim (Dycksonia sellowiana) é visto como um vaso orgânico - é um entrelaçado de raízes adventícias que saem do caule de certas samambaias que retém umidade. Ainda apresentam importância ecológica, pois são a base da cadeia alimentar, além de abrigarem muitas espécies de epífitas (que vivem em cima de outros vegetais sem prejudicar). O xaxim vem sendo explorado ilegalmente de nossas florestas, sendo praticamente ameaçado de extinção, devido à intensa comercialização. Outra pteridófita muito explorada é a Rumohra adiantiformis, suas frondes (folhas) são brilhantes e de cor verde escura. São plantas ornamentais geralmente utilizadas em arranjos florais. A longevidade na água pode atingir 14 dias.   

Localização e Morfologia

   São encontradas desde ambientes desérticos até ambientes aquáticos, podendo ser, também, epífitas. Seu tamanho pode variar bastante podendo ser pequenas como a aquática Salvinia até espécies arborescentes como o samambaiaçu, Cyathea com mais de 5m. Algumas pteridófitas apresentam diferenciação em suas folhas. Assim um tipo de folha se encarrega das funções vegetativas, sendo neste caso chamada de trofófilo e um segundo tipo que se encarrega, além das funções vegetativas, das funções reprodutivas, sendo chamada esporófilo. A folha, o caule e a raiz são bem desenvolvidos, sendo esta última protegida pela coifa. Todos com vasos condutores.

Adaptado de:  http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/pteridofitas.html 

(consultado em 20/04/10, as 18h15mim). 

Estratégia

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de atividade prática de observação e manejo de exemplares de pteridófitas, além de texto informativo e vídeos.   

Como o professor irá ativar esse processo: 

O professor irá ativar este processo levando a turma para observar as samambaias presentes no ambiente e no laboratório, além de apresentar e discutir com os alunos um texto e vídeos sobre o assunto.   

Atividade prática: conhecendo as pteridófitas   

   Professor, num primeiro momento da aula, leve seus alunos para algum espaço fora da sala de aula onde possam encontrar exemplares de pteridófitas (pode ser um jardim da escola, praça ou bosque próximo, onde possa haver samambaias, avencas, dentre outros). Colete, juntamente com a turma, alguns exemplares de samambaias, pedindo a eles para observarem o ambiente em que elas se encontram. Caso não seja possível esta dinâmica, leve para a sala de aula ou laboratório alguns exemplares de samambaias vivas e apresente para a turma. Após este momento inicial de reconhecimento das pteridófitas, leve a turma para o laboratório da escola, pedindo que os alunos façam uma observação minuciosa dos vegetais. Caso a escola não conte com este espaço, organize a própria sala de aula para que os alunos possam realizar a atividade.

   Peça para eles dizerem as características das samambaias que as classificam como plantas. Neste momento é possível que os alunos digam que são verdes, têm folhas, caule e raiz, dentre outras características. Esquematize no quadro as características citadas pelos alunos.

   Separe os alunos em grupos e entregue lupas a cada grupo, pedindo que eles vejam as estruturas das samambaias na lupa e desenhem no caderno o que observaram. É possível que os alunos citem a presença de “pontinhos amarelos” nas folhas das samambaias, além de lembrarem que estas plantas são diferentes dos musgos, pois são maiores e mais parecidas com plantas de grande porte.

   Abaixo seguem algumas fotografias de pteridófitas, para que você, professor, possa entregar aos alunos como mais um recurso da aula.

Samambaia.

Retirado de: http://static.tipos.com.br/users/zero/20050316-samambaia.jpg (consultado em 02/05/10, às 17h48min). 

Planta com raiz e folha

Folha inteira com folíolos

Folha jovem (báculo)

Raiz e caule

Folha vegetativa (sem soros)

Fotos: Priscila Barbosa Peixoto

   Discuta com a turma as características que eles citaram de plantas e compare com as características dos musgos. Tente instigar os alunos a relacionar os dois grupos, fazendo um paralelo das características de cada um.

   Após as discussões e compreensão das características do grupo pelos alunos, entregue o texto abaixo para a turma e discuta os aspectos mais importantes.

Texto para os alunos:

Vegetações pré-históricas

Quer saber que tipos de plantas existiam na época em que viveram os dinossauros?

   Com um megafone na mão, o diretor comanda a produção de um filme sobre dinossauros. Mas não consegue esconder o nervosismo: as gravações atrasaram porque o cenário não ficou pronto! Não é para menos: a pessoa que vai fazê-lo está cheia de dúvidas! Alguém aí saberia responder como eram as plantas pré-históricas?

   Talvez você nunca tenha ouvido falar em paleontologia. Então, abra bem os ouvidos! Trata-se do estudo das formas de vida que existiram no passado. Quando imaginamos como era o mundo há milhões de anos, logo pensamos nos dinossauros. Mas, na pré-história, havia também insetos, vermes, plantas e fungos, por exemplo. Pois bem: há uma parte da paleontologia chamada paleobotânica, que estuda plantas e outros organismos, como fungos, bactérias e algas, que viveram no passado.

   A paleobotânica mostrou que, em épocas passadas, existiram plantas diferentes das atuais. Entre 345 milhões de anos e 65 milhões de anos atrás, por exemplo, viveu um grupo de plantas chamado pteridospermas (pteron = feto + spermae = semente). As plantas que pertenciam a esse grupo eram parecidas com as samambaias que existem hoje. Mas com uma diferença: as pteridospermas, ao contrário das samambaias, tinham sementes.

   Já as progimnospermas viveram mais ou menos entre 395 milhões de anos e 280 milhões de anos atrás. Progimnospermas significa "sementes nuas antigas" -- pro significa "anterior", gymnos , "nu", e spermae , "semente". Os troncos dessas plantas pareciam com os dos pinheiros. Suas folhas, no entanto, eram semelhantes às das samambaias e elas não tinham sementes.

   Hoje, assim como os dinossauros, esses grupos de plantas estão extintos! Os cientistas acreditam que eles desapareceram por causa da competição contínua e desfavorável com outros grupos de plantas ou outros organismos.

   Além de mostrar como eram as plantas pré-históricas, a paleobotânica revelou que havia vários ambientes há milhões de anos: desertos, rios, planícies, mangues, etc. Sabe o que isso significa? Que os diferentes tipos de dinossauros não viviam juntos! Na maioria das vezes, cada tipo de dinossauro habitava certo ambiente, assim como hoje cada espécie de mamífero é encontrada em determinado lugar: os leões na savana africana, os tigres, nas florestas indianas etc. Mas, claro, havia dinossauros capazes de viver em mais de um ambiente.

   A dúvida é: como é possível saber que um dinossauro era encontrado em determinado ambiente e não em outro? Fósseis de plantas podem dar valiosas pistas a esse respeito!  

Adaptado de: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/revista-chc-2002/127/vegetacoes-pre-historicas/vegetacoes-pre-historicas-0/?searchterm=samambaias (consultado em 20/04/10, às 18h04min).    

Apresentação de vídeos: As avencas

Professor, após a discussão sobre o texto acima e esclarecimento de possíveis dúvidas dos alunos sobre o grupo das pteridófitas, apresente para a turma dois vídeos explicativos sobre as avencas. Nestes vídeos, este exemplar de pteridófita é explorado de forma clara, com explicações sobre a diversidade do grupo e características importantes.   

http://www.youtube.com/watch?v=soml-asOpzc (consultado em 02/05/10, às 18h15min).    

http://www.youtube.com/watch?v=JCrUDWHW8es&feature=related (consultado em 02/05/10, às 18h30min).    

Recursos Complementares

Nessa aula não será usado nenhum Recurso Complementar, pois todas as atividades estão em "Estratégias e Recursos da Aula".

Avaliação

   Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.             

   Peça aos alunos para elaborarem um quadro como o exemplificado a seguir. Você pode sugerir algumas características a serem inseridas no quadro, mas os alunos deverão acrescentar outras que eles tenham aprendido na aula de hoje. Esta atividade poderá ser feita individualmente, ou se preferir, nos grupos já formados para a atividade prática.

Nome do grupo / característica

Presença de raiz

Presença de caule

Presença de folhas

Tamanho

Transporte interno

Musgos (briófitas)    

Não

Não

Não

Pequeno

Difusão

Samambaias (pteridófitas)    

Sim

Sim

Sim

Médio

Vasos

   Após a confecção do quadro sobre as plantas, peça que cada grupo faça representações das pteridófitas através de desenhos, mostrando estruturas das plantas que as diferenciam de outras. Avalie cada quadro produzido e cada desenho, analisando se os alunos conseguiram construir conhecimentos sobre o grupo estudado.

Opinião de quem acessou

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