26/06/2010
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
A aula não exige que os alunos tenham algum conhecimento prévio de outros conceitos ou assuntos.
As estratégias a serem utilizadas são:
- aula interativa;
- trabalhos em grupos;
- trabalhos em duplas;
- debate;
1ª atividade:
1) O professor coloca no quadro: ABÁ NHE’ENGA OÎEBYR e pergunta:
Quem sabe ler essa frase e em que língua ela está escrita?
2) O professor ouve as opiniões dos alunos e em seguida, apresenta a tradução da frase: A língua dos índios está de volta e comenta que a frase foi escrita na língua tupi, falada, há muito tempo atrás, pelos índios.
2ª atividade:
1) O professor divide a turma em grupos e entrega para cada um uma das frases abaixo:
a) João falou para Clara:
_ Pare com este nhen-nhen-nhen!
b) Vamos jogar uma partida de peteca?
c) Dona Maria é chamada, pelos meninos da rua, de velha coroca.
d) Carlos disse:
_ Hoje eu estou tão jururu!
e) Eu adoro mingau de fubá.
f) Lá em casa está todo mundo na pindaíba.
g) Por que a perereca recebeu esse nome?
2) A tarefa de cada grupo é dar o significado da palavra ou expressão em negrito em cada uma das frases.
3) O professor socializa a tarefa dos grupos e questiona: que relação essas palavras negritadas tem a ver com a língua tupi?
4) Para confirmar ou não as hipóteses levantadas pelos alunos no item anterior, o professor entrega o texto propondo a leitura: O tupi que o Brasil fala hoje - http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/artigo_1.htm
5) Após a leitura, o professor discute com os alunos quais foram as hipóteses confirmadas pelo texto e quais não foram. É interessante deixar que os alunos falem sobre o que acharam interessante nesse texto.
Poderá ser feita uma lista das informações mais interessantes apresentadas pelo texto. O professor escreve no quadro, para que todos possam copiar.
3ª atividade:
1) Com o objetivo de enriquecer os conhecimentos dos alunos, o professor propõe a leitura do texto: A Língua do Brasil: O Tupi , encontrado em http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/artigo_1.htm
2) Caso seja necessário, o professor pode solicitar que mais leituras do texto sejam realizados comentários de cada uma das partes do texto também poderão acontecer.
3) Após a leitura, o professor propõe que a turma discuta as questões:
a) Por que deveríamos estudar o tupi, segundo o texto?
b) E você, o que acha de se estudar o Tupi no Brasil?
4ª atividade:
1) O professor solicita que os alunos copiem do texto todos os nomes próprios e, em seguida, completem a lista colocando o que é dito sobre cada um deles, como no exemplo:
Eduardo Navarro: professor de Tupi, fundador da ONG Tupi Aqui.
Lima Barreto: ..............................
ONG Tupi Aqui : .........................
Hélder Perri Ferreira: ...................
Franklin Evrard: ...........................
Pátio do Colégio: .........................
José de Anchieta: .........................
Instituto Cultural Itaú: ..................
2) O professor comenta a atividade e propõe a discussão das questões:
a) Por que todos os nomes próprios foram escritos com letras maiúsculas?
b) Em que outras situações de escrita utilizamos as letras maiúsculas?
3) O professor solicita que os alunos, em duplas, façam uma lista das palavras em tupi encontradas no texto e suas traduções.
4) Ainda em duplas, o professor solicita que os alunos busquem, no cotidiano deles, outras palavras de origem tupi. Caso apareça alguma dúvida, o professor pode planejar uma pesquisa para descobrir, na nossa língua, palavras de origem tupi.
5) O professor socializa as atividades realizadas e faz os comentários necessários.
5ª atividade:
1) Com o objetivo de descontrair, o professor lança o desafio:
- Quem conhece a língua do P? Já ouviram falar desta brincadeira?
2) Após ouvir os alunos, o professor dá um exemplo. Em português: "eu falo a língua do P e tenho orgulho disso." Essa frase, dita na língua do P, ficaria assim: "Peeu pefapelo pea pelinpegua pedo peP pee petepenho peorpegupelho pedipesso."
3) O professor divide a sala em grupos pequenos. Cada grupo vai escrever uma das frases abaixo na língua do P e depois mostrar para a turma que terá, como desafio, traduzir para o português o que os colegas escreveram na língua do P. As frases para essa atividade podem ser as sugeridas aqui ou outras que o educador desejar ou mesmo que os alunos quiserem.
Línguas Brasileiras: Para o Conhecimento das Línguas Indígenas, de Aryon Dall’Igna Rodrigues. Edições Loyola, São Paulo, 1994.
Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas Origens de São Paulo, de John Manuel Monteiro. Companhia das Letras, São Paulo, 1994.
http://super.abril.com.br/cultura/lingua-brasil-437755.shtml
A palavra "Tupi" significa "o grande pai" ou "líder". http://www.staff.uni-mainz.de/lustig/guarani/lingua_tupi.htm
Um "homem branco" ensina Tupi aos índios do Brasil: http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/artigo_2.htm
O tupi ressurge em páginas de livros, telas de cinema e pode chegar às salas de aula: http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/artigo_1.htm
A língua do P: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_do_P
Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi, de Antônio Geraldo da Cunha, com prefácio de Antônio Houaiss, Editora Melhoramentos/UnB Método Moderno de Tupi Antigo — A Língua do Brasil dos Primeiros Séculos, de Eduardo Navarro, Editora Vozes
Poesias — Lírica Portuguesa e Tupi, tradução de Eduardo Navarro e organização de Hélder Perri, Editora Martins Fontes.
Curso de tupi. Informações com Hélder Perri, pelo telefone (011) 818-4841.
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas de leitura do texto e discussão das questões apresentadas, as hipóteses levantadas pelos alunos, a atividade de listar as palavras e completar com as informações do texto, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
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