01/06/2010
Cláudia Regina M. Gumerato Fernandes
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cidadania e participação |
Ensino Fundamental Final | Ciências Naturais | Vida e ambiente |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Ciências Naturais | Terra como espaço para a vida |
Ensino Fundamental Final | Ciências Naturais | Ser humano e saúde |
Ensino Médio | Biologia | Qualidade de vida das populações humanas |
Educação Profissional | Ambiente, Saúde e Segurança | Técnico em Controle Ambiental |
Educação Profissional | Ambiente, Saúde e Segurança | Técnico em Meio Ambiente |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Seres humanos e o meio ambiente |
Não tem necessidade de conhecimento prévio.
Professor, o texto abaixo deverá subsidiar as discussões e realizações das atividades propostas. O professor deverá propor uma dinâmica para a turma discutir o texto, ele dividirá a sala em 5 grupos e cada grupo ficará com uma parte do texto que poderá ser: Resíduo, Lixo, Princípio dos 3rs, Minimização de resíduo ou Minimização de lixo. Cada parte do texto será discutida por um grupo e depois cada grupo fará uma exposição do conteúdo de sua parte para os outros grupos. Os grupos não poderão se comunicar antes do tempo determinado pelo professor para a socialização de cada assunto. Quando o grupo estiver apresentando se o professor sentir necessidade de fazer algumas considerações poderá fazer. O objetivo desta dinâmica é fazer com que os alunos aprendam a socializar as informações, desenvolver métodos de apresentação, propiciar mais segurança no assunto que se propõem bem como praticar a fala em público.
Observação1: Este texto não está diponível na internet, ele é um recorte do livro: Educação ambiental em resíduo: uma proposta de terminologia. Para ler o capítulo na íntegra, consultar a bibliografia da obra citada no final do texto.
Resíduo. Aquilo que sobra de uma atividade qualquer, natural ou cultural. Nas atividades humanas em geral, geramos resíduos (e não lixo); antes de ser gerado, um resíduo pode ser evitado com consequência de revisão de alguns hábitos (por exemplo, copo plástico pode deixar de ser gerado como resíduo quando, em certos âmbitos, fizermos uso de copo/caneca durável - primeiro R: redução); antes de ser descartado, um resíduo pode deixar de ser resíduo se a ele for atribuída uma nova função (por exemplo, um pote de azeitona pós-uso pode ser usado para armazenar óleo de fritura, e garrafas plásticas pós-uso pode ser usadas para composições artísticas segundo R: reutilização) ou se a função original for cumprida por mais um tempo em um novo contexto (por exemplo, um calçado considerado inútil/ sobra para uma pessoa pode ainda ser útil para outra - segundo R); ao ser descartado, um resíduo pode ter seu status de resíduo (que contém valores sociais, econômicos e ambientais) preservado, ao longo do que pode ser chamada rota dos resíduos, que geralmente envolve descarte e coleta seletivos para a reciclagem - terceiro R; caso contrário, um resíduo pode, por meio do descarte comum, virar lixo - nenhum dos 3R. A categoria dos resíduos é ampla e inclui os particulados dispersíveis, os gasosos, os líquidos, os esgotos e outros, gerados nos mais diversos contextos, como domicílio, escola, comércio, indústria, hospital, serviços, construção civil, espaço público, meios de transporte, agricultura, pesca e outros, os quais podem ser localizados em área urbana ou rural. (Logarezzi, 2006, p.95).
Lixo.Aquilo que sobrou de uma atividade qualquer e é descartado sem que seus valores (sociais, econômicos e ambientais) potenciais sejam preservados, incluindo não somente resíduos inservíveis, mas também, incorretamente do ponto de vista ambiental, resíduos reutilizáveis e recicláveis. Resíduos assim descartados geralmente adquirem aspectos de inutilidade, sujidade, imundície, estorvo, risco etc., envolvendo custos sociais, econômicos e ambientais para sua manipulação primária (pelo gerador), sua destinação e seu confinamento - que é uma alternativa de disposição - longe das áreas urbanas (pelo poder público municipal ou pela concessionária) e sua decomposição natural (processo espontâneo, rico em subprodutos nocivos ao solo, à água e ao ar), ao longo do que pode ser chamada rota do lixo, que geralmente envolve descarte e coleta comuns. (Logarezzi, 2006, p.96-97).
Princípio dos 3Rs. Princípio que orienta ações de educação e gestão sobre o problema dos resíduos na grande maioria dos países do mundo, segundo o qual devemos adotar essencialmente três atitudes de modo integrado, procurando seguir determinadas prioridades: primeiro reduzir, depois reutilizar e reciclar. Essa ordem coincide com a sequência natural das atividades em que podem ser exercidas as atitudes, ou seja, reduzir: no consumo de produtos e serviços, incluindo durante o uso; reutilizar: após a geração e antes do descarte de resíduo; reciclar (do ponto de vista da (o) cidadã/o, que é, na verdade, apenas separar): no descarte; reciclar (do ponto de vista de agentes, como poder público, catadores e empresários): após o descarte. De fato, essa priorização da redução apóia-se em sua capacidade de minimizar resíduo - e, consequentemente, também de minimizar lixo -, enquanto a reutilização e a reciclagem somente são capazes de minimizar lixo. (Logarezzi, 2006, p.102-103).
Minimização de resíduo. Impacto ambientalmente positivo resultante do exercício da redução de resíduos, atitude que evita que parte dos resíduos seja gerada. Profundas mudanças culturais estão associadas a essa postura (primeiro R), que implica outra concepção da questão ambiental, a qual redunda em um novo estilo de vida, resgatando e valorizando o "ser" (a cultura da essencialidade humana) em detrimento do "ter" (a cultura do mundo globalizante atual, que cada vez gera mais injustiça social e degradação ambiental), ou seja, mais brincadeira, menos brinquedos; mais empatia, menos maquiagem; mais carinho, menos presentes; mais bicicletas, menos utilitários de luxo; mais diversidade, menos intolerância; mais solidariedade, menos individualismo; mais cooperação, menos competição; mais reflexão, menos técnicas; mais paz, menos guerra; mais social, menos econômico; mais sutiliza, menos velocidade; mais felicidade, menos desenvolvimento... (Logarezzi, 2006, p.103).
Minimização de lixo. Impacto positivo adicional à minimização de resíduo resultante do exercício da reutilização e reciclagem de resíduos, atitudes que evitam que parte dos resíduos gerados seja descartada em forma de lixo. Mudanças menos radicais de hábito estão associadas a essas posturas (segundo e terceiro R), que implicam novo encaminhamento dos resíduos gerados, com vistas a preservar seus valores social, econômico e ambiental, que incluem a geração de trabalho e renda a populações carentes, as diversas economias (com insumos - matéria-prima, energia, água, terra etc. -e com gestão de resíduos, especialmente na construção e operação de aterros sanitários) e os benefícios ambientais de um menor ritmo de exploração de recursos naturais. (Logarezzi, 2006, p.103).
Bibliografia: LOGAREZZI, A. Educação Ambiental em resíduo: uma proposta de terminologia. In: CINQUETTI, H., C., S. LOGAREZZI, A. (Org.). Consumo e Resíduo - Fundamentos para o trabalho educativo. São Carlos: EdUFSCar, 2006.p. 85-117.
Atividade 1
Observação2: Professor, muito cuidado ao abordar o assunto proposto no texto. Muitas propostas que objetivam trabalhar com a temática ambiental focando resíduos sólidos, acabam dando muita ênfase a reciclagem e a coleta seletiva como sendo a melhor e definitiva solução para os problemas de gerenciamento de resíduos sólidos. Faz-se necessário uma abordagem mais ampla e que privilegie a filosofia dos 3Rs, porém sempre no foco da redução do consumo.
Depois da leitura e discussões, o professor deverá propor aos alunos que reflitam e respondam sobre os apontamentos abaixo:
Atividade 2 - Vamos conhecer o "lixo" que produzimos em casa
Professor, uma boa maneira de trabalhar o assunto proposto é demonstrar a cada aluno o desperdício de matéria prima que vai parar na lixeira da sua casa. A atividade proposta a seguir pode causar algum desagrado, pois muitas casas não fazem a separação dos resíduos e com isso, muita matéria orgânica fica armazenada na embalagem do produto entrando em decomposição. Esta atividade é de suma importância para cada aluno observar com seus próprios olhos e registrar os dados durante 1 semana de acordo com os procedimentos abaixo.
Observação 3: Cada embalagem deverá ser lavada para retirada dos restos de alimentos que poderão provocar um mal cheiro.
Procedimentos
Quadro de anotações
Material |
Peso total de cada tipo de material |
Dá pra ser Reutilizado ou Reciclado? |
Resíduo ou Lixo? |
Papel |
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Plástico |
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Metal |
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Vidro |
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Resto de comida (orgânico) |
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Depois de quantificar os resíduos, cada aluno deverá responder as questões abaixo:
Atividade 3
O Professor deverá levar os alunos para a sala de vídeo ou sala de informática e disponibilizar para os alunos o vídeo "História das Coisas", versão brasileira do documentário The Story of Stuff, de Annie Leonard.
O que é História das Coisas? Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos. História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo. História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo. História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.
Para assistir o vídeo acesse o Link disponível em http://www.sununga.com.br/HDC/ Acessado dia 18/05/2010.
Após assistir o filme, o professor deverá promover um debate, relacionando a temática ambiental com a produção em massa e excessiva dos produtos. O professor estabelecerá uma relação com as seguintes questões: produção em massa, produtos baratos, descartáveis, geração de resíduo, lixo, cadeia de produção e desperdício. Logo em seguida os mesmos alunos que formaram o grupo para a atividade 1 poderá novamente se unir para desenvolver esta atividade. O professor deverá propor para cada grupo desenvolver uma campanha na escola seguindo toda a recomendação das discussões que aconteceram na sala de aula, principalmente propor a redução do consumo exagerado e do desperdício. No final do trabalho, cada grupo deverá entregar ao professor a proposta da campanha seguindo os seguintes itens:
Título:
Objetivo:
Justificativa:
Como desenvolverá a campanha na escola:
Conclusão.
Após a apresentação da campanha, se o professor achar a proposta viável poderá ocorrer outros desdobramentos desta proposta, dentro ou até mesmo fora dos muros da escola.
Atenção professor, esta atividade poderá ser trabalhada interdisciplinarmente com a área de Português, o professor de português poderá auxiliar a turma na elaboração e na escrita da campanha.
Livro: Os bilhões perdidos no lixo. Autor: Sabetai Calderoni 1997.
http://www.mundomulher.com.br/?pg=17&sec=28&sub=29&idtexto=7711
A avaliação poderá ser feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerado a participação e o envolvimento dos alunos nos debates e nas realizações das atividades solicitadas. É importante que a avaliação seja processual, e não apenas no desenvolvimento de uma única atividade. Serão avaliadas as produções escritas, a participação nos debates em sala e a proposta da campanha na escola.
Quatro estrelas 2 classificações
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15/12/2011
Cinco estrelasmuito pratico bem legal aprendi muito sobre lixo isso com certeza vai me ajudar muito na escola VALEU!!!!!!!!!!!!!!!
27/11/2010
Quatro estrelasGostei muito desta metodologia de aula, porque amlém de conceitual, contextualiza a temática e leva a um trabalho interdisciplinar na escola. É uma atividade completa. Além do que pode ser adaptada e realizada para outros temas.