23/08/2010
BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cultura e diversidade cultural |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem escrita: leitura e produção de textos |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | História | Cidadania e cultura contemporânea |
Que os alunos tenham um conhecimento básico sobre a diversidade cultural do brasileiro
Estratégias e recursos da aula
1) O professor entrega a letra impressa da música e, se precisar, acessa um dos endereços para que todos possam ouvir e cantar a música:
http://www.letras.com.br/chico-buarque/para-todos
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45158/
http://www.canalkids.com.br/cultura/historia/povo.htm
Paratodos
Chico Buarque
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
2) Após ouvir e cantar a música, o professor propõe uma conversa a partir das questões:
a) Quem é Chico Buarque, o autor dessa música e de tantas outras?
b) Alguém conhece algum fato interessante sobre o autor? E outras músicas dele?
c) Para você, qual a mensagem da letra da música?
d) Que relação há entre a última parte da letra dessa música com o restante dela?
e) Por que o autor se refere, na letra, a tantos outros brasileiros?
f) O título da música é PARATODOS. Porque o autor optou pelo título, escrevendo as duas palavras juntas?
OBS: Não é objetivo dessa aula, mas seria interessante e rico se o professor planejasse uma pesquisa sobre os outros nomes que aparecem nessa música. Com certeza, a bagagem cultural dos alunos aumentaria muito.
3) Se a turma desejar, a música poderá ser cantada mais uma vez.
1) O professor coloca a turma em círculos, com o objetivo de facilitar a comunicação, retoma as discussões sobre a música realizadas na atividade anterior e propõe que os alunos manifestem suas origens, ou seja, de onde vieram. Espera-se que na turma tenha alunos originários de diferentes estados brasileiros. Caso isso não ocorra, o professor pode recorrer à origem das famílias dos alunos como ponto de partida da aula.
OBS: Nesse momento o que se deseja é mostrar que, um povo plural cuja trajetória desde a formação até os dias de hoje, tem possibilitado o encontro e a combinação de tradições culturais diversas, recriadas em combinações novas. A história desses encontros e criações, que é a própria história brasileira, é marcada por conflitos e contradições.
2) Após ouvir os alunos, o professor faz uma abordagem sobre os processos e experiências históricas da formação do povo brasileiro, marcados por diferenças,conflitos, jeitinhos e semelhanças e que resultaram na construção de uma nação com traços que mostram no cotidiano dos brasileiros vários tipos de “brasileiros” encontrados neste vasto território.
3) O professor solicita e incentiva que os alunos falem quais são os conhecimentos que tem sobre a formação do brasileiro. Enquanto os alunos vão se manifestando, o professor registra uma síntese das idéias. Para que essa atividade aconteça, as intervenções do docente são significativas e elas podem ocorrer, através de perguntas, tais como: Tem alguém na sala que veio de outra região, de outra parte do Brasil?; Qual foi a experiência de vocês para a adaptação no lugar que agora estão morando? Enquanto os alunos narram suas experiências, o professor também pode e deve relatar as suas.
4) Em seguida, o professor propõe que os alunos tentem estabelecer uma relação entre a música que cantaram e as experiências relatadas anteriormente. Nesse momento é recomendável que o docente faça os comentários que julgar necessários.
1) O professor propõe aos alunos ouvirem, com muita atenção, a gravação disponível no site:
http://cbn.globoradio.globo.com/Player/player.htm?audio=2010%2Fnoticias%2Fcausos_100427&OAS
Essa gravação é um relato de experiências da convivência de pessoas vindas de várias regiões do Brasil para a capital federal, Brasília. Se for necessário ouçam os relatos mais de uma vez.
2) Após ouvirem os relatos, o professor propõe uma discussão a partir das questões abaixo:
a) Como você define a população brasiliense?
b) Que fatores você acha que contribuíram para a formação de uma população tão diversificada como é a de Brasília?
c) O que o João Batista nos transmite em sua fala?
d) Você concorda que existe no Brasil este respeito apontado por João Batista para com o diferente?
e) O que você percebeu na fala de Luciano Azevedo?
f) Como você se posiciona numa situação semelhante a estas apresentadas no áudio?
g) Quais são as atitudes que prevalecem no mundo de hoje? As pessoas conseguem respeitar as diferenças?
h) Para você, o que poderia ser feito para tentar resolver os conflitos atuais existentes no mundo?
3) Com a turma dividida em grupos, o professor distribuirá revistas e papéis ( manilha, craft, pardo....) e cada um deverá montar um cartaz que deverá apresentar as diferenças existentes entre as pessoas e dicas de como devemos nos comportar diante delas.
4) O professor socializa as produções dos alunos fazendo os comentários necessários.
1) Com a turma em grupos, o professor entrega o texto impresso da notícia: “Cultura não está entre direitos sociais”, solicitando que façam uma leitura e a discussão do texto.
Cultura não está entre direitos sociais
Publicado em 23.10.2007, às 21h00
Está escrito na Constituição que todo brasileiro tem direito à educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança e previdência social. Agora, o deputado Iram Barbosa, do PT de Sergipe, pretende aumentar a lista de direitos da nossa população. Ele quer que todo mundo tenha acesso à cultura. Porém, para que isso aconteça, está em estudo na Câmara Federal a Proposta de Emenda à Constituição nº 49/07, que inclui a cultura entre os direitos sociais previstos na Constituição. Para o deputado o acesso à cultura e o direito à memória e às manifestações culturais são importantes ao exercício da liberdade. Segundo ele, a cultura é fundamental para a construção da identidade e da memória dos diferentes grupos sociais do País
2) Após a leitura, o grupo deverá imaginar que essa notícia foi publicada em um jornal da cidade e, enquanto leitor, quer escrever uma carta para o jornal ( a esse gênero textual dá-se o nome de carta do leitor), manifestando a opinião do grupo sobre o assunto.
3) O professor propõe a leitura da produção dos grupos fazendo os comentários necessários.
1) Após a leitura da carta, o professor problematiza: Como será que está, em 2010, o andamento da proposta que foi publicada em 23/10/2007?
2) Com o objetivo de responder à questão anterior, o professor distribui o texto propondo a leitura do mesmo.
Ministro da Cultura elogia PEC de Iran
Escrito por Sintese ( on line)
Qui, 11 de Março de 2010 17:08
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, elogiou, nesta quarta-feira (10), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/2007, de autoria do deputado Iran Barbosa (PT-SE), que inclui a cultura entre os direitos sociais previstos na Constituição Federal. “A PEC não gera despesas e faz o debate correto que é o debate conceitual da cultura. O que é genial”, avaliou Juca Ferreira. Na opinião do ministro, a PEC de autoria de Iran ajuda a reforçar a institucionalidade da cultura, que não é um tema secundário, “mas de identidade nacional e de um direito social”. Segundo o ministro, a PEC é estratégica dentro do conjunto de projetos de lei e Propostas de Emenda à Constituição que tramitam na Câmara e garantem a afirmação da cultura como um vetor de desenvolvimento nacional. Juca Ferreira disse que este conjunto de medidas é composto por cerca de 10 projetos de Leis e PECs. Entre os essenciais, além da PEC 49/2007, estão a PEC 416..., que cria o sistema nacional de cultura, a PEC 150/2003, que aumenta os recursos destinados à cultura e a revisão da Lei Rouanet. Mais recursos – O ministro participou, nesta quarta-feira, da abertura dos trabalhos da Comissão de Educação e Cultura (CEC). Na reunião, vários deputados ressaltaram a necessidade de aumentar o orçamento para a área cultural. Para este ano, os parlamentares aprovaram a destinação de 1% do Orçamento da União ao setor. “O valor ainda é pequeno”, disse Iran Apelo e Bancada do Nordeste – Na reunião da CEC, Iran fez um apelo para que os parlamentares de todos os partidos apóiem a PEC 49/2007 e indiquem deputados para compor a Comissão Especial destinada a apreciar a proposta. “A idéia é de instalarmos os trabalhos da Comissão Especial o mais rápido possível”, adiantou Iran. Antes da reunião da CEC, o deputado fez o mesmo pedido na reunião da Bancada do Nordeste, com secretários de Cultura da região. O secretário adjunto de Estado da Cultura de Sergipe, Maurício Rangel, participou dessa atividade. No encontro da bancada nordestina, foi defendida a descentralização do financiamento cultural no Brasil. “Não é possível que mais de 70% do financiamento da cultura concentre-se apenas no Rio e São Paulo”, lamentou Iran. Conferência – Dirigentes, entidades e movimentos sociais ligados ao setor cultural estão em Brasília para participar da 2ª Conferência Nacional de Cultura, que começa nesta quinta-feira (11/3). De acordo com Juca Ferreira, o encontro é uma oportunidade de os cidadãos colaborarem na elaboração de políticas públicas. “A conferência é um vetor de fortalecimento da cultura no Brasil. É vital como todas as outras formas de consulta pública”, disse o ministro.
http://www.sintese-se.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2771%3Aministro-
1) Após a leitura do texto e agora sabendo como anda a proposta em 2010, o professor propõe ao grupo que altere o conteúdo da carta que escreveu na 4ª atividade, acrescentando ao conteúdo dela, alguma referência à nova situação da proposta.
OBS: É importante que o professor esclareça para a turma o que significa PEC: Proposta de Emenda à Constituição.
2) O professor socializa as produções dos grupos e faz os comentários necessários.
OBS: O professor pode incentivar os alunos a pesquisarem outras propostas de emenda à Constituição, usando para isto o endereço disponível nos recursos complementares.
1) O professor divide a turma em grupos e distribui, entre eles, os temas: arquitetura, culinária, literatura, artes visuais, músicas, religião e festas tradicionais.
2) Com o objetivo de conhecer como vivem outros brasileiros e aprender a respeitar e a conviver com pessoas que vivem e são diferentes, será proposta a construção de um painel sobre a diversidade cultural dos brasileiros. Para a confecção deste painel, o professor combinará com a turma:
a) Os materiais que serão utilizados: revistas, tesouras, colas, pincéis, etc...
b) As fontes de pesquisas: revistas, jornais, internet (através dos sites):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasil
http://www.escolakids.com/o-brasil-e-a-cultura-moderna.htm
http://intra.vila.com.br/sites_2002a/urbana/natalie/sotaque.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_nordestinos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria_do_Brasil
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/dancas_folcloricas.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dan%C3%A7a_do_Brasil
c) Local onde o painel será exposto: corredores da escola.
d) Conteúdo do painel: imagens e textos acerca dos temas distribuídos para os grupos.
e) Data da montagem do painel: a combinar com a turma.
3) Com o painel montado, o professor poderá combinar com a turma uma forma de convidar as pessoas da escola e da comunidade local para conhecerem o trabalho da turma.
A aprendizagem será avaliada durante o desenrolar das atividades propostas, nas atitudes dos alunos, nos trabalhos de grupo, nas discussões, na participação nas atividades na sala de aula. A produção do painel e a escrita da carta serão essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos.
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