10/08/2010
Sulamita Nagem Dias Lima
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Linguagem oral |
- Observar os recursos sonoros dos textos, repetições sonoras, rimas.
- Recitar ou ler em voz alta textos poéticos breves, previamente preparados.
- Acompanhar leituras em voz alta feitas pelo professor.
- Gênero textual: forma composicional, estilo, função, contexto de circulação.
As estratégias a serem utilizadas são:
- aula interativa;
- trabalho em grupo;
- texto impresso;
Desenvolvimento
1ª atividade:
1) A aula deverá ser iniciada com a leitura, pelo professor, dos poemas da tradição oral do volume “Batata cozida, mingau de cará” que estão no endereço abaixo, da Coleção Literatura para Todos. É interessante que essa leitura seja feita para deleite e fruição. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=50050
Batata Cozida, Mingau de Cará. Fonte: www.resumodocenario.blogspot.com
2) Com a leitura dos poemas da tradição oral, o professor poderá pedir que os alunos relatem se conhecem outros textos da tradição oral, como parlendas, trava-línguas, cantigas, trovinhas, causos, entre outros. Caso conheçam, solicitar que o alfabetizandos recitem ou relatem esses textos.
3) O professor propõe que os textos citados pelos alunos na atividade anterior sejam escritos em cartazes para que possam ser afixados na sala para conhecimento geral.
4) O professor solicita que os alunos discutam a questão: o que é tradição oral?
OBS: É importante conversar com os alunos sobre as diferentes versões de um mesmo texto da tradição oral, como por exemplo, as duas versões da parlenda:
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU, MORREU
DE MENOS EU
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU, MORREU
O AZAR FOI SEU
2ª atividade:
1) A turma será dividida em grupos e cada um receberá um dos poemas do livro “Batata cozida, mingau de cará”. Esses poemas serão impressos de forma desordenada porque a tarefa do grupo é recortar cada uma das partes para montá-lo de forma coerente.
OBS: Nesse momento recomenda-se que os alunos não tenham acesso ao texto ordenado corretamente, por que o objetivo dessa atividade envolve o uso da memória.
2) O professor propõe a socialização das montagens dos textos e, fazendo os comentários e as intervenções necessárias, vai orientando os alunos para a construção da coerência textual.
3ª atividade:
1) Com a turma ainda em grupos, o professor solicita que cada um escolha, dentre os textos escritos nos cartazes na primeira atividade dessa aula, um que deverá ser memorizado por todos do grupo. A proposta de memorização desses poemas é bastante pertinente, já que se trata de textos que se mantiveram vivos até os dias de hoje por terem sido repassados de geração a geração, oralmente, com o apoio na memória.
2) A tarefa dos componentes do grupo é a de falar o texto memorizado para alguém mais novo do que ele e observar a reação de quem ouviu.
3) O professor propõe que a turma apresente e discuta as reações das pessoas que ouviram o texto e as intervenções que os alunos fizeram diante dessas reações.
OBS: É importante o professor incentivar seus alunos a continuarem com essa atividade com o objetivo de que mais pessoas possam conhecer esses textos.
4ª atividade:
1) O professor propõe um trabalho para a exploração das rimas e das repetições sonoras presentes nos textos da tradição oral. Para isso, sugere-se que o professor utilize-se de alguns poemas presentes no livro acessado na primeira atividade dessa aula. O texto abaixo será reproduzido no quadro:
“Batata cozida, mingau de cará
Moça bonita que vem do Pará
Parem de cantar, parem de pular
Abram a roda que ela vai passar.”
2) O professor solicita a leitura do texto e propõe que os alunos falem e circulem as palavras que rimam com CARÁ. Posteriormente, o professor poderá pedir que os alunos escrevam em seus cadernos outras palavras que rimam com a palavra cará. É importante socializar sempre as atividades realizadas pelos alunos.
3) O professor retoma o texto do item dois e solicita que os alunos reescrevam os versos criando outras palavras que rimam dentro dos poemas, como por exemplo:
“Batata cozida, mingau de cará
Moça bonita que vem do Pará
Parem de cantar, parem de dançar
Abram a roda que ela vai balançar.”
4) O professor combina com a turma a apresentação dos versos produzidos e sugere que esses versos sejam também recitados para outras pessoas, como por exemplo, os familiares.
5) O professor encerra a aula propondo que os alunos escolham o texto que mais gostaram dentre todos os que foram lidos ou recitados em sala. Nesse momento, o professor, como elemento do grupo, deverá dar a sua opinião.
Coleção Literatura para todos
A realização do Concurso Literatura para Todos é uma das estratégias da Política de Leitura do Ministério da Educação, que procura democratizar o acesso à leitura, constituir um acervo bibliográfico literário específico para jovens, adultos e idosos recém alfabetizados e criar uma comunidade de leitores. Esse novo público é chamado de neoleitores. O MEC publica e distribui as obras vencedoras às entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, às escolas públicas que oferecem a modalidade EJA, às universidades da Rede de Formação de Alfabetização de Jovens e Adultos, aos núcleos de EJA das instituições de ensino superior e às unidades prisionais. Em 2009, em sua terceira edição, os candidatos concorrem nas categorias prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto de tradição oral (em prosa ou em verso), perfil biográfico e dramaturgia. Serão selecionadas duas obras das categorias: prosa, poesia e textos da tradição oral e apenas uma obra das categorias: perfil biográfico e dramaturgia. Também será selecionada uma obra de qualquer uma das modalidades do concurso de autor natural dos países africanos de língua oficial portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Os vencedores recebem prêmios no valor de R$ 10 mil. Em 2008, 729 foram inscritas. Desse total, 129 obras foram desclassificadas por não atenderem às exigências do edital. Concorreram ao prêmio 608 obras inscritas , sendo 301 textos em prosa (contos, novelas, crônicas), 14 biografias, 30 textos de tradição oral, 246 poesias e 17 obras de países africanos. A inscrição para o concurso este ano será feita por meio do encaminhamento das obras literárias para : 3° Concurso Literatura para Todos, Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios , Bloco L , Sala 715 ,CEP 70047–900, Brasília /DF. O prazo vai até dia 25 de agosto de 2009. Os concorrentes naturais e residentes em países africanos de língua oficial portuguesa devem fazer a inscrição mediante o envio das obras literárias para as embaixadas do Brasil nos respectivos países.
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12313&Itemid=628
A avaliação é processual e contínua, devendo ser realizada oral e coletivamente, enfocando a dinâmica do grupo, identificando avanços e dificuldades. O desempenho dos alunos durante a aula, a realização das tarefas propostas, as observações e intervenções do professor, a auto-avaliação do professor e do aluno serão elementos essenciais para verificar se as competências previstas para a aula foram ou não desenvolvidas pelos alunos. A Coleção Literatura para todos é uma interessante iniciativa do governo federal em promover a democratização da leitura. As obras foram compostas pensando no público da EJA e assim, o trabalho com os diferentes gêneros que compõe essa obra é fundamental para a formação leitora de jovens e adultos.Nesta aula o professor, deverá avaliar, sobretudo, a capacidade dos alunos de identificarem rimas e repetições sonoras nos textos da Tradição oral e a importância desses recursos para esses gêneros textuais.
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