Conhecer e experimentar os passos e ritmos básicos das danças: Rancheira de Carreirinha, Pezinho e Chula, típicas da região sul do Brasil. Descobrir, por meio das danças, novas formas de conhecer e reconhecer os limites e possibilidades do seu corpo.

Coordenar diferentes movimentos com os braços e com as pernas.

Experimentar e compartilhar com seus colegas os movimentos, a música e os ritmos presentes nas danças gaúchas.

Não é necessário nenhum conhecimento prévio para que o aluno possa desenvolver a aula.

Atividade 1: Conhecendo a Tradição Gaúcha nas Danças.

Duração: aproximadamente 25 minutos.

Recursos: Documentário “Danças Brasileiras – Danças Gaúchas – TV Futura”

http://www.youtube.com/watch?v=zk6hwgyc34s&feature=related (Acessado em 11/05/2010)  

http://www.youtube.com/watch?v=wQ-5Dz_JQ5I&feature=related (Acessado em 11/05/2010)  

http://www.youtube.com/watch?v=Ay6DifsLcR8&feature=related (Acessado em 11/05/2010)    

Descrição: Como proposta inicial, o(a) professor(a) exibirá o documentário acima sugerido, que contextualiza a temática da aula, trazendo no seu conteúdo importantes informações referentes às danças gaúchas. Nesta atividade, destaque as características das danças e se necessário faça pausas durante sua exibição. Algumas delas serão trabalhadas na aula.

Atividade 2: Dançando a Rancheira de Carreirinha

Recursos: Música Rancheira de Carreirinha

Duração: aproximadamente 25 minutos

Descrição: Nesta atividade, contextualize a dança Rancheira de Carreirinha, apontando para os alunos suas principais características. Para nortear sua fala utilize o texto abaixo:

“A rancheira é uma versão da mazurca argentina e uruguaia. No Rio Grande do Sul, segundo Paixão Cortes e Babosa Lessa, a divulgação deste ritmo se deu em maior escala com o aparecimento do rádio, sendo uma versão regional da mazurca polonesa. Sua coreografia é executada de três maneiras: primeiro como uma espécie de valsa, típica da fronteira; depois, à maneira serrana, a rancheira sendo dançada com maior vitalidade, com forte marcação na primeira batida; finalmente, ela é dançada no litoral, onde sua forma mais usada é a marchadinha, ou seja, com passos duplos de terol (segundo Paixão Cortes e Barbosa Lessa são passos duplos de marcha), onde o homem empurra e puxa a mulher e onde o par se segura nos cotovelos, como a Chimarrita Balão (dança do folclore gaúcho).”

Fonte: http://www.sougaucho.com.br/dancamusica/dancas.htm (Acessado em 11/05/2010)    

Em seguida, faça uma roda com os(as) alunos(as), coloque a música “Rancheira de Carreirinha” e proponha alguns passos básicos da dança. Como a dança da rancheira tem muita semelhança com a valsa, a execução dos seus passos é bem simples. Procure ensinar passos onde a marcação do sapateado fique bem evidente, uma das características das danças gaúchas. Após a aprendizagem dos primeiros passos básicos, proponha a formação de duplas e ensine alguns deslocamentos ao som da rancheira de carreirinha.

Para a visualização de alguns passos da dança o(a) professor(a) poderá utilizar o vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Ant__4nIptk (Acessado em 11/05/2010).    

Música e Letras: Rancheira de Carreirinha

http://letras.terra.com.br/barbosa-lessa/960119/ (Acessado em 11/05/2010).  

http://www.lendorelendogabi.com/musica/musicas-gauchas-1.htm (Acessado em 11/05/2010).

Professor(a), o nível de exigência da execução dos passos da dança deverá ser proposto de acordo com as experiências de movimentos dos(as) alunos(as). Todavia, a dança não apresenta passos difíceis de serem executados, possibilitando que todos executem os movimentos básicos. Nesse caso, você poderá aumentar o nível de dificuldade no decorrer da proposta.

Atividade 3: Dançando o Pezinho 

Recursos: Música Balaio

Duração: aproximadamente 25 minutos

Descrição: Nesta atividade, contextualize a dança do pezinho, apontando para os(as) alunos(as) suas principais características. Para nortear sua fala utilize o texto abaixo:

“O ‘Pézinho’ constitui uma das mais simples e ao mesmo tempo uma das mais belas danças gaúchas. Como dança e como elemento de festas, foi e é ainda muito popular em Portugal e nos Açores, veio a gozar de intensa popularidade no litoral dos estados brasileiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.”

Fonte: http://www.sougaucho.com.br/dancamusica/dancas.htm (Acessado em 11/05/2010)    

Em seguida, proponha a formação de duplas e ensine alguns passos e deslocamentos ao som da música do pezinho. Para a visualização de alguns passos da dança o(a) professor(a) poderá utilizar os vídeos abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=Jj_9jWqPvoA&feature=related (Acessado em 11/05/2010).  

http://www.youtube.com/watch?v=QowEhECvq34 (Acessado em 11/05/2010).    

Música e Letras:

http://www.lendorelendogabi.com/musica/musicas-gauchas-1.htm (Acessado em 11/05/2010).   

Professor(a), o nível de exigência da execução dos passos da dança deverá ser proposto de acordo com as experiências de movimentos dos(as) alunos(as). Todavia, a dança não apresenta passos difíceis de serem executados, possibilitando que todos executem os movimentos básicos. Nesse caso, você poderá aumentar o nível de dificuldade no decorrer da proposta.

Atividade 4: Dançando a Chula

Recursos: Música, Vídeo e cabo de vassoura

Duração: aproximadamente 25 minutos

Descrição: Nesta atividade, contextualize a dança da chula, apontando para os(as) alunos(as) suas principais características. Para nortear sua fala utilize o texto abaixo:

“Chula Dança muito difundida em Portugal e também dançada pelos Açorianos. A Chula caracteriza-se pela agilidade do sapateio do peão ou diversos peões, em disputas, sapateando sobre uma lança estendida no salão. A chula era dançada apenas por homens e sempre em desafio. Citada como espécie de jogo típico dos gaúchos por Nicolau Dreys em seu livro ‘A notícia descritiva da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul’ é, provavelmente, originária do Minho e do Douro, do folclore português, embora alguns estudiosos relacionem-na com o Lundú ou o Baião, com relação à música. A chula tradicional era dançada da seguinte forma: Dois dançarinos ficavam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Um dos oponentes executava uma seqüência de difíceis passos coreográficos indo até a extremidade oposta da lança e retornando ao seu lugar de origem. Ao segundo oponente cabia, então, repetir o passo do primeiro e fazer um mais difícil, ao que o seu oponente deveria proceder da mesma forma. Perdia a disputa aquele que saísse do ritmo, errasse o passo, perdesse o ritmo ou chutasse a lança. Ultimamente suas regras foram modificadas, adaptando a chula aos campeonatos regionais, os rodeios, mas a idéia de criatividade e difícil execução dos passos como objetivo da disputa foi mantida, o que a tem tornado o concurso individual mais procurado do meio tradicionalista.”

Fonte: http://www.vivernocampo.com.br/tradicoes/musica2.htm (Acessado em 11/05/2010).    

Para facilitar a visualização da dança, o(a) professor(a) poderá utilizar os vídeos abaixo na atividade 1:

http://www.youtube.com/watch?v=s0mEpdNA_V4 (Acessado em 11/05/2010).   

http://www.youtube.com/watch?v=WVdooD9NYaI&feature=related (Acessado em 11/05/2010).    

Em seguida, se possível, demonstre alguns passos da chula. Posteriormente, divida a turma em duplas. Cada dupla utilizará um cabo de vassoura. O companheiro de cada dupla irá desafiar o colega numa disputa de sapateados sem encostar no cabo de vassoura (Lança). Caso seja inviável a utilização do cabo de vassoura pode-se fazer um risco no chão com giz, demarcando como se fosse uma “lança”.

Obs. A visualização dos vídeos sugeridos para esta atividade facilita a compreensão da dança e, principalmente, dos passos. Todavia, não é regra sua exibição na atividade, já que no documentário da atividade 1 a dança da Chula se faz presente, bastando o(a) professor(a) destacá-la com mais ênfase.    

Professor(a), o nível de exigência da execução dos passos da dança deverá ser proposto de acordo com as experiências de movimentos dos(as) alunos(as). Todavia, a dança não apresenta passos difíceis de serem executados, possibilitando que todos executem os movimentos básicos. Nesse caso, você poderá aumentar o nível de dificuldade no decorrer da proposta.

Possibilidades de Ampliação:

Quanto ao Espaço: A aula poderá ser executada em qualquer espaço, no entanto faz-se mais interessante se realizada numa sala onde o piso seja de madeira, para destacar mais os sapateados. Uma outra possibilidade é a visita à algum Centro de Tradições Gaúchas (CTG), muito presente em diversas cidades do Brasil.

Quanto ao Corpo do Colega: Criar movimentos de mãos dadas. Montar pequenos grupos para compartilharem as aprendizagens dos movimentos de sapateados e deslocamentos. Na atividade 4, os(as) alunos(as) podem montar grupos com 4 componentes e criarem desafios de duplas, sapateando de mão dadas.

Quanto ao Material: Realizar filmagens das danças e utilizá-las em aulas posteriores. A aula poderá ser parte integrante de um possível projeto da Festa Junina na escola, que tematiza a cultura do sul do Brasil. Convidar alguns grupos folclóricos para se apresentarem na escola.

O site abaixo traz algumas curiosidades da cultura gaúcha, podendo subsidiar as atividades propostas na aula.

http://www.dancasgauchas.com.br/ (Acessado em 11/05/2010) .

Professor(a), no momento das atividades, faça as seguintes indagações: Os(As) alunos(as) estão envolvidos com o tema? Como destacam os movimentos e o ritmo das danças propostas? Os alunos se interagem? Eles estão interessados, fazendo perguntas e colocando questões? Estão (re)criando os movimentos das danças? Estão ensinando uns aos outros? Estão envolvidos? Conhecem as danças propostas? Já vivenciaram em outros momentos? Relatam o que aprenderam? dentre outras.

Ao final da aula, o(a) professor(a) realizará uma roda com os(as) alunos(as) e poderá discutir como foi sua proposta. Pergunte: O que aprenderam? Como foi realizar aprender os movimentos? Como foi conhecer os limites do seu corpo e do corpo do colega nos movimentos da dança? Peça sugestões para a aula posterior.