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Sobre o gênero discursivo - editorial

 

13/10/2010

Autor e Coautor(es)
LAZUITA GORETTI DE OLIVEIRA
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

ELiana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • conhecer e identificar características estruturais do gênero discursivo editorial: tese, argumentos e conclusão;
  • ler e analisar um editorial;
  • conhecer recursos linguísticos responsáveis pela construção de estratégias argumentativas;
  • produzir um editorial focalizando um assunto polêmico.
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Estrutura básica do texto dissertativo-argumentativo.
Estratégias e recursos da aula
  • utilização do laboratório de informática e sala de vídeo;
  • utilização de editoriais e charges veiculadas na internet;
  • atividades realizadas em grupo ou duplas de alunos.

Aula 01 (50 minutos)

Em nosso cotidiano, a todo momento estamos emitindo opiniões, defendendo ideias. Opinamos em casa, na escola, no trabalho, na rua. Opinar, argumentar, persuadir o outro ou ser persuadido faz parte da vida, é também uma forma de construir a cidadania e participar mais criticamente da vida em sociedade.

Os discursos argumentativos, persuasivos podem se organizar em diferentes gêneros, nas mais variadas linguagens. Nesta aula, vamos estudar um desses gêneros: o editorial.

O editorial é um gênero textual utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo informar, mas sem obrigação de apresentar objetividade e imparcialidade. Geralmente há nos grandes jornais/revistas uma seção chamada Editorial na mídia impressa.

Atividade

A. O professor deverá levar os alunos ao laboratório de informática para, em duplas, pesquisarem  sobre o gênero discursivo – editorial.  Para esta pesquisa, os alunos deverão seguir  o seguinte roteiro:

1.  Editorial: conceito; características funcionais e composicionais.

2. Linha editorial: conceito; características e função.

3. Charges editoriais.  

Disponíveis em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Editorial 

http://www.brasilescola.com/redacao/o-editorial.htm 

B. Após a pesquisa, o professor deverá exibir para os alunos o vídeo " Editorial de Moda: Como fazer?"

Disponível em:

http://www.portaisdamoda.com.br/noticiaInt~id~18118~n~editorial+de+moda%3A+como+fazer.htm    

Disponível em:

http://images.teamsugar.com/files/upl1/0/3987/19_2008/sjp080512_1_560.preview.jpg 

Atividade 2

Editoriais de moda em revistas

http://www.youtube.com/watch?v=Qj7fnUUT29k  

Aula 02 (50 minutos) 

Atividade

I - O professor deverá reproduzir (xerocar) para os alunos o editorial do jornal BRASILTURIS Jornal – informativo da indústria turística brasileira. Após a leitura do texto, os alunos, em dupla, deverão responder às questões propostas.

Alpen Park em Canela (RS) lança PROGRAMA educativo

Publicado em 06/06/2010

Uma maneira divertida de aprender é a proposta do Alpenciência, projeto educativo desenvolvido pelo Alpen Park, de Canela (RS). “Imagine-se aprendendo sobre matemática e física dentro de um trenó descendo por uma trilha de 630 metros, fazendo tirolesa ou a quatro metros de altura em um bungee trampolim. Basicamente, a ideia é essa”, explica o proprietário do Alpen Park, Renato Fensterseifer.

O projeto consiste num programa multidisciplinar em que estudantes de educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio poderão experimentar na prática as teorias que aprendem em sala de aula.

Para receber os alunos e orientá-los corretamente, os monitores do parque receberam treinamento ministrado pelo professor Antônio de Pádua Duarte Teixeira, pós-graduado em Docência do Ensino Superior. Consultor técnico das revistas Galileu, Superinteressante, Revista do Educador, Rede Record, TV Cultura, e das rádios Globo, América e CBN, Pádua também desenvolveu o conteúdo de apostilas que combinam as atrações do centro de lazer com as disciplinas; são materiais que poderão ser utilizados por alunos e professores.

O programa Alpenciência será aplicado para escolas de todo o Estado, públicas ou privadas, cabendo às instituições de ensino definir se a visita contará como dia letivo. Serão aceitos grupos com, no mínimo, vinte estudantes, com programação de três horas, de manhã ou de tarde.

Disponível em:

http://www.brasilturis.com.br/diretodaredacao_materia.neo?Materia=13642 

O professor deverá solicitar dos alunos que, depois de lido o texto, respondam  às seguintes questões: (Entregar xerox das questões aos alunos)

1. Editorial é um gênero textual cuja intenção é apresentar e defender a opinião ou a posição de determinado veículo de comunicação diante de um fato ou de uma ideia. Transcreva do texto lido trechos em que se percebe essa intenção.

2. Que tipo de argumento é usado pelo editorial para defender a sua posição sobre o projeto educativo desenvolvido pelo Alpen Park, de Canela (RS)?

3. Um editorial é um gênero textual que se organiza como um discurso argumentativo/persuasivo. Portanto, deve apresentar os elementos característicos desse tipo de discurso, quais sejam:

a. Introdução/ancoragem – forma de apresentar ao leitor o assunto a ser tratado no texto. De maneira geral, pode ser feita a partir de:

(i) um saber partilhado ou de conhecimento que seja consenso entre as pessoas;

(ii) informações, dados numéricos, estatísticas;

(iii) uma citação de alguém que tenha credibilidade, como a fala de um especialista no assunto que vai ser tratado; ou uma pergunta, um questionamento ou problema.

b. Tese – posição a ser defendida sobre um determinado assunto ou fato.

c. Desenvolvimento - contendo os argumentos que são os recursos e procedimentos que o autor utiliza para fundamentar ou sustentar a tese apresentada. Há  vários procedimentos que podem ser apresentados como formas de argumentos, tais como:

(i) apresentar fatos, dados informativos ou científicos, dar exemplos, etc.;

(ii)  justificar com ideias que sejam de consenso geral, que não precisam ser demonstradas;

(iii) citar pessoas que sejam autoridade no assunto tratado;

(iv) fazer comparações;

(v) apresentar contra-argumentos para demonstrar o domínio sobre o assunto.

c. Conclusão – a síntese feita com base em tudo o que foi exposto na argumentação.

Explicite as partes composicionais do editorial lido, conforme a estrutura apresentada.

Aula 3 (50 minutos)

Atividade

1. O professor deverá reproduzir (xerocar) para os alunos os editoriais 1, 2, 3 e 4, apresentados na sequência. A seguir, deverá dividir a turma em quatro grupos. Cada grupo ficará responsável por analisar um dos textos, conforme orientação abaixo:

- Cada grupo deverá analisar o texto indicado pelo professor, reproduzindo o  esquema da estrutura composicional do gênero editorial, fazendo uma síntese de cada uma das partes: introdução/ancoragem, tese, argumentação e conclusão.

2. Realizada a análise, cada grupo deverá transpor o esquema feito para um cartaz para expô-lo à classe. Se a escola tiver condições, fornecer cartolinas ou qualquer outro tipo de papel para os alunos fazerem a atividade.

Texto 1:

Disponível em:

http://www.partes.com.br/ 

Partes – a sua revista Virtual

Seja parte

Iniciar um projeto editorial é um trabalho árduo e penoso, mas com muita vontade e garra iniciamos o processo de edição de uma revista virtual. Partes vem para o debate franco entre seus leitores, amigos e colaboradores, para a troca de ideias em busca de uma reflexão saudável para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Queremos Partes como um canal sempre aberto para a participação e a colaboração de suas mensagens. Somos Partes de um todo que necessita de democracia, diálogo, transparência, acesso à comunicação e à informação.

Estamos vivendo uma nova fase no desenvolvimento da internet no país, todos, de qualquer idade e nível social, estão descobrindo a rapidez e o dinamismo dessa nova era.  Não podemos ficar para trás, quem tem ideias, projetos, conteúdo, não pode ficar sem participar deste meio de comunicação.

Partes quer ajudar a pensar, ser o elo, de muitos leitores que podem contribuir com uma reflexão saudável sobre nosso cotidiano. No artigo de Paulo de Abreu Lima há a pergunta: Para onde vamos com as nossas relações mesquinhas no cotidiano?  Muitos poderão perguntar: Quem somos?, mas, como diz o educador Paulo Berardi, ao sugerir um nome para a nossa revista: somos "Genom", pois lembra gênio, genoma, gen, enfim e afinal: PARTES.

Sim, entre, junte-se a nós, participe e seja uma parte.

Mande sua Opinião

O Editor

Disponível em:

http://www.partes.com.br/editorial_01.html 

Texto 2:

Disponível em:

http://www.netpropaganda.com.br/img/materia/texto/712.jpg

Moda canarinho      

Confira os itens de moda que farão a cabeça feminina durante o evento futebolístico mais aclamado do planeta

Por Camila Ribeiro  

É fato que a maioria das mulheres não ficam lá muito animadas quando o assunto é futebol. Mas de quatro em quatro anos, período em que acontece a Copa do Mundo, o entusiasmo toma conta das amantes e também das leigas da bola.

Tudo ganha mais cor e o verde e amarelo chegam dominando as ruas. Com os itens de moda e beleza não é diferente: esmaltes, joias, vestimentas e calçados entram na onda do evento.

Nesta época é interessante casar todas as cores da bandeira com peças diferentes - calça, cinto, blusa, lenços - só tomando cuidado para que o look não fique muito infantil. "Expressar toda esta alegria por meio das roupas é superinteressante. É importante fazer combinações das cores do Brasil com peças jeans e itens em azul e branco, tons neutros que combinam com as demais nuances", explica a consultora de moda Bia Kawasaki.

Uma dica é aliar peças simples como uma regata ou camisa branca com uma outra que faça papel de sobreposição, de preferência as com cores vistosas, como verde ou amarela.

Além disso, as mulheres podem usar e abusar dos lenços e fazer diversas amarrações na cintura e no pescoço. Na cabeça, podem ser envolvidos em um chapéu ou então usados como turbantes e tiara. [...]

Disponível em:

http://guiadasemana.com.br/Sao_Paulo/Mulher/Noticia/Moda_Canarinho.aspx?id=63694 

Texto 3:

Editorial da Folha de São Paulo

São Paulo, 4 de fevereiro de 2009

Ensino superior e distante

Dados do Censo da Educação Superior de 2007 sugerem que o sistema de ensino de terceiro grau pode estar perto de alcançar um ponto de equilíbrio. Após vários anos em que a taxa de criação de novas instituições superiores beirava os 10% anuais, entre 2006 e 2007 ela foi de mero 0,5%, passando de 2.270 para 2.281 entidades.

Saturação do mercado, porém, não significa que as necessidades do país estejam atendidas. Se o número de matrículas aumentou 8% no período, o de formandos cresceu em ritmo mais lento (3%). Diminui a proporção entre alunos ingressantes e concluintes, que era de 46% em 2006 e passou para 44% em 2007.

Mais preocupante é a queda no número de diplomados em cursos de formação de professores para o ensino básico. Em 2007, formaram-se 70.507 docentes, 4,5% menos que em 2006. Algumas das maiores reduções envolvem profissionais para ensinar disciplinas obrigatórias, como Letras (-10%), Geografia (-9%) e Química (-7%).

Isso num país em que ao menos 300 mil professores carecem de qualificação apropriada para as aulas que ministram. Eis aí uma das principais deficiências da educação nacional. Ela só será sanada com o aprofundamento de uma política de revalorização da profissão, que começa por uma recomposição salarial, mas não poderia esgotar-se nela.

Dada a urgência de preparar mais e melhores professores, há que lançar mão de todos os meios - como o ensino a distância, que permite levar a qualificação aonde ela é mais necessária. A boa nova do censo é que essa modalidade conta já com 370 mil matriculados (7% do total), contra 207 mil no ano anterior.

Falta agora criar as condições e os requisitos de qualidade para que esse potencial seja mobilizado na capacitação dos docentes de que o Brasil precisa. Caso contrário, resultará apenas em mais um canal de saturação.

Disponível em:

http://www.uab.ufscar.br/editorial-da-folha-de-sao-paulo 

Texto 4:

Disponível em:

http://dapatativadoassare.files.wordpress.com/2008/02/16-vi.jpg

Trote na USP - Folha de S. Paulo, Editorial

A revelação de um novo caso de trote violento na USP (Universidade de São Paulo) é preocupante. É o primeiro caso de abuso a vir a público desde a morte do calouro Edison Tsung Chi Hsueh, encontrado morto em uma piscina do clube dos alunos da Faculdade de Medicina da USP em fevereiro de 1999.

Desta vez, calouros de medicina veterinária teriam sido obrigados, no campus da USP em Pirassununga, a tomar banho com um líquido retirado do estômago do gado, a mastigar e engolir grama, a andar só com roupas íntimas e a rolar em lama misturada com estrume. Os veteranos, talvez inspirados na Ku Klux Klan, estavam encapuzados e carregavam tochas. Como de hábito, estudantes recomendaram aos calouros que não dessem entrevistas sobre o episódio.

Resta aguardar o encaminhamento que a USP dará à denúncia. Até hoje, ninguém foi punido pela tragédia de 1999. Na época, constrangida pela repercussão negativa, a universidade decidiu proibir o trote por meio de uma portaria que previa a suspensão e a expulsão dos alunos, medida adotada também pela Unicamp e pela Unesp. A seguir, a Assembléia Legislativa aprovou uma lei punindo o trote agressivo nas universidades, sancionada em 6 de janeiro de 2000.

Alguns dias depois, porém, a comissão processante criada pela USP para investigar a morte não apontou nenhum culpado, sob alegação de que os acusados, embora tivessem exibido comportamentos reprováveis, apenas seguiram a conduta prevalecente entre os estudantes. O resultado da sindicância levantou o temor de que tanto as portarias baixadas pelas universidades como a lei contra o trote estavam provavelmente destinadas a virar letra morta.

É o que se poderá comprovar agora. O prefeito do campus de Pirassununga, Marcus Antônio Zanetti, afirmou que há elementos suficientes para comprovar a ocorrência do trote agressivo. A universidade tem instrumentos legais para punir os responsáveis pela violência. Só falta saber se a USP vai tomar uma providência ou, mais uma vez, engavetar o caso.

Fonte: Folha de S. Paulo – Editorial

Disponível em:

http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=4326 

Aula  04 (50 minutos) 

Atividade de produção de texto

As charges estão presentes em todos os principais jornais e revistas de informação geral que circulam no país. Os editoriais ganham leveza com o humor das charges, que também são textos opinativos, visto que o chargista imprime sua opinião em sua criação.

O professor deverá  reproduzir  a charge de Angeli para os alunos e  apresentar a eles a seguinte proposta de produção textual:

Produza um editorial para ser publicado no Jornalzinho da escola, posicionando-se  sobre a situação atual do ensino público no Brasil. Associe sua visão a respeito do assunto ao conteúdo veiculado na charge de Angeli, (xerocada para os alunos) a qual deverá ilustrar seu texto.

Disponível em:

http://www.panoramablogmario.blogger.com.br/angeli_balanco1.jpg

Os textos deverão ser entregues ao professor ao final da aula. Se algum aluno quiser ler seu texto na frente da turma, é uma boa estratégia para desinibição.

Recursos Complementares

Para ampliar o conhecimento dos alunos sobre o gênero estudado, o professor poderá exibir para eles o vídeo sobre editorial da Folha de São Paulo:

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=2Do1HAMyVAA 

Avaliação

A avaliação do desempenho dos alunos a respeito do gênero discursivo  editorial será feita de maneira coletiva por meio da realização das análises dos editoriais, e, individualmente, pela produção de um editorial  a partir de uma charge.

Opinião de quem acessou

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