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A conclusão em um texto dissertativo

 

29/06/2010

Autor e Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Reconhecer um texto dissertativo.
  • Reconhecer que a conclusão não é um simples parágrafo, mas o parágrafo que fecha o texto.
  • Conhecer o que já ensinava Pe. Vieira sobre a conclusão de um texto.
  • Analisar conclusões para avaliar se se adequam a introduções apresentadas.
  • Conhecer conclusões ingênuas ou incoerentes.
  • Concluir que nem todo último parágrafo leva à conclusão.
  • Exercitar a elaboração de conclusões interessantes.   
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Características de um texto dissertativo;      
  • Estrutura de um texto dissertativo.
Estratégias e recursos da aula
  • Uso da internet;
  • trabalho em grupo.

Aula 1

Atividade1

Para motivar os alunos, a professora iniciará a aula fazendo perguntas aos alunos sobre o que pensam de uma história que alguém lhes conta, mas omite o final ou o faz de maneira contraditória ou sem nexo. E sobre um texto que leem, mas que também não tem conclusão?

Após uma breve discussão, o professor deverá levar os alunos à sala de informática para lerem sobre conclusão.  

http://www.brasilescola.com/redacao/dissertacao.htm 

http://blogdaprofsagave.blogspot.com/2009/11/conclusao-na-dissertacao.html  

O texto deverá ser lido, em voz alta, por um aluno. O professor o discutirá com a turma e acrescentará que, Padre Antônio Vieira, um mestre da persuasão, já ensinava, há mais de 300 anos, que “o sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria”. É a regra da unidade do discurso persuasivo. Sua palavra produziu muito fruto, visto que sua obra se mantém como pensamento válido. Aconselhava em relação ao texto: 1. Definir a matéria.2. Reparti-la.3. Confirmá-la com a Escritura.4. Confirmá-la com a razão.5. Amplificá-la, dando exemplos e respondendo às objeções, aos "argumentos contrários". 6. Tirar uma conclusão e persuadir, exortar. 

Destas discussões os alunos deverão concluir que:         

Os textos orais e escritos precisam ter conclusão.

A conclusão necessita ser coerente com o texto.

E que não deve ter elementos que não foram explorados pelo texto.

Atividade 2

O professor proporá que, em dupla, façam a análise das redações disponibilizdas nos sites abaixo para saberem se o tema explorado no desenvolvimento foi apresentado na introdução e finalizado de forma correta na conclusão. Espera-se que, analisando textos alheios, se tornem mais capazes de olhar para seus próprios textos.Proporá também que atribuam um conceito a cada texto como: Ótimo - Muito bom - Bom - Insatisfatório, segundo critérios estabelecidos abaixo.

 a- O aluno foi fiel à proposta expressa no título?

b- O texto é composto pelas três partes que compõem um texto dissertativo?

c- Na introdução há clareza do que será exposto?

d- No desenvolvimento os argumentos foram fortes e satisfatórios?

e- A conclusão retomou a introdução sem acrescentar elementos novos?

Se como respostas você marcou 5 vezes o sim, conceito O. Para três vezes MB. Para 2 vezes B 1 vez, insatisfatório.

Pedir aos alunos que acessem o site abaixo e leiam o texto que se encontra no final da página.

Texto 1 Título: A posição social da mulher de hoje

Disponível em:

http://www.graudez.com.br/redacao/ch05.html  

Texto 2  Título: Livros desprezados  

Texto 3  Título: Autodestruição  

Texto 4 Título: Quando o fim é progredir 

Disponíveis em:

http://www.colegioweb.com.br/portugues/exemplos-de-textos-dissertativos-de-alunos-    

Aula 2

Atividade 

O professor apresentará os textos abaixo e pedirá que as mesmas duplas da aula anterior escrevam uma conclusão para os textos.

Texto 1 

O analfabetismo e a não-cidadania   

O analfabetismo é o desconhecimento do alfabeto, é a incapacidade de ler e/ou escrever. É um dos grandes problemas da maioria dos países, principalmente os subdesenvolvidos, que sofrem bastante com altos índices de pessoas que não têm acesso a bens culturais.Entre as causas do analfabetismo pode-se destacar o desinteresse da classe política e entre as conseqüências a desestrutura da sociedade.

Os políticos corruptos, infelizmente numerosos, aproveitam-se da situação de analfabetismo da população que não exige punições contra eles, por não saberem se posicionar e lutar contra as atitudes que estão fora da lei. Para a classe política, nunca foi prioridade investir em educação. Somente 5,8% do PIB do Brasil, por exemplo, é aplicado em educação, enquanto países desenvolvidos investem 15% do seu PIB.

Assim, porque o acesso à escola é difícil, quando estudar deveria ser de grande importância, não o é. Só a educação abre melhores possibilidades de trabalho e de cidadania, uma vez que o conhecimento dá ao indivíduo as ferramentas para lutar pelos seus direitos e a compreensão da extensão de seus deveres. Além disso, dá-lhe oportunidades no meio cultural. Ser uma pessoa alfabetizada vai além de saber ler ou escrever, uma vez que favorece o desenvolvimento econômico e estrutural da sociedade.

Conclusão: .............................................................................................................................................................................................................................

(texto adaptado de http://www.grupoescolar.com/materia/o_analfabetismo.html)  

Texto 2 Expositivo

Quem são os analfabetos no Brasil?

O analfabetismo não é só o desconhecimento do alfabeto e a incapacidade de ler e/ou escrever. A compreensão desse estado vai além, destacam-se: o iletrismo, o analfabetismo funcional e o analfabetismo tecnológico.

O iletrismo é um tipo de analfabetismo muito comum na sociedade. É a falta de compreensão da leitura. Esse problema atinge todas as classes sociais. Lê-se, mas não há a decodificação da mensagem. No Brasil, esse problema é muito comum por causa do empobrecimento conjunto da população e dos sistemas educacionais.

Pode-se dizer que o analfabetismo funcional é um outro tipo de analfabetismo bem comum.  Constitui um problema silencioso e perverso que afeta as empresas. Não se trata de pessoas que nunca foram à escola. Elas sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, mas não conseguem compreender a palavra escrita. Mesmo tendo aprendido a decodificar a escrita, geralmente frases curtas, não desenvolvem a habilidade de interpretação de textos. Esse tipo é normalmente usado para ser um meio termo entre o analfabeto absoluto e o domínio pleno da leitura e escrita.

Já o analfabetismo tecnológico é um dos tipos mais recentes. Há lugares no Brasil em que 88% da população não possuem internet. Resolver esse tipo de analfabetismo é mais complexo, pois já basta o problema de milhões de pessoas não saberem ler nem escrever. Vários projetos governamentais tentam diminuir esse índice, mas vários fatores não contribuem, como os preços das redes de internet e/ou computador e muitos locais não possuírem acesso a energia piorou internet (como a Amazônia, ou o Sertão Nordestino)

Conclusão: .........................................................................................................................................................................................................................

(texto adaptado de http://www.grupoescolar.com/materia/o_analfabetismo.html)

Aula 3

Atividade 1

O professor entregará aos alunos textos em que os parágrafos aparecem fora de ordem para que eles possam numerar colocando-os na ordem lógica. 

Texo 1- O pão nosso

(  ) Seus sinais estão, por exemplo, no melhoramento das cidades em plena crise da administração federal, no basta à corrupção e no movimento pela ética na política, na emergência de movimentos em favor da mulher, da criança ou na ecologia, no anti-racismo. São antídotos contra a cultura autoritária que sempre ditou a receita do desastre social. Eles estão na confluência de duas tendências. Parte da elite não quer viver no apartheid sul-africano. E cada vez mais pobres querem sua cota de cidadania. Essa maré vai empurrando a democracia da sociedade para o Estado, de baixo para cima, dos movimentos sociais para os partidos e instituições políticas.

(  ) É nela que eu hoje acredito. E, por causa dela, encontro-me outra vez com a velha questão que me levou à militância política: o que fazer com a miséria? Aceitá-la a título provisório? não dá; aquilo que produz miséria simplesmente não pode ser aceito. A condenação ética da miséria passou a ser a luta contra a miséria para conquistar a democracia.

(  ) Pode haver revolta. Mas é improvável que o caminho da mudança no Brasil seja aberto com explosões sociais. A energia que pode ser usada agora para fazer um futuro diferente está aparentemente, em outras fontes de transformação. Porque há mudança no Brasil. Ela não corre, mas anda. Não corre, mas ocorre.

(  ) É preciso começar pela miséria. Essa é a energia da mudança que move a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, revelada na adesão de pessoas de todas as classes sociais, idades, tendências políticas e religiosas, parlamentares e prefeitos, empresas públicas e privadas , artistas e meios de comunicação e, sobretudo, na adesão de jovens à tarefa de recolher e distribuir alimento. Essa juventude está descobrindo o gosto de romper o círculo de giz da solidão e abrir o espaço fecundo da solidariedade. Esse mesmo gosto que há quarenta anos se reservava à militância.(Hebert de Souza in.Veja 25 anos Reflexões para o futuro)

Texo 2- O medo social      

 Estudioso dos efeitos que a violência urbana e a corrupção têm causado no imaginário do brasileiro, o psicanalista pernambucano alerta para as armadilhas do pânico, desmonta o mito de que "este país não presta" e aposta nos meios legais.

(  ) O crime é, assim, relativizado em seu valor de infração. Os criminosos agem com consciências felizes. Não se julgam fora da lei ou da moral, pois conduzem-se de acordo com o que estipulam ser o preceito correto. A imoralidade da cultura da violência consiste justamente na disseminação de sistemas morais particularizados e irredutíveis a ideais comuns, condição prévia para que qualquer atitude criminosa possa ser justificada e legítima.

(  ) No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada por um adolescente, que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto. Dias depois, a mesma senhora reconhece o assaltante na rua. Acelera o carro, atropela-o e mata-o, com a aprovação dos que presenciaram a cena. Verídica ou não, a história é exemplar. Ilustra o que é a cultura da violência, a sua nova feição no Brasil.

(  ) Ela segue regras próprias. Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e moral, a violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de respostas. Episódios truculentos e situações-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de caucionar a idéia de que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão de mundo que nos é transmitida. Cria a convicção tácita de que o crime e a brutalidade são inevitáveis. O problema, então, é entender como chegamos a esse ponto. Como e por que estamos nos familiarizando com a violência, tornado-a nosso cotidiano.

(  ) É preciso que a violência se torne corriqueira para que a lei deixe de ser concebida como o instrumento de escolha na aplicação da justiça. Sua proliferação indiscriminada mostra que as leis perderam o poder normativo e os meios legais de coerção, a força que deveriam ter. Nesse vácuo, indivíduos e grupos passam a arbitrar o que é justo ou injusto, segundo decisões privadas, dissociadas de princípios éticos válidos para todos.

(Jurandir Freire Costa In.Revista Veja 25 anos Reflexões para o futuro)

Atividade 2

Após o esclarecimento de dúvidas, se por acaso houver, o professor pedirá aos alunos que, individualmente produzam um texto tomando como texto motivador qualquer um dos textos trabalhados.

Recursos Complementares

http://www.brasilescola.com/redacao/como-fazer-uma-boa-dissertacao.htm

http://www.algosobre.com.br/redacao/dissertacao.html  

A leitura dos sites acima deve ser estimulada principalmente aos alunos que ainda não estão produzindo texto dissertativos com qualidade.

Avaliação

Além de observar o envolvimento dos alunos em todo o processo, a correção das atividades possibilitará ao professor que verifique  se os alunos assimilaram a estrutura do gênero.

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