03/07/2010
José Luiz Lacerda
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Médio | Educação Física | Dança: Valores culturais |
· Relacionar o balé clássico com a dança moderna e contemporânea;
· Reconhecer (atreves de pequenos vídeos) a plasticidade da dança moderna e contemporânea;
· Identificar as principais linguagens (pensadores) da dança moderna e contemporânea hoje;
· Reconstruir a dança moderna e contemporânea na e da escola.
Atividade 1
Dando continuidade aos estudos sobre o surgimento e efeitos da dança erudita, vamos falar sobre a dança moderna. (texto para orientação dos estudos do professor: http://www.infoescola.com/artes/danca-moderna/ 06/06/2010 ).
Como surgiu a dança moderna? (identificar e contextualizar o objeto de estudo da aula)
1. A iniciativa de alguns artistas em romper com a estética do balé clássico determina o surgimento de uma nova linguagem de dança – a “dança moderna”:
Obs.: a estética do balé clássico consiste em grandes e pequenos saltos, a condição de se manter equilibrado nas pontas dos pés, movimentos harmônicos e simétricos, posturas elegantes e com leveza, tendo como objeto de criação passos pré-estabelecidos (movimentos valem como códigos, dentro das aulas como também elementos ou movimentos para composição coreográfica).
2. Grandes pensadores – grandes homens e mulheres fizeram parte desse momento histórico para a dança, como: Émile Jaques – Dalcroze (professor de música e criador do método eurritmia), François Delsarte (também era músico), Rudolf Von Laban (estudioso do movimento – se dedicou a estudas estruturas do movimento como espaço, tempo, peso e fluência – também criou o octaedro possibilitando um estudo tridimensional dos movimentos da dança), Mary Wigman (bailarina alemã), Martha Graham (bailarina), Isadora Duncan (bailarina e pioneira da dança moderna), Pina Bausch (bailarina), Lester Horton (bailarimo) e Mercê Cunningham (bailarino).
Complemento desse subitem, conhecendo os nomes citados:
3. A dança moderna se preocupava com temas cotidianos, movimentos naturais ou orgânicos. E, também, os bailarinos dançavam sem a convencional sapatilha do balé – na maioria das vezes com os pés descalços.
4. A dança moderna ao contrário do balé buscava o chão, a realidade, a vida cotidiana e o ser humano.
5. A dança moderna acabou com o estereótipo atlético dos bailarinos, democratizando a dança (dança para todos). Esse fenômeno trousse, mais tarde bailarinos de todos os perfis e personalidades.
6. A partir da década de cinqüenta podemos perceber o surgimento de novos pensadores da dança, pupilos e alunos dos artistas citados anteriormente, compondo o novo quadro da dança moderna e também intitulada contemporânea, nesse momento.
7. Hoje alguns autores diferenciam a dança moderna da contemporânea, outros dizem ser uma o passado da outra e ainda há aqueles defendem a coexistência das duas.
Atividade 2:
Propor à prática de uma dinâmica, bem comum nos trabalhos de iniciação a dança moderna como trabalho de expressão e criação, objetivando a socialização, ludicidade e o diálogo entre os corpos dos alunos.
Os alunos irão se organizar em duplas para a seguinte dinâmica – “jogo do comando e resposta”:
Atividade 3:
Estudos dos pontos de orientação de Willin Forsythe. Esse bailarino seguindo estudos de pensadores modernos desenvolveu uma proposta de criação de movimentos para a dança contemporânea. Com base na teoria do espaço cúbico de Rudolf Laban, Willian Forsythe Propõem:
Forsythe escolheu como pontos corporais para orientação e criação de movimentos em dança os seguintes seguimentos corporais: as orelhas; os ombros; os cotovelos; os punhos; o quadril; os joelhos e os calcanhares.
Início do estudo prático proposto por Willin Forsythe:
Sensibilizar os pontos citados acima: colocar a turma em roda e com as próprias mãos, ao som de uma música tranqüila, os alunos tocarão nos pontos começando pelas orelhas ate chegar aos calcanhares. Repetir fazendo o caminho contrário.
Ex.: seguir com o toque das mãos sempre alternando lado direito e depois esquerdo do corpo a cantiga, orelha - orelha; ombro - ombro; cotovelo - cotovelo; punho - punho; quadril - quadril; joelho - joelho e calcanhar - calcanhar. Voltar tocando os pontos citados do calcanhar a orelha. Acelerar a velocidade dos toques nos pontos ate atingir o limite sem erro (serve também como aquecimento).
Seguindo a aula, propor que os alunos se dividam em grupos de quatro ou cinco colegas para:
1. Escolher uma palavra do dicionário brasileiro (seria interessante e prudente o professor acompanhar a escolha das palavras);
2. Cada aluno do grupo escolherá um dos pontos citados na introdução dessa atividade. Importante: os pontos não podem se repetir, cada colega escolherá um ponto diferente do restante do seu grupo;
3. Com os pontos determinados, cada aluno ficará responsável por desenhar, no espaço, de forma imaginária, uma letra que faça parte da palavra escolhida – como se estivesse desenhando no ar utilizando uma caneta fixada nos pontos corporais.
Ps.: Se a palavra for muito grande, os alunos ficão responsáveis por mais de uma letra, não deixando de escrever no espaço toda a palavra;
4. Para a execução dos movimentos, formando as letras, o grupo escolherá uma música e se movimentaram seguindo o seu pulso.
5. Cada grupo ira apresentar para o restante da turma a palavra que escolheu realizando para isso os movimentos na sequência correta;
6. O restante da turma tentará identificar a palavra escolhida pelo grupo.
Texto para orientação do professor:
A relação do balé com o surgimento da dança moderna e contemporânea, visualizada através de pequenos vídeos, identificando os principais personagens da historia dessa linguagem de dança e promovendo a possibilidade de criação, reflexão e reconstrução da dança na escola.
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