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Quem são as esponjas?

 

15/07/2010

Autor y Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos, Priscila Barbosa Peixoto e Maria Antonieta Gonzaga Silva

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Conhecer as características gerais do grupo dos poríferos.

Duração das atividades
2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão ser capazes de reconhecer o grupo dos animais, suas principais características, especialmente o grupo dos Invertebrados.

Estratégias e recursos da aula

Introdução: uma abordagem para o professor   

Filo Porifera – As Esponjas 

As esponjas constituem evolutivamente um dos primeiros filos do Reino Animalia. São animais sedentários, habitantes dos mares com algumas formas de água doce. No geral as esponjas têm o aspecto de um vaso; podem ser ramificadas, globulares ou de formas variadas. As esponjas têm um aspecto poroso (o corpo com muitas aberturas), daí o nome Porifera.

O esqueleto das esponjas é interno. As esponjas apresentam dois tipos de esqueletos: o esqueleto mineral (espículas calcáreas e silicosas) e o esqueleto orgânico (rede de fibras de espongina, uma escleroproteína). As esponjas possuem coloração verde, amarelo, laranja, vermelha, azul – geralmente usada como proteção à radiação solar - ou coloração de alerta.

Quando industrializadas para a produção de esponjas de banho, as esponjas perdem totalmente o seu esqueleto mineral, sobrando apenas as fibras de espongina.

As esponjas apresentam simetria radial ou podem ser assimétricas. Possuem dois folhetos germinativos e não apresentam órgãos diferenciados. As esponjas podem apresentar três estruturas básicas: Ascon, Sicon, e Leucon.

O tipo Áscon é a forma mais primitiva dos espongiários, tem forma tubular ou de um vaso fixo a um substrato. No centro existe uma cavidade chamada de átrio ou espongiocele.

O tipo Sícon, também tem um aspecto de um vaso fixo a um substrato. A parede do corpo aparece com uma série de dobras que formam os canais inalantes externos, que terminam num fundo cego; e os canais exalantes internos, que desembocam no átrio.

O tipo Leucon apresenta uma estrutura mais complexa que a dos dois anteriores. Neste tipo o átrio é reduzido e as paredes do corpo são bem desenvolvidas. Nestas esponjas ocorre uma série de canais que desembocam em câmaras vibráteis. Os canais que partem dos poros externos são denominados de canais inalantes e os canais que partem dos poros internos (do átrio) são os canais exalantes.

Nas câmaras vibráteis, os coanócitos vibram a água circundante com seus flagelos, capturando os alimentos que ali circulam. Os alimentos das esponjas são plânctons e partículas orgânicas, que circulam pelo átrio, pelos canais ou pelas câmaras vibráteis, conforme o tipo da esponja. A digestão é intracelular, realizada principalmente pelos amebócitos, os quais recebem o alimento capturado pelos coanócitos. Feita a digestão intracelular em cada amebócito, os excretas eliminados por estes, caem na corrente de água e são eliminados. A respiração nas esponjas é realizada por cada célula, não existindo um órgão respiratório.

Os poríferos possuem grande importância ecológica. Servem de alimento para muitas teias alimentares. Geralmente estão associados com recifes de corais, abrigando grande diversidade de organismos marinhos. Em algumas unidades de conservação estes organismos são protegidos por lei, como é o caso do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e Parque Nacional Marinho de Abrolhos, entre outras áreas naturais.

Adaptado de: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/os_poriferos.html (consultado em 14/06/10, às 09h10min). 

Estratégia   

Como os alunos poderão atingir os objetivos propostos:

Os alunos poderão atingir os objetivos propostos através de atividade prática, com discussões entre eles sobre as esponjas, bem como assistirão vídeos sobre os poríferos e lerão texto informativo.   

Como o professor irá ativar esse processo: 

O professor ativará este processo através de orientação de discussões entre os alunos, sondando seus conhecimentos prévios e instigando a investigação. Além disso, promoverá a apresentação de vídeos e texto sobre o assunto, esclarecendo as dúvidas que surgirem.   

Atividade prática: discutindo sobre o “Bob Esponja”            

Professor, num primeiro momento da aula, apresente para a turma um filme do “Bob Esponja”, como forma de sensibilização e sondagem de conhecimentos prévios dos alunos. O link abaixo apresenta uma parte do filme, caso não queira passar todo ele.   

http://www.youtube.com/watch?v=DAjAmvZ2mz4 (consultado em 14/06/10, às 10h04min).    

Após os alunos assistirem o filme, pergunte à turma se eles acham que o Bob Esponja é um animal. Sonde os motivos de suas respostas. É possível que os alunos digam que o Bob Esponja é animal, pois ele se movimenta, tem olhos, boca, fala, dentre outros aspectos. Escreva no quadro as características que os alunos citarem para classificar este personagem como animal.

Depois deste momento de sensibilização e discussão inicial, mostre para a turma uma esponja sintética e pergunte se eles acham que ela é um animal. Discuta com os alunos as características que eles usaram para afirmar que aquela esponja não é um animal ou um ser vivo. É possível que os alunos comentem que aquela esponja sintética não é ser vivo, pois é um objeto fabricado pelo homem, não cresce e não se reproduz. Discuta com eles estes aspectos, instigue-os a falarem suas experiências. Peça que anotem no caderno as observações que julgarem mais importantes.  

Peça aos alunos que listem no caderno tudo o que sabem sobre as esponjas, seus aspectos gerais e características mais importantes, suas impressões destes organismos. Se preferir, peça que os estudantes formulem um pequeno texto sobre este assunto, incentivando assim a produção deles. Esta produção dos alunos será importante ao final da aula, quando eles retomarão suas anotações e farão correções das mesmas, de acordo com o que aprenderam durante a aula. 

Ferramentas tecnológicas             

Após as discussões sobre o filme do Bob Esponja, apresente os vídeos abaixo para a turma, que mostram esponjas reais.   

Esponjas-circulação da água (vídeo em francês, mas que dá uma visão muito clara da circulação de água no corpo das esponjas) http://www.youtube.com/watch?v=FypFJ7_KwPU (consultado em 14/06/10, às 10h04min).   Neste vídeo, explique para os alunos que aquelas estruturas que estão vendo são as esponjas, animais que conseguem filtrar a água. Comente com eles que os mergulhadores injetaram um líquido na parte externa do animal, e que este líquido saiu por dentro, indo posteriormente para fora pela abertura superior.   

Poríferos – regeneração (vídeo em francês, mas que dá uma visão muito interessante da regeneração dos poríferos) http://www.youtube.com/watch?v=klRZ2KwoGBU (consultado em 14/06/10, às 10h04min).   Durante o vídeo, comente com os alunos que as esponjas são animais muito simples, e que conseguem, portanto, regenerar-se com mais facilidade. A regeneração é a capacidade de refazer partes perdidas do corpo.   

Porifera- estrutura (vídeo em francês, mas que dá uma visão das estruturas das esponjas que podemos encontrar) http://www.youtube.com/watch?v=VNnOlojS6TY (consultado em 14/06/10, às 10h04min). Comente com os alunos, enquanto o vídeo passa, que existem formatos diversos de esponjas, que as mais simples geralmente são tubulares, como vasos, e as mais derivadas possuem corpo mais ramificado, com vários tubos.    

Poríferos – iPED http://www.youtube.com/watch?v=HOvQmN6BXH8 (consultado em 14/06/10, às 10h04min). Após este vídeo, fale com os alunos sobre características das esponjas citadas no vídeo, como alimentação por filtração, células responsáveis pela circulação da água e captura das partículas alimentares, como surgiram as esponjas na escala evolutiva (probabilidade de terem surgido a partir de seres unicelulares que se agruparam).    

Agora pergunte novamente aos alunos se os seres vivos que eles viram nos vídeos são animais ou não. Provavelmente eles dirão que sim, pois já observaram características que os classificam como animais, como alimentação, regeneração, dentre outros. Instigue-os a falarem, a discutirem entre eles. Escute suas opiniões.

Comente com a turma que o personagem Bob Esponja foi inspirado nesses animais, mas acrescentaram várias características a ele que não condizem com a realidade, pois um desenho em que o Bob não andasse ou falasse seria, com certeza, muito sem graça. Sendo assim, para tornar o desenho animado mais divertido e atraente para crianças, o criador colocou nele características muitas vezes humanas, para que nós nos identificássemos com ele, achássemos suas atitudes engraçadas.

Bob Esponja é um animal, pertencente ao grupo denominado Porifera, onde estão todas as esponjas. Mas não estas esponjas que geralmente usamos na cozinha ou mesmo no banho. Estas esponjas que usamos são sintéticas, ou seja, fabricadas pelo homem. Mas foram inspiradas nas esponjas do mar! E de fato, antigamente, usavam-se esponjas do mar para tomar banho, mas apenas alguns tipos delas, que tinham o corpo mais apropriado para isso. E desta forma surgiram posteriormente as esponjas sintéticas, que são muito usadas até hoje.

Mas o que faz as esponjas serem consideradas animais? Discuta com a turma sobre o que eles pensam ser características que permitam classificar os poríferos dentro do reino dos animais. Escreva no quadro o que os alunos disserem, de forma que eles possam confrontar as ideias uns dos outros.

Explique para a turma que as esponjas apresentam várias células unidas que desempenham funções diferentes, como alimentar-se e reproduzir-se. Não realizam fotossíntese. As esponjas são consideradas os animais mais primitivos, não apresentam sistema nervoso, sendo assim, o Bob Esponja não poderia reagir a dor, falar ou mesmo se locomover como vemos.

Simulando a filtração das esponjas:

Uma esponja sintética é muito semelhante à esponja real. Ela apresenta poros por onde a água e alimentos passam, é macia, consegue filtrar a água que passa por ela, dentre outros. Para mostrar aos alunos esta semelhança, de forma que eles percebam os mecanismos de filtração dos poríferos, faça com eles uma demonstração. Para tanto, leve para a sala de aula esponjas de cozinha ou de banho, vasilhames e suportes para colocar as esponjas suspensas.

Pegue uma esponja e coloque-a em um suporte de modo que ela fique suspensa e em baixo coloque uma vasilha. Jogue uma mistura de água com pó de café ou outra substância sólida que não dissolva na água sobre a esponja, e peça que os alunos observem o que acontecerá. Discuta com a turma que, assim como eles observaram na demonstração, a água passou para o outro lado, mas o pó de café ficou retido na esponja. Desta forma acontece também com os poríferos: a água do mar, que contém restos de animais mortos, plantas ou mesmo pequenos seres vivos microscópicos, passa pelos poros da esponja e é filtrada, sendo que a água sai pelo ósculo, a abertura superior das esponjas, e as partículas alimentares ficam retidas na esponja, servindo de alimento para ela.

Abaixo seguem figuras de esponjas, que poderão ser mostradas aos alunos para que conheçam estes animais tão diferentes do que estão acostumados. Se possível, faça uma cópia para cada aluno, de forma que eles possam colar no caderno e identificar as estruturas corporais das esponjas.   

http://www.biologia.edu.ar/animales/images/esponja1.gif (consultado em 14/06/10, às 13h58min). 

http://www.presenteparahomem.com.br/wp-content/uploads/2010/01/filo-porifera-poriferos-esponjas-349.jpg (consultado em 14/06/10, às 13h57min).   

http://trentas.sites.uol.com.br/esponjas.jpg (consultado em 14/06/10, às 13h56min).    

 Texto para os alunos:             

Após as discussões sobre o filme do Bob Esponja e vídeos sobre poríferos, entregue para os alunos um texto informativo sobre o filo Porifera, de forma que os alunos possam sistematizar o que já aprenderam sobre o assunto, bem como consigam construir novos conceitos. Leia o texto em sala, peça que os alunos anotem as ideias centrais e faça uma discussão com a turma, esclarecendo dúvidas, incentivando as discussões entre os alunos, sondando o que eles construíram durante a aula de hoje. Abaixo segue sugestão de texto:   

Filo Porifera   

Os representantes do Filo Porifera são aquáticos, a maioria do ambiente marinho. São animais de estrutura corpórea mais simples, sem tecidos diferenciados, não possuem órgãos de locomoção e grande parte está presa às rochas.

As esponjas podem viver isoladamente ou formar colônias. São pequenas, medem alguns centímetros de altura, entretanto existem algumas espécies em que os representantes medem até 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro. As esponjas possuem forma e cor variáveis, resultantes da espécie e de fatores ambientais.

A água que conduz alimento e oxigênio penetra por uma série de poros apresentados na superfície de uma esponja.

A parede interna é formada de coanócitos, células flageladas, que constituem a coanoderme. As esponjas são animais que se alimentam de partículas suspensas na água. Os coanócitos retiram estas partículas alimentares da água e as distribuem para as outras células da esponja.

As esponjas reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode ser por brotamento (um pequeno broto começa a crescer num lado da esponja, e depois se desprende, formando um novo indivíduo), fragmentação (um pedaço da esponja se desprende e dá origem a uma nova esponja) ou gemulação (formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se formam no interior do corpo da esponja e que são compostas por células protegidas por um envoltório rígido). Na reprodução sexuada, elas produzem espermatozóides ou óvulos.

As esponjas possuem grande capacidade de regeneração. Se alguma parte do corpo for arrancada por algum predador, por exemplo, dentro de alguns dias, esta parte poderá ser reposta por outra, que crescerá no lugar, pois suas células conseguirão se duplicar.   

Adaptado de: http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/filo-porifera.htm (consultado em 14/06/10, às 14h33min). 

Retomando as anotações iniciais

Após o desenvolvimento das atividades da aula, peça que os alunos peguem o caderno e retornem às anotações que fizeram no início da aula sobre seus conhecimentos do assunto (esponjas). Solicite que alguns alunos leiam suas anotações e promova na turma uma espécie de debate, em que os próprios alunos farão as correções uns dos outros dos aspectos listados sobre as esponjas. Liste no quadro agora as novas impressões dos alunos sobre o grupo dos Poríferos. Desta forma, os alunos poderão construir seus conhecimentos, através da modificação de ideias pré-existentes, caracterizando uma acomodação de novos conceitos.

Recursos Complementares

Professor, abaixo seguem alguns links de atividades e textos que poderão ser usados em sua aula, caso sinta necessidade, ou apenas como um “Saiba Mais”, algo complementar à aula apresentada.  

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero.php (consultado em 14/06/10, às 14h49min).    

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/porifero2.php (consultado em 14/06/10, às 14h50min).    

http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/origem-de-animais-pode-recuar-em-100-milhoes-de (consultado em 14/06/10, às 14h51min).    

http://www.bobesponja.org/ (consultado em 14/06/10, às 14h58min). 

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.             

Proponha aos alunos que eles confeccionem tirinhas sobre os poríferos. Para tanto, divida-os em pequenos grupos ou duplas e peça que cada grupo monte uma tirinha ou história em quadrinhos em que os personagens deverão ser os mesmos do filme do Bob Esponja, mas nesta historinha eles deverão contar quais são as características dos poríferos. Exemplificando, os alunos poderiam montar uma história em que o Bob Esponja conta para o Patrick ou outro personagem as características do grupo dele, os poríferos. Desta forma, você poderá avaliar se seus alunos conseguiram construir novos conceitos sobre os poríferos.

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