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CORDEL: INTERPRETAÇÃO E LEITURA.

 

23/11/2010

Autor e Coautor(es)
Mariane Patrícia Madeira Lopes
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Clenice Griffo

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Gêneros de texto
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Formas de organização dos conteúdos
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Processos de leitura
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Evolução da escrita alfabética
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de texto
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

   Ampliação de habilidades de interpretação de textos de Cordel; ·        

    Identificação das características centrais da literatura de Cordel;     ·    

    Desenvolvimento da fluência na leitura; ·     

    Levantamento e confirmação de hipóteses relativas ao conteúdo do texto;

Duração das atividades
Quatro a seis aulas de aproximadamente 40 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Crianças que já estejam em fase de consolidação da aprendizagem da base alfabética.

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1 – Curta “A moça que dançou depois de Morta”

Trabalhe primeiramente a leitura da ficha do curta. Permita que as crianças comentem e peça que façam oralmente suposições sobre o curta.

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Ficha do Curta: A moça que dançou depois de morta

 Direção: Ítalo Cajueiro

Ano: 2003

 Baseado em uma história de cordel de J. Borges, renomado artista popular e produzido inteiramente com xilogravuras originais do próprio autor. Um rapaz se apaixona por uma misteriosa moça num baile de carnaval do interior.

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Informações retiradas do site: http://www.portacurtas.com.br/filme_abre_pop.asp?cod=3144&Exib=2573  

*O curta pode ser assistido neste mesmo link.  

 Após assistir ao curta, as crianças responderão  a algumas questões como as sugeridas abaixo:

Atividade de Português sobre o curta "A moça que dançou depois de morta"

1) Responda as perguntas abaixo:

Quando você viu o título do curta pela primeira vez sentiu medo?_______________________________________________________________________________________

 O que você achou do Curta? ___________________________________________________________________________________________________________________

 O que mais gostou e o que menos gostou nesta história?_____________________________________________________________________________________________

 Faça agora um desenho inspirado no curta que você assistiu.

2) Complete a ficha do curta:

Título do curta:

Ano de criação:

Diretor:

 Escreva agora a sua versão da sinopse do filme:

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  *Professor é importante que você explique as crianças o que é a sinopse. Ajude-as a construir um pequeno resumo do texto sem contar o final da história.  

 Atividade 2– O que é cordel?  

 Leia com a turma uma breve história sobre o cordel, peça às crianças que anotem as dúvidas e depois no quadro ou lousa anote-as e juntos procurem as respostas no dicionário ou na biblioteca da escola.

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 Texto 1 -

Atividade de Português O que é literatura de cordel?     

Alguém pode estar se perguntando: o que é mesmo cordel? Então vamos começar pelo início. A denominada “Literatura de Cordel” ou os “Folhetos de Cordel” são definidos como um tipo de poesia narrativa e popular escrita em versos rimados e metrificados, geralmente impressos em papel jornal. Possui número variado de páginas sempre múltiplas de 4, em geral 8, 16, 32, 48 ou 64 páginas. Seus versos contam histórias do reino do encantado, do boi misterioso, de valentia, política, fatos reais... De origem portuguesa, este modelo de literatura expandiu-se e hoje tem público garantido.

 Muito consagrado no Nordeste brasileiro, os folhetos são respeitados em todo o mundo por ser uma espécie de elo vivo entre a história contemporânea e a européia dos trovadores.

No Brasil o Cordel recebeu ainda a Xilogravura que  é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado utilizando algumas ferramentas para gravar ou "arranhar" a madeira.

 É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista na madeira sairá espelhada, ou seja, ao contrário na impressão da imagem no papel.

 As letras precisam ser cavadas ao contrário para que após a impressão possam ser lidas corretamente.

Depois “arranhar” os desenhos, basta colocar uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha.  Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a madeira com a tinta e fazer pressão no papel com as mãos.

 A xilogravura é uma técnica barata e por isso é utilizada nas ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda-chuva para conseguirem diferentes efeitos no desenho.

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Texto 2 -

Sinopse do texto "O menino que viajou num cometa"

É uma delicada preciosidade para as crianças e adultos. Cita personagens históricos, como Joana D'Arc e Tiradentes, e fala de Saúde, de Astronomia e da igualdade entre homens e mulheres. Ele traz uma divertida história de Brasilenho, menino que pega uma carona celeste e como "anjo foguete" chega à lua.

"Sou chamado Brasilenho

 Meu nascimento se deu

Num campo de futebol

Quando meu time venceu

E mamãe pulou buchuda!

Numa bandeira graúda

O papai me protegeu..."

 Aí..., você vai ter que ler para saber o final da história!!!

Para ler o cordel na íntegra: "O menino que viajou num cometa" de Raimundo Santa Helena  Ed. Entrelinhas, 2003.

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Texto adaptado por Mariane Patrícia Madeira Lopes. Fragmentos de : Xilogravura – Carolina Lopes http://www.teatrodecordel.com.br/xilogravura.htm  

Literatura de Cordel para crianças -Isabel Maria de Aguiar http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=130     

Atividade 3 – interpretando um Cordel:   

Leia com a turma a atividade abaixo.

Em versos singelos

Alexandre Pavan

 "Cordel quer dizer barbante

Ou senão mesmo cordão,

 Mas cordel-literatura

É a real expressão

Como fonte de cultura

Ou melhor poesia pura

Dos poetas do sertão. (...)

O chamado trovador

 Ou poeta popular

 Era semi-analfabeto

Porém sabia rimar,

Seus folhetos escrevia

E os sertanejos os liam

Por ser o seu linguajar. (...)

O cordel é dividido

Escrito, cantado, oral,

 Porém o cordel legítimo

 É aquele tipo jornal,

Que trazia a notícia nova

 Em sextilhas, nunca em trova

Que agrada o pessoal. (...)

O cordel sendo cultura

Hoje tem sua tradição,

Chamado literatura

Veículo de educação

Retrata histórias passadas

Que estão documentadas

 Para toda geração."

 Estrofes retiradas do folheto Origem da Literatura de Cordel e A Sua Expressão de Cultura Nas Letras de Nosso País, de Rodolfo Coelho Cavalcante.

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Oralmente, faça com a turma a interpretação de cada trecho do Cordel acima. Leia o cordel quantas vezes for necessário, mostrando e treinando com as crianças a entonação e ritmo adequados para a leitura de um cordel.

Ajude as crianças a compreender, mas principalmente motive-as a dizer quais foram suas impressões  ao ler ou ouvir o texto.   

Atividade de ampliação – Trabalhando com Xilogravuras

Apresente  as crianças as imagens realizadas com a técnica de Xilogravura como as apresentadas abaixo:

Imagem retirada do site: http://liinhasdefuga.blogspot.com/2008/10/xilogravura-arte-popular.html 

 

Imagem retirada do site: http://climerioferreira.wordpress.com/2008/08/ 

Você pode fazer com seus alunos a impressão de imagens utilizando a técnica de Xilogravura.

Pode trabalhar antes um texto instrucional (de receita, de como fazer) sobre o tema   

Texto 3 –   

Como fazer Xilogravura

Você precisará de:

 *Forminhas de isopor ( daquelas usadas para armazenar alimentos);

*Tinta guache preta;

*Papel sulfite;

*Lápis para imprimir os desenhos;   

  Instruções:

  1.  Corte as laterais da forma de isopor;
  2. Desenhe livremente com um lápis, apertando bem, mas sem furar, para deixar com sulcos;
  3. Passe por cima do isopor um pedaço de papel sulfite amassado para deixar com a aparência de madeira;
  4.  Com um rolinho de pintura preenchido com tinta guache passe por cima da bandeja desenhada, espalhando bem a tinta;
  5. Com a tinta espalhada, imprima o desenho em uma folha de sulfite, apertando bem a forma contra a folha;
  6. Com cuidado retire a forma e deixe a figura impressa secar.        

             Boa aula!  

Recursos Complementares

Se quiser saber mais sobre Literatura de Cordel e seu uso na educação indico alguns sites para ver com as crianças: http://mundocordel.blogspot.com/2007/10/literatura-de-cordel-e-educao.html  

http://www.teatrodecordel.com.br/    

Artigos para aprofundamento pedagógico do professor:

 http://www.teatrodecordel.com.br/artigo%20revista%20direcional%20educador.pdf  

http://www.teatrodecordel.com.br/vida%20e%20educacao.pdf 

Avaliação
  1. As crianças compreenderam o que é um cordel? Avalie oralmente pedindo às crianças que façam considerações sobre o tema.
  2.  Peça a cada criança que leia um trecho do cordel na “Atividade 2” e observe se houve uma melhora na fluência, na entonação, se demonstra que compreende que um cordel tem uma forma diferenciada de ser lida.
  3. Como foi a produção textual de interpretação das estrofes do cordel? Analise o registro e o conteúdo e retome as questões que julgar necessárias.  
Opinião de quem acessou

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