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Não à discriminação! - Os direitos da criança

 

22/02/2011

Autor e Coautor(es)
SANDRA MARIA ROCHA DE ARRUDA
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Celia Brito Teixeira Gama

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Pluralidade e direitos
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Situações urgentes no Brasil em relação aos direitos da criança
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Fundamental Inicial Ética Solidariedade
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Discutir os direitos da criança, apontando seu cumprimento como garantia de uma vida digna.   

Perceber que as pessoas são diferentes, mas que isso não muda o que elas sentem ou pensam.

Relacionar as diferenças entre as pessoas à possibilidade de uma aprendizagem enriquecedora.

Duração das atividades
4 aulas de 60 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1

Conte a história “Um garoto chamado Rorbeto” de Gabriel, o Pensador. 

Rorbeto

Sinopse:

O nome do Rorbeto era um nome assim, meio diferente. Na vila onde ele morava não tinha luz nem gás, mas isso não importava, pois ele gostava era de brincar nas águas do velho rio, subir na jabuticabeira e fazer mil brincadeiras. Lá todos os moradores se tratavam como parentes, até mesmo o cachorro Filé. Assim como o rio, o curso da vida corria, e o Rorbeto cresceu um menino esperto e curioso. Aprendeu sozinho, muitas coisas, inclusive a contar os amigos na ponta dos dedos: o pai, a mãe, o cão Filé, e mais três. É aí que vem o susto: seis dedos em uma mão só! Será que na outra são quatro? A descoberta deixou o Rorbeto perturbado - afinal, nessa idade ninguém quer ser diferente. A primeira reação é querer esconder, pondo a mão numa sacola. Mas quando o Rorbeto aprende a escrever, é justamente a mão com o dedo a mais que faz a letra mais bonita da classe.

http://www.dobrasdaleitura.com/vitrine/2007/01gp.html

Faça a interpretação oral e coletiva, recordando as personagens, suas ações, o problema de Rorbeto e a solução encontrada por ele.

Destaque a frase apresentada na história:

Cada um é de um jeito e são todos perfeitos”.

Explore com a turma o que a frase quer dizer.

Ouça as opiniões das crianças e anote as conclusões do grupo no blocão.

É importante que as crianças percebam que as pessoas são diferentes, mas isso não muda em nada o que elas sentem ou pensam.

Atividade 2

Divida a turma em grupos. Distribua aleatoriamente trechos numerados da reportagem:

 

APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS

A equipe da Zá debateu com várias crianças entre 7 e 11 anos, sobre preconceito. Muitas admitiram já ter praticado ou sofrido algum tipo de preconceito, mas todas concordam que aprenderam com as diferenças.

Bruno Kraucher tem 11 anos, é um garoto alegre, de olhos claros e que tem muitos amigos. Mas nem sempre foi assim. Bruno nasceu com um problema na mão esquerda: tem apenas dois dedos. Na escola, isso sempre foi um problema. “Fico chateado porque falam da minha mão”, conta Bruno. E foi por se sentir diferente, que Bruno começou a agredir todas as outras crianças da sua idade. No colégio Friburgo, em São Paulo, onde estuda há menos de um ano, Bruno não conseguia fazer amigos. Ele era muito agressivo e briguento. Até que um dia, os alunos, incentivados pelo colégio, se reuniram para falar sobre as diferenças. Foi então que Bruno ficou sabendo que as pessoas não se aproximavam dele pela sua agressividade e não porque sua mão era diferente. “Hoje sei que todos encaram minha mão como uma coisa normal e percebi que estava perdendo meus amigos”, revela o garoto.

Assim como Bruno, muitas outras crianças já se sentiram excluídas por serem gordinhas, tímidas ou muito magras. Isso se chama preconceito. E, sentir que você está ficando de fora do grupo por ser diferente é muito difícil. O garoto André Loducca, de 10 anos, fica muito triste com as brincadeiras dos colegas, que adoram dizer que ele é magro. Pelo motivo oposto, Renato Stefane, de 10 anos, já brigou com os amigos. “Fico muito chateado quando me chamam de gordo, baleia, cabeçudo ou não me escolhem para o futebol”, revela Renato, que acredita que o importante é o que a gente tem por dentro. Ele diz, também, que os gordinhos são os que mais sofrem preconceito.

Para a garota Alice Passos Tufolo, de 7 anos, é muito feio ter preconceito.

Somos diferentes – Às vezes, é preciso passar por alguma situação chata para descobrir como é difícil lidar com o preconceito. A garota Luisa Guarnieri, de 7 anos, aluna da Escola Caravelas, em São Paulo, já passou por uma situação dessas. Ela conta que sua mãe levou uma amiga do trabalho para casa e que todos saíram para jantar numa pizzaria. Só que Luisa não gostou nem um pouco de ter saído para jantar. “A amiga da minha mãe tinha uma corcunda igual a do Corcunda de Notre-Dame e eu fiquei morrendo de vergonha de sair com ela”, lembra. Dias depois, a mesma pessoa visitou Luisa, só que desta vez levou algo para aproximá-las: uma caixa cheia de balas e bombons. “Percebi que ela é legal e que gosta das mesmas coisas que eu”, concluiu.

A colega de Luisa, Maria de Almeida Shirts, de 7 anos, também já teve atitudes preconceituosas. Na rua de Maria, moram muitas crianças negras, só que Maria não gostava de brincar com elas porque elas eram negras. “Minha mãe conversou muito comigo”, conta Maria, que depois disso passou a brincar com as outras crianças e a perceber que a única diferença entre elas era a cor.

Assim como Maria, muitas crianças já perceberam que as pessoas são diferentes, mas que isso não é motivo para as considerarmos melhor ou pior. Existem pessoas negras, brancas, amarelas; de religiões diferentes; gordas, magras, tímidas, de lugares e sotaques diferentes.

Tão pouco é vergonhoso admitir que já teve alguma atitude preconceituosa. De acordo com Tereza Cristina Cruz Vecina, psicoterapeuta de crianças, todos nós temos preconceitos e todos nós somos diferentes, até no formato da unha. “O preconceito envolve a questão das diferenças”, esclarece a psicoterapeuta. “E as crianças falam tudo o que sentem, vêem e percebem.”

Por isso é muito importante aprender a aceitar os colegas de classe, do prédio ou da rua independente das suas diferenças.

Fonte: Ana Holanda. In: Zá, ano 3, n.25. São Paulo, Pinus, setembro/1998

 

Cada grupo lerá o seu trecho, seguindo a ordem de numeração da reportagem.

Depois, explore com as crianças:

- Que preconceitos aparecem na reportagem?

- Como eles foram resolvidos?

- O que você destacaria de mais importante na reportagem?

Atividade 3

Apresente o C.D. de Toquinho “Canção de Todas as Crianças” e ouça com as crianças a música “Deveres e Direitos”.

Cd Toquinho D&D

Crianças: iguais são seus deveres e direitos.
Crianças: viver sem preconceito é bem melhor.
Crianças: a infância não demora, logo, logo vai passar,
Vamos todos juntos brincar.

Meninos e meninas,
Não olhem religião nem raça.
Chamem quem não tem mamãe,
Que o papai tá lá no céu,
E os que dormem lá na praça.

Meninos e meninas,
Não olhem religião nem cor.
Chamem os filhos do bombeiro,
Os dois gêmeos do padeiro
E a filhinha do doutor.

Meninos e meninas,
O futuro ninguém adivinha.
Chamem quem não tem ninguém,
Pois criança é também
O menino trombadinha.

Meninos e meninas,
Não olhem cor nem religião.
Bons amigos valem ouro,
A amizade é um tesouro
Guardado no coração.

http://letras.terra.com.br/toquinho/87217/

Divida a turma em grupos e explore a letra da música. Depois, proponha o desafio:

- Que nome você daria para essa música?

Anote no blocão os títulos sugeridos pelos grupos. Depois, apresente o título original e analise com as crianças o seu significado.

Escreva na silhueta de uma mão com 6 dedos, assim como a personagem Rorbeto, feita em papéis coloridos, os direitos da criança e distribua aleatoriamente para os grupos.

 http://www.canalkids.com.br/unicef/declaracao.htm 

Analise com as crianças cada princípio dos direitos apresentados.

Atividade 4

Apresente o livro "Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha"

Direitos segundo Ruth Rocha

Sinopse:

Todas as crianças têm direito a um nome, a uma casa, a comida e estudo. Mas também têm direito a ouvir histórias, andar na chuva e brincar de adivinhação - afinal, a infância é o tempo em que começamos a perceber o tamanho do mundo e descobrir quem somos. Inspirada nas idéias de igualdade universal - e também nas brincadeiras e emoções que só as crianças conhecem -, Ruth Rocha escreveu um livro de poesia sobre aquilo que não pode faltar durante a infância.  

http://www.travessa.com.br/OS_DIREITOS_DAS_CRIANCAS_SEGUNDO_RUTH_ROCHA/artigo/ce69967f-a953-440a-903b-882050bbd4f6

Faça uma análise entre a "Declaração dos Direitos da Criança" e "Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha".

Explore a abordagem feita em cada texto.

Atividade 5

Proponha que os grupos criem os seus direitos da criança.

Distribua uma folha de papel A3 e peça que ilustrem os direitos elaborados por eles.

Faça uma exposição desses trabalhos no pátio da escola para que todos possam apreciar e compartilhar as descobertas da turma, além de refletir sobre os direitos apresentados nos trabalhos.

Outra sugestão seria criar uma música com os direitos elaborados pelas crianças.

 

 

 

  

Recursos Complementares
Avaliação

Durante as atividades propostas, o professor deverá avaliar se o aluno percebeu que há diferenças entre as pessoas, a importância em aceitá-las e aprender com elas; reconhecer e elaborar com coerência os direitos da criança.

 

  

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

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Opiniões

  • simone, ebm severiano rolim de moura , Santa Catarina - disse:
    simo.gai@hotmail.com

    24/04/2012

    Cinco estrelas

    adorei as sugestoes, muito validas


Sem classificação.
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