Nessa aula de condicionamento físico pretendemos trabalhar a relação entre a atividade física a atividade cardíaca. Gostaríamos que os alunos: compreendessem como se dá essa relação entre intensidade do exercício e batimentos cardíacos; consiguissem relacionar essas informações com as outras aulas de educação física e saúde; aprendessem a monitorar seus batimentos cardíacos; percebessem o quanto é importante fazermos com que nosso corpo se exercite e se alimente bem para que funcione de forma saudável.

Conhecimento da tabela de esforço subjetivo e como utilizá-la na prática de exercícios.

Espaços. Espaço por onde poderemos fazer caminhada mais longa (50’) com as crianças, de preferência, num espaço fora da escola que tenham diversos tipos de terrenos (subida, descida, plano, chão mais macio, chão mais firme, etc.) que exijam níveis variáveis de esforço.   

Materiais. Papel para anotação das freqüências cardíacas de cada aluno, tabela de esforço subjetivo (adaptada), cronômetros comuns ou relógios, garrafas de água.             

Atividade 1. Preparação (30’).

Prepare a aula com as crianças, explicando-as quais são os nossos objetivos para essa aula. Organize uma tabela contendo os nomes de cada criança e os tipos de terrenos por onde passaremos e, aproximadamente, após quanto tempo a partir do início, para fazermos a medida dos batimentos. Construa um mapa com os alunos para que facilite o entendimento do percurso. Lembre-se de pedir para as crianças levarem suas garrafinhas de água. Recorde com os alunos como é utilizada a escala subjetiva de esforço para que apontem, no momento das medidas dos batimentos, qual “carinha” corresponde ao esforço que fizeram.

figura - fonte: arquivo pessoal

Tabela - fonte: arquivo pessoal

Atividade 2. Percurso (50’).   

Como indica a tabela, as freqüências cardíacas devem ser anotadas em tempos que correspondam às mudanças de terreno ou intensidade da caminhada. Faça a medição com todas as crianças ao mesmo tempo, ensinando-as a encontrar a pulsação da artéria carótida. Não é necessário perguntar uma por uma quais são os batimentos (numa turma de 25 ou mais alunos, tal atitude demandaria muito tempo da aula). Meça durante 10 segundos e pergunte quem encontrou o valor x, quem encontrou y, etc. Mostre a tabela da escala subjetiva do esforço e peça para que indiquem com qual “carinha” se identificam naquele momento da atividade. Continue esse procedimento ao longo de toda a caminhada, sempre parando para as medidas dos batimentos cardíacos. Certifique-se de que todas aprenderam a encontrar o ponto onde contaram sua pulsação. Instrua para que as crianças bebam água sempre que sentirem vontade. Anote os resultados em todas as paradas e mostre à elas a tabela de esforço para que monitore se há um consenso entre os alunos ou se alguns se diferenciam dos demais.     

Atividade 3. Entendendo as relações do meu esforço com os batimentos do coração. (20’)

Nesse momento, terminada o percurso, analise de forma simples com as crianças a atividade que realizaram, explicando as relações entre maior esforço – indicado pelas “carinhas” – e maiores valores de batimentos cardíacos. Evidencie a importância em trabalharmos com o nosso corpo, com a prática de atividades físicas regulares, fortalecendo também a musculatura do coração. Incentive, por meio de perguntas, o estabelecimento das relações entre a produção de calor/suor, os batimentos cardíacos, atividades mais ou menos vigorosas, necessidade de beber água, etc. Mostre os valores das tabelas para as crianças juntamente com o mapa do trajeto feito pela turma e com a tabela de “carinhas”.

sobre o funcionamento do sistema circulatório: http://www.afh.bio.br/cardio/Cardio2.asp (último acesso em 18/06/2010)

http://www.youtube.com/watch?v=ykA7NysrR3U&feature=related 

(último acesso em 18/06/2010)

Como em todo processo avaliativo em Educação Física, os professores devem observar o envolvimento dos alunos na proposta apresentada e a participação em cada uma das atividades.  É interessante que o professor sempre reúna os alunos em roda para que todos vejam uns aos outros, estimulando a participação e expressão de todos. Tente perceber se as respostas feitas no início da aula foram todas respondidas ou se alguma ainda necessita de ser retomada em aulas posteriores. Tente perceber ainda se os alunos entenderam a proposta e estabeleceram as relações entre os conteúdos trabalhados.