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A acessibilidade e deficiência: vivenciando essa realidade

 

09/11/2010

Autor e Coautor(es)
LEANDRO REZENDE
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria, Ricardo Palitot Antas

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Educação Física Atitudes, conceitos e procedimentos: conhecimentos sobre o corpo
Ensino Fundamental Inicial Educação Física Conhecimentos sobre o corpo
Ensino Fundamental Inicial Pluralidade Cultural Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Conceituar mobilidade e acessibilidade;

Representar as diferentes categorias de deficiência na vivência de diferentes situações de deslocamentos no interior da escola;

Avaliar e identificar quais são as principais barreiras arquitetônicas presentes no interior da escola que dificultam a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida.

Duração das atividades
Dez aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Acessar a aula publicada no Portal do Professor: Vivenciando a deficiência nas aulas de Educação Física. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/verAula.html?aula=21828 Acesso em 09/08/2010.

Estratégias e recursos da aula

Aulas 1, 2 e 3

Reunir os/as alunos/as e propor a vivência de situações em que cada aluno/a represente uma pessoa portadora de deficiência de visual.

Dividir a turma em dois grupos, sendo o primeiro grupo pelos/as alunos/as que representarão os “deficientes visuais” e, o segundo grupo pelos/as que representarão os “anjos da guarda”.

Vendar os olhos e entregar uma bengala ou cabo de vassoura, para cada um dos componentes do primeiro grupo.

Solicitar aos/às alunos/as deficientes visuais, que se desloquem em determinados trajetos na escola com os olhos vendados.

Definir os trajetos a partir dos deslocamentos realizados pelo/a aluno/a no cotidiano escolar, como por exemplo: entrar na escola e ir para sala de aula; da sala de aula ao banheiro; do banheiro para o bebedouro; do bebedouro para biblioteca; pegar um livro para ler na biblioteca e levá-lo para os laboratórios (informática, ciências, artes, matemática etc.); dos laboratórios para cantina; da cantina para as quadras; das quadras para secretaria escolar; da secretaria escolar para sala de aula, sentar na sua carteira e escrever algo em seu caderno.

Informar aos/às componentes do segundo grupo (os “anjos da guarda” dos/as alunos/as que estão representando os deficientes visuais) que eles/as não deverão conduzir os/as colegas que estão com os olhos vendados, mas, deverão garantir a segurança e integridade física, impedindo que os/as mesmos/as se machuquem ou danifiquem algum equipamento ou material da escola.

Ao terminar os deslocamentos pelos trajetos definidos acima, os grupos deverão trocar suas funções na atividade.

Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/imagens/artigos/cultura/dorina_05.jpg. Acesso em 17 jul. 2010.  

Terminado a atividade, reunir os/as alunos/as em trios para discutir e responder as seguintes questões:

  1. O que é mobilidade?
  2. O que é acessibilidade?
  3. As pessoas com qualquer tipo de deficiência têm o direito de ir a todos os lugares que desejam?
  4. Quais foram os sentimentos e dificuldades encontradas durante o deslocamento na escola com os olhos vendados.
  5. Um portador de deficiência visual conseguiria deslocar e frequentar nossa escola? Por quê?
  6. Foi percebida a presença de alguma barreira na escola que prejudicou a mobilidade?
  7. Quais adequações devem ser realizadas na escola?
  8. Você conhece alguma norma ou lei que trata do direito a acessibilidade para o portador de deficiência? Qual?

Solicitar que os trios apresentem suas respostas para todos/as os/as colegas e, enquanto isso, o/a professor/a registrará todas as respostas de cada questão para ser apresentadas no final da aula.

Sugerimos a utilização da dinâmica de grupo “chuva de ideias” para a apresentação das respostas de cada trio. Sobre essa dinâmica, consultar o site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brainstorming. Acesso em 17 jul. 2010. 

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/sembarreiras/files/2010/01/acessibilidade_logop.jpg. Acesso em 17 jul. 2010. 

Aula 4 e 5

O/A professor/a deve preparar e organizar antecipadamente, a síntese das respostas de cada questão discutida na aula anterior e apresentar aos/as alunos/as, destacando:

  1. Os aspectos consensuais presentes nos conceitos;
  2. Os principais sentimentos e dificuldades encontradas durante o deslocamento na escola;
  3. Os dados estatísticos das respostas;
  4. A percepção da existência de barreiras que prejudicaram a mobilidade;
  5. A percepção da necessidade de realização de algum tipo de adequação na escola para garantir o direito a acessibilidade e;
  6. O conhecimento ou existência de alguma norma ou lei, que garantam o direito à acessibilidade.

Solicitar que os/as alunos/as se organizem em grupos com quatro integrantes para:

  1. Analisar e definir os conceitos propostos na aula anterior;
  2. Identificar e priorizar quais são as adequações necessárias para garantir o direito à acessibilidade da pessoa portadora de deficiência visual.

Após quinze minutos, solicitar que cada grupo exponha sinteticamente o que foi identificado nessa análise comparativa. Acrescentar essa análise apresentada pelos grupos de trabalho, na síntese das respostas de cada questão discutida na aula anterior.

Ampliar os conceitos apresentados e destacar as legislações e normas técnicas voltadas para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Sobre os aspectos conceituais, a legislação e as normas técnicas sobre acessibilidade, consultar os seguintes sites:

http://www.ibc.gov.br/?itemid=86. Acesso em: 17 jul. 2010.  

http://www.acessibilidade.org.br/. Acesso em 17 jul. 2010.  

http://www.acessibilidade.org.br/manual_acessibilidade.pdf. Acesso em 17 jul.2010.

Aulas 6, 7 e 8

Propor novas situações que os/as alunos/as possam vivenciar outros tipos de deficiência.

O objetivo dessa atividade é provocar outras experiências que servirão de base para discutir sobre como as barreiras arquitetônicas prejudicam a mobilidade da pessoa portadora de deficiência.   

Atividade 01: Reunir novamente os/as alunos/as e propor a vivencia de situações em que cada aluno/a represente uma pessoa que perdeu a mobilidade dos membros inferiores.

Dividir a turma em dois grupos. O primeiro grupo de alunos/as realizará as atividades propostas, sendo que cada um deverá ficar sentado em uma cadeira de rodas ou em uma cadeira comum (substituir por muletas, se os colegas não conseguirem o/a aluno/a que estiver sentado em uma cadeira comum). Pedir aos alunos que estão sentados na cadeira (de rodas, comum ou muletas), que realizem as seguintes tarefas do cotidiano escolar: utilizar o bebedouro; utilizar pia para lavar as mãos; olhar sua imagem no espelho do banheiro; ser atendido no balcão da secretaria escolar; receber o lanche no balcão da cantina; utilizar os vasos sanitários dos banheiros; deslocar-se pelo pátio da escola, utilizar as carteiras escolares e as mesas dos laboratórios, ir à biblioteca pegar um livro na prateleira, ir nas quadras esportivas para fazer aula de educação física etc.

Os componentes do segundo grupo deverão garantir a segurança e integridade física dos colegas que estão utilizando as cadeiras. Ao terminar as tarefas sugeridas, os grupos deverão trocar suas funções.

Após participar desta dinâmica, reunir todos/as alunos/as para discutir e registrar a síntese das seguintes questões:

  1. Quais foram os sentimentos e dificuldades encontradas para o cumprimento das tarefas propostas?
  2. Foi percebida a presença de alguma barreira na escola que prejudicou a mobilidade?
  3. Quais adequações que devem ser realizadas na escola?

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_jHiPGQxAOKA/Srtcv8eXySI/AAAAAAAAD48/50A_84Jk4JE/s400/Cadeirante.jpg. Disponível em 17 jul. 2010. 

Atividade 02: Propor a vivência de situações em que cada aluno/a represente uma pessoa que perdeu a fala e/ou audição. Os/As alunos/as deverão simular situações em que não será possível a utilização da linguagem verbal e escrita.

Entregar para todos/as os/as alunos/as algumas perguntas do cotidiano escolar que deverão ser feias sem a utilização da fala e da escrita. As informações e perguntas deverão ser, das mais simples até as mais complexas. Por exemplo:

  1. Solicitar ao aluno que questione que horas são;
  2. Informar que está com fome, é diabético e não pode consumir açúcar;
  3. Solicitar o jornal de ontem, à bibliotecária;
  4. Reclamar da agressão de um colega;
  5. Informar à enfermeira que está com muita dor de cabeça.

Destacar que a informação deve ser compreendida, e não, que a frase seja repetida literalmente. O professor pode dinamizar a atividade propondo a utilização de outra linguagem Libras. Nesse sentido, imprimir e entregar o alfabeto em Libras para os/as alunos/as.

Fonte: http://www.libras.org.br/lojalibras/imagens/Alfabeto_Libras_240_300.jpg. Acesso em 17 jul. 2010. 

Ou apresentar vídeos sobre essa linguagem. Sugestões de vídeos:

Alfabeto em Libras. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=te7ud0fYgi4. Acesso em 17 jul. 2010.  

Lição 1 Língua Brasileira de Sinais. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=w72R_LVWiSs&feature=related. Acesso em 17 jul. 2010.  

Lição 2 Língua Brasileira de Sinais. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=QVdzAXHsKvk&feature=related. Acesso em 17 jul. 2010.

Propor algumas variações como: apenas alguns/mas alunos/as tentarão identificar a informação; um aluno tenta identificar a informação, mas sem falar também com o colega que tenta passar a informação; não utilizar as mãos para transmitir a informação etc.

Após participar desta dinâmica, reunir todos/as alunos/as para discutir e registrar a síntese das seguintes questões:

  1. Quais foram os sentimentos e dificuldades encontradas para se comunicar com o colega?
  2. Foi percebida a presença de alguma barreira na escola que prejudicou a mobilidade?
  3. Quais adequações que devem ser realizadas na escola? 

Atividade 03: Propor a vivência de situações em que cada aluno/a represente uma pessoa que perdeu a mobilidade dos membros superiores. Os/As alunos/as deverão simular situações em que não será possível a utilização dos braços.

Pedir aos/às alunos/as que coloquem suas mãos no bolso da calça ou vista a camiseta, por cima dos braços, evitando assim, a sua utilização durante a realização dessa atividade.

Pedir para que os/as alunos/as realizem as seguintes tarefas com seus braços imobilizados: leve sua pasta para o laboratório de informática, abra um livro em determinada página; abra a porta da sala; beba água na garrafinha; beba água no bebedouro; lave o rosto na pia; seque o rosto com o papel toalha; abra um bombom e coma, registre a matéria em que está tendo aula etc.

Sugestão de vídeo sobre vivências de pessoas com essa categoria de deficiência: Nick Vujicic: um exemplo de vida. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_gJiWJf4dMI&feature=related. Acesso em 17 jul. 2010.

Após participar desta dinâmica, reunir todos/as alunos/as para discutir e registrar a síntese das seguintes questões:

  1. Quais foram os sentimentos e dificuldades encontrados para o cumprimento das tarefas propostas?
  2. Foi percebida a presença de alguma barreira na escola que prejudicou a mobilidade?
  3. Quais adequações que devem ser realizadas na escola?

Aula 9 e 10

Dividir os alunos em grupos com seis integrantes para refletir e discutir sobre os sentimentos e as dificuldades presentes na realização das tarefas em cada categoria de deficiência, bem como, as barreiras presentes na escola e as principais adequações que são necessárias realizar na escola, para garantir a acessibilidade das pessoas que possuem sua mobilidade reduzida.

Organizar as carteiras da sala em círculo para iniciar o debate sobre as vivências realizadas. Após registrar suas discussões, cada grupo apresentará suas conclusões para os demais alunos/as, destacando:

  1. Quais foram os sentimentos e dificuldades encontradas, enquanto realizavam as atividades;
  2. Quais são os espaços da escola necessitados de adequação à acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida;
  3. Propor soluções para superar as dificuldades encontradas pelos alunos.

Solicitar que os/as alunos/as construam cartazes que destaquem o direito de todo cidadão ao acesso aos espaços e equipamentos escolares, apontando os problemas de acessibilidade para a pessoa com mobilidade reduzida e que proponham soluções para esses problemas e parabenizar os espaços e equipamentos já adaptados aos portadores de qualquer deficiência.

Socializar a produção dos/as alunos/as nos murais, biblioteca, jornal e site oficial da escola.

Recursos Complementares

Lei sobre acessibilidade:

BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, Brasília, DF, 19 dez. 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm. Acesso em 31 ago. 2010.

Artigo sobre acessibilidade:

LOPES, K. T.; DUTRA, G.; MARTELETO,  B.; GONÇALVES, J.; GERALDO, L.; LINHARES, M. Acessibilidade de pessoas deficientes em escolas públicas. Fisioweb. Webgate. 04 abr. 2006.. Disponível em: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/acessibilidade_gleisson.htm Acesso em 08 set. 2010. 

Avaliação

Avaliar o interesse e a participação dos/as alunos/as durante as discussões, as vivências das atividades propostas e a identificação das principais barreiras de acessibilidade para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Avaliar também, o conhecimento produzido pelos/as alunos/as, através da análise do discurso individual e/ou do grupo de todo material escrito, quanto a argumentação, coerência e gramática.

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