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Eu me cuido? Prevenção, transmissão, segurança, estereótipos associados às DSTs/AIDS

 

29/07/2010

Autor e Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

CLÁUDIA REGINA M. G. FERNANDES

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Fundamental Final Saúde Doenças transmissíveis
Ensino Fundamental Final Saúde Cuidado do corpo
Ensino Médio Biologia Qualidade de vida das populações humanas
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS
Educação Profissional Ambiente, Saúde e Segurança Técnico em Vigilância em Saúde
Ensino Fundamental Final Saúde Correlações entre meio ambiente e saúde
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  1. Compreender a forma de propagação do HIV/AIDS bem como de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis e de que maneira a nossa socialização está relacionada com isso.   
  2. Refletir sobre as situações que se dão na negociação do sexo seguro incorporando os argumentos a favor e contra o uso do preservativo, e, reforçar as ferramentas para negociar as condições de segurança.   
  3. Enfatizar corretamente sobre o que é AIDS, formas de transmissão e de prevenção.   
  4. Discutir com os jovens a discriminação social e o preconceito de que são vítimas os portadores do HIV e os doentes da AIDS.   
  5. Sensibilizar os/as jovens quanto à necessidade da solidariedade entre as pessoas portadoras do HIV.  
Duração das atividades
De 3 a 4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos para a efetuação destas aulas.

Estratégias e recursos da aula
  • Estratégias utilizadas:

Aula interativa.

Socialização das produções dos/as alunos/as.

Uso da sala de vídeo e/ou de informática.   

ATIVIDADE 1: Prevenção e transmissão da AIDS.   

Professor/a, como atividade inicial das aulas sugerimos que apresente um vídeo, com duração de quatro minutos e quarenta e três segundos, intitulado “Prevenção e transmissão da AIDS”, produzido pelo Ministério da Saúde (Figura1). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=4WNLHMPPwe0 

Figura 1: Prevenção e Transmissão da AIDS.

Após assistirem o filme faça uma socialização com os alunos, principais pontos para discussão:

  1. O que é HIV e AIDS?
  2. Como uma pessoa pode se contaminar com o vírus da AIDS?
  3.  Como se prevenir?
  4. As pessoas costumam fazer um teste para saber se são portadoras do vírus da AIDS? Por quê?
  5. Como vocês acham que as pessoas são atendidas nos serviços de saúde que fazem este teste?
  6. Como vocês acham que deveria ser este atendimento?
  7. Vocês conhecem os lugares onde se faz este teste em sua cidade?
  8. Já existe alguma medicação para tratar as pessoas soropositivas?
  9. Quais os tipos de estereótipos que estão associados a essas pessoas? Por quê?
  10. Quando alguém descobre que foi infectado pelo HIV, qual deve ser a sua iniciativa em relação ao parceiro/a?
  11. De quem deve ser a responsabilidade pela prevenção e tratamento das DST/ AIDS?
  12. Os portadores de HIV devem ser tratados de modo diferente? Por quê? Como?
  13. Quais as formas de se evitar o preconceito?
  14. A vida social dos portadores de HIV deve ser diferente da de um não-portador?   

O/a professor/a poderá concluir essa atividade pontuando a importância de se notar outros aspectos da vida de um portador de HIV, além da doença e do sexo, considerando o avanço tecnológico da medicina e os debates sobre direitos humanos e civis. A prevenção é contra o vírus, não contra a pessoa.   

ATIVIDADE 2: Assinaturas - Dinâmica extraída do manual “Prevenindo e vivendo com HIV/AIDS – série trabalhando com homens jovens. Disponível em: http://www.promundo.org.br/    

Professor/a essa atividade tem como objetivo mostrar a rapidez e a forma de propagação do HIV/AIDS bem como de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis e de que maneira a nossa socialização está relacionada com isso.   

Materiais necessários:

fichas de cartolina e canetas   

Dicas de planejamento: antes das fichas serem distribuídas é necessário marcar três delas com um “C”, outras três com a mensagem “Não participe da atividade e não siga as minhas instruções até que voltemos a nos sentar” e uma ficha com um “H”. Nas fichas restantes escreva a mensagem “Sigam todas as minhas instruções” incluindo as que foram marcadas com um “C” e com um “H”.   

Etapas:   

  1. Entregue uma ficha para cada jovem. Peça a eles que mantenham segredo sobre as instruções da ficha recebida e que obedeçam as mesmas contidas em cada uma delas;
  2. Peça para que fiquem de pé e escolham três pessoas para assinarem sua ficha;
  3. Quando todos tiverem colhido suas assinaturas peçam para que se sentem;
  4. Diga à pessoa que possui a ficha marcada com um "H" que fique de pé;
  5. Peça a todos que têm suas fichas assinadas por essa pessoa, ou que assinaram a ficha dela, que fiquem de pé;
  6. Peça a todos que têm a assinatura dessas pessoas que fiquem de pé. E assim por diante até todos ficarem de pé, exceto os que foram solicitados a não participar;
  7. Diga aos jovens fazerem de conta que a pessoa marcada com um "H" está infectada pelo HIV ou por alguma DST e que eles mantiveram relações sexuais sem nenhuma proteção com as três pessoas que assinaram suas fichas. Lembre que estão fingindo e que os participantes não estão contaminados de fato;
  8. Peça ao grupo para imaginarem que as pessoas que não participaram da atividade, ou seja, as que receberam a ficha "não participe", são pessoas que não mantêm relações sexuais;
  9. Terminando, peça ao grupo que continue fingindo e explique aos participantes que têm as fichas marcadas com um "C" usaram camisinha e, por isso, corriam menos riscos. Esses jovens também podem se sentar.

Após o término dessas etapas o/a professor/a discutirá as seguintes questões:

  • Como se sentiu a pessoa "H"?
  • Qual a reação dela quando soube que estava "infectada"?
  • Quais foram os sentimentos dos jovens em relação à pessoa "H"?
  •  Como se sentiram aqueles que não participaram da atividade no início?Esse sentimento mudou no decorrer da atividade?
  • O que o restante do grupo sentiu em relação aos que não participaram?
  • É fácil ou difícil não participar de uma atividade em que todos participam? Por quê?
  • Como se sentiram os que "tinham usado camisinha?".
  • Qual a sensação daqueles que descobriram que poderiam ter sido contaminados?
  • Como se sentiram por ter assinado a ficha de alguém "infectado" por DST ou pelo HIV?
  • A pessoa "H" não sabia que estava infectada. Como poderíamos saber?   

Observação:   

É importante o/a professor/a verificar os estereótipos em relação à pessoa contaminada pelo HIV e mostrar, baseado nas próprias falas do grupo, que a infecção pelo HIV não é exclusiva de um determinado grupo. Também é interessante ressaltar a importância do exame anti HIV e como é fundamental para evitar a transmissão do HIV, além do uso de preservativos.   

A partir disso propomos outra atividade intitulada “Quero... não quero... Quero... não quero...” como forma de recriar as situações que se dão na negociação do sexo seguro incorporando os argumentos a favor e contra o uso do preservativo, bem como reforçar as ferramentas para negociar as condições de segurança.   

ATIVIDADE 3: Dinâmica “Quero... não quero... Quero... não quero...”, extraída do manual “Prevenindo e vivendo com HIV/AIDS – série trabalhando com homens jovens. Disponível em: http://www.promundo.org.br/    

Materiais necessários:

Pedaços grandes de papel (cartolinas ou papel pardo), canetas coloridas e fitas adesivas.   

Procedimento:  

  1.  Divida o grupo em quatro equipes ao acaso, numerando-os por meio de cores.
  2. Para cada grupo é dada uma tarefa distinta com um tempo de 15 minutos: Cada grupo anota as razões em uma cartolina.

GRUPOS

TEMAS A DISCUTIR

H1

As razões por que os homens querem usar o preservativo

H2

As razões por que os homens não querem usar o preservativo

M1

As razões por que as mulheres querem usar o preservativo

M2

As razões por que as mulheres não querem usar o preservativo

3. A negociação: sem saber de antemão com quem vão negociar, indica-se a cada grupo que deve utilizar os argumentos que forem lembrando. Os grupos que ficaram com as razões das mulheres têm que personificá-las. Assim, se dá a primeira negociação: H1 (homens que querem usar) negocia com M2 (mulheres que não querem usar). Colocam-se os dois subgrupos para negociar, supondo que ambos querem ter relações sexuais. Depois da negociação pergunta-se como se sentiram e de que se deram conta. Logo se pede comentários das outras equipes que estiveram observando. É apresentada a segunda negociação: H2 (homens que não querem usar) negocia com M1 (mulheres que querem usar). Se discute da mesma forma. Em ambos os casos, o/a professor/a escreve em pedaços de papel os argumentos mais importantes tanto para o uso como para o não-uso.

Algumas questões para discussão com a turma:   

  • De que maneira esta maneira de negociação aparece na vida real?
  • Quais são as conseqüências de uma negociação que não dá certo?
  • Que outros aspectos das pessoas estão presentes em uma negociação como esta?
  • Qual é o melhor momento para negociar?   

Professor/a durante a condução da atividade, destacar que negociar não quer dizer ganhar a todo custo sem buscar a melhor situação para ambas as partes e, sim, dizer onde ambas as partes ganham. No terreno da sexualidade as coisas podem ser muito complexas por todos os aspectos do humano que aparecem. Entre uma pessoa que está segura de desejar sexo seguro e outra que não aceita pode chegar o momento em que uma das partes (ou as duas) decida não ter relações sexuais.   

ATIVIDADE 4: Trabalhando com a música “Alerta contra as DSTs”   

Tendo em vista trabalhar de forma mais descontraída esta temática, e, buscando, sobretudo instigar o senso crítico e a reflexão dos/as alunos/as, o/a professor/a pode veicular um vídeo que apresenta a letra de tal música. Este esta disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=FpRl8QKR-f8&feature=related 

Figura 2: Vídeo da música educativa sobre Alerta contra as DSTs

Cada aluno/a terá como atividade analisar a letra da música, presente no vídeo,  tentando apontar os principais aspectos tratados. Feito isso, cada aluno/a deverá expor de forma oral os principais aspectos elencados. É importante que o/a professor/a indague os/as alunos/as se a conhecia, se gostaram, o que acharam do que ouviram, entre outros. É fundamental que resgate os seguintes pontos para uma discussão:

  1. Qualquer pessoa pode se infectar com uma DST ou com o HIV, independente de idade, classe social, sexo ou da orientação sexual?
  2. As DSTs tornam no organismo mais vulnerável à contaminação pelo HIV?
  3. Quem tem uma DST deve sempre procurar um médico ou medicar sozinho (automedicação)? Por quê?
  4. Qual foi a função do vídeo apresentado?
  5. Ele (o vídeo) conseguiu atingir seus objetivos?

Professor/a comente com os/as alunos/as que as DSTs, incluindo a infecção pelo HIV, podem ser evitadas por um comportamento preventivo.

Dica interdisciplinar: Estratégias e apontamentos para promoção de diálogo da temática com outras áreas do saber: 

Professor/a devido o caráter interdisciplinar da temática da aula, acreditamos que é  possível um diálogo entre as disciplinas de História e Geografia podem contribuir na qualificação do debate. Dessa forma, apontamos algumas contribuições e (inter)relações entre áreas do saber com a temática DSTs/AIDS, tais como:

  •  É possível trabalhar, em História, as formas de prevenção e/ou contracepções de DSTs/AIDS utilizadas pelas diferentes culturas, e quais as representações de AIDS que permeiam as diversas comunidades.  
  •  Em Geografia, podem-se incluir as perspectivas de violências sexuais no estudo dos movimentos migratórios, analisando os efeitos das migrações em arranjos familiares, ocupações profissionais e de espaços, bem como a transmissão de DST/AIDS.
  • E, ainda, em um projeto conjunto, um possível tema de estudo para História e Geografia é a história da disseminação do HIV, quais as regiões geográficas mais afetadas e como isso pode afetar as regiões brasileiras.
Recursos Complementares

Sugestões de vídeos:

1. AIDS pra quê? Vídeo de prevenção à AIDS. Vídeo combina as diversas faces da epidemia da AIDS e os seus métodos de prevenção para jovens. Mostra as diversas opiniões e dúvidas de jovens brasileiros que, de uma forma muito particular dão o seu recado. Produção: CN DST/AIDS, Ministério da Saúde, s/d Onde adquirir: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA - http://www.abiaids.org.br      

2. Amor, vida. Viva! Voltado para jovens e adolescentes, com informações básicas sobre HIV/AIDS, depoimentos de adolescentes infetados pelo vírus através de transfusão de sangue e compartilhamento de seringas em uso de drogas injetáveis e de relações sexuais. Participação de Paulo Betti, Cristiana de Oliveira, Débora Bloch, Paulo Ricardo, Paulo Gorgulho e Miguel Fallabela, apresentando também depoimento de Herbet Daniel sobre solidariedade e vida. Produção: ABIA e VER E OUVIR (1990) Onde adquirir: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA - http://www.abiaids.org.br    

3. DST/AIDS na mira - O vídeo aborda e esclarece as dúvidas mais frequentes sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a AIDS, dos jovens que se apresentam às comissões de seleção do serviço militar obrigatório e dos que já ingressaram na vida militar. 1999 Produção: Ministério do Exército, Ministério da Saúde Onde adquirir: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA - http://www.abiaids.org.br    

4. Sexo e Maçanetas - Vídeo sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) que enfoca a importância de as pessoas buscarem diagnósticos e tratamentos adequados para cada doença. Enfatiza também a importância de comunicar ao(à) parceiro(a) quando uma pessoa descobre que tem uma doença sexualmente transmissível. Ano de Realização: 1996 Onde adquirir: Ecos - Comunicação em Sexualidade - http://www.ecos.org.br 

Website e centro de Referência:

Instituto PROMUNDO   

PROMUNDO é uma organização não governamental brasileira, filiada ao John Snow Research and Training Institute que colabora com várias organizações nacionais e internacionais nas áreas de saúde pública, direitos humanos, desenvolvimento social e prevenção de HIV/AIDS.   

Website: http://www.promundo.org.br/ 

Avaliação

A avaliação deverá ser realizada durante todo o processo, observando a participação dos/as alunos/as, bem como a realização das atividades.

Para isso, indicamos alguns critérios:

  • Respostas aos questionamentos;
  • Participar das discussões sempre que esta solicitar expressão oral;
  • Trabalho colaborativo, sugestão de ideias, criatividade e integração com o grupo;

Dica: O/a professor/a deverá avaliar não só a apropriação no conteúdo, referente à temática da aula, como também a capacidade individual e coletiva dos/as alunos/as de argumentar e discutir um tema.  

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • Arilsson Felisberto, ESCOLA TECNICA JOSE RODRIGUES DA SILVA , Minas Gerais - disse:
    arilssonf@yahoo.com.br

    20/10/2010

    Cinco estrelas

    Muito show, adorei o trabalho e a iniciativa de compartilha o mesmo, esse é um grande exemplo de que o homem não pode se querer se tornar um unico detentor do saber . Parabéns


Sem classificação.
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