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A construção do movimento como forma de expressão/Ensino Especial

 

14/10/2010

Autor e Coautor(es)
Edelvira de Castro Quintanilha Mastroianni
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SAO PAULO - SP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Edelvira de Castro Quintanilha Mastroianni ; Marco G. B. Burlamaqui; Soellyn Elene Bataliotti

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Educação Física Atitudes, conceitos e procedimentos: atividades rítmicas e expressivas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Desenvolver através da dança gaúcha coordenação dos movimentos do corpo, valorizando suas expressões;

- Conhecer o ritmo de danças gaúchas;

- Conhecer as possibilidades do seu corpo diante dos movimentos específicos da dança gaúcha;

- Construir diferentes maneiras de realizar movimentos.

Duração das atividades
Aproximadamente 50 minutos; uma (1) aula.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não é necessário conhecimentos prévios.

Estratégias e recursos da aula

A estratégia utilizada será:

- Uso de músicas gaúchas.

Atividade 1: Dança Gaúcha (Chula)

Figura 1: Disponível em http://www.escolacasadalua.com.br/login/files/gauchinho.jpg 

Acesso em: 15.07.10.

Para que os alunos conheçam uma dança gaúcha, apresente-os o vídeo a seguir:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Ay6DifsLcR8 

Acesso em: 15.07.10.

Após todos assistirem o vídeo, o professor deverá levar os alunos para a quadra, pedir para que formem duplas e com seu parceiro criem uma dança, assim como apresentado no vídeo. Importante deixar claro que utilizem os pés para fazer o sapateado e o barulho de acordo com o som, de forma ritmada. Quando cada dupla montar sua sequência deverá apresentar para turma.

Dica: O professor poderá preparar alguns passinhos para demonstrar aos alunos, e depois deixar para que eles mesmos construam o seu movimento mediante ao  que assistiram no vídeo, como também uma música para acompanhar.

Mas como trabalhar a dança com o aluno cego, com  o Down ou com o aluno PC?

Devemos ficar atentos a algumas considerações:

1.Durante o ensino da Dança na aula de Ed. Física na escola devemos evitar a concentração do desenvolvimento da performance, porque poucos alunos têm condições de se desenvolverem por esse caminho, já que o tempo de prática semanal nas aulas de educação física são muito reduzidos, além de não corresponder essencialmente aos objetivos educacionais como um todo;

2.Importante tratarmos a dança para pessoas com deficiência como um direito de acesso à arte, como prática de atividade física e exercício de cidadania, pois os benefícios da prática da dança são indiscutíveis, mas comuns a todas as pessoas, independente de apresentarem deficiências ou não.

Sendo assim, vamos tratar da prática:

1. O ensino da dança para DV deve recorrer a estímulos verbais e táteis, como meio de introduzi-los ao mundo do movimento.;

2. Utilizar vários tipos de sons para ensiná-los a diversidade de ritmos existentes: a. os alunos seguirão o ritmo através de palmas com as mãos, depois com os pés, até chegar o corpo todo; b. trabalhar em deslocamento utilizando diversas direções (frente, atrás, lado, diagonal), até que eles possam criar seus próprios ritmos; c. ensinar também que, tudo que existe possui um ritmo próprio, podem ser classificados em ritmos internos (respiração, coração, digestão e outros) e ritmos externos (natureza, as máquinas, automóveis e outros), e que podemos manifestá-los de diversas formas.

3.O tipo de dança que se pode propor a ensinar é a dança criativa, expressiva, espontânea, única a cada indivíduo, onde o aluno tem a oportunidade de criar e conhecer seus próprios movimentos, de sugerir novas atividades, pensar no que está fazendo. Nada impede de apresentarmos como forma de estímulo e base de conhecimento diferentes tipos de dança, como a proposta acima. Esta dança pode ser ensinada a qualquer indivíduo, tanto para o Down, PC e mesmo o aluno cego.

Atividade 2: Dança das caveiras

Figura 2: Disponível em  http://www.gpdesenhos.com.br/imagens/turmamonica/caveirinha2.jpg  

acesso em: 15.07.10.

Vídeo: O professor poderá passar os vídeos sobre a música,

Disponíveis em: http://www.youtube.com/watch?v=HCs2f5rYCgE&feature=related  e  http://www.youtube.com/watch?v=iJ54SfR671I 

acesso em: 08.08.10.

Formação: em círculo, sentados.  

Descrição da atividade: Na formação, o professor apresentará a música descrita abaixo propondo a turma cantar e dançar,fazendo gestos referentes a cada estrofe,onde:

Na primeira estrofe,

Quando o relógio bate a uma/ As caveiras saem da tumba/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá

Sugestão de gestos: fingir estar rezando, com as mãos juntas, e se levantam como se estivessem dançando;  

Na segunda estrofe,

Quando o relógio bate as duas/ As caveiras varrem as ruas/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir estar varrendo.

Na terceira estrofe, 

Quando o relógio bate as três/ As caveiras imitam chinês/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: puxar os olhos imitando chinês.  

Na quarta estrofe, 

Quando o relógio bate as quatro/ As caveiras lavam os pratos/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir estar lavando pratos.

Na quinta estrofe, 

Quando o relógio bate as cinco/ As caveiras botam os brincos/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir estar colocando brincos.  

Na sexta estrofe,

Quando o relógio bate as seis/ As caveiras jogam xadrez/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir estar jogando xadrez.

Na sétima estrofe, 

Quando o relógio bate as sete/ As caveiras mascam chiclete/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir mascar chiclete.

Na oitava estrofe, 

Quando o relógio bate as oito/ As caveiras ralam biscoitos/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir usar um ralador de legumes.

Na nona estrofe, 

Quando o relógio bate as nove/ As caveiras quebram nozes/ Tumba la ca tumba-bá/Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir bater com um martelo.

Na décima estrofe,

Quando o relógio bate as dez/ As caveiras lavam os pés/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir lavar os pés.

Na décima primeira estrofe, 

Quando o relógio bate as onze/ As caveiras tocam bronzes/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá;

Sugestão de gestos: fingir tocar um gongo.

Na décima segunda estrofe,

Quando o relógio bate as doze/ As caveiras voltam para a tumba/ Tumba la ca tumba-bá/ Tumba la ca tumba/ La ca tumba-bá.

Sugestão de gestos: juntar novamente as mãos e abaixar-se até o chão.

Letra da Música: Disponível em:  http://letras.terra.com.br/roberto-de-freitas/1018364/  

acesso dia 08.08.10.

Superando as adversidades:

- A dança para os cegos, PCs permite que construam suas próprias idéias de tempo e espaço e de manutenção do equilíbrio, através da utilização dos outros sentidos. O aluno estabelece seu ritmo próprio de aprendizagem através da vivência, do contato corporal, do toque, da exploração do espaço e dos sons. Os conhecimentos produzidos nestas vivências são levados para as atividades diárias.

- A dança proporciona o autoconhecimento, pelo toque, porque, além de aumentar a percepção corporal, relaxa a musculatura favorecendo o desenvolvimento físico, motor, neurológico e o intelectual. O toque ajuda a definir os limites do corpo e a auto-imagem, proporcionando conforto e prazer. Melhora também a autoimagem pelo estímulo das percepções e sensações sinestésicas e visuais, que orientam o tempo e o espaço.

-A dança torna possível a linguagem corporal, por meio da qual o indivíduo pode sentir-se, perceber-se, conhecer-se e manifestar-se por meio do movimento corporal; vemos que qualquer ação funcional pode converter-se em dança, mudando-se o objetivo e agregando uma organização corporal espacial- energética.

- Na dança não existem barreiras, pois se o aluno não movimenta membros inferiores, ele movimenta os membros superiores, se não movimenta membros superiores e membros inferiores, ele movimenta os olhos, e, por meio dos olhos, é possível dançar.

Disponível em:   http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2002/RN%2010%2003/Pages%20from%20RN%2010%2003-6.pdf 

acesso em: 06.08.10.

Atividade 3: Escravo de Jô

Figura 3: Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_1Vj37zGmyo8/SK93gc5V2-I/AAAAAAAAAEs/z9axNmPaQug/s400/matildecapo.jpg  

acesso em:15.07.10.

Material: Bastões.

Descrição da atividade: Cantiga generalizada no Rio Grande do Sul, aparecendo como forma de jogo ou passeio. As crianças deverão ficar em círculo, em pé com um bastão na mão (ou qualquer outro objeto que possa ser passado entre eles). As crianças vão entoando a cantiga, marcando os tempos fortes, passando o bastão ou o objeto de uma para a outra, no sentido horário. Somente na parte onde dizem “zigue-zá” o objeto é passado na direção contrária, voltando logo na primeira direção.

Escravo de Jô/ Jogavam caximbó/ Tira, bota, Deixa o Zé Pereira, Que se vá/ Guerreiros com guerreiros/ Fazem zigue-zigue-zá.

 

Recursos Complementares

Pesquisa: Danças Gaúchas.  

Na história do Rio Grande do Sul, há variadas danças e sua origem; o professor poderá pedir para que os alunos façam uma pesquisa sobre as danças gaúchas, explicando assim a sua origem, e até uma pequena apresentação. Para disponibilizar onde encontrar as variadas danças há disponível em: http://www.dancasgauchas.com.br/historia_ritmos.php 

acesso em: 15.07.10.

Neste site há variedades de danças, sendo descrita sua origem e a forma de dançar.

Para que todos possam participar torna-se interessante acesso em link sonoro, onde poderá encontrar diferentes vídeos sobre o assunto, no link abaixo:

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Dud75sS6eFY 

acesso em: 06.08.10.

Avaliação

O professor avaliará o aluno em relação a sua participação na atividade, identificando e elencando de maneira formativa possíveis evoluções na coordenação de movimentos; se apresenta dificuldade em criar e executar os movimentos; o aprimoramento e envolvimento mediante possível criação de movimento; nível de ritmo adequado na participação das atividades e seqüência nas danças.

Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • MARIA MARGARIDA DE LIMA, EM PROFESSOR PAULO NUNES , São Paulo - disse:
    margarid19@hotmail.com

    12/10/2012

    Cinco estrelas

    ADOREI A AULA. ENSINAR O CORPO A FAZER MUITAS COISAS PERMITE NOS APERFEIÇOAR A MENTE E ATINGIR O NÍVEL INTELECTUAL DO PENSAMENTO. (SPNOZA) O CORPO É O CAMINHO DA INTELIGÊNCIA, POR ISSO DANÇAR ALÉM DE FAZER BEM AO CORPO FAZ TAMBÉM O BEM PARA A ALMA.


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