- Reconhecer diferentes níveis de intensidade do ritmo mediante articulação de instrumento;

- Desenvolver a habilidade manual e o controle motor nos diferentes movimentos;

- Conhecer o limite da voz nos níveis agudo e grave;

- Desenvolver a expressividade através do canto.

Não é necessário conhecimentos prévios.

As estratégias utilizadas serão:

- Instrumentos musicais de percussão.

Atividade 1: Ao ritmo do Instrumento

Material: Instrumentos de percussão.

Figura 1: Disponível em: http://www.ciabrink.com.br/blog/wp-content/uploads/Bandinha.jpg  

acesso em: 15.07.10.

Formação: em círculo.

Descrição da Atividade: O professor tocará um pandeiro, tambor, triângulo ou qualquer outro instrumento de percussão e as crianças deverão seguir o ritmo tocado caminhando em círculo.

Para acompanhar o ritmo da música as crianças poderão variar a marcha, como andar de calcanhares, nas pontas dos pés, com um pé diante do outro, seguindo uma linha, entre outras variações, de acordo com o nível da turma. Posteriormente o professor deixará que cada criança toque o instrumento e dite o ritmo da marcha.

OBS: A atividade apresenta garantia tanto na apropriação do controle de movimento de acordo com a movimentação sugerida, como também o desenvolvimento rítmico, pois trabalha os diferentes níveis rítmicos (tipos de melodias; níveis de intensidade e aceleração) e a percepção de timbres musicais.

Apontamos alguns benefícios que este trabalho pode contribuir para o desenvolvimento e inclusão do Down:

- reforço da auto-estima através da realização de atividades rítmicas;

- estimulação e interação social;

- desenvolvimento do tônus muscular e da linguagem.

 O Down encontra na música “um mundo não ameaçador com o qual pode se comunicar, se integrar e autoidentificar-se”.Jolly, 2006.  

Atividade 2: Agá Agá

Descrição da Atividade:  Os alunos em círculo, o professor pedirá para que as crianças falem o verso e simultaneamente executem os movimentos específicos.

“Agá, agá/ Galinha quer botar (pula-se o mais alto que puder, com as pernas afastadas lateralmente)

Igê, igê (pula-se bem alto, agora com as pernas para frente e para trás)  

Mamãe me deu uma surra, fui parar no Tietê (faz-se o mesmo movimento, girando yodo o corpo (360º), até voltar a posição inicial; no “tê” de Tietê, o pulo deve ser o mais alto possível, caindo de cócoras no chão).”   

Sabemos que: a hipotonia no Down é uma característica presente desde o nascimento e tem origem no sistema nervoso central afetando toda a musculatura e os ligamentos. Espontaneamente tende a diminuir com o passar dos anos, mas essa recuperação pode ser acelerada com estímulos adequados desde o nascimento. Como toda criança, as crianças Down irão controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, ficar de pé, andar, correr, saltar e arremessar, exceto se tiver outro problema além da Síndrome. Elas irão brincar e explorar toda variedade de movimento dominando o equilíbrio, a postura, a coordenação motora e a noção espacial desde que tenham espaço.

Portanto, esta atividade oferece desafios corporais a fim de que a criança descubra suas possibilidades em relação ao pular, girar, deslocar-se, preparando-a para participar com segurança na atividade a seguir “pular corda”.

Importante:  As crianças com Síndrome de Down precisam de cuidados, não de exageros a ponto de deixá-las isoladas do mundo.

Atividade 3: Pulando corda ·      

Material: Instrumentos musicais e corda

Figura 2: Disponível em: http://www.theghetto.blogger.com.br/25ILAQ34.jpg 

acesso em: 15.07.10.

Formação: em fila.

Descrição da Atividade: Utilizando ainda os instrumentos musicais, o professor deixará os alunos em fila.  Um a um, os alunos deverão pular corda, ao ritmo que for tocado um dos instrumentos, o professor que ditará o ritmo da corda. As funções deverão ser divididas sendo que:

-enquanto um aluno toca seu instrumento acompanhando a música cantada, um aluno pula corda. No momento que errar deverá ser o próximo a tocar o instrumento e o aluno que estava de posse do instrumento deverá ir para o último lugar da fila e assim por diante.

Para que as crianças possam cantar ao ritmo do instrumento, faça com que todos cantem músicas para pular corda, sempre procurando cantar a música no ritmo do instrumento e acompanhando o grave ou o agudo do som.

Exs: Se tocar um sino, cante no agudo, se tocar um tambor cante no grave.

Músicas:

Um homem bateu à sua porta...

Com que você pretende se casar... 

Rei, capitão, soldado, ladrão...  

Salada, saladinha...

Nos links abaixo você poderá encontrar as letras destas e de muitas outras músicas:

http://www.projetodecolar.com.br/?p=138  

http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di22090709.htm 

acesso em: 06.08.10.

Dica: Ao pular corda a criança expressa uma pulsação regular sincronizando com o movimento da corda e da batida do instrumento, por isto sempre procure bater a corda no ritmo que o instrumento estiver emitindo o som.   

Para que a brincadeira apresente resultados positivos faz-se necessário:

- apresentar seqüências de movimentos realizados em torno da corda em movimento (principalmente saltos e giros), acompanhados de uma música cantada por todos.

- cada aluno pular a corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual o número de repetições de saltos que consegue realizar em seqüência, sem errar.

É importante ressaltar que a definição de ritmo lento e rápido é realizada por critérios individuais de cada aluno.

Instrumentos Musicais   

No jogo disponível no link abaixo, o aluno somente passando o mouse em cima do instrumento, este emitirá o som desejado. O professor poderá perguntar qual é o som e o nome do instrumento, escutando todos separadamente, depois poderão clicar na caixa de som logo à direita, abaixo e escutar a “bandinha” tocar toda junta.

Disponível em:  http://www.smartkids.com.br/jogos-educativos/instrumentos-musicais-banda-smart.html  

acesso em: 15.07.10.

O professor deve avaliar a capacidade do aluno em identificar e ditar o ritmo dos instrumentos relacionando com o movimento do corpo, verificando se o aluno consegue relacionar.

Importante Professor:

- Volte seu olhar para os aspectos relacionados com a inclusão de todos os alunos na vivência das atividades e com a experimentação de todas as funções existentes dentro das atividades propostas;

- As observações devem ser focadas em torno das variações de ritmo e as relações deste elemento com as capacidades físicas individuais e destas, em contexto coletivo de brincadeira.