• Conhecer diferentes tipos de solos
• Discutir a importância do solo para o meio ambiente
• Identificar a presença de ferro em amostras de solo mediante a realização de experiências em laboratório

03 AULAS (50 MINUTOS)

Conhecimentos básicos sobre os diferentes tipos de solo

1º momento: começando a conversa

Cabe ao/a professor/a entregar o texto para os/as alunos/as e solicitar, em um primeiro momento, que os/as mesmos/as façam uma leitura silenciosa e individual. Caso o/a professor/a não tenha recursos para a impressão dos textos, cabe a ele/a preparar uma transparência para ser projetada com retroprojetor para que os/as alunos/as façam a leitura. Em um segundo momento, o/a professor/a deve solicitar uma leitura em voz alta por parte dos/as alunos/as para uma melhor compreensão. 

O solo

O solo, também chamado terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos e que sobre ele, na maioria das vezes,  construímos as nossas casas.  

A formação do solo

O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral.   

Qual a composição do solo?

O solo ou terra como também é chamado, é composto de quatro partes, a saber:   

1.  ar; 
2. água; 
3. matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); 
4. e  parte mineral que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o  barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem.

Estes 4 componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água. 

Diferentes composições do solo

Solos arenosos

São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de tamanho entre 2mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Os solos arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. Certas plantas e microorganismos podem viver com mais dificuldades, no entanto, devido à pouca capacidade de retenção de água.

Solos argilosos

São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio e de ferro. Formam pequenos grãos que lembram a sensação táctil de pó-de-café e isso lhes dá certas caraterísticas similares ao arenoso.

Solo Árido

São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo.

Fonte: http://www.cnps.embrapa.br/search/mirims/mirim01/mirim01.html acesso feito dia 18/08/2010 

2º momento: aguçando a curiosidade

Nesse momento o/a professor/a pode dividir a sala de aula em grupos de, no máximo, 6 alunos/as, para a elaboração de experimentos sobre o tema em questão, sendo o primeiro referente a um processo físico de separação magnética de misturas,  e o segundo referente à avaliação da composição química do solo. O/a professor/a pode envolver a turma na construção dos experimentos, pedindo para que os/as alunos/as tragam o material que será necessário para tanto. Caso os/as mesmos/as não tenham condições de trazer o material, será responsabilidade do/a professor/a disponibilizá-lo.

Experimento 1 - a procura de ferro

Materiais necessários:   

• Imã;

• Lupa;

• Folha sulfite ou papel de espessura semelhante oriundo de reaproveitamento, podendo ser jornal;

• Amostra de solo argiloso;

• Amostra de solo arenoso;

• Amostra de solo orgânico (adubo para plantas)  

OBS: as amostras que serão utilizadas nesse experimento podem ser extraídas do jardim da escola ou de algum terreno próximo. O/a professor/a pode reaproveitar essas amostras de solo no próximo experimento.

Modo de fazer:   

- O/a professor/a disponibilizará para cada grupo 1 folha sulfite, no meio da qual será colocada uma pequena amostra de solo (equivalente a uma colher). Os/as alunos/as então devem pegar o imã e passá-lo embaixo da folha bem lentamente, observando se alguma porção de solo irá se mexer com a movimentação do imã.   

- Caso ocorra a movimentação de alguma porção de solo, cabe ao/a professor/a explicar aos/as alunos/as que esse fenômeno se deve à presença de ferro na amostra.   

- Terminada a investigação com o imã, o/a professor/a pode pedir para que os/as alunos/as observem os 03 tipos de solos diferentes, verificando a textura, a coloração e o cheiro. Os/as alunos/as devem manusear as amostras e observá-las com o auxilio da lupa.

Depois de finalizado o experimento e a observação, os/as alunos/as irão responder às questões apresentadas abaixo. Cabe ao/a professor/a apresentá-las no quadro para que os grupos possam responder em uma folha separada.

1. Qual é a cor de cada uma das amostras de solo?
2. Durante a sua observação com a lupa foi possível encontrar pequenos animais nas amostras de solo?
3. As partículas de solo são todas iguais ou existem diferenças entre elas?
4. Na opinião do grupo, qual é a principal diferença entre os 03 tipos de solo?  

OBS: O/a professor/a deve ficar atento com possíveis equívocos, cabendo a ele/a imediatamente interferir e posicionar os/as alunos/as acerca da maneira correta de fazer o experimento. Esse experimento pode ser feito no laboratório de Ciências, mas caso a escola não disponha desse recurso, o/a professor/a pode reunir os grupos e trabalhar com os/as alunos/as nas mesas do pátio ou na quadra esportiva da escola.

Experimento 2 - o solo e água   

Materiais necessários:   

• 01 funil de plástico;

• 01 copo plástico;

• 03 papéis-filtro (utilizados para coar café);

• 03 garrafas plásticas transparentes (PET);

• 01 pote pequeno de solo arenoso;

• 01 pote pequeno de solo orgânico (húmus para plantas);

• 01 pote pequeno de solo argiloso   

OBS: Os potes devem conter a mesma quantidade de solo.

Modo de fazer:

- Forre o funil com 1 papel filtro e adicione o solo arenoso, em seguida coloque o funil dentro de uma das garrafas transparentes e quando estiver firme e seguro despeje um copo cheio de água sobre o solo arenoso;   

- O mesmo procedimento será repetido com os solos orgânico e argiloso. O manuseio com o solo argiloso será um pouco mais complicado pela textura diferenciada desse solo em relação aos demais.  

 - Depois de filtrada a água das 03 garrafas plásticas, o/a professor/a irá pedir para que os/as alunos/as observem as 03 garrafas plásticas e respondam as questões apresentadas adiante, na descrição do 3º momento da aula.         

OBS: O/a professor/a deve ficar atento com possíveis equívocos, cabendo a ele/a imediatamente interferir e posicionar os/as alunos/as acerca da maneira correta de fazer o experimento. Esse experimento pode ser feito no laboratório de Ciências, mas caso a escola não disponha desse recurso, o/a professor/a pode reunir os grupos e trabalhar com os/as alunos/as nas mesas do pátio ou na quadra esportiva da escola.

3º momento: desvendando o mistério

 Depois de finalizado o experimento e a observação, os/as alunos/as irão responder às questões apresentadas abaixo. Cabe ao/a professor/a apresentá-las no quadro para que os grupos possam responder em uma folha separada.  

1. Em qual dos 03 tipos de solo observados a água foi filtrada mais rapidamente?
2. Qual foi o solo que mais reteve água?
3. Durante a elaboração do experimento, qual foi a sensação do grupo em trabalhar com 03 tipos de solos diferentes?

Além disso, cabe ao/a professor/a solicitar que os/as alunos/as observem as 03 garrafas plásticas e desenhem o resultado do experimento, colorindo o desenho com as respectivas cores obtidas durante a experimentação.         

Finalizada a atividade, cabe ao/a professor/a propor que cada grupo exponha para o restante da sala como foi a realização das atividades de experimentação e qual foi a principal descoberta feita durante o experimento.

DICA: a água utilizada durante o experimento pode ser reaproveitada para regar as plantas do jardim da escola.

4º momento: navegando na interdisciplinaridade

Nesse último momento da aula a idéia é abordar o tema em questão na perspectiva da interdisciplinaridade. Cabe ao/a professor/a de Ciências entrar em contato com o/a professor/a de Informática e Geografia pedir sua contribuição para que, durante sua aula, seja feita com os/as alunos/as uma pesquisa em sites da internet, por meio da qual os/as alunos/as possam aprender mais sobre as questões apresentadas anteriormente em sala de aula. Com isso, os/as alunos/as poderão obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado na aula de Ciências, assim como poderão apresentar um bom engajamento na aula de Informática e Geografia, ficando assim mais informados sobre o tema.

• Proposta de site que podem ser trabalhados com os/as alunos/as durante a aula de informática.

•  MUSEU DE GEOCIÊNCIAS DA USP (São Paulo, SP) http://www2.igc.usp.br/museu/home.php acesso feito a página dia 18/08/2010 
• MUSEU DE GEOLOGIA DA CPRM (Porto Alegre, RS) www.cprm.gov.br acesso feito a página dia 18/08/2010 
• MUSEU NACIONAL (Rio de Janeiro, RJ)www.museunacional.ufrj.br acesso feito a página dia 18/08/2010 

5º momento: trabalhando a longo prazo          

Aprendendo a fazer compostagem    

Materiais necessários:

1. Esterco de animais;
2. Qualquer tipo de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas;
3. Palhas;
4. Todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal (sobras de comida, cascas de ovo, entre outros)

DICA: Quanto mais variados e mais fragmentados os componentes usados, melhor será a qualidade do composto e mais rápido o término do processo de compostagem.   

Modo de fazer:  

 - Deve-se considerar a facilidade de acesso e a disponibilidade de água para molhar o canteiro de compostagem. O solo deve possuir boa drenagem. Também é desejável montar o canteiro em locais sombreados e protegidos de ventos intensos, para evitar ressecamento.   

- Iniciar a construção do canteiro colocando uma camada de material vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 centímetros, com folhas, palhadas, troncos ou galhos picados, para que absorva o excesso de água e permita a circulação de ar.  

 - Terminada a primeira camada, deve-se regá-la com água, evitando encharcamento. A cada camada montada, deve-se umedecê-la para uma distribuição mais uniforme da água por todo o canteiro.   

- Na segunda camada, deve-se colocar restos de verduras, grama e esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 centímetros e, se for de galinha, um pouco menos.   -

- Novamente, deposita-se uma camada de 15 a 20 cm com material vegetal seco, seguida por outra camada de esterco e assim sucessivamente até que o canteiro atinja a altura aproximada de 1,5 metros. O canteiro deve ter a parte superior quase plana para evitar a perda de calor e umidade, tomando-se o cuidado para evitar a formação de "poços de acumulação" das águas das chuvas.  

- Vale lembrar que durante a compostagem existe toda uma sequência de microorganismos que decompõem a matéria orgânica, até surgir o produto final, o húmus maduro. Todo este processo acontece em etapas, nas quais fungos, bactérias, protozoários, minhocas, besouros, lacraias, formigas e aranhas decompõem as fibras vegetais e tornam os nutrientes presentes na matéria orgânica disponíveis para as plantas.

 Fonte: http://www.planetaorganico.com.br/composto2.htm acesso feito dia 18/08/2010 

Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/recursos/solo.html acesso feito dia 18/08/2010   

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo acesso feito dia 18/08/2010 

A avaliação dos/as alunos/as pode ser feita em todos os momentos da aula: durante a leitura do texto, a execução dos experimentos, a apresentação de comentários e questionamentos ou a execução das atividades propostas. A avaliação pode ser feita a partir das contribuições individuais ou das contribuições do grupo como um todo, assim como a partir do envolvimento dos/as alunos/as nas atividades solicitadas.